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AlfaCon controle da administracao publica especies de controle controle legislativo controle judicial exercicios de controle da administracao publica

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AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou 
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Espécies De Controle �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Controle Legislativo ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Controle Judicial�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou 
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Espécies De Controle
Controle Legislativo
Trata-se da fiscalização da administração pública exercida 
pelo Poder Legislativo, sendo essa uma das funções típicas 
desse Poder (além da função legislativa).
O Poder Legislativo também pode fazer o controle de seus 
próprios atos (modalidade de controle interno, derivado da 
autotutela), mas ao ser utilizado o termo “controle legislativo” 
deve-se ter em foco o controle que esse Poder exerce sobre os 
atos administrativos do Poder Executivo e também do Poder 
Judiciário.
O controle legislativo somente pode ser exercido nos casos 
expressamente previstos na Constituição Federal, sob pena 
de violação do princípio da separação dos Poderes. 
Esse controle não limita-se apenas ao aspecto da legalida-
de, podendo alcançar, em algumas situações, também aspectos 
discricionários (controle político), como por exemplo a 
aprovação de nomes de Ministros de Tribunais Superiores, 
mas sem jamais ensejar a revogação de um ato praticado por 
outro Poder.
Hipóteses
CONTROLE PARLAMENTAR DIRETO
São hipóteses de controle legislativo exercido pelos parla-
mentares, pelas mesas das casas legislativa ou por meio de suas 
comissões, previstas na Constituição Federal.
Art. 49 da Constituição Federal: 
Art. 49 . É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbi-
tem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legis-
lativa;
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da 
República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos 
de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de 
suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da admi-
nistração indireta;”
Art. 50 da Constituição Federal:
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou 
qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de 
Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordina-
dos à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, in-
formações sobre assunto previamente determinado, importando 
crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. 
§ 1º - Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado 
Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Co-
missões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa 
respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.
§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal 
poderão encaminhar pedidos escritos de informações a Minis-
tros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste 
artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o 
não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a presta-
ção de informações falsas.
Art. 52 da Constituição Federal:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição 
pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados 
pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em 
sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de 
caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de 
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Ter-
ritórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites 
globais para o montante da dívida consolidada da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exone-
ração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do 
término de seu mandato;”
FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA
Esse controle, também denominado de “controle finan-
ceiro” é exercido sobre todos os atos, de qualquer pessoa, que 
administrar bens ou dinheiros públicos.
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, opera-
cional e patrimonial da União e das entidades da administra-
ção direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, econo-
micidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será 
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, 
e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou 
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a 
União responda, ou que, em nome desta, assuma obriga-
ções de natureza pecuniária. 
O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será 
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao 
qual compete, nos termos do art. 71 da Constituição Federal:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presiden-
te da República, mediante parecer prévio que deverá ser 
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento (mas 
quem JULGA é o Congresso Nacional);
II - julgar as contas dos administradores e demais res-
ponsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da adminis-
tração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades 
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas 
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregula-
ridade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos 
de admissão de pessoal, a qualquer título, na administra-
ção direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para 
cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões 
de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melho-
rias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Depu-
tados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inqué-
rito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades ad-
ministrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, 
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e demais entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais 
de cujo capital social a União participe, de forma direta ou 
indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados 
pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros ins-
trumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Mu-
nicípio;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso 
Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das 
respectivas Comissões,sobre a fiscalização contábil, financei-
ra, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resulta-
dos de auditorias e inspeções realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de 
despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em 
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa propor-
cional ao dano causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as pro-
vidências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verifica-
da ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, 
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado 
Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou 
abusos apurados.”
No caso de contrato, o ato de sustação será adotado direta-
mente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao 
Poder Executivo as medidas cabíveis. Se o Congresso Nacional 
ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as 
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a 
respeito.
Cuidado para não confundir:
 ˃ Sustação de ATO administrativo - TCU pode fazer 
diretamente (apenas dará ciência dessa medida)
 ˃ Sustação de CONTRATO administrativo - feito dire-
tamente pelo Congresso Nacional
As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito 
ou multa terão eficácia de título executivo. O Tribunal enca-
minhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, 
relatório de suas atividades.
Controle Judicial
Essa modalidade de controle é exercida pelo Poder Judi-
ciário, investido na sua função jurisdicional. Esse controle 
verifica apenas o aspecto da legalidade ou legitimidade dos 
atos administrativos, não podendo ser realizado sobre o mérito 
administrativo (não é feito nenhum juízo de conveniência ou 
oportunidade, apenas é analisado se o ato está em conformida-
de com o ordenamento jurídico).
O controle judicial alcança tanto os atos vinculados como 
os discricionários, mas sempre analisando a legalidade dos 
mesmos. Não cabe ao Poder Judiciário, no exercício de sua 
função jurisdicional, apreciar o mérito administrativo dos atos, 
substituindo a vontade do administrador pela sua.
Essa análise da legalidade e legitimidade alcança também 
a conformidade dos atos administrativos com os princípios, os 
atos administrativos de conteúdo impositivo e as súmulas vin-
culantes.
Caso constatado que o ato está eivado de um vício de lega-
lidade ou legitimidade, ele será anulado.
Em regra trata-se de um controle posterior (ou corretivo), 
incidindo sobre atos que já foram praticados. Entretanto, esse 
controle também pode ser realizado na modalidade prévia, por 
meio do mandado de segurança preventivo.
Em virtude do princípio da inércia da jurisdição, o Poder 
Judiciário somente age mediante provocação do interessado, 
não exercendo o controle dos atos administrativos de ofício. 
Existem diversas maneiras de o interessado promover a mani-
festação do Poder Judiciário, como o mandado de segurança, 
o mandado de segurança coletivo, a ação popular, a ação civil 
pública. Esse rol de ações possíveis é apenas exemplificativo, 
pois qualquer manifestação do Poder Judiciário sobre atos 
administrativos, em uma ação judicial, será uma forma de 
controle judicial.
EXERCÍCIOS
01. O Poder Legislativo exerce controle financeiro sobre o 
Poder Executivo, sobre o Poder Judiciário e sobre a sua 
própria administração.
02. O Poder Legislativo exerce controle sobre os atos da ad-
ministração pública, contando com vários instrumentos 
para desempenhar tal atividade, como, por exemplo, 
o julgamento pelo Tribunal de Contas da União das 
contas prestadas pelo presidente da República.
03. É de competência do Congresso Nacional sustar os 
contratos administrativos que apresentem ilegalidade, 
mediante solicitação do Tribunal de Contas da União.
04. Os atos praticados pela Administração estão sujeitos a 
controle, exercido por diversos entes, em variados graus e 
medidas. O controle judicial possui amparo constitucio-
nal, abrangendo análise . 
a) restritiva, considerando apenas os aspectos de lega-
lidade referentes à forma dos atos, excluindo análise 
de violação ao princípio da moralidade e qualquer 
elemento do ato discricionário.
b) estritamente de legalidade, não abrangendo atos discri-
cionários ou violação de outros princípios constitucio-
nais. 
c) eminentemente de legalidade, como, por exemplo, 
a conveniência e oportunidade dos motivos para a 
prática de determinado ato. 
d) eminentemente de legalidade, podendo, no entanto, 
também apreciar aspectos técnicos dos atos discricio-
nários. 
e) abrangente, tanto dos aspectos de legalidade, quanto 
de moralidade e discricionariedade dos atos adminis-
trativos, sem distinção.
GABARITO
01 - CERTO
02 - ERRADO
03 - CERTO
04 - D
Anotações:
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