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Preliminar: Entendemos que é possível. Assim, pediríamos a rejeição da denúncia (artigo 395, II do CPP) por ausência de interesse de agir (pela excludente da culpabilidade – coação moral irresistível). Mérito: 1- Excludente de culpabilidade, sendo possíveis duas teses: A) Coação moral irresistível; e B) Impossibilidade de conduta adversa, uma vez que não era possível exigir da vítima outra conduta na oportunidade. 2- Requerer , se condenado, com espeque no O §4º do art. 33 da Lei de drogas causa de diminuição de pena no crime de tráfico. Segundo a Lei n 11.343 de 2006, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. Destarte, no caso apresentado pela FGV, o réu satisfez todos os requisitos: a) era primário; b) possuía bons antecedentes; c) não integrava organização criminosa 3 – A conversão da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. É de se ressaltar ainda, que não obstante a Lei de Drogas vede expressamente a conversão da pena privativa de liberdade em penas restritivas de direitos, o Supremo Tribunal Federal decidiu que são inconstitucionais dispositivos da Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) que proíbem expressamente a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos (também conhecida como pena alternativa). 4- O candidato deveria lembrar-se do princípio da presunção da não culpabilidade e da proibição do uso de inquéritos policiais como maus antecedentes. A Súmula 444 do STJ diz: “ é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”. 5- o reconhecimento da atenuante genérica do artigo 65, I do CP: o acusado tinha mais de 70 (setenta) anos no momento da sentença criminal. Pedidos: Pedidos (principal): Absolvição 386, VI do CPP, veja: Art. 386 do CPP – O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência. Pedidos (subsidiários): A preliminar de anulação da instrução probatória, uma vez que a denúncia deveria ser rejeitada ab initio; se condenado, requer a redução da pena no crime de tráfico; a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos; o reconhecimento da atenuante genérica em razão da idade avançada (mais de 70 anos) e a aplicação do regime inicial aberto. Último dia do prazo: Obs: A intimação foi na sexta-feira, logo o prazo começou a fluir na segunda-feira. Data da peça: 13 de março de 2015. EXCELÊNTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO JUIZADO ESPECIL CRIMINAL Processo número: (...) O réu por seu advogado constituído, infra-assinado, vem, respeitosamente à presença de vossa excelência, nos autos do processo-crime, acima epigrafado, que lhe move o Ministério Público do Estado de (...), com fulcro no artigo 403, parágrafo 3º, do Código de Processo Penal, pra apresentar MEMORIAIS pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. PREIMINAR DOS FATOS DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 4º Vara Criminal da Comarca de Ribeirão Preto – Estado de São Paulo. Processo Criminal nº. Xxxxxxxxxx/2015 MARIA CLAUDIA, já qualificada nos autos do processo criminal em epígrafe, que lhe move a Justiça Pública, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência através de seu procurador devidamente constituído (procuração anexo fl. X), apresentar, dentro do prazo legal, com base no art. 396-A, do Código de Processo Penal, Resposta à Acusação, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. Dos fatos. Do Direito. Preliminarmente A respeitável denúncia não merece prosperar, pois a ré agiu em legítima defesa, onde não se poderia esperar comportamento diverso, causa esta excludente de antijuricidade, conforme prescreve os artigos 23, II, e 25, doCódigo Penal. Dos pedidos Requer que seja aplicado o art. 386, VI do Código de Processo Penal que prevê que o juiz absolverá o réu desde que conheça a existência de circunstancias que excluam o crime ou isentem o réu da pena (inciso VI) e consequentemente a aplicação do art. 397, I, CPP. Requer que seja feita a oitiva das testemunhas que presenciaram os fatos (rol em anexo). Nestes termos, Pede-se deferimento.
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