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projeto de pesquisa DESTINO DOS RESIDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE(RSS) NA REGIÃO DE JI PARANÁ 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
GRACIÊLA GOMES CASTRO
DESTINO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE (RSS) NA REGIÃO DE 
JI-PARANÁ
Ji-Paraná
2017
GRACIÊLA GOMES CASTRO
DESTINO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE (RSS) NA REGIÃO DE 
JI-PARANÁ
Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de
Metodologia Científica, como parte dos requisitos avaliativos. 
Orientadora: Profa. Renata Gonçalves Aguiar
Ji-Paraná
2017
PROJETO DE PESQUISA
1 TEMA 
Coleta de resíduos hospitalares.
2 PROBLEMA 
De que forma o descarte incorreto dos lixos hospitalares implica na poluição ambiental?
3 HIPÓTESES 
O processamento dos resíduos hospitalares deve ser feito de maneira adequada e em conformidade com as políticas públicas de meio ambiente, sendo assim, presume-se que os hospitais e clínicas correspondem a esse processo de harmonia entre desenvolvimento sustentável e saúde ambiental.
4 OBJETIVOS 
4.1 OBJETIVO GERAL 
Este projeto visa reconhecer, avaliar e investigar as etapas de gestão dos resíduos hospitalares, bem como o tratamento, transporte e destino final, avaliando e comparando com as leis estaduais e municipais que tratam desse assunto. 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
O desenvolvimento desta pesquisa se dará de forma discorrida a seguir:
a) reconhecer e compreender a coleta, o armazenamento e o destino final dos resíduos dos hospitais e clinicas de saúde na cidade de Ji-Paraná. 
b) analisar e comparar o destino desses resíduos com as leis estaduais e municipais que regem esses aspectos e características de saúde pública.
5 JUSTIFICATIVA
 
O meio ambiente necessita de constantes investimentos favoráveis à conservação e despoluição. A saúde ambiental constitui fator de real impacto para a sociedade e, para que isso ocorra, é necessário que se respeite a legislação vigente de saúde pública. 
Ao analisar a gestão de hospitais e clinicas, os quais geram um elevado volume de resíduos que devem ter cuidados específicos no seu manuseio e descarte, pode-se ter pleno conhecimento do tratamento dado à esses poluentes.
As leis estaduais rezam que os estabelecimentos de saúde tenham plano de armazenamento de seus descartes e que seja monitorado esses resíduos.
 Já as leis municipais nos indicam que os estabelecimentos hospitalares devem conter medidas que possa não comprometer a qualidade de vida, e nesse caso, o meio ambiente.
À vista desses fatos, faz-se necessário uma investigação detalhada e objetiva dos impactos negativos que esses resíduos trazem para o ambiente e de que maneira a região urbana de hospitais e clínicas estão destinando seus descartes.
6 REFERENCIAL TEÓRICO 
De acordo com a NBR 10004 (2004), os resíduos sólidos podem ser classificados como resíduos nos estados sólido e semissólido, resultantes das atividades de origem industrial, doméstica, comercial, agrícola, serviços de varrição e hospitalar, diante disso os resíduos hospitalares são classificados como resíduos sólidos e estes possuem normativas específica e demandam ser gerenciados. 
A denominação “resíduos de serviços de saúde” --- RSS foi considerada, desde 1980, como o termo mais apropriado e abrangente, uma vez que a ele pode ser incorporados resíduos líquidos ou semissólidos que também são gerados nos estabelecimentos de assistência à saúde, como reveladores, reagentes, meio de cultura, secreção, sangue e hemoderivados (Valadares,2009 apud Risso,1993)
Os resíduos sólidos provenientes da área da saúde (hospitais, clinicas, laboratórios, necrotérios, etc.), são normalmente chamados de lixo hospitalar, e podem se tornar um grande problema para o meio ambiente e a sociedade, por causa da falta de informações e esclarecimentos a população sobre os riscos que podem acarretar a saúde.
No Brasil temos uma legislação muito especifica sobre o descarte dos resíduos sólidos e Semissólidos hospitalares, e está regulamentada pela Resolução da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) RDC nº306/044 que discorre sobre o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de resíduos de serviço de saúde e também na CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 358/055 que dispõe do tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. 
A RDC ANVISA 306/04 e a resolução CONAMA nº 358/05 Dispõem sobre a classificação dos resíduos de serviços de saúde, os dividindo em:
	GRUPO A
Resíduos biológicos
	São os materiais que podem apresentar o risco de infecções por ter a presença de agentes biológicos. Exemplos: placas e lâminas de laboratório, órgãos, peças anatômicas (membros), tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue, etc.
	GRUPO B
Resíduos químicos
	São os que apresentam substancias químicas e podem acarretar risco a saúde pública e ao meio ambiente. Exemplos: medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo metais pesados, dentre outros.
	GRUPO C
Resíduos radioativos
	São materiais radioativos ou contaminados com radionuclideos, acima dos limites especificados pela resolução CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) nº 6.05 Exemplos: materiais provenientes de laboratórios de análises clínicas, de serviço de medicina nuclear e radioterapia,
	GRUPO D 
Resíduos comuns
	Não apresentam nenhum tipo de risco biológico, químico ou radiológico à saúde e ao meio ambiente. Exemplos: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas.
	GRUPO E
Resíduos perfuro cortantes
	São todos os materiais perfuro cortantes. Exemplos: agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares
FONTE:ANVISA 20006
De acordo com Ramos(2011) os RSS compõem parte importante do total dos resíduos sólidos Urbanos(RSU), não por sua quantidade gerada mas pelo seu potencial risco em afetar a saúde ambiental e coletiva
A observância rigorosa das técnicas corretas de manejo dos resíduos de estabelecimentos de serviços de saúde mostra-se extremamente necessária e importante para garantir a segurança de funcionários, pacientes e visitantes destes estabelecimentos, e indo além, uma vez que o correto gerenciamento dos RSS pode, com eficiência, proteger a comunidade e o meio ambiente (SOUZA,2012 apud SCHALCH et al., 1990).
O descarte inadequado de resíduos tem produzido passivos ambientais capazes de colocar em risco e comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações. Os resíduos dos serviços de saúde - RSS se inserem dentro desta problemática e vêm assumindo grande importância nos últimos anos. (ANVISA 2006)
(SISINNO e MOREIRA 2005) afirmam que a implementação de um plano de gerenciamento dos resíduos de serviço e saúde, deve ser analisado a partir de sua geração e não apenas para cumprimento de normas, pois se torna falho. Ressalta ainda que quanto menor a quantidade de resíduos produzidos menor será seu custo para tratamento e disposição a problemas a eles associados, mesmo sendo escassas as alternativas para redução da geração dos resíduos.
(JI-PARANÁ 2012) Segundo o plano municipal de saneamento básico do municio, a coleta de resíduos de serviço de saúde é realizada em todo perímetro urbano, incluindo pequenos e grandes geradores somando aproximadamente cem pontos, mais hospitais, unidades básicas de saúde, entre outros. No qual a empresa responsável por serviço de coleta trata de cerca de 5 toneladas por mês de RSS.
A destinação final consiste em dispor de uma vala séptica, escavada no solo revestida por uma manta plástica impermeável sendo que a maior preocupação deve estar no cuidado para não poluir e contaminar solo e lençóis freáticos. (Erdtmann,2004)
7 .METODOLOGIA 
7.1 CAMPO DE ESTUDO
 O campo a ser pesquisado e explorado é representado na região urbana, sendo que, nos hospitais e clinicas. Neste contexto, será abordado em detalhes e documentado em fixas, fotos e gravações (quando autorizados).7.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS 
Esta pesquisa será desenvolvida na forma descritiva exploratória, por ter características de uma situação que envolverá variações como o utilização de técnicas padronizadas, a aplicação de formulários para coleta de dados nos hospitais e clínicas, mais precisamente no setor de resíduos onde os responsáveis e funcionários dos setores de armazenamento e coleta de resíduos discursarão sobre os detalhes do manuseio, transporte, coleta e descarte dos lixos hospitalares. Ao mesmo tempo também utilizaremos a pesquisa bibliográfica para esclarecer dúvidas e melhor fundamentação do estudo.
Segundo Gil (1991, p. 46) “As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou então, o estabelecimento de relações entre variáveis.”
Gil (1999) considera que a pesquisa exploratória tem como objetivo principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.
 Ao passo de ter as respostas desses formulários, e já com os dados devidamente preenchidos, será catalogado e dividido os assuntos por áreas, matérias e classificações dos resíduos. Posteriormente, será feito uma comparação com as leis de saúde pública para caracterizar a equivalência e irregularidades de cada entidade. 
8. RECURSOS
8.1 FINANCEIROS RECURSOS 
Os recursos fundamentais para transporte até o campo de pesquisa serão custeados pelos próprios pesquisadores, como também o será a compra de canetas, pranchetas, sulfite, e tinta para impressora
	Materiais Necessários
	Unidades
	Quantidade
	Valor
	Sulfite A4
	Resma
	1
	 16
	Canetas
	Caixa
	1
	 25
	Prancheta
	Und
	4
	 16
	Tinta para impressora
	Und
	1
	 55
	Gasolina
	Litros
	40
	148
	Total
	
	
	260
8.2 HUMANOS 
Discentes do curso de Engenharia Ambiental, Graciela Gomes Castro, Azemar de Sá sob a orientação da professora Renata Gonçalves Aguiar.
8.3 FÍSICOS 
Biblioteca setorial da Universidade Federal de Rondônia para aferição e catalogação dos dados, dois computadores portáteis dos próprios pesquisadores
9. CRONOGRAMA 
Para o desenvolvimento dessa pesquisa, as atividades que serão realizadas durante a execução do projeto, estão discriminadas no Quadro 1. 
Quadro 1 - Cronograma das atividades a serem desenvolvidas no ano de 2017.
	Descrição das Atividades
	J
	F
	M
	A
	M
	J
	J
	A
	S
	O
	N
	D
	Revisão bibliográfica
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	
	
	Realização das entrevistas
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	Organização dos dados
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	Redação final da pesquisa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
REFERÊNCIAS 
1.Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
2. Faculdade Santo Agostinho- Revista Saúde em Foco v.1 n.1 art.1 p.124-145, janeiro/junho 2016
3.GESTÃO DE RESÍDUOS E PRODUTOS PERIGOSOS – Tratamento- Resolução CONAMA nº 358/05
http://www.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CONAMA_RES_CONS_2005_358.pdf
4.Ministério da Saúde/ Agência Nacional de vigilância sanitaria http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html
 5. Resolução CONAMA nº 005/93 30www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=1
6.Os resíduos de serviço de saúde e seus impactos ambientais: uma revisão
http://www.scielo.br/pdf/inter/v16n2/1518-7012-inter-16-02-0301.pdfBibliográfica
7. Protége serviços em radioproteção e rejeitos
rotegeradioprotecao.com.br/wordpress/?page_id=46
8. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Resíduos Sólidos –Classificação. ABNT-NBR-10004, 2004.
http://www.unaerp.br/documentos/2234-abnt-nbr-10004/file
9. JI-PARANÁ. Plano Municipal De Saneamento Básico Plano Setorial de Limpeza Urbana, Manejo e Gestão Integrada De Resíduos Sólidos do Município De Ji-Paraná. RO. Pág. 95.
http://www.ji-parana.ro.gov.br/pub-leis/residuosolido/PLANO-MUNICIPAL-DE-RESIDUOS-SOLIDOS-JI-PARANA-V13[1].pdf
10. Sistema de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Estado de Rondônia
http://www.ciflorestas.com.br/arquivos/lei_lei_11452002_26765.pdf
11.Gerenciamento dos Resíduos dos serviços de saúde:
BIOSSEGURANÇA E O CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
http://www.redalyc.org/html/714/71409810/
12.SOUZA. L. E -Contaminação ambiental pelos resíduos de serviços de saúde
http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafafibeonline/sumario/10/19042010093412.pdf
13.VALADARES.C.M,2009 - GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: ESTUDO EM HOSPITAIS DA REGIÃO DOS INCONFIDENTES/MG
livros01.livrosgratis.com.br/cp131925.pdf
14.Métodos e técnicas de pesquisa social / Gil, Antônio Carlos. - 3. ed. - São Paulo: Atlas,1991
https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-pesquisa-social.pdf
15.Oliveira, Maxwell Ferreira de. Metodologia científica: um manual para a realização de pesquisas em Administração / Maxwell Ferreira de Oliveira. -- Catalão: UFG, 2011. 72 p.il.
ttps://adm.catalao.ufg.br/up/567/o/Manual_de_metodologia_cientifica__Prof_Maxwell.pdf
16.SISINNO CLS, Moreira JC. Eco eficiência: um instrumento para a redução da geração de resíduos e desperdícios em estabelecimentos de saúde. CadSaude Publica.2005

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