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Aula 03

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Seminários Integrados em Pedagogia 
Prof. Dr. Mauro Leão
Aula 3: Formação Geral – Grupo de Temas II 
Conteúdo programático da aula:
Nesta aula iremos abordar os seguintes temas:
A globalização, as suas características, as suas consequências para o ambiente e seus desdobramentos geopolíticos.
As relações entre o ambiente e a sociedade. O conceito de desenvolvimento sustentável, na perspectiva da Ecologia Social.
A análise de algumas políticas públicas nas áreas de educação, saúde, saneamento. 
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Globalização, degradação ambiental e exclusão social
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A complexidade envolve a perspectiva da superação da simplificação e do pensamento mutilante, no que se refere a própria apreensão da realidade e a construção do pensamento e da abordagem científicas (Morin: 2001).
O desafio da ideia complexidade
Edgar Morin
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A educação ambiental crítica, portanto, rompe a tendência reprodutivista das relações de poder existentes – algo muito agradável a setores que querem que “tudo mude para permanecer como está”, desde que os riscos de colapso ecossistêmico e degradação das condições de vida no planeta sejam minimizados ou “empurrados para a frente”.(Loureiro: 2007, pg. 68).
A educação ambiental crítica
A globalização pode assim ser definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância 
e vice-versa 
(Giddens: 1991, pg. 69).
A globalização
A globalização do mundo expressa um novo ciclo de expansão do capitalismo, como modo de produção e processo civilizatório de alcance mundial (Ianni, Octavio. Globalização e a nova ordem internacional, pg. 207)
A economia globalizada
É claro que a globalização não tem nada a ver com homogeneização. Esse é um universo de diversidades, desigualdades, tensões e antagonismos, simultaneamente às articulações, associações e integrações regionais, transnacionais e globais. (Idem, pg. 220)
Globalizar significa homogeneizar?
Ao lado da tendência em direção à homogeneização global, há também uma fascinação com a diferença com a mercantilização da etnia e da alteridade 
(Hall: 2004, pg. 77). 
O global e o regional
Embora tenha projetado a si próprio como trans-histórico e transnacional, como a força transcendente e universalizadora da modernização e da modernidade, o capitalismo global é, na verdade, um processo de ocidentalização – a exportação das mercadorias, dos valores, das prioridades, das formas de vida ocidentais. 
(Hall: 2004, pg. 79). 
O capitalismo global
Economia, sociedade e cultura, no mundo contemporâneo globalizado constitui uma sociedade em rede. Redes constituem a nova morfologia social de nossa sociedade e a difusão da lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência de poder e cultura (Castells: 1999).
A sociedade em redes
Os consumidores são primeiro e acima de tudo acumuladores de sensações. O desejo não deseja satisfação. Ao contrário, o desejo deseja o desejo.
(Bauman: 1999, pg. 91)
Uma sociedade de consumidores
Desenvolver de modo sustentável significa atender as necessidades das populações hoje, sem comprometer as possibilidades de satisfação das gerações futuras.
O desenvolvimento sustentável
É possível estabelecer uma prática de desenvolvimento que seja social e ecologicamente sustentável, sem modificar o atual modelo de produção e consumo?
O industrialismo
A estrada de ferro, arrastando sua enorme serpente emplumada de fumaça, à velocidade do vento, através de países e continentes, com suas obras de engenharia, estações e pontes formando um conjunto de construções que fazia as pirâmides do Egito e os aquedutos romanos e até mesmo a Grande Muralha da China empalidecerem de provincianismo, era o próprio símbolo do triunfo do homem pela tecnologia 
(Hobsbawm:1996, pg. 61).
Capitalismo verde?
A reestruturação ecológica do capitalismo, implicaria a integração dos constrangimentos socioambientais na lógica de valorização do capital. (...) A ecologia, a qualidade de vida tornou-se um custo, um freio ao lucro. [A solução] foi enviar indústrias pesadas e poluidoras para os países do Terceiro Mundo (Dupuy: 1980, pg. 16). 
A aceleração da obsolescência, que caminha junto da diminuição da durabilidade dos produtos e da possibilidade de repará-los, torna-se o instrumento decisivo para aumentar o volume de vendas. Ela obriga as firmas a inventar continuamente necessidades e novos desejos, a conferir às mercadorias um valor simbólico, difundindo uma cultura do consumo, que enfatiza a individualização (Gorz: 2010, pg.22)
A produção de novas carências
O mundo unificado é um mundo dividido. O modelo de industrialização capitalista visivelmente não é universalizável; as exceções bem sucedidas desta regra não chegam a invalidá-la (Altvater: 1995, pg. 25).
Por este caminho não há espaço para todos
Nesta perspectiva, para criar práticas educativas com consciência de nossas relações com o ambiente é de grande importância nos percebermos como partes integrantes de uma unidade complexa, que envolve a nossa estrutura biológica, as nossas criações simbólicas e a nossa ação de transformação da natureza (Loureiro: 2007: pg. 65). 
Com o olhar da educação ambiental crítica
GLOBALIZAÇÃO E GEOPOLÍTICA
Os blocos transnacionais
 A União Europeia 
Acordo de livre comércio da América do Norte.
Integrantes: EUA, Canadá e México.
O NAFTA (North American Free Trade Agreement)
Membros: Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina.
 Associados: Bolívia, Chile, Equador, Peru e Colômbia.
 Observador: México
O MERCOSUL
Membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
OS BRICS
São diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público, que se apresentam através dos programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado, diretamente ou não, com a participação de entes públicos ou privados, para garantir o direito de cidadania.
POLÍTICAS PÚBLICAS
SÃO EXEMPLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS
BIBLIOGRAFIA:
Altvater, Elmar. O Preço da Riqueza, São Paulo, Ed. UNESP, 1995.
Bauman, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1999.
Dupuy, Jean Pierre. Introdução à Crítica da Ecologia Política. Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 1980. 
Giddens, Anthony. As consequências da modernidade, São Paulo, Ed. UNESP, 1991.
Gorz, André. Ecológica. São Paulo, Annablume, 2010.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
Hobsbawm, Eric J. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1996.
PARA SABER MAIS
BIBLIOGRAFIA:
Morin, Edgar. Ciência com consciência. Rio de Janeiro, Bertand Brasil, 2001.
LINKS DE VÍDEOS:
A História das Coisas
https://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw
O Vale 
(de Marcos Sá Corrêa e João Moreira Salles)
https://www.youtube.com/watch?v=g5m7F-kwR9g
PARA SABER MAIS
LINKS DE VÍDEOS:
Edgar Morin. Reintegração dos saberes
https://www.youtube.com/watch?v=VmFB9Vcac1U
Vida em sintropia (agricultura regenerativa)
https://www.youtube.com/watch?v=gSPNRu4ZPvE
PARA SABER MAIS
Professor: Mauro Leão Gomes
Endereço Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1610146457928004
Agradeço pela atenção!

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