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[APOSTILA] HEMOSTASIA

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HEMOSTASIA 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Karina Keller M.C. Flaiban 
Prof. Mara Regina Stipp Balarin 
Patologia Clínica Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
LONDRINA – PARANÁ 
2010 
 
 
 
 
 
 
Hemostasia 
 
1) Introdução 
 
O sistema cardiovascular distribui sangue para todos os tecidos de todo o corpo e 
está predisposto, diariamente, a diversos tipos de lesão, porém os indivíduos normais 
têm um mecanismo bem controlado que impede a perda de sangue, mantém o fluxo 
sanguíneo e permite a cicatrização e reparo dos vasos lesados. 
 O termo hemostasia é definido como a parada do sangramento ou da 
hemorragia; suas falhas incluem efeito hemostático excessivo (e conseqüente trombose 
intravascular) e hemorragia excessiva. 
 Eventos fisiológicos e bioquímicos envolvendo a dinâmica do fluxo sanguíneo, 
componentes do endotélio vascular, fatores de coagulação, plaquetas e os mecanismos 
fibrinolíticos interagem para minimizar a perda de sangue e promover subsequente 
reparação tecidual. 
 Didaticamente, divide-se o mecanismo hemostático em 3 fases: hemostasia 
primária, hemostasia secundária ou coagulação e hemostasia terciária ou fibrinólise, 
embora exista uma interação entre todos os componentes do sistema. 
 
2) Hemostasia primária: 
 
Fisiologia: 
Vasos sanguíneos: quando um vaso é lesado, ocorre uma vasoconstrição reflexa que 
reduz o fluxo sanguíneo no local. A contração vascular é mantida pela liberação de 
componentes vasoativos das plaquetas e tecidos adjacente. Simultaneamente, as 
plaquetas aderem às fibras colágenas subendoteliais expostas. Esta interação causa uma 
liberação de ADP, serotonina, epinefrina e histamina. O vaso intacto oferece uma 
superfície tromborresistente ao fluxo sanguíneo. O endotélio não lesado não promove 
aderência de plaquetas ou leucócitos e não ativa a coagulação. As células endoteliais 
contribuem ativamente para esta “tromborresistência”, equilibrando propriedades 
vasculares procoagulantes e anticoagulantes. 
Procoagulantes: fator de von Willebrand; 
 Fator tecidual; 
 Inibidor ativador do plasminogênio; 
 Fator V; 
Anticoagulantes: barreira endotelial ao subendotélio; 
 Prostaciclina (PGI2); 
 Trombomodulina; 
 Proteína S; 
Inibidor da coagulação associado à lipoproteína; 
Ativador do plasminogênio; 
Sulfato de heparina; 
 
Plaquetas: 
São partículas celulares produzidas por megacariócitos sob a influência de diversos 
fatores de crescimento. A maior reserva está na medula óssea, mas também podem estar 
nos pulmões ou no baço. Os megacariócitos são células grandes (25 a 50nm) com 
núcleo poliplóide devido a um processo de endomitose (multiplicação do material 
genético nuclear sem a divisão celular). Com a maturação celular, formam-se 
pseudópodes e as plaquetas se destacam nas extremidades do citoplasma. A produção é 
regulada pela trombopoietina, principalmente. A plaqueta normal, vista no esfregaço 
sanguíneo tem 1 a 4 nm de diâmetro, forma esférica, oval ou discóide. O citoplasma é 
basófilo e contém grânulos acidófilos. A estrutura das plaquetas contém membrana, 
citoesqueleto e grânulos. São responsáveis pela contenção inicial do sangramento e em 
pequenas lesões são suficientes para efetuar a hemostasia. Em lesões maiores, é 
necessária a estabilização da fibrina. A adesão ao tecido endotelial (colágeno da 
membrana subendotelial) é mediada por glicoproteínas específicas para colágeno e para 
fator de vW. Ocorre mudança conformacional, ativação, degranulação, agregação de 
novas plaquetas, interação fibrinogênio, formação do tampão hemostático primário e 
início da hemostasia secundária. 
 
3) Hemostasia secundária: 
 
Fatores de coagulação: 
 São ativados principalmente, pela exposição à tromboplastina tecidual, expressa 
na superfície de células endoteliais ou fibroblastos extravasculares. Após a ativação 
inicial, a coagulação sanguínea ocorre em uma série de etapas nas quais zimogênios 
plasmáticos das proteínas são transformados em enzimas ativas. Estas enzimas ativas 
agem convertendo os seus substratos em cofatores, que se unem aumentando a 
concentração local dos produtos reativos. 
O evento final é a formação de trombina, que converte proteínas solúveis 
(fibrinogênio) em insolúveis (fibrina). A malha de fibrina estabiliza o tampão 
plaquetário. A disfunção ou ausência do fator de coagulação retarda a formação da 
fibrina. A cascata pode ser disparada por duas vias não excludentes. 
A via extrínseca depende da exposição a fatores e substâncias que não estão 
presentes normalmente na corrente sanguínea. Tais ativadores são liberados pela ação 
de agentes mecânicos ou alterações bioquímicas, como a liberação de citocinas. O fator 
tecidual (Fator III) é uma proteína de cadeia única que se liga ao fator VII. O fator 
tecidual é expresso na maioria das células que não têm contato com o sangue, excetos os 
hepatócitos. 
A liberação de endotoxinas pode estimular a biossíntese de citocinas nos 
monócitos e células endoteliais, fator de necrose tumoral e interleucina 1 que estimulam 
a produção de FT. O FT VII liga-se a FT de fibroblastos e de monócitos. Em indivíduos 
normais, é comum a presença de fator VIIa na circulação. Com a exposição do FT 
ocorre a ligação dos fatores VII e VIIa, no entanto, somente os complexos FT:VIIa são 
ativos, mas estes podem ativar o FT:VII, o que é chamado autoativação. Mas esta 
reação não é suficiente para ativar a cascata de coagulação. O fator XIIa(via intrínseca) 
e o Xa(via comum) são muito mais eficientes. 
O fator FT:VIIa ativa o f IX (via intrínseca) e o f X (via extrínseca). Para ocorrer 
a inibição, o IFT deve ligar-se a FT:VIIa e f X. 
A presença de IFT torna a via intrínseca a principal via de coagulação. É ativada 
pelo fator XII a que transforma a precalicreína em calicreína, que ativa outras moléculas 
de fator XII. 
O fator tecidual, liberado por tecidos lesados, ativa o F VII na presença de íons 
Ca
++
, iniciando a via extrínseca. O F XII das plaquetas ativadas, ativa o F XI, iniciando 
a via intrínseca. Ambos os fatores VIIa e XIa promovem reações em cascata, que, 
eventualmente podem ativar o fator X. O FXa, juntamente com FIII, FV, PF3 e cálcio 
irão ativar o ativador de protrombina. Este, converte protrombina em trombina. Esta, 
converte fibrinogênio em fibrina. Inicialmente, a fibrina forma uma massa 
desorganizada, mas o F XIII forma ligações covalentes que convertem a fibrina em um 
denso agregado de fibras. Plaquetas e hemácias são envolvidas nestas fibras e, há, então, 
a formação do coágulo. 
F XIIa -> F XI em F XIa -> F IX (HMWK) F IXa -> que é acelerado pelo VIII:FvW 
(deve-se dissociar para ser ativado pela trombina). 
 
Via comum: 
Qualquer via da cascata resultará na formação do fator X ativado (Xa). O fator 
Xa catalisa a conversão de protrombina em trombina, mas esta reação é muito lenta. O 
fator Va acelera esta reação. O fator V é ativado pelo Xa ou trombina. O Fa liga-se a Xa 
na superfície das células, juntamente com fosfolípideos de membrana e cálcio formando 
protrombinase que converte protrombina em trombina. 
O principal substrato da trombina é o fibrinogênio – separa em monômeros de 
fibrina, que se polimerizam espontaneamente, formando uma malha de fibrina. O fator 
XIIIa ativado pela trombina, estabiliza os polímeros de fibrina, criando pontes dissulfeto 
entre as moléculas. 
 
4) Hemostasia terciária ou fibrinólise: 
 
O sistema fibrinolítico do sangue de mamíferos desempenha um importante 
papel na dissolução dos coágulos e na manutenção do sistema vascular. A fibrina é 
formada durante a inflamação, mas necessita ser removida quando aestrutura normal do 
tecido e suas funções são restauradas para que seja restabelecido o bom funcionamento 
do fluxo sanguíneo e dos órgãos. O sistema fibrinolítico tem ação no coágulo, 
removendo-o e controlando enzimaticamente sua degradação. Essa ação é coordenada 
por meio da interação com ativadores, zimogênios, enzimas e substâncias inibidoras dos 
ativadores da fibrinólise. O comprometimento pode levar à trombose ou 
hiperfibrinólise. 
As proteínas plasmáticas contêm o plasminogênio, que quando ativado, 
transforma-se em plasmina, enzima proteolítica que digere as fibras de fibrina, bem 
como fibrinogênio, FV, FVIII, protrombina e FXII. Diante disso, a formação da 
plasmina causa lise do coágulo, ao destruir muitos fatores de coagulação, podendo 
causar hipocoagulabilidade do sangue. 
 No momento da formação do coágulo, grande quantidade de plasminogênio e 
retida, juntamente com outras proteínas plasmáticas. Os tecidos e o endotélio vascular 
liberam, muito lentamente, um poderoso ativador denominado ativador de 
plasminogênio tecidual, que em um ou mais dias após a interrupção do sangramento, 
converte o plasminogênio em plasmina, o que, por sua vez, remove o coágulo sanguíneo 
remanescente. Este mecanismo permite a volta do fluxo sanguíneo a vasos de pequeno 
calibre. 
 Pequenas quantidades de plasmina são formadas constantemente e poderiam 
impedir a coagulação sanguínea se não houvesse o fator anti plasmina, e outros 
inibidores como a α2macroglobulina, antiplasmina III, α1 antitripsina, proteínas C e S, 
além dos inibidores do plasminogênio tecidual (PAI 1 e PAI 2). 
 A proteína C degrada os fatores Va e VIIIa e aumenta a atividade fibrinolítica. A 
antitrombina III, um potente anticoagulante natural, inibe as ligações da trombina e do 
FXa, e sua função é dependente da presença de heparina, que induz uma ligação estável 
da AT III com os fatores IXa, XIa e XIIa e plasmina. 
 O resultado da fibrinólise é os produtos de degradação da fibrina e do 
fibrinogênio (PDFs). O aumento de PDFs, no caso de CID pode agravar a hemorragia, 
pois uma vez lesado o endotélio, eles impedem a agregação plaquetária por competir 
com o mesmo sítio de ligação nos receptores de membrana das plaquetas. 
 
5) Testes laboratoriais: 
 
a) A avaliação laboratorial dos distúrbios hemostáticos deve ser precedida de uma 
avaliação clínica criteriosa para diferenciar um distúrbio hemostático propriamente de 
uma hemorragia por causas diversas, como corpo estranho, diarréia viral, corte etc. 
Deve-se sempre avaliar a quantidade e a duração da hemorragia em relação ao grau da 
lesão para verificar se o sangramento é exacerbado ou prolongado. 
A história do paciente investiga-se o tempo de sangramento e o padrão (inicial ou 
tardio); a idade, para diferenciar distúrbios congênitos/hereditários de adquiridos; o 
sexo, porque existem heranças ligadas ao sexo; exposição a drogas ou agentes tóxicos; 
transfusões sanguíneas incompatíveis. O exame físico considera a existência de sinais 
de doenças intercorrentes, doenças mieloproliferativas, imunomediadas, insuficiência 
hepática, uremia ou doenças potencialmente desencadeadoras de CID. Petéquias (-
0,5cm) podem estar presentes em extremidades e em zonas de alta pressão; equimoses 
em pele ou mucosas; hemorragias intra-cavitárias ou em tecidos e outras formas de 
sangramento como hematúria, melena e epistaxe. 
 
b) Exames laboratoriais: 
A história e o exame clínico são importantes para a seleção de testes, com base na 
suspeita clínica da localização do defeito hemostático. A punção venosa deve ser 
cuidadosa, evitando garrote prolongado e /ou excessivas punções que levam à 
contaminação da amostra com substâncias teciduais (tromboplastina), estimulando a 
agregação plaquetária e a coagulação. 
Anticoagulantes: citrato de sódio a 3,8% (9 partes de sangue :1 parte anticoagulante) 
para fatores de coagulação; 
EDTA 10% (0,1mL : 5,0mL sangue) para contagem de plaquetas; 
Heparina – contra-indicado por inibir a trombina. 
 
Considerações: 
1- A amostra deve ser colhida em seringas e tubos plásticos ou siliconizados, pois o 
contato com o vidro ativa a via intrínseca da coagulação. 
2- Utilizar sangue recém-colhido, pois os fatores de coagulação têm vida média 
curta e as plaquetas tendem a formar agregados e/ou aderir à superfície do 
frasco; 
3- A temperatura do laboratório interfere nas provas laboratoriais por alterar a 
forma das plaquetas e acelerar (calor) ou retardar (frio) o processo de 
coagulação. Por isto, algumas provas devem ser realizadas em laboratórios 
climatizados. 
4- Devido à grande quantidade de fatores interferentes aos diferentes valores de 
referência existentes, recomenda-se a colheita e o processamento concomitante 
de um animal controle sadio. 
 
 
 
 
 
 
c) Testes de hemostasia primária: 
 
Vasos: 
Exame histopatológico: para avaliar a integridade vascular, ou presença de doenças do 
tecido conjuntivo que podem ocasionar alterações hemostáticas. 
Exame bioquímico das características do colágeno: para identificar doenças hereditárias 
da síntese do colágeno que podem afetar a hemostasia. 
 
Plaquetas: 
A contagem de plaquetas é realizada em câmara de Neubauer, utilizando oxalato de 
amônio a 1% como diluente. Como alternativa pode-se estimar a quantidade na lâmina. 
O valor de referência está entre 200.000 a 500.000/mm
3
. A trombocitopenia 
(<100.000mm
3
) pode ser causada por diminuição da produção (depressão da MO) ou 
aumento do consumo ou destruição. Valores inferiores a 50.000 plaquetas podem 
ocasionar sangramentos espontâneos. A trombocitose (contagem de plaquetas 
aumentada) está associada à anemia regenerativa, em resposta ao estímulo da 
eritropoietina, ou a neoplasias, infecções, processos inflamatórios ou pós-
esplenectomia. 
 
Tempo de sangramento da mucosa oral (TSMO) ou tempo de sangria: 
Avalia a integridade vascular e a função plaquetária. Incisão de 2 mm profundidade na 
mucosa oral do animal com aparelho descartável específico; a cada 30 segundos 
enxuga-se a gota de sangue da incisão sem tocá-la. O tempo entre a incisão e o 
estancamento da hemorragia é de, no máximo, 4 a 5 minutos. 
O teste depende da relação entre a estabilidade do tampão primário que é formado, da 
eficiência dos mecanismos vasculares, trombocitopatias e trombocitopenias. 
 
Teste de retração do coágulo 
Depende da quantidade e da função plaquetária. O VG interfere na retração do coágulo. 
O sangue é diluído 1:10 em solução salina tamponada; 2 ml solução; 1 unidade 
trombina bovina; mistura-se por inversão; banho de gelo ou refrigerados por 30’; 
transfere-se para banho-maria 37ºC ; observação a cada 30’ por 2 horas. 1 a 2 horas 
ocorre a lise do coágulo. 
 
Teste de adesão plaquetária 
Realizado em colunas de bolas de vidro ou filtros de tamanhos padrões, onde é medida 
a habilidade de aderência das plaquetas à superfície. Em um animal sadio, 75 % das 
plaquetas são retidas e a contagem final é baixa. Em animais com trombocitopatia ou 
doença von Willebrand a retenção é baixa. 
 
Teste de agregação plaquetária 
Efeito de agentes agregantes como ADP, colágeno, adrenalina, reistocetina e trombina 
em suspensões de plaquetas para avaliar a função plaquetária. 
 
Fator de von Willebrand 
Detecção antigênica do FvW é um método bastante sensível para avaliação da doença 
de von Willebrand. Métodos radioimunoensaio, ELISA e análise multimérica do FvW 
por eletroforese em gel de agarose. 
 
Mielograma – avaliação da medula óssea: 
Múltiplas citopenias, suspeita de leucemia, mieloma múltiplo e doenças 
mieloproliferativas; mielofibrose, metátases e infecções podem ser causas de alteraçõesplaquetárias de origem medular. 
Trombocitopenia: prognóstico e diferenciar queda da produção de consumo, seqüestro, 
destruição. 
Trombocitose essencial: neoplasia de célula tronco 
 
d) Testes diagnósticos da hemostasia secundária: 
Os testes realizados para verificar a eficácia da hemostasia secundária necessitam da 
realização simultânea de amostras controle devido à padronização falha das 
metodologias. 
 
Tempo de coagulação 
Método Lee-White: 
Testa a via intrínseca e via comum. Colheita de sangue total em um tubo sem ativador 
de coagulação e ativação por contato com vidro. Padronizar o volume sanguíneo, 
tamanho do tubo e banho-maria. Pode ser realizado em capilar sem anticoagulante 
(semelhante ao utilizado para realização do hematócrito). O aumento indica defeito 
grave nas vias intrínseca e comum e ocorre em coagulopatias induzidas por 
anticoagulantes, hepatopatias e coagulopatias congênitas. 
 
Tempo de coagulação ativada: 
Método semelhante ao anterior com a adição ao tubo de uma substância que ativa a via 
intrínseca. 
 
Colheita do material para coagulograma (TP,TTPA,TT) 
Citrato de sódio a 3,8% 1:9; cuidados com colheita para evitar ativação das plaquetas; 
testes devem ser realizados em 2 horas ou o plasma deve ser congelado (-20ºC por ate 2 
semanas ou -70ºC, 6 meses). 
 
TTPA- tempo de tromboplastina parcial ativada 
Avalia a via comum e a intrínseca pela adição de um fator de ativação por contato. 
Fosfolipídeos procoagulantes+cálcio +ativador da via intrínseca; 
É um teste pouco sensível, pois necessita de uma redução de 70% dos fatores de 
coagulação para que o TTPA se altere. É indicado para monitorar a terapia com 
heparina. 
 
TP- tempo de protrombina 
Avalia a via extrínseca e a comum pela adição de um fator tecidual, estimulando a 
coagulação pela via extrínseca. 
Fator tecidual + cálcio. 
Monitora terapia com varfarina, porque o fator VII ativado neste teste é dependente de 
vitamina K. 
 
TT- tempo de trombina 
Avalia basicamente o tempo para a formação da fibrina a partir do fibrinogênio, que é o 
passo mais importante da via comum. Mede a conversão de fibrinogênio em fibrina. 
Adiciona-se trombina ao plasma citratado. 
Aumento: redução fibrinogênio (aumento consumo, CID, doença hepática) 
 desfibrinogenemia (doença hepática ou aumento de PDF) 
Redução: ativação local da coagulação, CID. 
 
Fibrinogênio 
- Dosagem antigênica: anticorpos anti fibrinogênio em imunoensaio; 
- Precipitação pelo calor com leitura por refratometria: não é sensível para distúrbios 
hemostáticos. 
- método colorimétrico: mais preciso para mensurar o fibrinogênio, mas pouco utilizado 
em laboratórios veterinários. 
 
Outros testes específicos: 
Deficiência congênita de fatores de coagulação avaliação individual. Ex.: hemofilia. 
 
Proteínas induzidas pela inativação ou ausência da vitamina K 
PIVKA – fatores de coagulação dependentes de vitamina K produzidos pelo fígado 
durante períodos de ausência ou deficiência ou inibição da vit K. São detectados por 
testes imunológicos ou cromatografia líquida de alta pressão. 
 
Tempo de veneno de víbora de Russell (TVVR) 
Ativação direta do f X pelo VVR, o que avalia anormalidades na via comum. 
 
Anticoagulantes endógenos 
Capacidade anticoagulante do paciente, já que o consumo excessivo destas substâncias 
pode levar a hipercoagulação. 
Antitrobina III e proteína C 
A redução predispõe à trombose; são dependentes de vitamina K. 
 
e) Testes de hemostasia terciária 
 
A atividade fibrinolítica normal é baixa e indetectável, mas em algumas doenças pode 
estar muito aumentada. Alguns testes estão disponíveis para mensurá-la. 
-Produtos de degradação da fibrina - PDF – kits comerciais que utilizam metodologia de 
aglutinação em látex (semiquantitativos). Os PDFs são inibidores da coagulação, 
causando alterações no TT, TTPA, e TP. 
-Lise espontânea do coágulo – até 48 horas em banho-maria 37ºC; 
-Tempo de lise da euglobina - diminuição indica aumento da atividade fibrinolítica; 
-Dímeros-D – ELISA e aglutinação em látex – CID; 
-Hidrólise da caseína. 
 
6) Patogênese dos defeitos hemostáticos: 
 
H. primária: 
Defeitos vasculares; 
Alterações quantitativas e qualitativas das plaquetas; 
 
Petéquias, equimoses, hemorragias em mucosas e serosas, sangramento imediato. 
 
H. secundária: 
Deficiência congênita ou hereditária na síntese de fatores de coagulação; 
Síntese defeituosa; 
Consumo excessivo; 
 
Equimoses, hematomas, hemorragias em cavidades 
Sangramento tardio, geralmente induzido. 
 
H. terciária: 
Estímulos excessivos; 
Liberação de substancias ativadoras da coagulação; 
 
Trombose, infarto renal, cardíaco, hemorragias extensas 
 
Outras formas: epistaxe, hematúria, hematoquesia, melena. 
 
7) Doenças 
 
7.1) Hemostasia primária: 
 
a) Doença de von Willebrand 
Doença hemostática hereditária mais comum em cães. A falta do FvW altera a 
hemostasia primaria e aumenta o tempo de sangria. O FvW é uma glicoproteína 
multimérica plasmática que mantém a adesão plaquetária. As células endoteliais são o 
maior local de síntese e armazenamento do FvW. No plasma, o FvW forma um 
complexo não covalente com f VIII de coagulação, estabilizando-o e prolongando sua 
meia vida funcional. 
 A deficiência do FvW, ou preferencialmente, a perda das formas de alto peso 
molecular, resulta em falência na adesão e agregação plaquetária. 
Classificação: 
Tipo 1: deficiência parcial quantitativa do FvW; 
Tipo 2: anormalidade qualitativa (estrutura e função); 
Tipo 3: deficiência quantitativa severa. Diminui atividade do fator VIII. 
 
Sinais clínicos: 
1 - tendência ao sangramento variando de leve a severa 
2 – severa tendência ao sangramento; 
Pode ser exacerbada pela trombocitopenia concorrente, condições intercorrentes 
– uremia, hipoproteinemia, anemia e doença hepática e por medicamentos que 
prejudicam a função plaquetária (AINEs e expansores plasmáticos). 
 
Diagnóstico: 
Contagem de plaquetas normal, painel de coagulação normal; aumento TSMO -
> triagem. 
O diagnóstico definitivo com a dosagem do FvW plasmático. 
ELISA quantitativo; 
Análise de cofatores – aglutinação plaquetária frente a um reagente aglutinante semi-
quantitativo. 
Análise funcional e estrutural – imunoeletroforese. 
Testes genéticos. 
 
Tratamento: 
 Transfusões para fornecer FvW ativo; tratamento de emergência e profilaxia. 
 
Controle: 
 Controle da consanguinidade. 
 
b) Trombocitopenia: 
 
Diminuição da contagem plaquetária: 
Primária: redução da produção; 
Secundária: consumo, sequestro, destruição, estocagem no baço. 
 
T. primária: 
Trombocitopenia imunomediada amegacariocítica; 
 Destruição MK por autoanticorpos; 
Causas infecciosas: erliquiose, parvovirose, Felv, FIV, Anemia 
Infecciosa Equina, Diarreia Viral Bovina 
Distrombopoiese: 
 Síndrome mielodisplásica/leucemia MK; 
 
T. secundária: 
Destruição plaquetária: 
 TIM secundária à Lupus Eritematoso Sistêmico, Anemia Hemolítica 
Imunomediada, doenças infecciosas, medicamentos; 
Consumo ou perda: 
 Trauma, hemorragias intensas, Coagulação Intravascular Disseminada, vasculite. 
 
c) Trompocitopatia: 
Pode ser aumento (estado pré-trombótico) ou redução (suscetível a hemorragias pós-
traumas) da função; 
Podem ser secundárias a infecções causas, incluindo distúrbios metabólicos, endócrinos, 
uso de drogas, infecções e neoplasias. 
 
Redução da função : 
Uremia – reduz adesão plaquetária (piora com vasculite); 
Drogas antiinflamatórias inibidoras da cox – bloqueia síntese de txa2 
Antibióticos – penicilina(betalact) ligam-se a mb das plaquetas, resultando na inibição 
reversível de receptores agonistas e danos irreversíveis ao influxo de cálcio; 
Bloqueadores dos canais de cálcio – impedem a atividade anticorpos antiplaquetários; 
Erliquia – hiperproteinemia inibe adesão e agregação; 
Felv – displasia megacariocítica; 
Acidente ofídico: impedem a adesão de fibrinogênio; 
Neoplasia: infiltração medular, produção de paraproteínas, lesões teciduais, ou uso de 
quimioterápicos; 
Doenças hepáticas – remove PDF que compete com fibrinogênio; impede a agregação 
plaquetária. 
 
Aumento da função: 
Diabete melito: ativa as plaquetas; pró-trombótico; vasculopatias; 
Síndrome nefrótica (perda de proteínas devido à disfunção renal): aumenta agregação e 
ativação de plaquetas; 
Tratamentos hormonais: Administração de eritropoietina 
Neoplasias: 
PIF: vasculite 
Dirofilariose: vasculite 
Asma: fatores liberados aumentam a atividade plaquetária. 
 
d) Hemorragia vascular: 
Adquiridas: 
Lesão ao endotélio vascular – febre maculosa, dirofilaria, leishmaniose; 
Distúrbio colágeno – escorbuto, síndrome de Cushing; 
Doença inflamatória localizada – vasculite; 
 
Hereditárias: 
Colágeno: síndrome Erhers –Danlos, e síndrome de Marfan; 
 
7.2) Doenças de H. Secundária 
 
a) Coagulopatias congênitas: 
 Doenças de caráter hereditário: diminuição ou ausência de determinados fatores 
de coagulação; 
Deficiência de f VIII – hemofilia A 
Deficiência de f IX – hemofilia B 
X e XII – não resultam em distúrbio de coagulação. 
 
Hemofilia A 
Coagulopatia congênita mais comum em cães; também ocorre em gatos, eqüinos e 
bovinos. Causada pela falta de f VIII funcional. A atividade do f X é acelerada pela 
presença de F VIII ativo que promove rápida estabilização do tampão hemostático 
primário pela fibrina. Quando não há f VIII suficiente, a velocidade e a resistência do 
tampão secundário ficam comprometidos, sujeitos a fragmentação e, conseqüente, 
hemorragia recorrente ou persistente no local da lesão vascular. Herança recessiva 
cromossomoX 1 alelo. 
Sinais clínicos dependem da magnitude da deficiência do f VIII e da exposição do 
animal a traumas. 
+5% f VIII não tem tendência ao sangramento; 
2 a 5% demoram mais para ativar h. secundária; predispostos a seqüelas graves ao 
menor trauma; 
-2% propensos a episódios hemorrágicos espontâneos. 
Hemartrose – claudicação; hematomas SC, sangramentos excessivos. 
Diagnóstico: aumento de TTPA e TP normal após suspeita clínica familiar. Definitivo 
quando da demonstração da deficiência de f VIII. Detectar fêmea portadora. 
Terapia: bandagem, compressão, cauterização local, ligamento vascular e restrição de 
movimentos. Administrar f VIII em cirurgia, pós-trauma ou perda. Transfusão sangue 
fresco total, plasma fresco congelado e papa de hemácias. Crioprecipitado plasmático. 
 
Hemofilia B 
Deficiência absoluta ou funcional do f IX. Quando IXa forma complexo com f 
VIII, cálcio e fosfolipídeos para ativar f X. A deficiência do f IX resulta em ativação 
lenta do fator X, fraca estabilização do tampão plaquetário, que será frágil e propenso à 
desintegração. Doença congênita recessiva do cromossomo X; ocorre mais em machos. 
 
Sinais clínicos: após ruptura de vasos, inabilidade de formar tampão hemostático 
estável, com aumento do sangramento nos locais lesados. 
 
Diagnóstico: aumento do TTPA com TP normal. Identificação do fator deficiente. 
# A de B = adição de plasma normal corrige TTPA nos 2 tipos 
 Adiciona soro fresco normal corrige TTPA na B. 
 
Terapia: transfusão de sangue total ou plasma. Não usar crioprecipitado. Bandagem, 
confinamento e cauterização. 
 
b) Coagulopatias adquiridas 
 
Mais comuns são deficiência de vitamina K e hepatopatia. 
 
Deficiência de vitamina K e seus antagonistas: 
 
Fatores de coagulação vit K-dependentes: II, VII, IX, X. 
Deficiência de vit. K: problema gastrointestinal crônico, má absorção, administração de 
sulfanilamida por longo período; obstrução de ducto colédoco (reduz sais biliares e 
reduz absorção). 
Ingestão de antagonistas: rodenticidas (varfarina, bromodialona, brodifacum), 
coccidiostáticos (sulfaquinoxalina). 
 
Diagnóstico: história, exame clínico, avaliação laboratorial, resposta clínica e 
laboratorial à administração de vit K1. 
 
Sinais clínicos: hemorragias em locais de punção, dispnéia por hipovolemia ou 
hemorragia intra-torácica, hematemese, hematúria, melena, hematoquesia, hematoma, 
hemartrose, anemia, palidez de mucosas, hipovolemia e sinais neurelógicos. 
 
Deficiência do f VII, aumento de TTPA, TP e TC. Presença de PIVKA, contagem de 
plaquetas e TSMO normais. 
 
Terapia: correção da hipovolemia; adsorventes e eméticos; administração vit K 1 e 
transfusão de sangue ou plasma fresco. 
 
Doença hepática: 
Síntese de fatores de coagulação e fibrinólise. O sangramento, quando presente, varia de 
leve a moderado. Cirrose, hepatite fulminante, doença hepática terminal podem fazer 
sangramento abundante. 
 
Tratamento: depende da causa e severidade da doença; trata a doença hepática; 
administração vit K, agentes fibrinolíticos e reposição de fatores de coagulação. 
 
Disproteinemias: 
 
Mieloma múltiplo e outras paraproteinemias interferem na conversão de fibrinogênio 
em fibrina. 
 
Inibição da coagulação 
Doenças imunomediadas -Lupus anticoagulante, mieloma múltiplo, mielofibrose, artrite 
reumatóide. – produção de anticorpos contra fatores V, VIII, IX, XI, XIII. 
 
Tratamento: administração de corticóides; drogas imunossupressoras. 
 
Acidentes ofídicos: 
A gravidade depende do gênero e da espécie da serpente, espécie animal, tamanho, 
tempo de atendimento, quantidade de veneno, local e sintomas. Em animais, mais 
comuns acidentes com Bothrops (jararaca) e Crotalus (cascavel). O veneno tem ação 
coagulante, tipo trombina, converte fibrinogênio em fibrina, consome fatores de 
coagulação e gera incoagulabilidade sanguínea. Acidente botrópico faz CID, formação e 
deposição de trombos nos vasos e leva à Insuficiência renal aguda. 
Diminui: plaquetas, hemácias, linfócitos, eosinofilos, Megacariocitos, VG, fibrinogênio, 
hemoglobina, PTP, uréia, creatinina, proteína sérica e albumina. 
Aumenta: leucócitos, neutrófilos, monócitos, PDF, ALT, FA, CK, TC, TP, TTPA, TT. 
 
7.3) Distúrbios do sistema fibrinolítico 
 
A atividade fibrinolítica é o resultado do equilíbrio entre os ativadores e os inibidores. 
 
a) Trombose e estados de hipercoagulabilidade 
Alterações na tríade de virschow (fluxo sanguíneo, endotélio e fatores de coagulação) 
são a base para as doenças tromboembólicas. 
Trombose: excesso da atividade inibitória ou deficiência da atividade fibrinolítica. 
Em animais, a hipercoagulabilidade associada a processos secundários, inflamação, 
doenças infecciosas, lesão tecidual, complicações obstétricas, parasitos, neoplasias, 
doenças IM, síndrome nefrótica (reduz ATIII), cardiomiopatias felinas. 
 
Sinais clínicos: resultam da obstrução vascular ou embolização; dependem da 
localização, tamanho, e tipo de vaso. Determinação de ATIII e PDF. 
 
Tratamento: corrigir alteração do fluxo sanguíneo, lesão endotelial e regulação da 
hemostasia, terapia a doença primária. Anticoagulantes, terapia antiplaquetária – 
previne novos trombos; agentes trombolíticos dissolvem o trombo. Deve-se monitorar 
para evitar hemorragias ou outras complicações. 
 
 
b) Fibrinólise patológica primária: 
Estado hemorrágico resultante do aumento da atividade fibrinolítica plasmática 
(plasmina). Trauma extenso, cirurgia, destruição tecidual por neoplasia liberam na 
circulação grande quantidade de ativadorplasminogênio tecidual. 
Clínica semelhante a da CID 
Laboratorial – hemostasia primária e secundária. 
 
c) Coagulação intravascular disseminada: 
Ativação acelerada de plaquetas, proteínas coagulantes, plasmina. Consumo de 
fatores de coagulação, anticoagulantes e inibidores da fibrinólise. Resultam em quadro 
hemorrágico e trombótico. Grandes áreas de tecido ou endotélio lesado com exposição 
do colágeno subendotelial. 
Pode ser secundário a diversas alterações sistêmicas: inflamações, infecções 
virais e bacterianas, sepse, trauma, acidose metabólica, choque, hemólise, neoplasia, 
pancreatite, doenças hepáticas, esplênicas, acidente ofídico, dirofilariose. 
 Coagulação acelerada, anticoagulantes e inibidor ativador da plasmina são 
consumidos, plasmina ativada e fibrinólise continua. Exposição sistêmica de plaquetas e 
proteínas coagulantes aos desencadeadores da coagulação. A CID continua enquanto há 
adesão e agregação, estabilização por fatores de contato e fator tecidual. A coagulação 
descontrolada consome plaquetas, fatores de coagulação, inibidor do ativador da 
plasmina, anticoagulantes naturais. Um animal com trombose por coagulação excessiva 
e depleção de anticoagulantes pode apresentar sangramento espontâneo também. 
 
Sinais clínicos: trombose sem hemorragia; sangramento espontâneo sem trombose, ou 
ambas. Dependem do evento causador e velocidade de evolução. Gatos desenvolvem 
uma forma crônica, silenciosa, onde não há hemorragia, mas a avaliação laboratorial 
corresponde a CID. Aguda – sinais de alterações hemostáticas primárias e secundárias. 
Pode ser por descompensação do processo crônico. 
 
Diagnóstico: suspeita clínica, doença preexistente, fisiopatologia e alterações 
laboratoriais. Trompcitopenia, aumento de TP, TTPA, TC, PDF, Dímero D, dimunui 
fibrinogênio e ATIII. Fases : aguda, hiperaguda, crônica. 
 
Tratamento: correção causa primária; fluido para corrigir a volemia e o desequilíbrio 
ácido básico; específicas: restabelecer balanço hemostático, transfusão de sangue total, 
plasma rico em plaquetas e administrar anticoagulantes. 
 
 
Referências: 
 
FELDMAN, B.F.; ZINKL, J.G.; JAIN, N.C. Schalm’s Veterinary Hematology. 5.ed. 
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2000. 
TAKAHIRA, R.K. I Curso de diagnóstico das alterações hemorrágicas em medicina 
veterinária. Unesp, Botucatu, 2003. 
THRALL, M.A. Veterinary Hematology and Clinical Chemistry. Baltimore: 
Lippicott Williams & Wilkins, 2004. 
WILLARD, M.D.; TVEDTEN, H. Small Animal Clinical Diagnosis by Laboratory 
Methods. 4.ed. St. Louis: Saunders, 2004, 432p.

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