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Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 1 - Prof. Cristóvão Araripe Marinho Mercado de Trabalho e a Busca de um Emprego Objetivos da Aula Verificar como funciona o mercado de trabalho. Reconhecer as diversas formas para buscar uma colocação no mercado de trabalho. Identificar as principais competências e habilidades valorizadas pelas empresas. Ambiente Desenvolvimento dos serviços > Crescente Importância do conhecimento > Avanço tecnológico > Rápida expansão da informação Mudanças na Economia Brasileira Abertura do mercado > Queda nas taxas de inflação > Redução da presença do Estado na economia > Demanda da Empresa e dos Profissionais > Qualidade > Produtividade > Competitividade Perfil Profissional Multifuncional e Polivalente Qualificado Produtivo Competitivo Conhecimento Habilidade Competência Empregabilidade Empregabilidade diz respeito à passagem da situação de desemprego para a de emprego. Nessa acepção, "empregabilidade" poderia ser definida como "probabilidade de saída do desemprego“. Atualmente um diploma não é garantia de colocação no mercado, não apenas pelas transformações ininterruptas que vêm ocorrendo na natureza do trabalho, mas, também, pelas oscilações entre oferta e demanda. Empregabilidade Desemprego Emprego CAPACITAÇÃO Desenvolvimento de habilidades e competências agregadas por meio do conhecimento específico e pela multifuncionalidade tornam o profissional apto à obtenção de trabalho dentro ou fora da empresa Idiomas Extensão Especialização Busca do Emprego Principais Aspectos Observados pelas Empresas Desenvoltura Conhecimento do mercado Pontos fortes e fracos Competências Habilidades Você precisa do emprego A empresa precisa do capital humano Busca do Emprego – Aspectos Facilitadores Determine bem o seu objetivo. Atualize-se, leia e faça cursos. Mantenha o bom-humor. Encare a procura como um trabalho. Mantenha a network. Aprenda com os fracassos. Confie em você. Não se desespere. Não desperdice oportunidades. Meios para Encontrar Emprego Jornais Consultorias Internet Head Hunter Agências Network Nesta aula, você: Viu como funciona o mercado de trabalho; Conheceu as diversas formas para buscar uma colocação no mercado de trabalho. Identificou as principais competências e habilidades valorizadas pelas empresas. Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 2 - Prof. Cristóvão Araripe Marinho A Contabilidade e o Contador Objetivos da Aula Conhecer o campo de atuação da contabilidade. Identificar a Importância da contabilidade para o processo de tomada de decisão. Informação e Tomada de Decisão Os gestores diariamente tomam decisões que direcionam os que caminhos as empresas vão seguir. Para a tomada de decisão são necessárias dados e informações que possam revelar a real situação da organização. Esses dados são gerados a partir da contabilidade. Contabilidade Observa Interessados Informa Capta Registra Resume A contabilidade informa para subsidiar o processo de tomada de decisão A tomada de decisão implica em risco: Econômico, Patrimonial, Financeiro, Jurídico. DECISÃO Processo pelo qual são escolhidas algumas ou apenas uma entre muitas alternativas para as ações a serem realizadas. A base para decisão é a informação Qualidade Quantidade Tempestividade Tecnologia da Informação Volume Velocidade Qualidade Com o uso da tecnologia é possível: aumentar o potencial para o compartilhamento do conhecimento e armazenamento dos dados; aumentar a integração dos diversos tomadores de decisão, já que de qualquer parte do mundo, um tomador de decisão pode acessar a experiência de outras pessoas e aprender com elas. A Função do Contador Apesar de toda tecnologia, a tomada de decisão continua a ser uma especificidade do homem. O contador é o cientista do patrimônio e sua principal função é produzir e fornecer informações aos usuários da contabilidade, visando a subsidiar o processo de tomada de decisão. Cada número tem o seu significado e cada dado que o contador fornece deve traduzir fielmente a real situação econômica, financeira e patrimonial da empresa. Como o contador consegue cumprir as suas funções? Mantendo registros atualizados das posições, econômica, financeira e patrimonial da empresa. Mantendo controle sobre os aspectos tributários. Elaborando as demonstrações contábeis obrigatórias e gerenciais da empresa. Observando, as normas e os princípios de contabilidade, em especial da competência e da confrontação, para as receitas e despesas Características e Habilidades Desejáveis para o Contador Capacidade de se expressar (clareza e síntese). Boa redação. Domínio de recursos de informática. Conhecimentos de estatística. No entanto, no século XXI o contador deve ser “gestor de informações”, somando aos seus conhecimentos básicos assuntos diversos como: normas internacionais de contabilidade, legislação fiscal, comercial e correlatas. Cenários Contábeis De acordo com a Resolução 774 de 16/12/1994 do Conselho Federal de Contabilidade: “o objeto da contabilidade é sempre o patrimônio de uma Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorrem nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir lucro”. De acordo com a Resolução CFC nº 774/1994. O objeto da contabilidade é sempre o patrimônio de uma Entidade. Patrimônio = Bens + Direitos + Obrigações A contabilidade moderna está voltada para a continuidade e o sucesso da organização: Ferramenta de orientação, controle, diagnóstico, análise, prognóstico, prestação de contas. Para se dedicar ao estudo do patrimônio a contabilidade se baseia nos seis Princípio de Contabilidade regulamentados através da Resolução CFC nº 750/1993, e suas atualizações. Entidade Continuidade Oportunidade Registro pelo valor original Competência Prudência Patrimônio = Bens + Direitos + Obrigações Posição Anterior Mutações Posição atual Ferramenta de registro, orientação, controle, diagnóstico, análise, prognóstico, demonstração e subsídio à prestação de contas Relatos Relatórios Planilhas Pareceres, etc. Nesta aula, você: compreendeu a importância da Contabilidade para a tomada de decisão;. aprendeu que a tecnologia exerce papel essencial no processo de valorização da informação; aprendeu qual a função do contador e o objetivo da Contabilidade; analisou quais são os cenários contábeis. Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 3 - Prof. Cristóvão Araripe Marinho Objetivos da Aula Reconhecer a contabilidade como profissão. Verificar a evolução da contabilidade. Contextualizar a contabilidade no Brasil. A Contabilidade como Profissão O curso de Ciências Contábeis foi criado no Brasil em 1946. Durante um longo período o profissional da área foi visto simplesmente e apenas, como o responsável pela contabilidade da empresa ou aquele que faz as contas. Atualmente a contabilidade é peça-chave no atual mercado competitivo, o que torna a profissão de contabilista uma das mais promissoras e atraentes. Os contadores são profissionais que lidam com: Controle Planejamento Coordenação Áreas Financeira Econômica Patrimonial Informações Renda Produção Patrimônio Transações Competências Imprescindíveis do Profissional de Contabilidade Saber usar os números e informações a favor do negócio. Fornecer subsídios para o processo de tomada de decisão. Montar estratégias que impulsionem a organização. No Brasil ainda há uma visão distorcida da função do contador. O enfoque fiscal da função do contador, embora de extrema importância, representa apenasuma das facetas da profissão, cujo objetivo primordial é produzir ou gerenciar informações úteis aos diversos grupos de usuários da Contabilidade, para embasar a tomada de decisões. Além da tradicional atuação na área de escrituração, podemos destacar as seguintes áreas de atuação do contador: Atuarial Analista Financeiro Auditor Consultor Controller Contador de Custos Contador Geral Contador Público Cargos Administrativos Fiscal Contador Terceirizado Gestor de Empresas Gestor Público Professor Pesquisador Perito Contábil Parecerista Novas perspectivas profissionais na área contábil: Contabilidade Internacional Auditoria Ambiental Contabilidade Ecológica Contabilidade Aplicada à Logística Contabilidade Estratégica Contabilidade Prospectiva Investigador Contábil Evolução da Contabilidade Surgimento - Evolução do homem e proteção à posse, perpetuação e interpretação dos fatos. Na origem - homem da antiguidade, maneira rudimentar de contar e controlar o seu patrimônio. Evolução - Operações mais complexas levando ao aperfeiçoamento. Expansão do controle para o comércio. Séculos XIII e XVII na Itália, cidades e tornam entrepostos comerciais. Surge o termo Contabilitá. São feitas restrições à prática da Contabilidade. Apenas pessoas qualificadas podem exercer a profissão de Contador. Primeiros grandes escritores contábeis: Luca Pacioli, Fábio Besta, Giuseppe Cerboné, Gino Zappa, entre muitos. Luca Bartolomeo de Pacioli foi um monge franciscano e celebre matemático italiano. Pai da Contabilidade. Deixou muitas obras, destacando-se: Tratactus de Computis et Scripturis – contabilidade por partidas dobradas. Base da teoria contábil. Débito e crédito, inventários, livros mercantis, registros de operações, lucros e perdas, etc. Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá - Tratado sobre Contabilidade e Escrituração. Diário, razão, sociedades, etc. 1920, a corrente italiana inicia uma fase de decadência – foco na teoria e não na aplicação prática. A escolas norte-americanas ganha força – foco na aplicação prática sem perder de vista a teoria. Significativo desenvolvimento nos EUA - surgimento das grandes corporações e crescimento do mercado de capitais. A Contabilidade no Brasil Presença do contador nas províncias após a vinda da Família Real Portuguesa, em decorrência do aumento das atividades da colônia, que levou ao aumento dos gastos públicos e da arrecadação. Sob influências das Escolas Italiana e Americana, o Brasil formou sua base contábil, editou a Lei das Sociedades por Ações, e implantou o ensino acadêmico da contabilidade. 1902 – Foi criada a primeira escola especializada no ensino da contabilidade no Brasil - Escola de Comércio Álvares Penteado. 1946 - Fundada Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP. 1924 - I Congresso Brasileiro de Contabilidade. Aprova a Primeira definição oficial de contabilidade no Brasil: “Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativo aos atos e fatos da administração econômica”. 1945 – O Decreto-Lei nº 9.295, cria o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e define as atribuições do Contador e do Guarda-livros, e dá outras providências. O CFC definiu o perfil dos contabilistas como profissionais graduados em cursos universitários de Ciências Contábeis. Apesar do longo caminho que a ciência contábil ainda deve percorrer, visando seu progresso no Brasil, temos muitas possibilidades de ascensão. Segundo Iudícibus (1997, p. 40): “Fomos expostos às duas grandes tendências contábeis, aprendemos os pontos fortes e as fraquezas de cada uma delas e temos condições, se houver muito esforço e recursos, de solidificar uma verdadeira escola brasileira de Contabilidade”. Nesta aula, você: situou a contabilidade como profissão; compreendeu a evolução da contabilidade; identificou as oportunidades oferecidas pela carreira contábil. Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 4 - Prof. Cristóvão Araripe Marinho Objetivos da Aula Identificar os enfoques dados à teoria da contabilidade. Verificar como se classifica a teoria da contabilidade Contabilidade como Ciência Admitir a contabilidade como ciência não é uma questão de opinião isolada de alguns homens, mas de uma objetiva forma racional de comparar tal classificação com as demais que se procedem no campo das demais ciências. Não é subjetiva, é objetiva. Fontes de informação organizadas sistematicamente. Pode enunciar verdades sobre fatos verificáveis. Permite descobrir novos fatos e estabelecer modelos de situações ainda não constatáveis. Através da sua doutrina e da experimentação, pode enunciar leis científicas válidas universalmente. Contribui para evolução da humanidade por seus postulados de eficácia no uso da riqueza. Classificação da Contabilidade como Ciência Social Células Sociais Patrimônio Contabilidade Ciência Social Enfoques da Teoria Contabilidade Toda ciência tem sua forma preferencial de escolher um critério para condução dos raciocínios. O pensamento desorganizado, vago, não tem facilidade para produzir razões verdadeiras, a exigência dos métodos, portanto, é uma questão fundamental no estudo de qualquer disciplina. Métodos Indutivo – do particular para o geral. Indutivo axiomático – guiado por uma verdade predominante. Fenomenológico – essência sobre a forma. Finalidades do Conhecimento Contábil O que ocorre em uma empresa não interessa só a empresa, mas também a muitas pessoas, ocorrendo o mesmo com as instituições de finalidades não lucrativas. Orientação para investidores e para o mercado de capitais. Orientação para credores e instituições de crédito. Orientações sociais e trabalhistas. Análises científicas para modelos de comportamento da riqueza para ensejar decisões administrativas. Modelos para prosperidade. Controles governamentais fiscalização/auditoria. Instrumentos de provas judiciais e perícia contábil. Previsões de ocorrências e efeitos orçamentários. Explicação e análise de fatos patrimoniais e contábeis. Investigações sobre irregularidades. Dados e pesquisa social e econômica. Orientações sobre o meio ambiente natural. Investigação e determinação do valor intelectual no capital. Definição de Contabilidade É a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais. Outra Definição A contabilidade é a área do conhecimento das ciências sociais aplicadas, que possui como objeto de estudo o patrimônio das entidades e suas variações. Bens + Direitos + Obrigações Variações Quantitativas PATRIMÔNIO Variações Qualitativas O objetivo básico da contabilidade é fornecer informações relevantes aos usuários, visando subsidiar o processo de tomada de decisão. Principais Interessados Informa Acionistas Governo Gestores Enfoques da Teoria da Contabilidade Os enfoques ou abordagens metodológicas dão o sentido conceitual da pesquisa. No caso da contabilidade os enfoques são: Fiscal – regas definidas pelos organismos governamentais tributários. Obs. não aceita o método UEPS. Apenas PEPS e MPM. Legal – a lei constitui fator conflitante em questões relativas ao pensamento contábil. Comportamental – foco na reação do indivíduo ou do grupo diante das apresentação das informações contábeis. Estrutural – busca a harmonização de registros e de informações através da classificação adequada dos elementos e da utilização das regas da contabilidade. Ético – relacionado ao senso de justiça, verdade e honestidade, relacionados com as interpretações contábeis. Classificação das Teorias da Contabilidade Inicialmente é importante assimilar o conceito de conta. Conta é a designação técnica dada a cada componente patrimonial (bem, direito ou obrigação), bem como o que identifica um componente de resultado (receita ou despesa) As contas têm porobjetivo representar as variações patrimoniais que os fatos promovem no patrimônio. Através das contas a contabilidade consegue exercer o seu papel. As contas se agrupam em sistemas que buscam a similaridade dos elementos que representam. Dinheiro em tesouraria – conta Caixa Dinheiro em banco – conta Bancos Conjunto de salas – conta Imóveis Mercadoria em estoque – conta Mercadorias Teoria das Contas Existem diferentes correntes doutrinárias, com diferentes formas de classificação e interpretação das contas. Entre as teorias, três se destacaram: Teoria Personalística - As contas podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas relações jurídicas em termos de débito e crédito. Os débitos realizados nas contas das pessoas representam suas responsabilidades e os créditos representam seus direitos em relação ao titular do Patrimônio. Existem três tipos de contas (pessoas): Proprietários: são os responsáveis pelas contas do PL e suas variações (receitas e despesas); Agentes consignatários: são as pessoas (contas) que representam os bens da sociedade. Agentes correspondentes: são as pessoas que representam as contas de direitos (Ativo) ou obrigações (Passivo). São terceiros, que se situam na posição de devedor ou credor da entidade. Teoria Materialista - As contas representam entradas e saídas de valores e não simples relações de débito e crédito entre pessoas (excluídas as relações com terceiros). A relação entre as contas e a entidade é material e não pessoal. As contas dividem-se em: Integrais: representativas dos bens, dos direitos e das obrigações (Ativo e Passivo Exigível) Diferenciais: representativas do Patrimônio Líquido, das receitas e das despesas. Teoria Patrimonialista - É a teoria adotada no Brasil, que coloca o Patrimônio como objeto de estudo da ciência contábil, a fim de controlar seus elementos e apurar o resultado. Estática Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido Dinâmica Resultado = Receitas - Despesas Receitas – decorrem da venda de bens ou da prestação de serviços. Despesas – são caracterizadas pelo consumo de bens e pela utilização de serviços, com o objetivo de obter uma receita Em alguns casos, a nomenclatura das contas de resultado podem ser aplicadas para as despesas e para as receitas. Alugueis Pagos Descontos Concedidos Juros Pagos Ideia Negativa Passivos Pagos Concedidos Despesas Adjetivos Alugueis Recebidos Descontos Recebidos Juros Auferidos Ideia Positiva Ativos Recebidos Auferidos Receitas Adjetivos Plano de Contas Plano de Contas é o conjunto de contas que visam a atender às necessidades de registro dos fatos e atos, de forma que seja possível a elaboração das demonstrações contábeis. O Plano de Contas é personalizado para cada organização, de forma a tender as especificidades da área em que atuam e as necessidades dos seus usuários. O principal objetivo do Plano de contas é normatizar os registro das operações da organização, visando: Demonstrar a situação patrimonial e suas variações; Padronizar as informações com a finalidade de auxiliar o processo de tomada de decisão; e Permitir a manutenção de um sistema integrado de informações que permita a emissão de relatórios necessários a análise gerencial. 1 Ativo 1.1 Ativo Circulante 1.1.1 Disponibilidades 1.1.1.1 Caixa Geral 1.1.1.1.1 Caixa Matriz 1.1.1.1.2 Caixa Filial 1.1.1.2 Bancos 1.1.1.2.1 CEF 1.1.1.2.2 BB Nesta aula, você: Identificou os enfoques dados à teoria da contabilidade. Verificou como se classifica a teoria da contabilidade Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 5 - Prof. Cristóvão Araripe Marinho Objetivos da Aula Identificar os diferentes relatórios contábeis. Reconhecer os objetivos dos relatórios. Interpretar as informações constantes dos relatórios. Conceito e Objetivo CONCEITO: É a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade. OBJETIVO: Relatar às pessoas que se utilizam da contabilidade (usuários) os principais fatos registrados pela contabilidade em determinado período, visando subsidiar o processo de tomada de decisão. Relatórios Contábeis e seus Objetivos Destinação “Clientes”Relatórios Investidores Administração da Empresa Informações Governo Gestores Relatórios Contábeis Demonstrativos Contábeis Informações Econômicas Financeiras Patrimoniais Resultados Projeções Resultados e Fluxos Futuros Demonstrações Contábeis Suscetíveis de Análise Balanço Patrimonial - BP Demonstração do Resultado do Exercício - DRE Demonstração do Resultado Abrangente - DRA Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC Demonstração do Valor Adicionado - DVA Complemento às Demonstrações Contábeis Relatório da Diretoria Notas Explicativas Parecer do Conselho Fiscal Parecer dos Auditores Independentes Outras Fontes de Informação Condições econômicas gerais. Eventos políticos e clima política. Perspectivas para o setor. Panorama da indústria. Leis e regulações. Obrigatoriedade de Elaboração ME/EPP (ITG 1000) PME (NBC TG 1000) S.A de Capital Aberto BP Obrigatório Obrigatório Obrigatório DRE Obrigatório Obrigatório Obrigatório DRA Facultativo ou DLPA Obrigatório DLPA Facultativo Facultativo(1) Facultativo DMPL Facultativo ou DLPA Obrigatório DFC Facultativo Obrigatório Obrigatório DVA Facultativo Facultativo Obrigatório NE Obrigatório Obrigatório Obrigatório (1) Obrigatório se substituir a DRA ou a DMPL) Principais Decisões Subsidiadas Comprar, fabricar ou alugar. Manter ou vender. Política de recursos humanos. Política de Estoque. Política de crédito. Política tributária. Distribuição de lucros. Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis O nível de utilidade da informação varia conforme a sua qualidade, na medida em que ela seja mais ou menos: Relevante Fidedigna Comparável Verificável Tempestiva Compreensível Elementos das Demonstrações Contábeis Ativo Passivo PL Resultado Receita Despesa = + = - Patrimônio Fluxos Elementos das Demonstrações Contábeis Ativo – conjunto de bens, direitos e demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos. Passivos - compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. Patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade. Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido. Balanço Patrimonial Ativo (aplicação) Passivo + PL (origem) Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Investimentos Patrimônio Líquido Imobilizado Capital Social Intangível Reservas de Capital Ajustes Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Ações em Tesouraria (-) Prejuízos Acumulados Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita Bruta = Receita Operacional Líquida (-) Custos das Vendas = Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais (-) Despesas Financeiras (-) Despesas Administrativas = Resultado Operacional Antesdo IR e da CS (-) IR e CS = Lucro Líquido Antes das Participações (-) Participações (Distribuições) (=) Resultado Líquido do Exercício Nesta aula, você: Identificou os diferentes relatórios contábeis. Reconheceu os objetivos dos relatórios. Interpretou informações constantes dos relatórios. Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 6 - Andreia Marques Maciel/Alessandra Camargo Santana Relatórios Contábeis, seus objetivos e legislação Conteúdo da seção: Apresentar os Demonstrativos Contábeis e seus objetivos. Entender as Relações sociais e com o Mercado. Conhecer os Relatórios Obrigatórios x não obrigatórios. Analisar Capital de Terceiros e Capital Próprio. Compreender os Requisitos e Importância dos Demonstrativos. Introdução Conceito de Demonstrativos Contábeis; Objetivos; Usuários; Exercício Social. Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada dos principais fatos registrados pela contabilidade, em determinado período. Entre os relatórios contábeis, os mais importantes são as Demonstrações Financeiras (terminologia utilizada pela Lei das S.A ), ou Demonstrações Contábeis (terminologia preferida pelos contadores). Demonstrativos Contábeis Balanço Patrimonial (BP) Demonstração do Resultado do exercício (DRE) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc) Demonstração dos fluxos de caixa Demonstração do valor adicionado (DVA) (se companhia aberta) Requisitos dos Demonstrativos Contábeis Denominação da empresa. Título da Demonstração (Balanço Patrimonial). Data de encerramento do Balanço. O balanço é constituído por duas colunas: a esquerda, que chamamos de Ativo, e a direita, que chamamos de Passivo e Patrimônio Líquido. Tipos de sociedades A Companhia fechada (Sociedade Anônima de Capital Fechado) é um tipo tradicional, normalmente restrito a pequenos grupos e capta recursos entre os próprios acionistas, não recorrendo a público em geral. A Sociedade Anônima de Capital Aberto (Companhia Aberta) é um tipo de sociedade cuja captação de recursos é realizada junto ao público, por meio de pregões das bolsas de valores e, estão sujeitas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (MARION, 2012) Lei nº 11.638/07 – Sociedade de Grande Porte São aquelas que atingiram no ano anterior os saldos de Ativo Total superior a R$ 240 milhões ou Receita Bruta (total de vendas) anual superior a R$ 300 milhões e, estão sujeitas quanto a escrituração e elaboração das Demonstrações Financeiras. Patrimônio Bens; Direitos; Obrigações. Bens e Direitos - Elementos Patrimoniais Positivos - Casa, Terreno, Prédio, Valores a Receber, Aplicações, Dinheiro em Caixa, Dinheiro Depositado, Etc. Obrigações - Elementos Patrimoniais Negativos - Fornecedores, Impostos a Recolher, Salários a Pagar, Etc. Patrimônio da Entidade Conjunto dos Elementos Patrimoniais: BENS + DIREITOS + OBRIGAÇÕES Casa, Terreno, Prédio, Valores a Receber, Fornecedores, Impostos a Recolher, Salários a Pagar, Etc. Situação Líquida – Patrimônio Líquido Situação Líquida = Ativo – Passivo Tipos: Situação Líquida Positiva; Situação Líquida Negativa; Situação Líquida Neutra; Passivo a descoberto. Tipos de financiamento do Patrimônio Capital de Terceiros Exemplos: Empréstimos, Financiamentos, fornecedores, contas a pagar, entre outros. Capital Próprio: aportes dos sócios. O Capital Inicial pode ser composto por dinheiro, móveis, veículos, imóveis, valores a receber, etc. Balanço Patrimonial Ativo Passivo Patrimônio Líquido ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO Estrutura do Balanço Patrimonial Ativo Circulante Ativo Não Circulante, dividido em: ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial e reservas de lucros. Referências IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKEErnesto R. Manual de Contabilidade das Socieda des por Ações: Aplicável às Demais Socieda des. 7ª Edição. São Paulo: Atlas, 2007. MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 7ª Edição. São Paulo,Atlas, 2004. IUDÍCIBUS, Sérgio(Coord.) & Equipe de Professoresda FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 9ª Edição. São Paulo: Atlas,1998. Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 7 - Andreia Marques Maciel/Alessandra Camargo Santana Demonstrações FinanceirasDemonstração do resultado do Exercício Balanço Patrimonial Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Demonstração do Valor Adicionado Notas Explicativas: (Complemento às Demonstrações Financeiras). Balanço Patrimonial PRINCIPAL ORIGEM DE RECURSOS A quem pertence o Lucro? Lucro é a remuneração ao capital investido na empresa pelos proprietários. Logo, pertence aos proprietários. Estrutura do balanço Patrimonial Ativo Circulante Ativo Não Circulante, dividido em: ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros. Demonstração do Resultado do Exercício * Resultado da empresa obtido no exercício de suas atividades num determinado período. * Lucro ou prejuízo (receitas menos despesas). * Demonstra a situação econômica da empresa, capacidade de gerar riqueza. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Demonstração do Fluxo de Caixa Demonstração do Valor Adicionado Referências IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKEErnesto R. Manual de Contabilidade das Socieda des por Ações: Aplicável às Demais Sociedades. 7ª Edição. São Paulo: Atlas, 2007. MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 7ª Edição. São Paulo,Atlas, 2004. IUDÍCIBUS, Sérgio (Coord.) & Equipe de Professoresda FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 9ª Edição. São Paulo: Atlas,1998. Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 8 - Andreia Marques Maciel/Alessandra Camargo Santana A Contabilidade segundo o Código Civil. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da sociedade e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo (art. 1.188). O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial (art. 1.189). É garantido o sigilo da escrituração contábil, conforme art. 1.190, exceto em caso de fiscalizações tributárias. Demonstrações Contábeis Exigidas pelo Novo Código Civil: O art. 1.179 do Novo Código Civil (Lei nº 10.406/02) determina que o empresário e a sociedade empresária, exceto o pequeno empresário de que trata o art. 970 dessa mesma Lei, são obrigados a levantar anualmente: a) o balanço patrimonial; e, b) o balanço de resultado econômico. Importante ressaltar que o art. 1.189 do Código Civil determina que o balanço de resultado econômico ou demonstração da conta de lucros e perdas acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial. Aqui há um senão que incomoda bastante a classe contábil: “resultado econômico” é um termo inapropriado para uma demonstração contábil, pois as ciências econômicas levam em consideração aspectos subjetivos, como, por exemplo, o custo de oportunidade que a contabilidade não registra. A demonstração da conta de lucros e perdas não é mais utilizada pela contabilidade, pois a Lei das S.A. nº 6.404/76, que é a principal lei de regência para assuntos contábeis, prevê a elaboração da demonstração do resultado do exercício. A Contabilidade segundo o Regulamento do Imposto de Renda Regimes de Tributação: Simples Nacional; Lucro Real; Lucro Presumido; Lucro Arbitrado. O art. 274 do Decreto nº 3.000/99 (RIR/99) determina às empresas tributadas pelo Imposto de Renda com base no lucro real que, ao fim de cada período de incidência do imposto apuremo lucro líquido mediante a elaboração, com observância das disposições da lei comercial: do balanço patrimonial; da demonstração do resultado do período de apuração; da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. Empresas optantes pelo Simples Nacional, Lucro Presumido e arbitrado deverão elaborar apenas o Livro Caixa. Ressalta-se que este procedimento somente atende à legislação do Imposto de Renda e para os demais órgãos os demonstrativos deverão ser elaborados. Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade As Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade orientam sobre contabilização de assuntos específicos. A Lei 6.404/1976 estabeleceu, em seu art. 176, que ao fim de cada exercício social a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial; Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). Referências IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKEErnesto R. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: Aplicável às Demais Sociedades. 7ª Edição. São Paulo: Atlas, 2007. MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 7ª Edição. São Paulo,Atlas, 2004. IUDÍCIBUS, Sérgio(Coord.) & Equipe de Professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 9ª Edição. São Paulo: Atlas,1998. Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 9 - Andreia Marques Maciel/Alessandra Camargo Santana Contabilidade, legislação e o processo de internacionalização Aula 9 - Contabilidade, Fisco e Legislações Específicas. Efeitos da inflação nos Demonstrativos. Novo código civil. Aula 10 Normas da CVM, do CFC e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Aula 11 Internacionalização dos Procedimentos Contábeis. Normas da CVM, do CFC e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pronunciamentos segundo normas internacionais. instrução 457/2007 prevê a DF’s consolidadas conforme IFRS em 2010. Banco Central Instituições financeiras – adoção das IFRS a partir de 2010 Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) CPC Criado pela Resolução CFC no 1.055/05 Composição ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas; APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais; BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo; CFC – Conselho Federal de Contabilidade; FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras; e IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo de capital). centralização na emissão de normas. representação e processo democrático a produção dessas informações (produtores da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo). Participação de representantes dos seguintes órgãos: CVM – Comissão de Valores Mobiliários BACEN – Banco Central do Brasil SUSEP – Superintendência dos Seguros Privados SRF – Secretaria da Receita Federal Produtos do CPC: Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações. Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a audiências públicas. Órgãos representantes CVM – Comissão de Valores Mobiliários BACEN – Banco Central do Brasil SUSEP – Superintendência dos Seguros Privados SRF – Secretaria da Receita Federal Pronunciamentos Pronunciamento da Estrutura conceitual Básico. CPC 01 - IAS 36 Redução ao Valor Recuperável de Ativos. CPC 02 - IAS 21 Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis. CPC 03 - IAS 7 Demonstração dos Fluxos de Caixa. CPC 04 - IAS 38 Ativo Intangível. CPC 05 - IAS 24 Divulgação sobre Partes Relacionadas. CPC 06 - IAS 17 Operações de Arrendamento Mercantil. CPC 07- IAS 20 Subvenção e Assistência Governamentais. CPC 08 – IAS 39 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários. CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. CPC 10 – IFRS 2 Pagamento baseado em ações. CPC 11 – IFRS 4 Contratos de seguros. CPC 12 - Ajuste a Valor presente. CPC 13 - Adoção inicial da Lei nº 11.638/07. CPC 14 – IAS 32/39 Instrumentos financeiros fase I. Pronunciamentos Aprovados pelo CFC/CVM CPC 15 - Combinação de Negócios CPC 16 – Estoques CPC 17 - Contratos de Construção CPC 20 - Custos de Empréstimos CPC 22 - Informações por Segmento CPC 27 - Ativo Imobilizado CPC 28 - Propriedade para Investimento CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola CPC 30 - Receitas CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada CPC 32 - Tributos sobre o Lucro CPC 21 - Demonstração Intermediária. CPC 22 - Informações por Segmento. CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro. CPC 24 - Evento Subsequente. CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Atual Estrutura das práticas contábeis no Brasil Legislação societária brasileira Lei 6.404/76 Lei 11.638/07 Lei 11.941/09 Pronunciamentos do CPC, CFC, CVM, BACEN, SUSEP, ANEEL, ANATEL, ANS, etc. Framework das Demonstrações Contábeis. Alterações Recentes na Contabilidade Brasileira Lei11.638/07, Lei 11.941/09 e os pronunciamentos do CPC Demonstrações contábeis 1º de janeiro de 2008 Lei 11.638/07 Obrigatoriedade de Auditoria Independente as Sociedades de Grande Porte. No exercício social anterior: Ativo total superior a R$ 240 milhões. Receita bruta superior a R$ 300 milhões. CPC 13 - Adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.641/2009 Dispensa excepcional de demonstrações comparativas. Mudanças de práticas que alterem saldos de 2007 devem ser ajustadas no balanço de abertura contra Lucros Acumulados. Notas Explicativas com esses efeitos. DFC e DVA não precisam de comparação a não ser que já fossem divulgadas. Ao fim de cada exercício social serão elaborados: balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; e demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) Referências IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto R. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: Aplicável às Demais Sociedades. 7ª Edição. São Paulo: Atlas, 2007. MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 7ª Edição São Paulo, Atlas, 2004. IUDÍCIBUS, Sérgio (Coord.) & Equipe de Professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 9ª Edição. São Paulo: Atlas,1998. Contabilidade e Mercado de Trabalho - Aula 10 - Andreia Marques Maciel/Alessandra Camargo Santana Internacionalização dos Procedimentos Contábeis Por que harmonizar? Contabilidade é a principal linguagem dos negócios e se não houver harmonização de padrões contábeis essa comunicação não será possível (difícil) já que não permite a comparabilidade das informações. Harmonização x padronização são a mesma coisa? Vantagens para países sem padrão próprio nem uma estrutura legal ou profissão contábil forte; países emergentes que buscam oportunizar seus negócios; para empresas em geral - redução de custos; facilitar trabalhos de auditoria. Desvantagens Discutir harmonização de currículos básicos de cursos de ciências contábeis; credenciamento de contadores em nível global: discussão com áreas trabalhistas; Países com forte vinculação da legislação tributária à contabilidade: como fazer? ausência de organismos profissionais fortes capazes de influenciar o processo de harmonização contábil. Os efeitos positivos esperados da convergência para as normas internacionais de contabilidade são: maior transparência; menor risco para o investidor; estímulo ao ingresso de capital estrangeiro; facilidade de acesso ao mercado externo; reduçãodo custo de captação de recursos. Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007 A Lei altera alguns artigos da Lei 6.404/76, alinhando-os às normas internacionais. As mudanças têm o principal objetivo de criar condições para harmonizar as práticas contábeis aplicadas no Brasil e suas demonstrações contábeis correspondentes com as práticas e demonstrações exigidas nos principais mercados financeiros do mundo. Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007 Esta padronização torna as empresas nacionais mais competitivas, pois facilita a análise feita pelos investidores estrangeiros interessados em aplicar recursos em nosso país brasileiros interessados em aplicar no exterior. Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007 Mantida na Lei das S.A a expressão Demonstrações Financeiras ao invés de Demonstrações Contábeis. Lembramos que as normas internacionais tratam de “Financial Reporting”. Mantido os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos ao invés de Princípios Fundamentais de Contabilidade. Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007 Não foi alterada a estrutura dos Grupos de Ativo e Passivo Circulantes e Não Circulantes (Deliberação CVM 488/05 e Pronunciamento do IBRACON NPC nº 27 e artigo 178 da Lei 6.404/76). Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007 Conforme artigo 176 alterado, da lei 6.404/76 ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar a DVA – Demonstração do Valor Adicionado, se companhia aberta. Vide também o artigo 188 da lei 6.404/76. Ainda com base no artigo 177, da lei 6.404/76, que trata de livros auxiliares para ajustes entre as diferenças decorrentes da legislação específica do setor de atuação da empresa, das normas tributárias e das normas contábeis em consonância com as normas internacionais de contabilidade levantou-se a polêmica quanto a criação do LALUC. A criação do LALUC – Livro de Apuração do Lucro Contábil (FIPECAFI) para ajuste de efeitos de legislação tributária e legislação especial do setor, sobre a escrituração, é repudiada por alguns por entender que a escrituração deve refletir o resultado contábil, enquanto outros entendem que o foco principal da contabilidade é o Financial Reporting, e que portanto, não haveria problemas em apurar o resultado contábil em livro auxiliar. IFRS – International Financial Reporting Standards As Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standard - IAS em inglês), atualmente conhecidas como normas IFRS (International Financial Reporting Standard) são um conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisados pelo IASB (International Accounting Standards Board). As normas IFRS foram adotadas pelos países da União Europeia a partir do 31 de dezembro de 2005 com o objetivo de harmonizar as demonstrações financeiras consolidadas publicadas pelas empresas abertas europeias. IASB - (International Accounting Standards Board) é a organização internacional sem fins lucrativos que publica e atualiza as Normas Internacionais de Contabilidade IAS / IFRS em língua inglesa. O IASB foi criado em 1 de abril de 2001 na estrutura do IASC (International Accounting Standards Committee). Ele assumiu as responsabilidades técnicas do IASC a partir dessa data. A criação do IASB teve objetivo de melhorar os anteriores pronunciamentos contábeis internacionais (IAS) emitidos pelo IASC. IFRIC - International Financial Reporting Interpretations Committe, é um comitê interno do IASB responsável pela emissão das interpretações das IFRS's. Antes da formação do IASB, como citado anteriormente, existia o IASC e este emitia as interpretações que eram conhecidas como Standing Interpretation Committee (SIC). Suas interpretações são chamadas de IFRIC Interpretation. Referências IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto R. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: Aplicável às Demais Sociedades. 7ª Edição. São Paulo: Atlas, 2007. MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 7ª Edição. São Paulo,Atlas, 2004. IUDÍCIBUS, Sérgio (Coord.) & Equipe de Professoresda FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 9ª Edição. São Paulo: Atlas,1998.
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