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Sensação e percepção

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1.1 Sensação
 “A sensação é um processo fisiológico de ligação do organismo com o meio, através dos órgãos sensoriais, e consiste na transmissão de um influxo nervoso (corrente elétrica que percorre os nossos nervos) desde o órgão sensorial até aos centros de decodificação. Assim, por exemplo, os olhos recebem estímulos luminosos, os ouvidos estímulos sonoros, a boca estímulos gustativos, o tato estímulos de dor e também de diferenças na temperatura e o nariz estímulos relacionados aos cheiros.” (ALVES, AREDES, CARVALHO, 2002)
 “A sensação é a capacidade de codificar certos aspectos da energia física e química que nos circunda, ou seja, é a recepção de estímulos do meio externo captado por algum dos nossos cinco sentidos: visual, auditiva, tátil, olfativa e gustativa. A sensação permite a existência desses sentidos.” (FONTES, 2001)
 Imagine uma vespa picando sua perna. No momento em que ela encosta em sua pele, a informação recebida pelo córtex sensitivo é encaminhada ao córtex cerebral, para que o córtex motor realize um ato como resposta ao estímulo: o movimento da mão de espantá-la da perna. A esse processo de captação do estímulo do mundo exterior e sua condução ao cérebro chamamos de sensação.
Segundo Witter & Lomônaco (1984), possuímos três tipos de sensações:
interoceptivas, que se referem aos órgãos internos do organismo (como dor de barriga, queimação no estômago, frio, calor, etc.);
proprioceptivas, relativas ao movimento do corpo no espaço e à sua posição em relação aos outros corpos;
exteroceptivas, que permitem o contato do indivíduo com o mundo externo através dos órgãos dos sentidos.
 “A sensação pode ser definida como uma função biológica que transmite estímulo físico à percepção… Assim, a sensação é, em primeiro lugar, senso-percepção que quer dizer, percepção através dos órgãos dos sentidos e dos 'sentidos do corpo' (cinestésica, vasomotora, sensitiva, etc). É uma função consciente ou percepção consciente. O tipo de sensação mostra "escassa tendência para a reflexão ou para o comando. Perceber o objeto, ter e se possível usufruir sensações é o seu motivo constante. Não é, de forma nenhuma, um tipo desprezível; pelo contrário, possui frequentemente uma capacidade encantadora e viva para o prazer; é, por vezes, um indivíduo jovial e, frequentemente, um esteta refinado". (Jung, 1991)
 Ao processo de interpretação ou decodificação do estímulo pelo cérebro chamamos de percepção.
1.2 Percepção 
“Percepção é a capacidade de interpretar a sensação, associando informações sensoriais a nossa memória e cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos e orientar nosso comportamento’’ (FONTES, 2001). Por exemplo, um som de uma voz humana, uma buzina ou um barulho de algo quebrando, fica a carga da nossa percepção auditiva. Da mesma forma, quando se vê um objeto captado pela sensação visual, a percepção visual vai interpretar e associar aquela imagem a um conceito, onde pode ser visto um sofá, um rádio ou mesmo um animal de estimação.
A percepção é um processo cognitivo que nos ajuda a interpretar o que acontece quando sentimos alguma coisa (vemos, tocamos, ouvimos) e que nos faz levantar a questão “percebemos diretamente com os nossos sentidos ou percebemos as representações dos mesmos?” 
Através da percepção o ser humano contata com o mundo, ou seja, é graças a percepção que desde pequenos nos é possível saber as cores, as formas, as texturas, os aromas, saber distinguir o frio do calor.
Entende-se que a percepção é baseada na interpretação que as pessoas fazem da realidade e não na realidade em si, por este motivo a percepção do mundo é diferente para cada um de nós. A percepção não se limita ao registro de uma informação sensorial, é muito mais que isso, pois implica a atribuição de sentido, o qual vai de encontro com a experiência de cada um.
“Á medida que vamos adquirindo novas informações, a nossa percepção altera-se e é no cérebro que tudo se processa, pois os dados que chegam dos órgãos sensoriais é por ele tratado. A percepção é um processo cognitivo complexo em que para além de estarem presentes na sua construção as estruturas fisiológicas, como é o caso dos órgãos sensoriais e também das estruturas nervosas, a estas estruturas estão aliadas as nossas experiências pessoais, que dão sentido e significado ao que percebemos” (MONTEIRO, MATOS & FERREIRA, TAVARES, 2007).
Bibliografia
· MONTEIRO, Manuela Matos & FERREIRA, Pedro Tavares, 2007. Ser Humano – 2ª parte Psicologia B 12º ano. Porto Editora, Porto.
FONTES, 2001
Fonte: https://psicologado.com/neuropsicologia/a-sensacao-a-percepcao-e-as-desordens-da-percepcao 
ALVES, AREDES, CARVALHO, 2002 http://moranapsicologia.blogspot.com.br/2006/07/sensao-e-percepo-i.html
LEITE, Suely de Fátima Brito de Souza Calabri. Neurociência: um, novo olhar educacional. Blogspot, 2012.

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