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Introdução à Fisioterapia: Definição e História

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Aula 1 – Introdução à fisioterapia
Vejamos a definição de Coffito
É uma ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas, na atenção básica, média complexidade e alta complexidade. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patológica de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais"
A Fisioterapia é uma Ciência e, como Tal, tem como base as pesquisas desenvolvidas na área e está sempre em evolução.
- Observações que devemos considerar a respeito da fisioterapia:
* Tratamento e prevenção : A fisioterapia não somente trata, mas estuda, promove saúde funcional e previne disfunção de órgãos e sistemas de todo o corpo humano.
* Cinesia : O objeto de estudo da fisioterapia é a cinesia, o movimento relacionado à função de órgãos e sistemas do corpo humano. E por isso nosso diagnóstico é chamado de “diagnóstico cinesiológico funcional” Nosso olhar sempre será para detectar a função e a disfunção dos diversos órgãos.
* Atenção aos três níveis de complexidade : A fisioterapia tem ações nos cuidados à saúde do indivíduo nos três níveis de complexidade. Na atenção básica, junto à promoção de saúde, com ações de educação na saúde, junto à prevenção de disfunções, de forma individual e coletiva. Também atua na atenção à saúde na média complexidade, em clínicas e consultórios, quando tratamos nossos pacientes e na alta complexidade, quando atuamos nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), em Institutos do Câncer e em Clinicas de Reabilitação, junto a equipes multidisciplinares.
*Mecanismos terapêuticos : A fisioterapia faz uso de mecanismos terapêuticos próprios de sua área, com base nas ciências básicas. Utiliza procedimentos que envolvem o conhecimento de recursos físicos e naturais, de ação isolada ou conjunta, como a eletroterapia – uso da corrente elétrica, crioterapia – uso do gelo, termoterapia – uso do calor, hidroterapia – uso da água, fototerapia – uso da luz, massoterapia, cinesioterapia e mecanoterapia – uso do movimento, da cinesia
* Modelo Biopsicossocial : Outro aspecto relevante em seu conceito está relacionado à sua perspectiva que tem como referência o modelo biopsicossocial, com visão global do aspecto físico dos sistemas do corpo humano, além dos aspectos comportamentais e sociais. Ela proporciona uma visão integral do ser e do adoecer que compreende as dimensões física, psicológica e social. O ser humano não é só físico. Ele tem aspectos psicossociais que deverão ser levados em conta, tanto na avaliação, quanto em seu tratamento. Ele tem estória de vida, que deverá ser relevante, tanto em sua avaliação, quanto em seu tratamento.
A História da Fisioterapia no mundo
A Fisioterapia é uma ciência tão antiga quanto o homem. Surgiu com as primeiras tentativas de nossos ancestrais de diminuir uma dor esfregando o local dolorido e evoluiu ao longo da história da humanidade com a sofisticação, principalmente, das técnicas de exercícios terapêuticos, que eram largamente utilizados na recuperação dos soldados feridos na Grécia antiga e como ginástica de manutenção da saúde em Esparta.
"Quando um homem se machucava durante a caça ou luta, ele esfregava o local com as mãos, para aquecê-lo, e mergulhava o membro machucado na água para aliviar a dor", na verdade, são os dois princípios básicos da fisioterapia até hoje: a massoterapia (massagem com as mãos) e a hidroterapia (tratamento com água).
AULA 2
Como vimos na aula anterior, os anos pós-guerra deram início ao crescimento das clínicas de reabilitação, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos da América do Norte. Tínhamos muitos incapacitados pela guerra nesses países. No Brasil, não tivemos tantos, mas passávamos por alguns grandes problemas: em São Paulo, crescia o número de indústrias e também o de indivíduos acometidos pelos acidentes de trabalho.
Este número, no Brasil, apresentava-se como um dos maiores da América do Sul, e essa expressiva faixa populacional precisava ser reabilitada para reintegrar o sistema produtivo do país. No Rio de Janeiro, tínhamos uma epidemia de poliomielite. Na década de 50, a incidência de poliomielite atingia índices alarmantes. Crescia o número de indivíduos portadores de sequelas motoras que necessitavam de uma reabilitação para sua inclusão na sociedade.
- Dois fatos importantes devem ser considerados: a industrialização, favorecendo o adoecimento dos indivíduos, e o surto de poliomielite no Estado do Rio de Janeiro.
Em 1951, surgiu no Brasil, na USP, o primeiro curso para a formação de técnicos em fisioterapia, pois já tínhamos alguns hospitais oferecendo atendimentos para reabilitação dessas pessoas.
Nessa época, os serviços ofereciam tratamentos por agentes físicos – duchas, imersões, eletroterapia, fototerapia, ginástica médica – mas ainda não tínhamos fisioterapeutas no país. Trabalhavam nesses espaços médicos enfermeiros e educadores físicos, além dos técnicos de fisioterapia.
Essa nova maneira de atuar ou de intervir nas condições de saúde do indivíduo ou da população foi, aqui no Brasil, dirigida de tal forma para a reabilitação que, em um determinado momento, a Fisioterapia parece ter sido entendida como sinônimo de assistência reabilitadora.
Além desses, outros fatores contribuíram para fortalecer a Fisioterapia apenas como uma intervenção de reabilitação. Um grande erro, já que os fisioterapeutas atuam nos três níveis de atenção à saúde
No ano de 1969
Nesse ano, a Fisioterapia no Brasil foi regulamentada como profissão através do decreto-lei n. 938 de 13 de outubro de 1969.
A fisioterapia no país de hoje : 
É notório o crescimento e a contribuição que a Fisioterapia vem dando ao campo da saúde em nosso País. Ela, como ciência, é versátil, dinâmica e principalmente necessária.
Os fisioterapeutas atuam nos níveis primário (atenção básica), secundário e/ou terciário de atenção à saúde. Vemos a Fisioterapia prestar seus serviços nas diferentes áreas e especialidades da saúde, tais como: cardiologia, pneumologia, neurologia adulto e infantil, pediatria, medicina intensiva, ortopedia, traumatologia, cirurgia, medicina desportiva, endocrinologia, dermatologia, ergonomia, reumatologia, doenças pulmonares, estética, geriatria, gerontologia etc.
Com certeza, a Fisioterapia ainda é uma ciência em construção, cujos paradigmas se encontram abertos e em franca evolução. É uma profissão nova e em busca do conhecimento científico para suas ações. Preocupa-se com a comunidade menos favorecida e carente para ações de intervenção de saúde.
A cada dia, cada vez mais, a Fisioterapia se solidifica e cria raízes através de uma base científica, firmando-se como Ciência, expandido-se na busca do oferecimento de uma atenção à saúde com qualidade e dignidade, caracterizando um novo perfil profissional nessa área de conhecimento humano, o qual se destaca, hoje, em termos de atuação e interesse.
AULA 3
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DE UM FISIOTERAPEUTA PARA O MERCADO DE TRABALHO
CONHECIMENTO : É o saber teórico. O conhecimento, em geral, está presente apenas na mente do profissional. O grande desafio dos indivíduos é transformar o conhecimento tácito, implícito, em conhecimento explicito e conseguir aplica-lo no seu cotidiano. O saber fazer deve ser conhecido, isso é vital para sobrevivência de um profissional no mercado de trabalho
COMPETÊNCIA : É o “saber fazer”. O ideal seria a junção de conhecimento e competência, mas essa combinação nem sempre é uma realidade. Muitas vezes quem tem o conhecimento não tem competência para executar. A competência, em regra, depende de prática, treino, erros e acertos. Por isso, a importância da pesquisa junto ao seu curso, das aulas práticas, do estágio,onde se aprende a aplicar o conhecimento.
HABILIDADE : Está ligada à ação. Não adianta ter conhecimento e competência e não ter habilidade - atitude. Atitude é querer fazer. Muitos profissionais estão poucos dispostos a ter atitudes de mudança. Sabem que se algumas coisas mudassem, o resultado final seria melhor. Mas para que mudar o que de certa forma está dando certo? Essa atitude é necessária para ocorrer à mudança. Atitudes são necessárias para se mudar paradigmas.
As Diretrizes se preocupam também com a formação do egresso – o formando em fisioterapia. Veja o que ela determina como aluno formando:
* Que seja um fisioterapeuta generalista - capacitado para atuar em todos os níveis de atenção à saúde –para atuar em diferentes áreas e segmentos, desde o nascimento até a morte, nos diversos sistemas e órgãos do corpo humano (neuro-locomotor, cardiorrespiratório, uroginecológico, dermatofuncional, dentre outros); em ações da saúde coletiva, em programas e projetos de saúde pública, nas ações básicas em saúde, na área de vigilância sanitária e no campo de fisioterapia do trabalho, como também na prescrição, desenvolvimento, tratamento e recuperação de disfunções;
* Que seja um fisioterapeuta crítico e reflexivo, com base no rigor científico e intelectual – um fisioterapeuta que pauta suas ações em avaliações com fechamento de diagnóstico cinesiológico-funcional, prognóstico, prescrição, indução do tratamento, reavaliação e alta do paciente/cliente com base científica, tendo o hábito de leitura de artigos de qualidade para praticar a fisioterapia baseada em evidências;
* Que seja um fisioterapeuta humanista, com visão ampla e global, respeitando os princípios éticos/bioéticos, e culturais do indivíduo e da coletividade – tendo um visão biopsicossocial do indivíduo, respeitando seu meio, sua cultura, suas escolhas.
AULA 4 LEGISLAÇÃO NA FISIOTERAPIA
O Decreto-Lei 938/69, de 13 de outubro de 1969, legitimou a profissão de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no país. E por que as duas profissões foram legitimadas juntas? Devido a sua criação, que ocorreu na mesma época, em 1957.
Atenção para os artigos ½
“É assegurado o exercício das profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, observado o disposto no presente”. (Art. 1º)
”O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, diplomados por escolas e cursos reconhecidos, são profissionais de nível superior”. (Art. 2º)
É atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterápicos com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente”. (Art. 3º).
Esse Decreto-Lei criou o COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) e os CREFITOs (Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional).
A criação do COFFITO (1975), formado pelos próprios fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais deu poder de baixar atos e normas orientadores do exercício profissional e, assim, a autonomia das profissões estava garantida. Isso foi muito relevante para a profissão!
A Fisioterapia se desenvolveu, criou corpo enquanto profissão, ampliando de forma significativa a sua participação no cenário da saúde.
“A fisioterapia é uma ciência aplicada, cujo objeto de estudos é o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, quer nas suas alterações patológicas, quer nas suas repercussões psíquicas e orgânicas, com objetivos de preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão, sistema ou função.”		
O Artigo 3º tem a preocupação de valorizar a avaliação fisioterapêutica. Ele afirma que o:
“...Fisioterapeuta é profissional competente para buscar todas as informações que julgar necessárias no acompanhamento evolutivo do tratamento do paciente sob sua responsabilidade...”.
AULA 5
Funções do COFFITO
Exercer o controle ético, social e científico através da normatização do exercício das profissões e das atividades da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional em todo o território nacional e das empresas prestadoras desses serviços assistenciais à população brasileira.
Fiscalizar a ética de sua própria corporação para a promoção do bem estar social, funcionando como órgão de última instância de recursos para as mencionadas profissões. Ele protege a sociedade do mal profissional.
Supervisionar e fiscalizar o exercício profissional buscando sempre qualidade e prestigio dessas categorias para uma assistência profissional independente, científica, ética e resolutiva.
Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – CREFITOSs
Os conselhos de fisioterapia e terapia ocupacional são encabeçados pelo órgão de nível federal (COFFITO) e atuam em todo o território nacional por meio de representações regionais (CREFITOs).
Tanto o COFFITO quanto os CREFITOs são autarquias – ou seja, órgãos da administração pública com autonomia administrativa. O sistema COFFITO/CREFITO foi criado pela lei federal 6.316, em 1975 (visto na aula anterior) e tem como atribuições principais: regular, orientar e fiscalizar o exercício profissional de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
Exerce controle ético-social da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, protegendo a sociedade contra o exercício ilegal e/ou irresponsável dessas profissões.
CABE AO CREFITO
*EXPEDIR REGISTROS PROFISSIONAIS
*JULGAR INFRAÇÕES E APLICAR PENALIDADES PREVISTAS PELA LEGISTAÇÃO BRASILEIRA
Já o COFFITO deve, entre outras atribuições, aprovar resoluções e julgar recursos relacionados a procedimentos éticos e administrativos.
Temos, atualmente, 16 CREFITOs e cada Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, respaldado na Lei 6316 de 17 de dezembro de 1975, tem como finalidade precípua a fiscalização do exercício profissional de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais em sua área de jurisdição
Os conselhos profissionais não são entidades sindicais ou associativas que representam os interesses de seus filiados ou associados. O dever legal dos conselhos profissionais é o de zelar pelo interesse público, efetuando, para tanto, nos respectivos campos profissionais, a supervisão qualitativa, técnica e ética do exercício das profissões liberais.
Nesse contexto, é nítida a enorme responsabilidade social que os conselhos profissionais possuem. Com efeito, as entidades de fiscalização profissional, no exercício do poder de polícia, devem zelar pela preservação de dois aspectos essenciais, que são a ética e a habilitação técnica adequada para o exercício profissional.
A polícia das profissões, exercida pelos conselhos profissionais, visa conferir à sociedade confiança e tranquilidade em sua relação com profissionais das mais diversas espécies.
AULA 7 
Resolução COFFITO-80:
Artigo 1º. É competência do FISIOTERAPEUTA, elaborar o diagnóstico fisioterapêutico compreendido como avaliação físico-funcional, sendo 
esta, um processo pelo qual, através de metodologias e técnicas fisioterapêuticas, são analisados e estudados os desvios físico-funcionais intercorrentes, na sua estrutura e no seu funcionamento, com a finalidade de detectar e parametrar as alterações apresentadas.
TERMOTERAPIA - A termoterapia consiste na aplicação de calor no local lesionado.
CLASSIFICAÇÃO - Pode ser classificada quanto à profundidade atingida:
SUPERFICIAL :
Compressas quentes e imersão - turbilhão (hidroterapia); radiação por infravermelho (fototerapia); banho de parafina e Forno de Bier.
PROFUNDA:
Diatermia por ondas curtas; diatermia por micro-ondas; ultrassom terapêutico.
Modalidades termoterápicas
Condução: a transferência do calor é feita através do contato direto entre dois corpos, por exemplo a pele e uma compressa quente. É uma aplicação superficial que se limita à região cutânea, alcançando uma profundidade de 1cm aproximadamente, não alterando os tecidos mais profundos, exceto por reações reflexas.
Convecção: é feita através de um intermediário, como o ar ou a água; é o movimento de moléculas móveis no meio de um fluido, ou seja, em líquido ou formação gasosa (turbilhão, fornode Bier, sauna);
Conversão: trata-se da conversão de fótons, energia elétrica ou sônica em calor. Tem por base o efeito Joule, o qual utiliza a resistência dos tecidos quando da passagem da corrente elétrica para a produção de calor (ondas curtas, micro-ondas, ultrassom, infravermelho). No aquecimento profundo, ou diatermia, a transferência do calor é sempre feita por conversão.
CRIOTERAPIA
O que é?
A terapia pelo frio, conjuntamente com a terapia pelo representa seguramente a mais antiga aplicação terapêutica de agentes físicos.
O calor e frio são valiosos coadjuvantes na recuperação funcional, devendo ser combinados com as técnicas cinesiológicas e com uma 
eventual abordagem farmacológica – que será prescrita pelo médico
A crioterapia consiste na aplicação do frio com objetivos terapêuticos, produzindo efeitos locais e à distância, resultando na remoção do calor corporal e na diminuição da temperatura dos tecidos.
ELETROTERAPIA
Recurso terapeutico que toma por base a utilização da eletricidade, parte da física que estuda as manifestações elétricas
FOTOTERAPIA
Laser : o que é?
O termo laser significa Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation. É um tipo de radiação eletromagnética não ionizante, monocromática. Suas ondas propagam-se com a mesma fase no espaço e no tempo. Sua direcionalidade permite a obtenção de alta 
densidade de energia concentrada em pequenos pontos.
Essas características proporcionam propriedades terapêuticas importantes (trófico regenerativas, anti-inflamatórias e analgésicas). Promovem um aumento na microcirculação local, na circulação linfática, proliferação de células epiteliais e fibroblastos, assim como aumento da síntese de colágeno.
AULA 8
Fisioterapia dermatofuncional
Atua em disfunções que afetam direta ou indiretamente o sistema tegumentar e a capacidade funcional do indivíduo. Antevê a prevenção, promoção e recuperação do indivíduo, no que se refere aos distúrbios endócrino/metabólicos, dermatológicos, circulatórios e/ou musculoesqueléticos. Pode-se atuar na atenção a saúde em alta complexidade junto a hospitais de grandes queimados, em consultórios e clinica dermatológica de cirurgias plásticas e de cuidados estéticos.
Fisioterapia do trabalho
Atua na promoção de saúde e prevenção de lesões relacionadas ao trabalho, assim como no resgate da saúde do trabalhador, sempre com uma visão funcional. Engloba conhecimentos de ergonomia, biomecânica e exercícios laborais (referente ao trabalho), sob o enfoque multiprofissional e interdisciplinar, com o propósito de melhorar a qualidade de vida do trabalhador. Atua em empresas e/ou organizações intervindo preventivamente e/ou terapeuticamente.
Fisioterapia gerontológica
Estuda, previne e trata as disfunções decorrentes do processo de envelhecimento, mediante a administração de condutas fisioterapêuticas, prevenindo quedas e promovendo a recuperação funcional global de pessoas idosas. Uma área que tende a crescer em decorrência do envelhecimento populacional brasileira.
Fisioterapia uroginecológica e obstétrica
É uma especialidade que atua no tratamento das disfunções urogenitais como incontinência urinária e nas distopias genitais como os prolapsos – “bexiga caída”. É apontada como procedimento de primeira escolha no tratamento dessas disfunções, evitando ou retardando o processo cirúrgico. Administra procedimentos próprios que visam a conscientização corporal, eletroterapia, cinesioterapia e outros recursos na incontinência urinária e fecal masculina e feminina, no vaginismo, na endometriose, na tensão pré-menstrual, na dismenorreia (menstruação dolorosas), na dor pélvica crônica, entre outros.
No período gestacional a atuação fisioterapêutica é muito importante, a fim de tratar as alterações posturais decorrentes da gravidez, a minimização do edema (inchaço) gestacional com auxílio da drenagem linfática manual e, ainda, a preparação da gestante para o período pós-parto, com exercícios de fortalecimento de períneo (região situada entre a vulva e o ânus) e músculos abdominais. Todo o cuidado durante a gestação vai ajudar na recuperação da puérpera (o pós-parto). Pode atuar em academias e maternidades, além de clinicas obstétricas e de cuidados estéticos.
Fisioterapia neurofuncional
Área da fisioterapia que estuda, previne, diagnostica e trata os distúrbios neurológicos que envolvem as funções neuromotoras; como por exemplo, pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (AVE). A fisioterapia neurofuncional induz ações terapêuticas para recuperação de funções, dentre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação.
A fisioterapia neurofuncional pode minimizar as deficiências advindas das doenças que acometem o sistema nervoso como:
paralisia cerebral;
esclerose múltipla;
acidente vascular encefálico (derrame cerebral);
doença de Parkinson, entre outras.
Atua também preventivamente junto a hipertensos e diabéticos e promove educação na saúde junto a jovens, prevenindo os problemas relacionados a violências no trânsito, que podem resultar em TCE (traumatismo crânio encefálico) e lesões raquimedulares
Fisioterapia musculoesquelética
Estuda, diagnostica e trata as disfunções musculoesqueléticas, de origem ortopédica, reumática ou decorrente de traumatismos.
Tem como recursos a cinesioterapia (terapia do movimento), eletroterapia, termoterapia, hidrocinesioterapia para aumentar a capacidade de movimentação, estimular a circulação e diminuir as dores de pacientes com fraturas, traumas musculares e entorses.
Fisioterapia respiratória
Pode atuar tanto na prevenção/ promoção à saúde quanto no tratamento das pneumopatias (doença que afeta os pulmões) utilizando-se de diversas técnicas e procedimentos terapêuticos quanto em nível ambulatorial, hospitalar ou de terapia intensiva. Tem o objetivo de estabelecer ou restabelecer um padrão respiratório funcional, reduzindo os gastos energéticos durante a respiração, capacitando o indivíduo a realizar as mais diferentes atividades de vida diária sem promover grandes transtornos e repercussões negativas em seu organismo.
Utiliza técnicas e manobras que visam melhorar a dinâmica respiratória e a distribuição do ar inalado no pulmão, removendo secreções brônquicas, e obtendo assim um melhor desempenho respiratório. Além das técnicas manuais, existem diversos equipamentos que auxiliam na obtenção desses resultados.
Fisioterapia cardiovascular
Tem como objetivo a melhoria do condicionamento físico, qualidade de vida e redução dos fatores de risco associados a doenças cardiovasculares. O fisioterapeuta faz parte de uma equipe multiprofissional atuando na Educação na Saúde da comunidade. Na Reabilitação Cardíaca (RC) atua no conjunto das intervenções necessárias para fornecer ao doente cardíaco uma condição física funcional, psicológica e social o melhor quanto possível. Atua também nas disfunções vasculares, pós-cirúrgicos e na drenagem linfática.
Fisioterapia pediátrica
Utiliza uma abordagem com base em técnicas neurológicas e cardiorrespiratórias especializadas, integrando os objetivos fisioterápicos com atividades lúdicas e sociais, levando a criança a uma maior integração com sua família e a sociedade.
Pode atuar em creches (orientação a berçaristas, pais ou em estimulação ao desenvolvimento psicomotor das crianças), em consultórios e clinicas (crianças que apresentam atrasos ou distúrbios no desenvolvimento psicomotor), ou em hospitais e Unidades de Terapia Intensiva neonatal.
Fisioterapia esportiva
É uma área relacionada a equipe da medicina esportiva. Sua prática e métodos são aplicados na prevenção de lesões ou no caso de lesões já instaladas, com o propósito de recuperar a disfunção e devolver o atleta para a prática esportiva. O trabalho da fisioterapia desportiva é bastante diferente dos outros, pois tudo tem de ser muito rápido e funcionalmente mais efetivo, pois o atleta mais do que qualquer outro indivíduo precisará executar todas as funções do seu corpo, músculos, ossos e articulações,no máximo de potência e amplitude para execução perfeita de todos os movimentos.
Fisioterapia da ATM (articulação temporo mandibular)
Atua principalmente na saúde bucal em conjunto com a odontologia, tratando de disfunções da ATM. Por ser uma das articulações mais utilizadas de todo o corpo (abre-se e fecha-se a boca aproximadamente 1500 a 2000 vezes ao dia, durante os movimentos de falar, mastigar, deglutir, bocejar e ressonar), o tratamento fisioterapêutico em conjunto com o tratamento multidisciplinar, proporciona um alívio das condições sintomatológicas do paciente, buscando restabelecer a função normal do aparelho mastigatório.
Fisioterapia oncológica
Desempenha um importante papel na prevenção, minimização e tratamento dos efeitos adversos do tratamento do câncer. É um dos procedimentos que estão sendo adotados, tanto após uma cirurgia de câncer como também durante todo o tratamento.
Esse recurso pode ser utilizado em todos os casos, como nos de câncer de mama, tumores de cabeça e pescoço, além dos relacionados ao sistema músculoesquelético. A fisioterapia, quando iniciada precocemente, desempenha um importante papel na busca da prevenção das complicações advindas do tratamento do câncer, favorecendo o retorno às atividades de vida diária, e melhor qualidade de vida. Muitas vezes, a fisioterapia começa no período pré-operatório.
O tratamento fisioterapêutico também é importante durante as fases de quimioterapia e radioterapia e também, nos cuidados paliativos.
Fisioterapia preventiva escolar
Ainda representa um campo de atuação que precisa ser melhor explorado pelo fisioterapeuta. Tem como principais focos de ação os aspectos relacionados à postura, problemas físicos (obesidade e sedentarismo), o estresse infantil e a inclusão social. O fisioterapeuta busca através de sua visão global e de seus conhecimentos a respeito do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), facilitar a aquisição/aprimoramento de certas habilidades e conceitos necessários, prévios ao processo de alfabetização.
O fisioterapeuta agrega conhecimentos e capacidade de avaliação e planejamento de atividades que possam apoiar o professor no processo de alfabetização e inclusão do aluno.
NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família)
Promove atenção específica da fisioterapia junto às famílias, mas também age como educador e promovedor de ideias e ações que contribuam para o controle e prevenção das enfermidades. Atua nos condicionantes e determinantes do processo saúde/doença, com a compreensão que a promoção de saúde é resultante de um trabalho articulado envolvendo todas as esferas de governo e o controle social. Com conhecimentos sobre as doutrinas e processos organizativos do SUS, incorpora saberes e práticas na inserção do fisioterapeuta no Programa Saúde da Família, além de um entendimento sobre os conceitos e definições do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF).

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