Relatório - Laboratório Biologia Celular DCVII-UNEB

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)
Autorização: Decreto nº 92937/86 - Reconhecimento: Portaria nº 909/95, DOU 01.08.95
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA (DCV) – CAMPUS I
COLEGIADO DO CURSO DE FISIOTERAPIA
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I (FIO040)
RELATÓRIO TÉCNICO
1. IDENTIFICAÇÃO DO LABORATÓRIO
NOME: Laboratório de Biologia Celular do Departamento de Ciências da Vida da Universidade do
Estado da Bahia (DCV II/ UNEB), sala 618.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS: No laboratório são realizadas aulas práticas dos componentes
curriculares de caráter teórico e prático: Biologia celular e patologia que são ofertados para os cursos
de saúde do DCV II/UNEB.
DATAS DAS VISITAS: 30/08 e 13/09/2023.
2. OBJETIVO DA INSPEÇÃO
● Verificar as condições sanitárias da estrutura, layout, equipamentos e atividades executadas no
laboratório que possam interferir na saúde de discentes, docentes, funcionários e colaboradores;
● Desenvolver relatório técnico com informações e medidas que possam subsidiar a tomada de
decisão para controle e acompanhamento dos fatores de risco à saúde de discentes, docentes,
funcionários e colaboradores.
3. CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL
Na sala 618 (figura 1a e 1b) do prédio DCV II/UNEB, que comporta até 16 indivíduos, há uma porta
de entrada com maçaneta de metal a qual dá acesso ao laboratório. À direita, na parte externa da
porta, encontra-se um cartaz informativo com um QR code sobre doação de sangue, e à esquerda, um
extintor de incêndio. Ao adentrar ao laboratório, acima da porta, está a lanterna de emergência. À
direita, localiza-se um quadro de energia, e logo ao chão tem um ralo de plástico sem proteção.
Seguindo na mesma direção, há uma pia com cuba profunda e torneira de aço inox, logo acima três
dispenser para papel toalha, álcool 70% e sabonete líquido. Além disso, abaixo está uma lixeira
plástica acionada a pedal e uma caixa coletora perfurocortante amarela. Por conseguinte, tem uma
bancada em mármore tipo (Orçar Barueri), com peças para as práticas de biologia celular como
pipeta volumétrica, becker, placa de petri, frasco de reagentes e tubo de ensaio. Ainda por cima,
possui um ventilador de parede preto e três tomadas no padrão antigo. Na mesma direção, há um
microscópio trinocular de uso exclusivo do docente e uma televisão com suporte pedestal de rodas.
Logo ao lado uma mesa escritório de madeira com computador completo, uma cadeira preta. Na
parede dispõem-se de três janelas com película insulfilm de cor preta e no chão uma lixeira de
plástico sem tampa. Juntamente há uma geladeira, um frigobar e quatro tomadas no padrão antigo, e
Rua Silveira Martins, nº 2555, Cabula. Salvador-BA. CEP 41.150-000.
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logo acima está um ar condicionado. No mesmo sentido, tem uma mesa de escritório de madeira com
uma gaveta e sobre a mesa um microscópio do tipo Zeiss. Em linha reta, há um armário que serve
como local de armazenamento para os materiais utilizados em aulas práticas como soluções
químicas, reagentes abertos, lâminas, vidrarias de uso contínuo e materiais de escritório. Além disso,
do mesmo lado está uma estante de aço multi-uso com 6 prateleiras. Chegando à porta do lado
esquerdo, encontra-se um quadro branco. E ao centro, localiza-se uma bancada de mármore tipo
(Orçar Barueri) com 8 microscópio tipo (Zeiss) e 7 microscópio tipo (Leica), logo abaixo há 18
bancos de madeira.
4. NÃO CONFORMIDADES IDENTIFICADAS
01. Informes antigos e desatualizados (Figura 2)
02. Objetos no chão, em cima de armários, desnecessários e estranhos ao ambiente; (Figura 3,
Figura 4, Figura 5)
03. Tomadas no padrão antigo, mal encaixadas, com gambiarras e próximas à rede hidráulica;
(Figura 6a, Figura 6b)
04. Parede com remendo, sem pintura, com furos e buracos; (Figura 7, Figura 8a, Figura 8b,
Figura 8c, Figura 19)
05. Ralo de plástico; (Figura 9)
06. Lixeira sem tampa e pedal;
07. Presença de ventilador de parede sem uso; (Figura 10)
08. Janelas com frestas sem proteção; (Figura 11)
09. Materiais de prática vencidos; (Figura 12, Figura 13a, Figura 13b, Figura 13c, Figura
13d, Figura 13e, Figura 13f, Figura 13g)
10. Gambiarras na rede elétrica para utilização dos microscópios e equipamentos eletrônicos;
(Figura 14, Figura 24)
11. Fios expostos e desencapados; (Figura 15)
12. Armário aberto com ferrugem; (Figura 22)
13. Materiais de limpeza sem suporte adequado; (Figura 16)
14. Torneira inadequada para um laboratório; (Figura 16)
15. Dispositivo de emergência sem suporte para rede elétrica; (Figura 17)
16. Lâmpadas sem suporte; (Figura 18)
17. Sifão (cano da pia) exposto. (Figura 20)
*ARMÁRIO DESORGANIZADO
* FRIGOBAR COM VASILHAS VAZIAS
*CAIXAS DE PASSAGEM DE FIOS SOLTAS E COM BURACOS
5. MAPA DE RISCO
O mapa de risco se trata de uma metodologia descritiva e qualitativa de investigação territorial de
riscos e, seu processo de construção na área da saúde se dá através da análise das características
físicas do ambiente e os processos de trabalho realizados neste (Hokerberg, 2006). A Norma
Regulamentadora 1 (NR-1), elaborada pelo Ministério do Trabalho e Previdência do Brasil,
estabelece, através do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) que, é obrigação do empregador
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informar aos trabalhadores sobre os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho e elaborar
medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou reduzir tais riscos.
A NR-1 recomenda ainda, que é responsabilidade da organização do estabelecimento o
gerenciamento de riscos ocupacionais, e dentre os mecanismos adotados pela organização, a consulta
dos trabalhadores quanto à percepção de riscos ocupacionais deve ser feita.
A classificação dos grupos risco do Laboratório de Biologia Celular foi elaborada de acordo com os
termos e definições apresentados na NR-1e no documento sobre biossegurança em laboratórios
elaborada pelo Serviço Especializado em Segurança e Medicina e Segurança do Trabalho (SESMT)
da Universidade Federal do Maranhão (UFMA):
● Risco biológico: microrganismos, parasitas ou materiais originados de organismos que, em
função de sua natureza e do tipo de exposição, são capazes de acarretar lesão ou agravo à saúde do
trabalhador;
● Risco físico: se trata de qualquer forma de energia que, em função de sua natureza, intensidade
e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. São exemplos o ruído,
vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes;
● Risco químico: substância química, por si só ou em misturas (gases, fumos, vapores, poeiras
etc), quer seja em seu estado natural, quer seja produzida, utilizada ou gerada no processo de
trabalho, que em função de sua natureza, concentração e exposição, é capaz de causar lesão ou
agravo à saúde do trabalhador. Qualquer produto que possa penetrar no organismo por via
respiratória ou até absorvido pela pele ou por ingestão;
● Risco ergonômico: são agentes que causam desconfortos e afetam a saúde do indivíduo. São
exemplos o esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de
produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, altura de bancadas ou superfícies
inadequadas, cadeiras irregulares, dentre outros.
● Risco mecânico/de acidentes: arranjo físico do ambiente, equipamento sem proteção,
probabilidade de incêndio são exemplos de agentes que conferem risco de acidente em um ambiente
e coloca as pessoas envolvidas no processo de trabalho em situaçãode perigo. Após a análise do
ambiente através da visita técnica e do acesso às definições dos agentes e respectivos riscos
ambientais, a elaboração do mapa se deu através da coleta de informações sobre:
- Os principais tipos de atividades desenvolvidas no laboratório;
- Materiais que são utilizados nos procedimentos realizados;
- Fluxo de pessoas envolvidas nas atividades.
A graduação do nível dos riscos no ambiente se deu a partir da observação do espaço e dos
equipamentos disponíveis nas visitas técnicas e através da coleta de informações sobre os tipos de
atividades desenvolvidas. Os riscos foram classificados em baixo, moderado e elevado, conforme
disponível no ANEXO 11.2.
6. MEDIDAS PROPOSTAS
1. Fixar informes atualizados e cartaz de biossegurança no quadro acrílico;
2. Realizar limpeza e organização dos objetos em laboratório;
3. Trocar as tomadas para o padrão atual;
4. Realizar manutenção das paredes (emassamento e pintura ou revestimento);
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5. Substituição por ralo escamoteável de aço inox;
6. Troca por lixeira em aço inox com pedal;
7. Descarte de ventilador de parede;
8. Revisar e reparar todas as janelas;
9. Descarte de material vencido e realizar limpeza frequente e adequada dos armários.
10. Revisar e reparar todas as instalações elétricas;
11.Verificar e instalar tomadas mais afastadas da rede hidráulica;
12. Descarte de material enferrujado e compra de dois armários para organização dos
objetos das aulas práticas;
13. Suporte adequado para materiais de limpeza
14. Substituição por torneira clínica lavatório alavanca;
15. Instalar tomada para o dispositivo de emergência;
16. Instalar suporte para lâmpadas;
17. Instalar um armário a fim de evitar exposição do sifão
7. PARECER
No momento das inspeções foram observadas não conformidades na estrutura,
identificação e equipamentos do laboratório de Biologia Celular. O risco apresentado à saúde é
de baixo a moderado. Portanto, recomendamos as adequações necessárias indicadas nas
medidas propostas (item 6) a fim de atender todas as normativas vigentes sobre saúde e
segurança. Ademais, recomendamos a integração do plano de gerenciamento de resíduos do
laboratório ao plano de destinação dos resíduos do departamento, retirada e destinação
adequada de todos os materiais e utensílios não utilizados no ambiente e elaboração de
inventário de materiais e equipamentos.
Além disso, destacamos a necessidade de instalação de armários externos ao laboratório
(corredor) para melhor organização e segurança do ambiente.
8. EQUIPE TÉCNICA
Catarina Cavalcante de Mesquita Santos - Estagiária de Fisioterapia
Lívia do Nascimento Santos - Estagiária de Fisioterapia
Maria Fernanda - Estagiária de Fisioterapia
Maria Luiza - Estagiária de Fisioterapia
Mariana - Estagiária de Fisioterapia
Thaísa Mirella de Lima Ribeiro - Estagiário de Fisioterapia
Daniel Deivson Alves Portella - Supervisor de Fisioterapia
9. BASE LEGAL:
● RDC 50/02 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o Planejamento, Programação,
Elaboração e Avaliação de Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde;
● RDC 306/04 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de
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Serviços de Saúde;
● Lei Estadual 3982/81 - Dispõe sobre o Subsistema de Saúde do Estado da Bahia, aprova a
legislação básica sobre promoção, proteção e recuperação da saúde e dá outras providências;
● Decreto Estadual 29.414/83 – Regulamenta a Lei n. 3.982, de 29 de dezembro de 1981 que
dispõe sobre o Subsistema de Saúde do Estado da Bahia, aprova a legislação básica sobre
promoção, proteção e recuperação da saúde e dá outras providências;
● Instrução Normativa para uso dos laboratórios para fins de aulas práticas - Comitê de
Biossegurança (COBIO).
● Norma Regulamentadora 1 (NR-1) Portaria MTP n° 4.219, de 20 de dezembro de 2022-
estabelece as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às
Normas Regulamentadoras - NR relativas à segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os
requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em
Segurança e Saúde no Trabalho - SST.
10. REFERÊNCIAS
● Hökerberg YHM, Santos MABD, Passos SRL, Rozemberg B, Cotias PMT, Alves L et
al. O processo de construção de mapas de risco em um hospital público. Ciência e Saúde
Coletiva. 2006; 11(2): 503-513.
● Associação Brasileira de Normas Técnicas. NR 01 : disposições gerais e gerenciamento
de riscos ocupacionais. Brasília: Ministério do Trabalho e Previdência. Portaria MTP n° 4.219,
de 20 de dezembro de 2022.
● Serviço Especializado em Segurança e Medicina e Segurança do Trabalho.
Biossegurança em laboratórios. São Luiz: Universidade Federal do Maranhão, 2019; 16.
Disponível em: http://www.ufma.br/portalUFMA/ arquivo/3c85c88c4fc6e33.pdf. Acesso em
09/08/2023
11. ANEXOS
11.1 Biologia Celular
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Figura 1a. Espaço físico do laboratório Figura 1b. Espaço físico do Laboratório
Figura 2. Informes antigos e desatualizados Figura 3. Descarte de perfurocortantes no chão
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Figura 4. Objetos soltos em cima do armário Figura 5. Banco embaixo da bancada e sem uso
Figura 6a. Tomada desencaixada Figura 6b. Tomada quebrada e no padrão antigo
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Figura 7. Parede sem pintura Figura 8a. Parede com furos Figura 8b. Parede com furos
Figura 8c. Parede com furos Figura 9. Ralo solto Figura 10. Ventilador sem uso
Figura 11. Janela com frestas Figura 12. Armário desorganizado Figura 13a. Produto vencido
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Figura 13b. Produto vencido Figura 13c. Produto vencido Figura 13d. Produto vencido
Figura 13e. Produto vencido Figura 13f. Produto vencido Figura 13g. Produto vencido
Figura 13h. Produto vencido Figura 14.Muitos fios soltos Figura 15. Fios desencapados
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Figura 18. Lâmpada sem proteção
Figura 19. Cano aberto Figura 20. Sifãoexposto Figura 21. Frigobar com vasilhas vazias
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Figura 22. Armário enferrujado Figura 23a. Caixas de fios soltas Figura 23b. Caixas de fios soltas
Figura 24. Instalações elétricas Figura 25. Suportes enferrujados Figura 26. Vidros soltos
inadequadas
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Figura 27a. Figura 27b.
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11.2. Mapa de Risco
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