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Direito Civil Espelho Correcao Secao 3

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Direito Civil
SEÇÃO 3
ESPELHO DE CORREÇÃO
Seção 3
Direito Civil
Considerando tudo que já estudamos até agora, vamos juntos 
resolver a questão?
Como mencionado no Livro Didático, importante responder àquelas 
quatro importantes perguntas para delimitarmos o problema do 
cliente e identifi carmos a solução a ser oferecida. Vejamos, então, 
as respostas:
(i) O que o cliente pretende? 
Rogério quer destituir a viúva Helena, sua mãe, do cargo de 
inventariante, tomando-o para si para administrar os bens.
(ii) Por que o cliente pretende? Porque ela se manteve inerte 
diante da determinação judicial e nada fez para defender o 
imóvel que foi ocupado por terceiros.
(iii) Com base em que ele pretende? 
Com base nos deveres e encargos inerentes ao inventariante, 
os quais não estão sendo por ela observados, nos termos do art. 
618, II e III do Código de Processo Civil.
(iv) Como conseguir o que ele pretende?
Por meio de um incidente de remoção de inventariante a ser 
apensado aos autos, nos termos do art. 622, do Código de 
Processo Civil. 
Na prática!
2
NPJ - NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
DIREITO CIVIL - ESPELHO DE CORREÇÃO - SEÇÃO 3
Com estas informações, podemos elaborar a peça solicitada. 
Atente-se que, para elaborar um incidente de remoção de 
inventariante, será preciso endereçar corretamente a petição, 
lembrando de indicar os autos do inventário (que é a ação principal), 
aos quais o pedido deverá ser distribuído por dependência, já que ele 
deverá tramitar em apenso. 
Lembre-se também de obedecer a todas as regras de elaboração 
de uma petição inicial, previstos no art. 319, do Código de Processo 
Civil, lembrando o seguinte:
a) Endereçamento: será o mesmo do inventário já em curso que, no 
caso, foi distribuído junto à 2ª Vara de Sucessões da Comarca de São 
Paulo, lembrando que deverá ser indicado o número dos autos principais 
(nº 0127446-72.2016.8.26.0100) para que ele possa ser apensado;
b) Qualificação das partes: qualificar corretamente o Rogério, como 
Requerente, e do inventariante então nomeado, a Helena, como Requerida;
c) Fato e os fundamentos jurídicos do pedido: deverá ser exposto o 
raciocínio argumentativo, discorrendo sobre as informações narrativas 
que movimentam o pedido, bem como os fundamentos jurídicos e 
legais que representa a base do pedido. É importante apontar quais 
os encargos atribuídos pela legislação ao inventariante estão sendo 
descumpridos pela Requerida, se for o caso, identificando no rol 
exemplificativo do artigo 618, quais deles foram desrespeitados, bem 
como a correspondência deles a qual hipótese do art. 622, ambos 
do Código de Processo Civil, justifica a remoção do cargo;
d)Pedidos: expondo-se os argumentos, ao final, deverá ser alcançada 
a conclusão formulando-se o pedido de remoção de inventariante. 
No caso, é importante ainda ser indicado o Requerente como 
quem deve ser nomeado em substituição, já que este é o desejo 
do seu cliente. Além disso, deve ser pedida a intimação da então 
inventariante para defender-se no prazo de 15 (quinze) dias, bem 
como o pedido para o processamento do incidente em apenso;
33
Direito Civil - Espelho de Correção - Seção 3NPJ 
e) Valor da causa: como o cargo de inventariante não é mensurado 
financeiramente, é preciso atribuir algum valor, ainda que simbólico, 
e qualquer que seja, para fins fiscais;
f) Provas: tendo em vista que dois são os fatos que fundamentam 
o pedido do seu cliente − quais sejam, (i) ela se manteve inerte 
diante das determinações judiciais e (ii) nada fez para defender 
o imóvel que foi ocupado por terceiros – é importante observar 
que o primeiro é provado por documentos, consubstanciados em 
cópias dos autos principais que indiquem a ausência de protocolo 
no prazo determinado pelo juiz; e o segundo, que pode ser provado 
por diferentes formas, como por fotos que demonstrem a invasão 
e, sobretudo, por testemunhas que poderão afirmar a ocorrência da 
ocupação. Lembre-se ainda que, tendo em vista que os bens ainda não 
foram devidamente arrolados nos autos, é importante demonstrar 
que a referida casa pertencia mesmo ao autor da herança para que 
esteja comprovada a obrigação da inventariante em administrar e 
manter sua integridade como bem integrante do acervo patrimonial. 
Neste sentido, os documentos devem ser juntados com a petição 
inicial e, demais provas devem nela ser requeridas; 
g) Indicação da opção do autor pela realização ou não de audiência 
de conciliação ou de mediação: como é novidade do novo Código 
de Processo Civil, é importante indicar expressamente a intenção 
do Requerente em ser feita uma audiência de conciliação, o que, no 
caso, já foi sinalizado por seu cliente. 
Tendo em vista que o cliente deseja tomar para si o cargo de 
inventariante, é importante formular o pedido de sua nomeação, 
indicando qual fundamento justificaria sua legitimidade para assumir 
o cargo em substituição.
Lembre-se que a lei (art. 622 e 623, do Código de Processo Civil) não 
exige prazo para requerer a remoção do inventariante do seu cargo, 
de modo que você pode indicar qualquer data após seu cliente ter 
sido intimado. 
44
Direito Civil - Espelho de Correção - Seção 3NPJ 
Sente-se pronto para elaborar a peça proposta? Vamos conferi-la 
no próximo capítulo. 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DE SUCESSÕES 
DA COMARCA DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO
Distribuição por Dependência nº 0127446-72.2016.8.26.0100
ROGÉRIO ROCHA LIMA, brasileiro, maior, capaz, divorciado, 
engenheiro mecânico, portador da Cédula de Identidade 
nº..., expedida pela ..., e do CPF nº ..., endereço eletrônico 
..., residente e domiciliado na Rua ..., nº ..., Bairro ..., Cidade 
Campinas, Estado de São Paulo, por intermédio de seu(sua) 
advogado(a) e bastante procurador(a), conforme procuração 
juntada em anexo, com escritório profissional sito à Rua ..., nº ..., 
Bairro ..., Cidade São Paulo, Estado de São Paulo, onde recebe 
notificações e intimações, vem respeitosamente à presença de 
Vossa Excelência, com fulcro no art. 622 e 623, do Código de 
Processo Civil, apresentar: 
INCIDENTE DE REMOÇÃO DE INVENTARIANTE
em desfavor de HELENA SOARES ROCHA LIMA, brasileira, viúva, 
médica, portadora da Cédula de Identidade nº ..., expedida pela 
..., e do CPF nº ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliada 
Questão de ordem!
55
Direito Civil - Espelho de Correção - Seção 3NPJ 
na Rua ..., nº ..., Bairro ..., Cidade São Paulo, Estado de São Paulo, 
do cargo que ocupa nos autos de inventário de nº 0127446-
72.2016.8.26.0100, em curso perante este juízo da 2ª Vara de 
Sucessões da Comarca de São Paulo/SP, dos bens deixados pelo 
falecimento de Henrique Andrade Lima, o que se faz em vista 
das seguintes razões de fato e de direito
I. DOS FATOS
Como já constante dos autos principais, o sr. Henrique Andrade 
Lima faleceu no dia 20 de abril de 2016 deixando bens e dívida 
a serem inventariados.
Ele deixou a viúva Helena Soares Rocha Lima, a filha Camila 
Rocha Lima e o filho Rogério Rocha Lima, ora requerente.
Aberto o inventário ao requerimento do cônjuge supérstite e de 
um de seus filhos, foi requerida a citação do herdeiro Rogério, 
ora Requerido, o que se deu no dia 10 de julho de 2016. 
Após ser devidamente habilitado nos autos, ele pôde verificar que 
a viúva do falecido, também sua mãe, foi nomeada inventariante 
do seu Espólio no dia 25 de abril de 2016 (fls. ...), prestando 
regular compromisso em 22 de junho de 2016 (fls. ...).
Na oportunidade, foi determinado a ela que apresentasse aos 
autos as Primeiras Declarações no prazo de 20 (vinte) dias a 
contar do termo de compromissofirmado, o que, até a presente 
data não ocorreu, conforme se verifica nas cópias dos autos 
principais ora juntadas em anexo. 
Dentre os bens a serem inventariados e administrados pela 
inventariante, tem-se uma casa situada na Rua ..., nº ..., em Belo 
Horizonte, que foi recebida pelo de cujus por herança de seus 
pais, conforme se comprova pelos documentos em anexo. 
Em uma visita à cidade, o ora Requerente constou que o lote 
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Direito Civil - Espelho de Correção - Seção 3NPJ 
no qual a casa está localizada, fora invadido por terceiros 
desconhecidos e, ao procurar saber mais informações, constatou 
que a inventariante nada fez para proteger o imóvel. 
Neste sentido, o Requerente repudia a inércia da inventariante 
nomeada, tendo em vista que não está a despender os meios 
necessários para administrar corretamente o espólio com 
diligência e agilidade, sendo contrária às disposições legais que 
regem o inventário.
II. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Consoante a melhor doutrina e definições previstas em lei, o 
inventariante é aquele que será devidamente nomeado para 
representar o espólio em juízo e assumindo a administração 
do acervo patrimonial, realizando-a com dedicação, 
responsabilidade, transparência e celeridade. 
Uma vez nomeado, o inventariante prestará o compromisso de 
bem e fielmente desempenhar o cargo, nos termos do art. 617, 
parágrafo único, do Código de Processo Civil, a partir de quando 
ele, oficialmente representará o espólio, assumirá a posse dos 
bens e exercerá a inventariança até a concretização da partilha, 
conforme o mencionado art. 1.991 também do Código de 
Processo Civil. 
Durante este período, ele deverá realizar todas as diligências 
necessárias para atingir os objetivos condizentes com seu cargo, 
dentre as quais destacam-se as incumbências previstas no art. 
618 do Código de Processo Civil:
Art. 618. Incumbe ao inventariante:
I - representar o espólio ativa e passivamente, em 
juízo ou fora dele, observando-se, quanto ao dativo, o 
disposto no art. 75, § 1º;
77
Direito Civil - Espelho de Correção - Seção 3NPJ 
II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com a 
mesma diligência que teria se seus fossem;
III - prestar as primeiras e as últimas declarações 
pessoalmente ou por procurador com poderes especiais;
IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame 
das partes, os documentos relativos ao espólio;
V - juntar aos autos certidão do testamento, se houver;
VI - trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro 
ausente, renunciante ou excluído;
VII - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou 
sempre que o juiz lhe determinar;
VIII - requerer a declaração de insolvência.
O inventariante que não agir devidamente, em desrespeito a tais 
atribuições está sujeito a perder seu cargo, nos termos do art. 
622, do Código de Processo Civil, ex vi:
Art. 622. O inventariante será removido de ofício ou a 
requerimento:
I - se não prestar, no prazo legal, as primeiras ou as 
últimas declarações;
II - se não der ao inventário andamento regular, 
se suscitar dúvidas infundadas ou se praticar atos 
meramente protelatórios;
III - se, por culpa sua, bens do espólio se deteriorarem, 
forem dilapidados ou sofrerem dano;
IV - se não defender o espólio nas ações em que 
for citado, se deixar de cobrar dívidas ativas ou se 
não promover as medidas necessárias para evitar o 
perecimento de direitos;
V - se não prestar contas ou se as que prestar não forem 
julgadas boas;
VI - se sonegar, ocultar ou desviar bens do espólio.
Observa-se que a inércia da inventariante ora nomeada quanto à 
apresentação das Primeiras Declarações desrespeita o inciso III 
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Direito Civil - Espelho de Correção - Seção 3NPJ 
do art. 618, bem como consubstancia-se na hipótese do inciso 
I, do art. 622, ambos transcritos acima. 
Assim como, a inércia em defender a posse e a propriedade 
de bens do espólio, como no caso do imóvel ocupado por 
terceiro, contra o que ela não adotou nenhuma medida cabível 
para reintegrar-se na posse do bem, representa uma atitude 
imprudente que ofende o inciso II do art. 618, subsumindo-se à 
hipótese do inciso III, do art. 622, já mencionados. 
Sendo assim, outra solução não há senão a remoção de Helena 
Soares Rocha Lima do cargo de inventariante, já que não vem 
cumprindo com a devida diligência. 
Para tanto, verifica-se que o presente procedimento de incidente 
de remoção de inventariante mostra-se adequado para alcançar 
a nomeação de um novo inventariante que possa exercer o 
cargo com maior responsabilidade, nos termos do art. 623 e 
624, do Código de Processo Civil. 
E, neste sentido, importante observar a ordem de legitimidade 
para assumir o cargo de inventariante disposta no art. 617, do 
Código de Processo Civil, nos seguintes termos:
Art. 617. O juiz nomeará inventariante na seguinte ordem:
I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde 
que estivesse convivendo com o outro ao tempo da 
morte deste;
II - o herdeiro que se achar na posse e na administração 
do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro 
sobrevivente ou se estes não puderem ser nomeados;
III - qualquer herdeiro, quando nenhum deles estiver na 
posse e na administração do espólio;
IV - o herdeiro menor, por seu representante legal;
V - o testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a 
administração do espólio ou se toda a herança estiver 
distribuída em legados;
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Direito Civil - Espelho de Correção - Seção 3NPJ 
VI - o cessionário do herdeiro ou do legatário;
VII - o inventariante judicial, se houver;
VIII - pessoa estranha idônea, quando não houver 
inventariante judicial.
Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, 
prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o compromisso de bem e 
fielmente desempenhar a função.
Tendo em vista que a viúva, até então nomeada como 
inventariante é quem estava na posse dos bens, verifica-se que 
o herdeiro, ora Requerente, passa a ser o preferido para assumir 
o posto, nos termos do inciso III, do citado art. 617, pelo que 
se requerer sua nomeação para que ele possa administrar e 
inventariar os bens como maior agilidade e eficiência.
III. DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer digne-se Vossa Excelência em 
determinar:
a) A autuação em apenso aos autos do inventário e a intimação 
da inventariante para manifestar-se em 15 (quinze) dias, de 
conformidade com o previsto no artigo 623 do Código de 
Processo Civil. 
b) Seja julgado procedente o pedido de remoção da viúva Helena 
Soares Rocha Lima do cargo de inventariante, nomeando, em 
substituição, o Requerente ROGÉRIO ROCHA LIMA, a fim de 
que o processo de inventário possa ter de regular andamento e 
para correta administração dos bens do espólio.
c) O Requerente pretende provar o alegado por todos os 
meios de prova em direito admitidos, especialmente pelos 
documentos acostados com a presente e indicados acima, e 
testemunhas, que desde já requer a oitiva, além de outras que 
se fizerem necessárias.
1010
Direito Civil - Espelho de Correção - Seção 3NPJ 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), para fi ns fi scais. 
Nesses termos, pede deferimento.
São Paulo/SP, 15 de julho de 2016.
[Assinatura do Advogado]
[OAB...]
Questão 01: Em caso de litígio entre os herdeiros e interessados 
no inventário, quem deverá ser nomeado inventariante?
R: Deverá ser observada a ordem de preferência disposta no art. 
617, do Código de Processo Civil: 
Art. 617. O juiz nomeará inventariante na seguinte ordem:
I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde 
que estivesse convivendo com o outro ao tempo da 
morte deste;
II - o herdeiro que se achar na posse e na administraçãodo espólio, se não houver cônjuge ou companheiro 
sobrevivente ou se estes não puderem ser nomeados;
III - qualquer herdeiro, quando nenhum deles estiver na 
posse e na administração do espólio;
IV - o herdeiro menor, por seu representante legal;
V - o testamenteiro, se lhe tiver sido confi ada a 
administração do espólio ou se toda a herança estiver 
distribuída em legados;
VI - o cessionário do herdeiro ou do legatário;
VII - o inventariante judicial, se houver;
Resolução comentada
1111
Direito Civil - Espelho de Correção - Seção 3NPJ 
VIII - pessoa estranha idônea, quando não houver 
inventariante judicial.
Questão 02: Qual é o procedimento adequado para remover 
do cargo de inventariante aquele que foi devidamente nomeado 
quando não agir com a diligência devida?
R.: Nos termos dos art. 622 e 623, do Código de Processo Civil, 
a remoção do inventariante pode se dar de ofício ou mediante 
requerimento do interessado que deve propor por incidente 
processual a ser tramitado em apenso aos autos principais. 
Questão 03: Dentre os deveres de bem administrar os bens 
do espólio, o inventariante poderia promover a venda de um 
imóvel, por sua livre vontade, por julgar conveniente alguma 
oportunidade comercial? 
R.: Não. Consoante dispõe o art. 619, inciso I, do Código de 
Processo Civil, o inventariante somente poderá alienar bens, de 
qualquer que seja sua espécie, após ouvidos os interessados e 
mediante autorização do juiz. 
Questão 04: Durante o procedimento de incidente de remoção 
do inventariante, é possível produzir prova testemunhal?
R.: Sim. Consoante dispõe o art. 623, do Código Civil, o Requerente 
poderá pedir a produção das provas necessárias para comprovar 
os fatos que alega e que fundamenta a remoção do inventariante.
Questão 05: Quais são os deveres do inventariante?
R.: O inventariante deverá representar o espólio em juízo e 
assumindo a administração do acervo patrimonial, realizando-a 
com dedicação, responsabilidade, transparência e celeridade. Para 
tanto deverá desempenhar todas as incumbências necessárias, 
dentre as quais, o Código de Processo Civil exemplifica com o rol 
disposto no art. 618.
121212
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