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FISIOLOGIA DO CONTROLE RESPIRATÓRIO De maneira geral, considera-se que o centro respiratório localiza-se no bulbo, estando este sob a influência de outras regiões do tronco encefálico. Mecanismos de automatismo intrínseco, de arco-reflexo mecânico e da influência das concentrações de O2 e de CO2 no sangue arterial e no líquor são utilizados pelo centro bulbar para controle da respiração. Do centro bulbar, partem neurônios que formam sinapses a nível de C2 e C3, de onde se originam o nervo frênico e o da medula espinhal torácica (que origina os nervos intercostais). Os músculos respiratórios são responsáveis pelos movimentos respiratórios, em especial o diafragma e os músculos intercostais que são inervados pelo nervo frênico, nervos intercostais e nervo vago, O principal regulador da ventilação pulmonar é a PaCO2, indiretamente ao alterar o pH sanguíneo. Quando o pH diminui, ocorre a acidificação do sangue e do conteúdo liquórico, havendo uma hiperventilação como resposta. Esta ação dá-se a nível bulbar. No caso da PaO2, há uma ação nos quimioreceptores carotídeos, quando há hipoxemia, temos um estímulo hiperventilatório. Até aí tudo certo, a resposta “B” é a única que pode estar correta, questão respondida. Mas como neste espaço me reporto a fisioterapeutas estudiosos, vamos aprofundar um pouco o assunto. Essa questão foi trabalhosa, tive que digitar a partir de um livro, não pude copiar e colar de nenhum texto. Aprofundando… Dois mecanismos neurais separados regulam a respiração, sendo um responsável pelo controle voluntário e outro pelo controle automático. O sistema voluntário está localizado no córtex cerebral, onde originam-se os impulsos para o neurônios motores respiratórios via trato corticoespinhal. O sistema automático (ou refexo) encontra-se na formação reticulada bulbo pontina e controla os neurônios motores respiratórios através do feixe reticulo espinhal. Os componentes dos neurônios motores respiratórios são o nervo frênico, na porção cervical da medula; e os nervos toraco abdominais, na porção torácica da medula. Os neurônios motores destinados aos músculos expiratórios são inibidos quando os músculos inspiratórios são ativados, o mesmo ocorrendo de forma oposta. Encontram-se centros respiratórios na porção bulbar e pontina do tronco encefálico. 1. O centro respiratório bulbar É o responsável pelo automatismo respiratório. Apresenta-se formado por dois tipos de neurônios: o “neurônio tipo I”, que se despolariza durante a inspiração; e o “neurônio tipo E”, que despolariza-se durante a expiração. Atualmente. Encontram-se dois grupos de neurônios respiratórios bulbares. – Grupo respiratório dorsal: localizado no núcleo do trato solitário e formado por neurônios inspiratórios (“tipo I”). Os impulsos nervosos provenientes deste grupo destinam-se aos neurônios motores do nervo frênico contralateral e ao controle do grupo respiratório ventral. – Grupo respiratório ventral: situado no núcleo ambíguo e no núcleo retroambíguo. Apresenta-se formado por neurônios inspiratórios e expiratórios (tipos “I” e “E”). A informação originada neste núcleo é destinada aos neurônios motores dos músculos intercostais e abdominais. 2. Centro respiratório pontino São denominados centro apnêutico (localizado na porção inferior da ponte) e centro pneumotáxico (localizado na porção superior da ponte). Estes centros são responsáveis pelo controle do ritmo respiratório. Funcionalmente, o centro pneumotáxico promove uma inibição do centro apnêutico, que estimula os neurônios inspiratórios do grupo respiratório dorsal, com a finalidade de realizar o movimento respiratório. As informações do grau de distensão alveolar trazidas pelas fibras viscerais gerais do nervo vago estimulam o centro pneumotáxico e inibem o centro apnêutico. Isto posta, a fisiologia do movimento respiratório é a seguinte: no final da inspiração ocorre um estiramento dos receptores do parênquima pulmonar com despolarização das fibras aferentes do nervo vago. O nervo vago envia esta informação ao centro respiratório pontino, interrompendo a etapa inspiratória (reflexo de Hering-Breuer). Neste centro ocorre uma estimulação do centro pneumotáxico e uma inibição do centro apnêutico pelo nervo vago. O centro pneumotáxico, por sua vez, inibe intermitentemente o núcleo apnêutico. Desta forma, não ocorre estimulação dos neurônios inspiratórios do grupo respiratório dorsal, com consequente liberação dos neurônios expiratórios culminando no início da etapa expiratória da respiração. A resposta do centro respiratório infere através do feixe reticulo espinhal, o qual faz sinapses com os neurônios motores na porção cervical e torácica da medula. A regulação da atividade do centro respiratório é feita através da estimulação de quimiorreceptores periféricos localizados no corpo carotídeo e no arco aórtico, e de quimiorreceptores centrais encontrados no funículo anterolateral da medula. Esses quimiorreceptores modulam a respiração de acordo com a concentração de gases sanguíneos, principalmente gás carbônico (CO2), oxigênio (O) e hidrogênio(H).
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