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SEMANA 13

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DIREITO CIVIL II - CCJ0013 Título SEMANA 13 Descrição Caso Concreto 
Antônio e Maria contrataram a prestação de serviço de um laboratório particular para coletar células-tronco embrionárias do cordão umbilical de seu filho que iria nascer, pagando previamente pelo serviço de coleta. Por ocasião do parto, o laboratório foi avisado pelo casal, mas nenhum representante compareceu, deixando de coletar o material genético que poderia ser usado, no futuro, em eventual tratamento da saúde do nascituro. Proposta ação indenizatória pelos pais e a criança, aponte a decisão que melhor soluciona a questão. Fundamente sua resposta.
RESPOSTA: Pela teo ri a d a pe rda de uma chance , s urgi da n a França no s écul o X IX , a frustração da oportuni dade de af e ri r um l ucro o u de e vi tar u m p rej uízo deve se r inde ni zada. O cri té ri o para a quanti fi cação da reparação é o grau de p robabili d ade que e ss a oportunidade (ou ch ance ) te ri a de se concre tizar. A pe rda de uma chance tem si do ampl amente acei ta pel a j uri sp rud ên ci a como e spé cie de dano inden iz áve l. O caso e m q ue stão re fe re - se a u m j ul gado pel o STJ :. Inf ormativ o n . 549 do STJ: Di re i to Ci vil . A pli cab ili dade da Te ori a da Pe rda de Uma Chance no Caso d e De scump ri me nto de Contrato de Col e ta de Cé l ul as-Tronco Embrion ári as. Te m di re i to a se r i ndenizada, com base na teori a da pe rda de uma chance, a criança q ue, e m razão da aus ên ci a do pre posto da e mpresa contratada p or se us pai s para cole tar o materi al no mome nto do parto , não te ve re col hi das as cél ul as -tronco embrionári as. No caso, a cri ança teve f rus trada a chance de te r suas cél ul as e mbrionárias col hi das e armazenadas p ara, se e ve ntual me nte fos se pre ci so, faze r uso de l as e m tratame nto de saúde. N ão se e stá di ante de si tuação de dano hi poté ti co - o qu e não re nde ri a e nsejo à i nde ni zação - mas de caso claro de apli cação da te oria d a pe rda de uma chance , de se nvolvid a na França ( la pe rte d'une ch ance ) e denomi n ada na Ingl ate rra de lo st- of f- a-chance . N o caso , a re spon sabili dade é po r pe rda de uma chance p or se re m as cél ul as-tronco, cuj a re ti rada d o cordão u mbil i cal deve ocorre r no mo me nto do p arto, o grand e trunf o da me di cina mode rn a para o tratamento de i núme ras pato logi as consid erad as i ncu ráveis. É possíve l que o dano final nunca ven ha a se i mple me ntar, bastando que a pessoa re cé m-nasci da se j a pl ename nte saudáv el , nunca de se nv ol ve ndo qualque r doença tratável com a u til ização das cél ul as - tronco re ti rad as do se u co rdão umbi li cal. O ce rto, poré m, é que pe rde u, de fi ni ti vame nte , a chance de p re ve ni r o tratame nto des sas patol ogi as. Essa chance pe rd id a é , portan t o, o ob je to da in de ni zação. REsp 1.291. 247-RJ, Re l . Mi n. P aulo d e Tarso S ans eve ri no, jul gado e m 19/8/2014.
Questão Objetiva (TCE-RO) As perdas e danos
 a) nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas atualizadas monetariamente, com juros, custas e honorários advocatícios, prejudicada a pena convencional. 
RESPOSTA: b) mesmo que resultantes de dolo do devedor, só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito direto e imediato da inexecução. 
c) dizem respeito apenas aos prejuízos materiais e morais, causados por ato doloso do ofensor. d) abrangem os lucros cessantes, que se caracterizam pelo que o credor efetivamente perdeu, diminuindo seu patrimônio. e) abrangem, na inexecução dolosa, inclusive os prejuízos eventuais, remotos ou potenciais.
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