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RESUMO DE METODOS QUANTITATIVOS

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RESUMO DE METODOS QUANTITATIVOS
Bárbara Moura
PRINCIPAIS TÓPICOS UTILIZADOS NA PROVA 2 QUE O PROFESSOR DISSE QUE VAI ESTAR EXTREMAMENTE PARECIDA COM A 3 ENTÃO SÃO OS TÓPICOS QUE EU TENHO QUE FOCAR NA HORA DE ESTUDAR ESSE LIXO:
valor de p
desvio-padrão
tamanho de efeito
desenho experimental (GC, GE, Alocação aleatória, pré-teste, pós-teste)
correlação
1 - VALOR DE P:
Probabilidade de cometer o erro tipo I ou II
Índice que permite inferir que dois grupos são estatisticamente diferentes
;NÃO INFORMA O TAMANHO DA DIFERENÇA
p < 0,05
NÃO “ENDEUSAR” O P
2 - TAMANHO DE EFEITO:
Complemento ao p
Verifica o tamanho da diferença (magnitude) entre os grupos, medida em desvios-padrão
OBSERVAR VALOR ABSOLUTO DO TAMANHO DE EFEITO. SINAL MOSTRA A DIREÇÃO
0 - 0,2: pequeno. 0,3 - 0,8: moderado. maior que 0,8: grande (d de Cohen)
Diz o quão intercalados os grupos estão
3 - DESVIO-PADRÃO:
Tentativa de tratamento do erro de forma padronizada
Quantifica o quão distantes os pontos estão do meio
4 - CORRELAÇÃO:
Variáveis variando de maneira semelhante
Possível conexão entre fenômenos
Identificar relação linear por meio de sua covariância
Validade de testes psicológicos
Sinal diz respeito à direção da correlação
Pode ser perfeito (+1/-1), imperfeito ( 0 < x < +1/ 0 > x > -1)
+1/-1 = perfeito. Entre 0,7 e 0,9 = forte. Entre 0,4 e 0,6 = moderado, entre 0,1 e 0,3 = fraco. 0 = 0
Sendo r o coeficiente de correlação, r² é a variância explicada. A variância exclusiva é o valor que resta entre o r² e o 100%
VALOR VERDADEIRO (está na média)
Em um dado não viciado, qual é o valor verdadeiro de um conjunto de jogadas infinitas?
Podemos usar a média como tratamento para identificar o valor “verdadeiro”. Sabemos que a média de jogadas infinitas de um dado será sempre 3,5 {ou seja, (1+2+3+4+5+6)/6 = 3,5}.
O valor “verdadeiro” nunca nos é acessível diretamente, sem a presença do aleatório.
DEVIDO: ERRO AMOSTRAL
VALOR VERDADEIRO E O ERRO
Para saber o valor “verdadeiro”, você precisa separá-lo do erro (ex. ouro como erro)
	EM UM GRAFICO
O valor verdadeiro é a media
Por que não apareceu apenas o valor verdadeiro? Porque, devido ao princípio da aleatoriedade, existem valores que se dispersam ao redor do valor “verdadeiro” denominados aqui de erros padrões, ou seja ERRO AMOSTRAL!
e se obtivermos uma média 4? Ele é 3,5 + erro padrão = 4!
nem sempre o que parecer ser, de fato é:
 ...mesmo em um dado não viciado (nossa simulação criou este dado no mundo virtual) existe a probabilidade de aparecer o valor 5, enquanto na “verdade” ele é 3,5!!
	ERRO TIPO I E ERRO TIPO II
Exemplos de erro tipo I
1.	Dizer que há diferença de médias entre dois grupos enquanto na verdade não há.
2.	Dizer que há relação entre duas variáveis, quando não há.
3.	Dizer que uma mulher está grávida, quando não está.
4.	Afirmar que uma dada psicoterapia provoca efeitos psicológicos positivos, quando não provoca.
5.	Você entrevista uma pessoa e acredita que determinada afirmação que ela proferiu de fato expressa o que ela pensa, enquanto não representa.
O erro tipo II é o oposto do erro tipo I: O erro tipo II envolve você afirmar que não ocorre um determinado evento, quando na verdade ele ocorre.
Exemplos de erro tipo II
1.	Dizer que não há diferença de médias entre dois grupos enquanto na verdade há.
2.	Dizer que não há relação entre duas variáveis, quando há.
3.	Dizer que uma mulher não está grávida, quando está.
4.	Afirmar que uma dada psicoterapia não provoca efeitos psicológicos positivos, quando de fato provoca.
5.	Você entrevista uma pessoa e acredita que determinada afirmação que ela proferiu não expressa o que ela pensa, enquanto, de fato, representa o que ela pensa.
RELACIONANDO COM P
Toda vez que você observar algum artigo científico informando o p você poderá inferir que ele está informando o quanto uma determinada informação é carregada de erro tipo I.
Embora o p seja um índice que nos permite inferir que dois grupos são estatisticamente diferentes ele não nos informa O TAMANHO desta diferença. Para isso, temos o TAMANHO DE EFEITO.
TAMANHO DE EFEITO (d)
	O tamanho de efeito é uma estatística descritiva que serve como complemento ao teste de p.
	Esse índice é utilizado para verificar o quão grande é a diferença entre os grupos ou seja, a magnitude da diferença entre dois grupos. 
Tamanho de efeito do d de Cohen (0 Á 0,9)
O tamanho de efeito nos diz os quão intercalados estão dois grupos
“d = 1” significa que as médias das curvas estão a 1 desvio padrão de distância uma da outra
 
Exemplo de tamanho de efeito
Diferença do desempenho de leitura entre o 2º e 3º período de Psicologia.
p = 0,046 = significativo
d = 0,13 = pequeno efeito
Nem sempre o p significativo quer dizer que o resultado possui relevância.
INTERPRETANDO ARTIGO
Habilidades sociais e características pessoais em escolares de Belém
As autoras apontam na introdução que habilidades sociais variam de acordo com sexo, faixa etária e condições clínicas de saúde das crianças em uma escala de 0 a 4.
VARIAVEIS:
Sexo >nominal Faixa etária >ordinal Condições clínicas de saúde >ordinal
“Diante da interação social existem três tipos de reações: não habilidosas passivas, não habilidosas ativas e habilidosas. Estudos apontam que comportamentos socialmente desejáveis se relacionam com assertividade, civilidade e empatia. Além disso, características pessoais se relacionam positivamente com habilidades sociais adequadas, bem como o sexo, uma vez que meninas apresentam escores mais altos de habilidades sociais do que meninos. A idade também está relacionada, pois, crianças mais velhas tendem a ter mais habilidades sociais. Além disso, a condição clínica também está envolvida, uma vez que crianças com doenças crônicas tendem a ter menos habilidades sociais.”
HIPOTESES:
	Crianças com maior comportamento socialmente desejável (assertividade, civilidade e empatia) apresentam maior habilidade social.
	Crianças do sexo feminino apresentam mais comportamentos sociais habilidosos, logo maior habilidade social.
	Crianças mais velhas apresentam mais habilidade social do que as crianças mais novas.
	Crianças com doenças crônicas apresentam menos habilidades sociais.
ERROS TIPO I
	Dizer que crianças com maior “comportamento socialmente desejável” apresentam maiores habilidades sociais, quando na verdade “comportamento socialmente desejável” não se associa a habilidades sociais.
	Dizer que crianças do sexo feminino apresentam mais comportamentos sociais habilidosos, quando na verdade não há essa diferença entre os sexos e os comportamentos sociais habilidosos.
	Dizer que crianças mais velhas apresentam maiores habilidades sociais do que as crianças mais novas, quando na verdade não há essa relação da idade com as habilidades sociais.
	Dizer que crianças com doenças crônicas apresentam menos habilidades sociais, quando na verdade não há essa relação entre as duas variáveis (doenças crônicas e habilidades sociais).
INTERPRETANDO OS RESULTADOS:
1- Quais informações devem ser identificadas na tabela para saber se as habilidades sociais do sexo feminino são maiores do que as do sexo masculino?
As médias das habilidades sociais e do valor de p nas categorias da variável sexo.
2-	Qual é o erro tipo I para a afirmativa as habilidades sociais das crianças do sexo feminino são maiores do que as do sexo masculino?
Afirmar que as crianças do sexo feminino apresentaram maiores habilidades sociais do que as do sexo masculino, enquanto na realidade NÃO HÁ esta diferença entre os sexos.
3-	Qual a probabilidade de erro tipo I para a afirmação da questão 2? 4%
4- Podemos afirmar que as habilidades sociais das crianças do sexo feminino deste estudo foram diferentes das crianças do sexo masculino?
Considerando o ponto de corte de p < 0,05, podemos considerar que os grupos de crianças do sexo feminino e do masculino apresentam diferentes níveis de habilidadessociais.
INTERPRETANDO OS RESULTADOS
1- Quais informações devem ser identificadas na tabela para saber se as habilidades sociais da faixa etária de 9-12 anos são maiores do que da faixa de 6-8 anos?
As médias das habilidades sociais e do valor de p nas categorias da variável idade.
2-	Qual é o erro tipo I para a afirmativa as habilidades sociais das crianças da faixa de 9-12 anos apresentam maiores habilidades sociais do que as de 6-8 anos?
Afirmar que as crianças da faixa de 9-12 anos apresentaram maiores habilidades sociais do que as da faixa 6-8 anos, quando na verdade NÃO apresentam esta diferença.
3-	Qual a probabilidade de erro tipo I para a afirmação da questão 2?
0,1%
4- Podemos afirmar que as habilidades sociais das crianças de 9-12 anos são diferentes das crianças de 6-8 anos?
Considerando o ponto de corte de p < 0,05, podemos considerar que o grupo das crianças da faixa de 9-12 anos apresenta maior nível de habilidades sociais do que o grupo da faixa de 6-8 anos.
EXERCICIO:
Vamos retomar o exemplo do nosso estudante...
Suponhamos agora que a média do estudante tenha sido de 3 pontos, com um desvio-padrão de 1.
E seu valor no dia 45 foi igual a 4.
	Podemos afirmar que a sensação vivenciada no dia 45 difere do padrão usual?
Para responder essa pergunta você precisa descobrir primeiro:
Qual o erro tipo I envolvido nessa afirmativa do 4 ser uma sensação diferente do usual?
Afirmar que a sensação vivenciada no dia 45, de valor 4, corresponde a uma sensação diferente da usual quando na verdade a sensação vivenciada no dia 45, correspondente ao valor 4 é meramente uma flutuação aleatória do valor “verdadeiro”.
Qual o valor “verdadeiro” do padrão usual de sensação do estudante?
O valor verdadeiro está representado pelo ponto do meio (média), ou seja, corresponde ao valor 3.
Qual a probabilidade do valor 4 ocorrer?
A probabilidade do valor 4 ocorrer corresponde aos valores situados a partir da média +/- 1 Desvio-padrão.
Ou seja, a probabilidade é de, aproximadamente, 31,8%.
Quando podemos assumir que o 4 é uma sensação diferente do valor verdadeiro de 3?
Lembrando que só podemos assumir que essa sensação é diferente da usual quando a probabilidade dela ocorrer é menor do que 5% então, só podemos assumir que o 4 é uma sensação diferente do valor verdadeiro 3 quando a probabilidade desse valor for menor do que 5%.
Essa probabilidade nos permite inferir que essa diferença é verdadeira ou é meramente uma flutuação aleatória do padrão usual de sensação?
Considerando que só podemos afirmar que essa diferença é verdadeira se a probabilidade for menor do que 5% não podemos afirmar que o valor 4 corresponde a uma diferença verdadeira, pois a chance de cometermos o erro tipo I é de 31,8%.

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