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O Brasil fica bem perto daqui SCHWARCS, Lilia e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015 (p.p.13-20). Difícil e tortuosa construção da cidadania Cidadania inconclusa: República de valores falhados. Nação de poder dos grandes proprietários: autoritarismo e personalismo Ricos: cidadania acima de qualquer suspeita Violência encravada na mais remota história do Brasil: naturalizada Racismo silencioso e igualmente perverso Cores Sociais: herança da escravidão Polícia e a linguagem da cor Representação nacional: mestiçagem (a mistura não foi harmoniosa; foi matéria de arbítrio). A alma mestiça do Brasil: é efeito de práticas discrimintórias já centenárias, mas que, ao mesmo tempo, levam à criação de novas saídas Mania nacional: o milagre do dia (pelo imprevisto salvador) Bovarismo: o estado psicológico geraria uma insatisfação crônica, produzida pelo contraste entre ilusões e aspirações,e, sobretudo, pela contínua desproporção diante da realidade. Elemento mágico: torcer para que algum elemento mágico caia dos ceús […] em vez de planejar mudanças substantivas e duradouras. Evasão Coletiva: recusar o país real e imaginar um Brasil diferente do que é. A construção idealizada: fermento da nacionalidade (ora mais portugueses, ora franceses, ora americanos, etc.). O Bovarismo e o par com o “familiarismo”:costume arraigado de transformar questões públicas em questões privadas Representações duradouras: mania de congelar a imagem de um país aveso ao radicalismo e parceiro do espírito pacífico (são as imagens oficiais congeladas). O país foi sempre definido pelo olhar que vem do exterior: na propaganda, nos discursos que vêm do exterior, o país é ainda entendido como um local hospitaleiro, de valores exóticos, e onde se pode buscar uma espécie de ‘nativo universal’. A periferia do mundo civilizado O bem público sob o olhar de Frei Vicente do Salvador (1630): “Nenhum homem nesta terra é repúblico, nem zela, ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular” Mas o que é o Brasil? “O Brasil é, ao mesmo tempo, uma nação marcada por altos gaps sociais e índices elevados de analfabetismo, mas também por um sistema dos mais modernos e confiáveis de aferição de votos […] que possui uma Constituição avançada – a qual impede qualquer forma de discriminação – mas pratica um preconceito silencioso e perverso […] duradouro e enraizado no cotidiano”.
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