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3. PROCEDIMENTOS

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II 
PROCEDIMENTOS
7º Período “A”
1- PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
	Igual ou mais de 04 anosRecebimento
Oitiva
Audiência
60 dias
Instrução
Art. 396 CPP
Apelação
Art. 593, I CPP
Memoriais
Orais
Orais
Absolvição Sumária
Art. 397 CPP
Resposta à Acusação
Art. 396 A CPP
Citação
Art. 396 CPP
Rese
Art. 581, I CPP
Rejeição
Art. 41-395 CPP
Denúncia ou Queixa
Por escrito
10 dias
Sentença
Alegações 
finais
	Só é possível aplicar pena, se absorver se reconstruir fato através do caminho legal, conseguindo estabelecer os mecanismos até a decisão. O procedimento é o caminho por onde passa para aplicação do direito penal. A forma pela qual age juiz, advogado, MP, analista judiciário, todos precisam conhecer o procedimento. O processo é a alma do direito, porque não basta saber o que é crime e o que não é, tem que saber como vai resolver, é resolvido através do processo penal ou administrativo, ele dá a resposta exata para resolução do seu problema. 
Ex.: Se advogado é impedido de exercer sua função, pode reclamar judicialmente, mas tem que saber a ação adequada a ser interposta, não pode nessa situação entrar com habeas corpus, porque não está preso. Porém, há situações que mesmo interpondo de forma errada, graças ao Princípio da Fungibilidade, permite que uma medida sem má-fé possa ser recebida, mesmo com erro, mas é um risco, porque é uma excepcionalidade, por isso é preciso saber do procedimento correto.
	Depois da citação vem a resposta da acusação. Se sabe o procedimento, sabe o que ocorrerá no momento seguinte. Depois de conhecer o procedimento qualquer situação que se apresente, deixa uma dica para que possa saber qual a fase em que o processo se encontra, se está na fase de conhecimento, que se inicia na denúncia e vai até a sentença; se está na fase investigatória, que nem iniciou o processo; ou se está na fase executória, já passou a sentença, está na fase de cumprimento da sentença. 
	Estudaremos o procedimento sumário e sumaríssimo.
	O procedimento Ordinário está regulado a partir do Art. 394 e seguintes, onde traça nova dimensão para processo penal, porque 2008 e 2011ocorreu pequenas reformas no código de processo penal. 
Obs.: Está tramitando uma nova reformulação para código de processo penal, onde tem a criação de um juízo de garantia, vai verificar as provas produzidas na fase de investigação, e juízo processante. Haverá um juiz na fase de investigação para garantir que a polícia não está violando seus direitos, para impedir o envolvimento com provas ilícitas, e um outro juiz que irá julgar, na fase processual.
	O procedimento será comum ou especial, o procedimento comum é aquele que regula os atos comum, ordinário, que não tem nenhuma especificidade. Já os procedimentos especiais, são regidos por leis especiais, regidos por capítulo específico para tratamento, como por exemplo os crimes praticados por funcionários públicos, crimes eleitorais, tráficos de droga, tudo tem regulamentação especial/específica. Inicialmente vamos estudar o procedimento comum que engloba o ordinário, sumário e sumaríssimo.
	Art. 394.  O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
DENÚNCIA OU QUEIXA
Art. 394 - Toda vez que houver judicialização - denúncia ou queixa, de uma demanda criminal, pressupõe que já houve uma investigação. Pressupõe, porque há situações que não há necessidade de fazer inquérito, BO. Ex.: Já existia um dossiê com autoria e materialidade apontada, o promotor não precisa mandar instaurar inquérito porque já tem o necessário para denunciar, vai apenas formalizar.
	A denúncia ou queixa é a petição inicial, é por ela que alguém pratica o jus puniendi, o direito ou a pretensão de punir, punição através do estado. Não é qualquer petição que vai gerar a punição, porém quem extrapola o limite está sujeito a essa punição. 
Ex.: Há ilícitos administrativos, como posse de arma de fogo com autorização vencida, é considerado fato atípico, STJ diz que não é crime, mas ainda há situação em que o estado primeiro acusa, para depois verificar se é crime ou não.
	Acolhida a denúncia ou queixa tem que verificar indício de autoria e prova da materialidade - verifica juiz, promotor, advogado, se ela merece prosperar.
REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA
Art. 41 e 395 CPP tem um comando, alertando juiz, promotor, advogado se a denúncia feita contra o acusado não atender ao Art. 41, vai aplicar o Art. 395. O Art. 41 diz a Denúncia ou Queixa deverá conter, o que obrigatoriamente tem que constar para ser válida (descrição dos fatos, discriminadamente de forma circunstanciada, indicando qual a pessoa, qual a prática delitiva, como e de que forma se deu, contra quem, qual o horário, dia, etc.), para possibilidade de defesa, só se defende se tiver as informações. Juiz verificar todos os fatores, se não tiver o que tiver obrigatoriamente pede o Art. 41, a petição é inepta, de inapta, que não serve, não preenche os requisitos, rejeitando a petição, não recebe a petição, pede para refazer e dar nova entrada.
	 Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:  (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou  (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Parágrafo único.  (Revogado). (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
	EXCEÇÃO - O Crime Societário, aquele crime que há várias pessoas envolvidas, porque representa crime de sociedade, como por exemplo o crime de lavagem de dinheiro, sócios praticando crime, complexa a dinâmica do crime, não tem como dizer quem é o mentor, o auxiliar, então, o Supremo excepcionalmente vem permitindo os crimes societário que tem uma dinâmica no crime, ser possível que o promotor faça uma denúncia genérica, narrando fato criminoso e apontando pessoas, sem dizer os fatos praticado por ela, fora, isso tem que narra todas as especificidades, porque se não fizer isso, como vai proporcionar o direito de defesa? 
	A rejeição está no Art. 395, suas hipóteses, entre elas a inépcia da petição inicial por falta de preenchimento dos pressupostos. Porém, pode ocorrer o juiz errar para o lado da acusação. Ex.: Juiz coloca, caso haja requerimento do MP defiro tudo, isso não é admitido, deferir sem nem conhecer qual o requerimento, tem que apresentar para analisar, isso gera irregularidade. 
RESE - Recurso em Sentido Estrito
	A ação privada o advogado tem que entrar com a petição inicial, narrando os fatos, demonstrando o direito e pedido que seja acatado sua solicitação. Pode ser que petição seja rejeitado por um defeito formal ou material (competência), impedindo o recebimento. O advogado pode discordar, porque o sistema é do duplo grau de jurisdição, recorrer para instância superior alegando que ele errou, porque é humano, e duplo grau existe porque pode haver a falibilidade humana, todo ser humano é falho. O recurso cabível é Recurso em sentido estrito - RESE. Art. 851, I, CPC. Interposição da petição, se for rejeitada cabe recurso em sentido estrito, recurso onde próprio juiz vai analisar e corrigir seupróprio erro, se mantiver a decisão ele vai mandar o recurso para o tribunal.
RECEBIMENTO
	Analisado e não houve causa de rejeição, juiz irá analisar. 
RECEBIMENTO e diferente de OFERECIMENTO - o recebimento quer dizer que a petição está perfeita, quando recebe dá um despacho: recebo a PI porque está atendendo aos requisitos do CPC. Pode também receber parcialmente, ex. coloca na denúncia que houve roubo qualificado e percebe que foi apenas roubo, justifica que recebe a denúncia apenas na imputação de roubo simples. 
	Recebimento pode ser total ou parcial, só há processo com despacho do juiz recebendo a petição em mandando citar, e não quando oferece a queixa/denúncia.
	A denúncia tem um prazo prescritivo, depende da matéria/crime, se for um crime regulado de pena máxima de um ano a prescrição se dá em 03 anos, conforme Art. 29 CPC, começa em 03 anos até 20 anos, tem que verificar se há prescrição, que é causa de extinção da punibilidade, pode rejeitar porque está prescrita. 
	Prazo de 06 meses para apresentar a queixa depois que toma conhecimento do autor fato. 
	Na Denúncia ocorre prazo prescricional, na Queixa prazo decadencial - decadências só em ação privada.
	Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Parágrafo único.  No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
CITAÇÃO
	Recebida queixa/denúncia, manda citar. Citação é o chamamento para se defender de uma acusação formalmente recebida. Recebida denúncia ou queixa, juiz cita, não intima, porque intimação é comunicação de um ato realizado. 
	No mandado de citação, o oficial de justiça cita pessoalmente, ou qualquer das reguladas na forma da lei, para que se defenda no prazo de 10 dias, junto vai a cópia da petição da denúncia/queixa. 
	No processo penal é diferente do civil (que começa com a juntada, nos autos), no processo penal o prazo começa a contar do dia da efetiva citação, já inicia a contagem do prazo como regra, processualmente exclui o dia do começo e inclui o dia final (dies a quo), mas o marco inicial é o dia em que é citado. 
RESPOSTA A ACUSAÇÃO
	Após ou no momento da citação, CPC determina nos dispositivos 396 - oficial quando for citar tem que pergunta se tem advogado ou se tem condições de ter um advogado, tem que registrar que citou, leu o mandado e o citando declarou que não tem advogado e nem tem condições de constituir um. O oficial comunica o juiz e determina que a defensoria assuma o caso e apresente sua resposta, em 10 dias, como regra. A defensoria tem uma lei 1.060/50, onde os prazos para defensoria correm em dobro, tem 20 dias para apresentar a defesa - Art. 396 - A, após a citação válida, (tem que ser válida, porque se não tem advogado e não foi citado não tem como apresentar defesa). 
	Na resposta a acusação (nome técnico - procedimento comum ordinário), pode apresentar tudo que interesse a sua defesa, poderá argui preliminar - obriga juiz primeiro analisa ela, se juiz acatar, impede que analise o mérito, porque ela impede que o processo siga ao mérito, acusar ou absorver, Ex.: alega preliminarmente a incompetência do juízo. Não pode primeiro analisar o mérito para depois se reconhecer incompetente, não é possível, inverte a lógica do processo, o sistema tem uma lógica para jurisdição tem que ser magistrado, e magistrado competente. Na preliminar oferecer tudo que for importante para sua defesa, especificar provas, arrolar testemunhas (preclui o direito, se não arrolado no exato momento), apresentar documentos.
	Art. 396-A.  Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
Ex.: Pai chegou na hora que filha estava sendo estuprada, e entrou em luta corporal com estuprado que acabou morrendo. Se acatada a legítima defesa, pode ser absolvido sumariamente.
	Se houver conflito entre promotor e juiz, envia ao procurador geral de justiça sobre o arquivamento do inquérito policial, se o parecer do procurador for pela denúncia, mesmo com característica clara de legítima defesa. 
	A absolvição sumária é concedia no início, no tribunal do júri é declarada no final.
	 Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
INSTRUÇÃO
	Vem de provas, instruir é juntar provas, apresentar provas, juiz recebe a denúncia, cita o acusado, depois é obrigado como regra a marcar a audiência no prazo de 60 dias, algumas vezes isso não acontece, mas excesso de prazo gera ilegalidade, e se o indivíduo estiver preso tem que ser posto em liberdade. 
	Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
OITIVA
	Nos 60 dias serão ouvidas vítima e as testemunhas - primeiro da acusação, depois da defesa, por último será o interrogatório do réu. Se houver inversa da ordem da oitiva, gera irregularidade, gera a colocação do acusado em liberdade, depois finaliza a defesa. A regra é ser oral. 
	Art. 401.  Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
ALEGAÇÕES FINAIS
	 Concluída a oitiva, nas alegações finais tem 20 min para acusação e 20 min para defesa prorrogável opor mais 10 minutos, tem 30 minutos para fazer a defesa do acusado. Por isso advogado tem que estar preparado, estudar previamente, os prontos importantes, é a última palavra da defesa, para não dá margem para réu ser acusado.
Exceção à regra: Art. 403, § 3º - A aplicação dos memoriais é possível, o escrito, juiz pode excepcionalmente conceder prazo de 05 dias para apresentar por escrito. Primeiro o MP apresenta suas alegações finais, quando processo chegar no cartório intima advogado, para em 05 dias apresentar alegações finais. Geralmente é feito pela complexidade da causa, que precisa de mais tempo para elaborar as alegações finais por memoriais (a exceção que tem virado regra). 
	 Art. 403.  Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redaçãodada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 3o  O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
SENTENÇA
	Sentença pode ser oral (na hora da audiência), se memorial prazo da sentença em 10 dias. Encerra o processo, vai para a fase de execução, podendo recorrer da decisão, entrar com recurso de apelação, embargo de declaração.
	Art. 404.  Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Parágrafo único.  Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
2 - PROCEDIMENTO SUMÁRIO 
Inferior a 04 anos e acima 02 anos
Mesmo procedimento do ordinário
Redução
Prazos
Quantidade de testemunha
Dilações
 	O que muda para procedimento sumário é prazo, quantidade de testemunha, dilações, porque é o mesmo procedimento. No procedimento ordinário tem prazo para marcar audiência de 60 dias, no sumário tem que marcar em 30 dias. A quantidade de testemunha no ordinário é 8 pessoas, no sumário é no máximo 5 pessoas, no sumário não pode dilatar os prazos pedir diligencias para dilatação dos prazos, no ordinário pode pedir tudo que o sistema permitir.
	Para saber qual o procedimento adotar tem que verificar a pena, se for igual ou maior que 04 anos será o procedimento ordinário, se for abaixo de 04 anos e acima de 02 anos procedimento sumário, e abaixo de 02 anos o sumaríssimo. 
	Procedimento Ordinário
	Procedimento Sumário
	Audiência 60 dias
	Audiência 30 dias
	08 testemunhas
	05 testemunhas
	Pode pedir dilatação dos prazos
	Não pode pedir dilatação dos prazos
	Condenação igual ou maior de 04 anos
	Condenação abaixo de 04 anos e acima de 02 anos
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
Lei 10.259/01 - Federal
Lei 9.099/95 - Jecrim - Estaduais
	A partir da Lei 9.099/95 instalou no Brasil a “justiça consensuada”, tentando copiar o sistema dos EUA, que tem a participação do povo nas decisões mais importantes, a sociedade é quem julga, pois a regra é o tribunal do júri. Também o Estado negocia, barganha com o acusado para viabilizar a aplicação da justiça, fazendo um acordo legal. 
	A Lei 9.099/95 é uma lei estadual dos juizados especiais, que foi criada primeiro que a lei federal, aplicada em causas que não tem a participação da união, fica residualmente com a o que não for interesse da União. Nos crimes que não ultrapassam pena de 02 anos. Sendo interesse da união vai para os juizados federais. 
	Essas leis foram criadas para desafogar o judiciário, dano mais celeridade e não ficar junto e atrasar o andamento dos crimes mais complexos. 
Observação: O Art.61 - inicialmente trazia que juizado atuaria nos crimes com pena igual ou inferior a 01 ano, porém com a Lei 11.313/06 que alterou o Art. 61, o juizado analisará os crimes cuja pena máxima em abstrato será igual ou inferior a 02 anos. 
	Essa lei objetivou criar um sistema que fosse mais eficaz e tirasse as pessoas que praticaram pequenos delitos do alvo da penitenciária.
1. Princípios
Oralidade: é a regra o procedimento se todo oral, inclusive as alegações finais, a instrução, etc.
Simplicidade: retirou a maioria das formalidades. Ex.: pode dispensar relatório.
Informalidade: permite que a própria parte vá ao juizado e formalize o termo de queixa (jus postulando) 
Economia Processual: foi retirado muitos recursos, deixando o processo aparentemente mais célere e menos pessoas envolvidas. Geralmente não chega ao final pela grande oportunidade de fazer negociação.
Celeridade: prazos mais rápidos. 
2. Sistema da justiça Consensual:
A partir da Lei 9.099/95 instalou no Brasil a “justiça consensuada”, tentando copiar o sistema dos EUA, que tem a participação do povo nas decisões mais importantes, a sociedade é quem julga, pois, a regra é o tribunal do júri. Também o Estado negocia, barganha com o acusado para viabilizar a aplicação da justiça, fazendo um acordo legal. 
3. Fases
	É aplicado nos crimes de menor potencial ofensivo, na delegacia terá que ser dirigido o procedimento mais adequado. 
Obs.: usuário de droga - não tem pena - é considerado de menor potencial ofensivo, será conduzido a delegacia e apenas assinará termo de compromisso, depois será liberado. 
3.1 - Audiência Preliminar 
Tentativa de conciliação
Composição dos dados civis - Art. 74
Transação Penal - Art. 76
	Quando é preso em flagrante é levado para a delegacia, porém não pode ocorrer o auto de prisão em flagrante, será lavrado o TCO - termo circunstanciado de ocorrência. Com termo de compromisso, se comprometendo a comparecer no dia e hora marcada a audiência preliminar. Não consegue fazer tudo no mesmo momento.
	O indivíduo não é citado é intimado a comparecer para tentativa de composição do dano, transação penal. Está obrigatoriamente previsto em lei, no entanto não gera obrigatoriedade para o ofensor.
	 O autor é querelante o réu é querelado. Nas ações penais públicas e privadas haverá manifestação do Ministério Público.
	Quando há vários delitos, se juntar e superar a tamanho da pena exigida pelo juizado, não poderá ser julgado por ele (retira a competência do juizado), porém se não atingir, poderá ser julgado pelo juizado especial. 
Observação: Se entrar com competência errada, quando a justiça for julga, declarando a incompetência do juízo, poderá ter ultrapassado o prazo, que geralmente são de 06 meses, para entrar com a ação, ocorrendo assim a decadência.
	O STF decidiu que será analisada a pena somada dos crimes, para verificar se será de competência do juizado. 
	Além da reparação dos danos civis, pode buscar outras áreas da justiça para repação, como por ex.: justiça do trabalho. 
	Na justiça consensual, as partes tentam um acordo, o Estado não pune com pena, podendo reparar o dano, compor o conflito, inclusive de fatores morais, Ex: retratação pública, pagamento pecuniário. 
	A Transação Penal é um instituto importante e benéfico, porque ainda não existe processo, nem denúncia ou queixa ao ofendido, e se houver, ela fica pendente, para verificação da existência de um acordo. Haverá uma homologação antes do processo, encerrando o procedimento e não haverá qualquer punição em relação ao acusado. Poderá ser estabelecido condições, que se o indivíduo cumprira pena/medidas restritivas de direito, antes de iniciar o processo, é uma pena sem processo.
	Caso não haja conciliação, não compor o dano e não for possível a transação penal, não tem nenhum problema, assim como não é obrigado a comparecer à audiência preliminar, nesse caso não poderá ser buscado coercitivamente. O ofensor/investigado não é obrigado a comparecer, o não comparecimento é prova que não quis o acordo. 
3.2 - Denúncia ou Queixa Crime (proposição)
	A ação pública condicionada, tem que aguardar a representação da vítima; a ação pública incondicionada, MP tem que denunciar. É preciso cuidado para não ocorrer a prescrição (perda da punição delitiva). A ação privada, o particular que apresenta a queixa.
	A representação e a queixa são ação exclusiva da vítima no prazo de 06 meses a contar do dia em que o ofendido tomou conhecimento de quem cometeu o ato delituoso. Se tem conhecimento quem é o autor já iniciaa contagem do prazo (06 meses), prazo decadencial a partir de quando conhece a autoria do fato delituoso. Identificação do autor do fato, o que fizeram e de que forma fizeram. Narrar que estará na propositura da ação junto com o juiz competente - Art. 41.
Observação: COMPETÊNCIA
	De quem é a competência? A competência é delimitada pelo lugar da prática delitiva, competência territorial - Art. 61 CPP.
3.3 - Citação do Réu - Art. 66 CPP
	Pessoal ou por mandato, se o indivíduo comparecer convalida a citação.
Caso não localizado (descola o foro) - Parágrafo único - Art. 66
	Caso seja complexa a localização do réu, juiz declara a competência e encaminha para justiça comum para fazer citação por hora certa ou edital (princípio da celeridade).
3.4 - Audiência de Instrução e Julgamento
	A audiência é uma, na mesma audiência deve ser realizado atos de instrução e julgamento. Antes da audiência pode entender que não há transação penal, mas há suspensão condicional do processo.
Proposta (requisitos/vedações) de Suspensão Condicional do Processo - Art. 89 CPC.
	É um processo sem pena, haverá denuncia, recebimento. Se aplica as penas mínimas, igual ou inferior a um ano. Ou crimes que estão fora da competência do juizado especial. Ex.: porte ilegal de arma de fogo, tem pena de 04 anos, mas permite a suspensão condicional do processo, se pena não ultrapassar de 01 ano. Havendo acordo e se cumprir, será extinto, não produzirá nenhum efeito/resíduo para o indivíduo. É exigido homologação judicial, juiz analisará e homologará. Art. 28 CPP.
	Se não cumprir a condição o processo volta a correr/segue.
Não aceita a proposta - Segue instrução
	O indivíduo pode não aceitar a suspensão condicional do processo, porque seu interesse é provar que é inocente. E se aceitar a condição poderá prejudicar, como no caso dos funcionários públicos. Contudo, a tendência é aceitar a suspensão, pois é mais benéfica. 
Alegações Finais - Orais 
	Pode apresentar em memoriais, a depender da complexidade do caso em 05 dias, mas a regra é ser oral. 
	
Sentença
	Em regra, deve ser oral. Mas após finalizado juiz tem 10 dias para proferir sentença.
3.5 - Recursos 
Embargos declaratória - Art. 83 - Quando houver contradição, obscuridade, omissão.
Apelação - Combater sentença que tenha definitividade - 10 dias - Art. 82, § 1º
Recurso Extraordinário - CF/88 estabeleceu, aferição STF quando cabe matéria constitucional direta.
__________________________________________________________________________
PROCEDIMENTO NOS CRIMES CONTRA FUNCIONÁRIO PÚBLICO - CRIMES FUNCIONAIS
Fundamento:
Art. 312 a 316 CP (são os crimes)
Art. 513 a 518 CPP (rito)
	Do CPP referente a reforma de 2008, alterou a sistemática do código de processo, estabeleceu procedimento comum e procedimento especial. Estabeleceu que o procedimento especial, são aqueles que estão dentro do código, mas de forma apartada, no próprio CPP e também em lei especial/específica.
	Tratamos de crime contra a administração pública, praticado por funcionário público - Art. 327 CP, conceitua quem é o funcionário público - que exerce atividade pública, pode englobar terceirizados, instituições que prestam serviços público.
Princípio da Fungibilidade:
	Quando ocorre erro, mas o conteúdo é aplicável, pode ser considerado. Mas isso é excepcionalidade, porque se trata de liberdade. 
4. Defesa Preliminar
5. Recebimento da Denúncia ou Queixa
1. Denúncia ou Queixa
Oitiva
Audiência
60 dias
Memoriais
Orais
Orais
6. Prosseguimento do feito - Rito Ordinário
2. Rejeição
Art. 41-395 CPP
Com Resposta à acusação
3. Rese
Art. 581, I CPP
Prazo 10 dias - Art. 396-A
 
1 - Denúncia: ação pública incondicionada - MP sempre. Queixa: Ação privada, por particular/ofendido. Deflagram o processo penal.
2 - Rejeição: possibilidade da RESE (Art. 581, I CPP) Recurso em Sentido Estrito, sempre manejado quando há rejeição da denúncia/queixa (medida não terminativa, mas interlocutória). Quando não há indícios de autoria e materialidade do crime. Cuidado do juiz para não está havendo perseguição, prejudicando o funcionário público, a ser coagido a fazer algo. Pode haver rejeição por inépcia da petição inicial, pressupostos legítimos da ação, condição da ação, etc.
4 - Defesa Preliminar: o funcionário público antes de iniciar o processo propriamente dito, faz uma defesa preliminar, para que posterior a isso haja o reconhecimento da queixa ou da denúncia. 
	A doutrina diverge sobre a defesa preliminar:
Uma corrente diz que a defesa preliminar deve ocorrer em todas as causas.
A outra corrente defende que só deve haver defesa preliminar se não houve inquérito policial, pois defende que o IP já fundamenta bem a materialidade do delito.
	Não consta na lei se deve haver a defesa preliminar com ou sem o inquérito policial. Porém, o ideal segundo o professor é manter a defesa preliminar em todos os processos, tendo em vista que os funcionários públicos são alvo de perseguição e com a defesa preliminar pode-se verificar essas condições, não classificando ainda o funcionário público como réu (o que é muito grave, podendo levar até a perda do cargo), tendo em vista que ainda não foi recebida a queixa/denúncia. 
Observação:
A - Duas defesas:
STF - Aplicação Geral
	A defesa preliminar deve ocorrer em todos os processos, independente se houve ou não inquérito policial, a aplicação deve ser geral.
STJ - Aplicação Restrita - Súmula 330 
	A defesa preliminar é desnecessária quando há inquérito policial, deve ter aplicação restrita. A corrente majoritária é o entendimento do STJ - Súmula 330, que deve haver uma aplicação restrita, que é mais prejudicial ao acusado. 
B - Crimes Afiançáveis
	Esse procedimento só é aceitável para crimes afiançáveis. A maioria dos crimes são afiançáveis, menos os que estão previstos na CF/88.
C - Inobservância 
Nulidade Absoluta?QUESTIONAMENTO
Nulidade Relativa? - STF/STJ
	A inobservância de não possibilita a defesa preliminar, em regra deveria ser declarada a nulidade absoluta, no entanto, tem entendimento firmado do STF e STJ que a ausência da defesa preliminar gera NILIDADE RELATIVA, tendo as partes que demonstrar prejuízo. 
“Pás de nullité sans grief”
	Quer dizer “Não haverá nulidade se não houver demonstrado o prejuízo”. A defesa tem que levantar a nulidade relativa, que seja analisada, se o juiz indeferir, a defesa pode agravar. Caso não levante questionamento preclui o direito, tem que fazer constar no ato o questionamento sobre a nulidade. 
__________________________________________________________________________
PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI
	Trata-se de um procedimento especial, que diz respeitos as leis específicas apartadas no código ou em lei especial. 
	O tribunal do júri esteve presente nas constituições do pais, com exceção da Constituição Polaca, que teve sua vigência durante a ditadura militar.
1 - Crimes Dolosos contra a Vida - Art. 121 a 125 CP
	Será de competência ser julgado pelo tribunal do júri os crimes dolos contra a vida - homicídio, infanticídio, aborto, induzimento/instigação ao suicídio. 
Observação: o crime de “latrocínio”, que é um crime contra a vida e contra o patrimônio, não é de competência do tribunal do júri, tendo em vista que é caraterizado como um crime contra o patrimônio. 
2. garantia Fundamental - CF/88, Art. 5º, XXXVIII
	O tribunal do júri é cláusula pétrea, resguarda a garantia de ser julgado pelo tribunal do júri.
	Esse modelo de julgamento, vem desde os primórdios, quando Jesus Cristo, foi a júri popular, onde Pilatos consultou o povo para absolver ou condená-lo, e o povo julgou errado, portanto, é necessário muito cuidado.
	Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;Competência Mínima
	No mínimo essa competência tem que ser aplicada aos crimes dolosos contra a vida, porém, pode ingressar outros crimes, desde que o legislador queira, entretanto, no mínimo englobará os crimes dolosos contra a vida. 
Cláusula Pétrea - Art. 60, § 4º CF/88
	É impossível de ser modificada essa disposição, poderá ser alargada, mas jamais diminuída. 
3 - Maior Exemplo de Cidadania
Cidadãos (juízes leigos)
Competência Temporária para Julgar
	Serão escolhidos cidadãos, considerados juízes leigos, que vão apresentar sua posição jurídica, não analisarão o direito, mas o fato.
4 - Foro por Prerrogativa?
Súmula 45 - STF
	Há um órgão competente previsto na CF/88 para quem possui foro por prerrogativa de função, porém o tribunal do júri também está previsto constitucionalmente. Verifica-se um conflito de norma, onde a norma especial/específica prevalece, portanto, o STF entende que quem tem foro por prerrogativa (presidente, governador, prefeito), serão julgado pelo órgão específico. 
	No entanto, no caso dos Deputados Estaduais, que sua prerrogativa está prevista na Constituição Estadual, que hierarquicamente abaixo da Constituição Federal, o que prevalece é a CF/88, no que concerne ao tribunal do júri.
	Súmula 45 STF - A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
5 - Princípios Constitucionais - Art. 5º, XXXVIII, a, b, c CF/88
Plenitude de Defesa
	Paralela a “ampla defesa” que possibilita a defesa técnica, através do advogado, respaldando sobre uma fundamentação jurídica, exclusivamente legal. Assim como a autodefesa, propicia no momento do interrogatório, quando o acusado tem a chance de se defender. A ampla defesa é a regra no sistema brasileiro.
	A plenitude de defesa cabe tudo tipo de argumento na defesa do acusado, mesmo que não seja jurídico, seja ele de ordem filosófica, religiosa, sociológica, espiritual, etc. Obviamente é necessária que seja licita. 
Sigilo das Votações
	É uma garantia para os jurados. Os jurados são cidadãos com reputação ilibada, sem antecedentes criminais, que não possui nenhum vínculo com as partes. Vai depender da quantidade da população, serão escolhidos 25 jurando de uma lista hipoteticamente de 1.500 pessoas, para que compareça no dia do julgamento. O quórum mínimo é de 15 pessoas das 25 que foram convocadas, dentre as 15, serão escolhidas como jurados 07 pessoas, que passaram a ser o juiz da causa. 
	A votação é sigilosa, irão colocar no papel apenas SIM ou NÃO, que vão depositar em uma urna. Será considerada a maioria dos votos, se abrir 04 votos com SIM, a votação é encerrada, não há necessidade de abrir os outros votos. Antes abria todos os votos, o que violava o Princípio do Sigilo da Votação, e colocava os jurados em risco. Portanto, atualmente há a preocupação com a integridade dos jurados. 
Soberania dos Veredictos 
	Está relacionado a imutabilidade da decisão do júri, não pode ser modificada, poderá ser anulada e constituído novo júri, mas não modificada.
	A excepcionalidade é a revisão criminal, que é uma ação constitucional, de mesma hierarquia do tribunal do júri, portanto, pode anular ou modificar a sua decisão. Mas em regra a decisão do júri, não pode ser modificada.
6 - Características
	O Tribunal do Júri é um órgão COLEGIADO, HETEROGÊNEO e TEMPORÁRIO, constituído por um juiz togado e vinte e cinco jurados, dentre os quais sete irão integrar o Conselho de Sentença. É tribunal de cidadãos previamente alistados, sorteados e escolhidos que irão decidir sobre a condenação ou não do acusado.
Temporariedade: Se reúnem temporariamente, só para aqueles casos que são dolosos contra a vida e posto em julgamento. O órgão é temporário, não será um conselho permanente.
Heterogeneidade: Tem que haver uma diversidade de classe, não pode por exemplo convocar apenas estudantes de direito, apenas mulher, etc. OAB tem que fiscalizar, podendo impugnar se constatado a homogeneidade de classe.
Decisão por maioria: No EUA a decisão é por unanimidade, os jurados se comunicam. No Brasil não pode haver comunicação, e não é necessário a unanimidade, decisão será pela maioria dos votos, portanto, basta 04 decisões a favor ou contra que já encerra a votação. 
Fluxograma da 1º Fase - Sumária de Culpa - Judicium Accusationis: Art. 406 - 497 CPP
4. Recebimento da Denúncia ou Queixa
5. Manifestação do MP, querelante se existir Preliminar
1. Denúncia ou Queixa
Prossegue-se
Citação
2. Rejeição
Art. 41-395 CPP
Resposta a acusação
Marcação da Instrução
Oitiva da Vítima
Oitiva das Testemunhas (8) - Acusado/Defesa
Oitiva Perito
Acareações / Reconhecimentos
Alegações Orais
Decisão: - Pronúncia
 - Impronúncia
	 - Absolvição Sumária
	 - Desclassificação
3. Rese
Art. 581, I CPP
 
1. A Denúncia ou queixa é apresentada com indicio e prova e materialidade do crime. No homicídio deve ser apresentado a Ação pública Incondicionada, porém, se não for feita o particular pode ingressar com queixa.
2. Se não houver os requisitos legais a denúncia/queixa pode ser rejeitada e a parte prejudicada pode ingressar com o Recurso em Sentido Estrito - RESE.
3. Se a denúncia/queixa for recebida, será citado o acusado para apresentar a Resposta a Acusação. (Art. 406 CPP)
4. Se apresentar preliminar (Ex.: prescrição), deverá ser submetida a outra parte, dando a possibilidade do contraditório. Se as preliminares não forem acatadas, prossegue o processo.
	A audiência de instrução acontecerá no máximo de 60 dias.
	Máximo de 08 testemunhas, declarante pode ser inúmeros.
	As alegações finais em regra deverão ser orais, mas pode ser escrita quando observada a complexidade da causa.
Decisão:
Pronúncia: O Juiz deve pronunciar se houver indicio suficiente de autoria e prova da materialidade. Será obrigado a encaminhar para o tribunal do júri
Impronúncia: Quando não há indícios de autoria e prova da materialidade.
Obs.: Há dúvida se aplica o Princípio In Pro Societat - É uma criação jurisprudencial não prevista na CF, seria arbitrário, pois na dúvida mão deve pronunciar. 
Absolvição Sumária: Relacionada a excludente de ilicitude, culpabilidade. No procedimento comum a absolvição sumária é declarada no início do processo, no tribunal do júri só declara no final da primeira fase. Porém, há entendimento jurisprudencial que defende que onde há o mesmo direito, tem que haver o mesmo procedimento, entretanto, a regra é que seja declarada no final da primeira fase.
Desclassificação: Retira uma conduta mais gravosa para uma menos grave. Ex.: Desclassifica de homicídio doloso para homicídio simples. 
2º Fase Tribunal do Júri
Preclusão da Denúncia
Intimação das partes (05 dias)
Rol de Testemunhas (05 testemunhas)
Marcação da Sessão Plenária
1. Fase Preparatória
Deliberação sobre Diligências
Dispensa de jurados
Conferência / Quórum / Cédulas
Pregão
2. Instalação da Sessão
3. Formação do Conselho
Advertências
Sorteio
Recusa (Motivada e Imotivada)
Compromisso
Relatório para Jurados + Decisão Pronunciada
Oitiva / Vítima / Testemunhas / Perícia / Acareações
Reconhecimento de Pessoa / Coisas 
4. Instrução
1 Réu: 1h30min / + 1 Réu: 2h30min
Réplica 1h 
Tréplica 1h (+ 1 Réu: 2h)
5. Debates
Esclarecimentos
Quesitação
Sala Especial
Leitura da Sentença
Assinaturas
6. Julgamento
1. Fase Preparatória
	Inicia com coma a análise da preclusão da pronúncia, é feita a verificação da perda do direito em decorrer do tempo.
	Intimado pessoalmente e no prazo de 5 dias para entrar com o recurso em sentido estrito, para combater a pronuncia, processo volta para o juiz para se quiser se retratar, se manter a decisão o processo será encaminhado para o tribunal e aguardará sua manifestação. 
	Se em 5 dias não apresentar o recurso em sentido estrito, temque prestar requerimento já com o rol das testemunhas (5 testemunhas, a apresentação da testemunha é facultativo), sendo assim marcada a sessão plenária. 
2º - Instalação da Sessão
	Chegada a data da instalação da sessão, a abertura, constituída de ato solene, será verificado o quórum de jurados, se houver no mínimo 15 jurados dos 25 convocados, seus nomes serão colocados dentro da urna. Serão verificadas pelo juiz as solicitações de dispensa pelos jurados. 
	Confere se está tudo dentro das regras, coloca as cédulas e declara a instalação da sessão, portanto, se houver nulidade esse é o MOMENTO de ser suscitada, caso não seja haverá a preclusão do direito de reclamá-la, salvo nas situações de nulidade absoluta que pode ser suscitada em qualquer momento e em qualquer grau de jurisdição. 
	Não havendo declaração de nulidade será feito o pregão, que é a qualificação das partes, exposição do tipo de crime, etc. 
3º - Formação do Conselho
	O conselho será formado por pessoas que não pode conhecer, ser amigo, inimigo declarado, parente das partes. Após essa verificação faz o sorteio para eleger 7 jurados dos presentes. Os defensores podem dispensar até 3 jurados em justificativa/motivação, depois de dispensado três jurados tem que justificar. Chamado os sete jurados eles se comprometem a julgar com consciência, com base nos fatos declarados no processo. É dado um relatório do processo para que leiam e tomem conhecimento do ocorrido.
4º - Instrução
	Será ouvi tudo novamente, ao acusado é conferido o direito ao silêncio. Pode haver novamente o reconhecimento, careação, passando para a fase do debate. 
5º - Debates
	O debate inicia com acusação que tem 1h30min, depois vem a defesa que também possui 1h30min. Se houver mais de um réu a defesa terá 2h30min, podendo a defesa pedir ao juiz pra separar a defesa dos acusados quando são muitos. Depois de concluída a defesa se o MP (replica em 1h) se manifestar a defesa tem direito a tréplica (1h se um réu, 2h se mais de um réu). 
6º - Julgamento
	Depois de encerrado, se não houver dúvida, vai para a sala especial para votação, lá será dado esclarecimento sobre o procedimento da votação. Se quatro dos setes jurados disse SIM, a votação será encerrada, o réu foi absolvido. Se votaram NÃO, juiz irá verificar as questões de direito. Juiz lê a sentença e encerra com a assinatura de todos. 
RECURSOS EM ESPÉCIE
Impugnar Decisão Interlocutória
Previsto Art. 581 CPP / Art. 294 CTB / Lei 1.521/51 / Lei 1.508/51
Inciso de Cabimento X Revogação (I ao XXIV)
Não cabe mais os incisos XI, XII, XVII, XIX, XX ao XXIV - Agravo em Execução
Prazo: PETIÇÃO - 05 dias
	 RAZÕES - 02 dias
Efeitos: Devolutivo - Suspensivo - Diferido
Efeitos: Devolutiva - Suspensivo e Diferido
1. RESE
1. RESE: Recurso em Sentido Estrito, serve para interposição de recurso de decisões interlocutórias. O Art. 581 CPP elenca o rol taxativo das situações em que cabe RESE. A regra é não permitir que esse rol taxativo seja flexibilizado.
	Há alguns incisos que não são mais utilizados, houve revogação tácita, pois surgiram leis novas que revogou. Ex.: Entrada em vigor da LEP, se aplica o “agravo de execução”.
	Prazo da Petição (quando discorda da decisão proferida pelo juiz), primeiro apresenta a petição, no prazo de 05 dias, para dizer apenas que discorda da decisão para posterior apresentar as razões em 02 dias.
	O prazo é contado a partir da efetiva citação, publicada é desprezada o primeiro dia e incluído o último. As razões é a fundamentação jurídica, o motivo pelo qual quer modificar a decisão. 
	Tem efeito devolutivo (devolve a competência para quem de direito, devolve para a corte que teria competência originária). Devolutivo (a decisão em regra tem efeito suspensivo, não pode ser executada até que seja analisado o recurso. Se o juiz não reforma a decisão, vai para o tribunal, enquanto ele não julga, fica suspenso). Diferido/Retratatório recursal (o mesmo juiz que decidiu, tem a possibilidade com a interposição do recurso de se retratar, ele é obrigado a analisar e rever se é possível modificar a decisão. Se manter a decisão o recurso é remetido para o tribunal. 
2. Apelação
Contra decisões Definitivas
Fundamento Legal - Art. 593 CPP / 416 CPP/ Lei 9.099/95 / Art. 82
Prazo: PETIÇÃO - 05 dias
	 RAZÕES - 02 dias
Efeitos: Devolutivo - Suspensivo
2. Apelação: Ataca decisões definitivas:
	I - Sentença ou decisão de caráter definitivo (se condena ou absolvi) por juiz singular
	II - Decisão que não tenha previsão no RESE e tenha força definitiva.
	III - Caso em que houver crimes dolosos contra a vida - Tribunal do Júri.
Prazo de 05 para Petições e 02 dias para as razões pelo CPP.
Prazo para Juizados Especiais: 10 dias para Petições, para as Razões são 08 dias.
Efeitos: Devolutivo (devolve para analisar tudo, provas, nulidade, até mesmo o que as partes não tinham alegado). Suspensivo (suspende os efeitos da decisão).
	Declaratórios - Art. 382 (1ºgrau) / Art. 619 (2ºgrau)
Infringentes - Art. 609
Nulidades - Art. 609
Prazo: 02 dias
Efeitos: Suspensivo
3. Embargos
3.1 - Embargos Declaratórios - Cabimento: 
Omissão - Nas situações em que o tribunal não analisa um dos pedidos formulados
Obscuridade - Decisões sem compreensão, começa a falar de um caso e termina em outro totalmente diferente.
Ambiguidade - diversos entendimentos contraditórios, não tem certeza do que fala.
Contradição: hipótese de narra pela absolvição e no final condena (sentença suicida)
Dúvida: Apenas permitida no Juizado Especial, quando existe alguma dúvuda.
Obs.: O recurso contra juiz de 1º grau tem sua fundamentação com base no Art. 382 CPP, já contra juiz de 2º grau, fundamenta com o Art. 619 CPP.
3.2 Embargos Infringente - Reforma da Decisão NÃO Unanime
	Pressupõe que não é uma decisão de 1º grau, por ser uma decisão colegiada, onde pelo menos um votou contrário, divergiu.
3.3 - Nulidade - Matéria Processual / Anular Julgamento (não unanime)
	Atacam decisões de cunho processual. Ex.: ataca citação, no caso de servidor público que foi citado em casa e o correto é ser citado onde trabalha.
	Anula tudo desde o ato que gerou a nulidade.
O Efeito suspensivo interrompe o prazo dos outros recursos.
Observação: é possível entrar com embargos infringente e nulidade ao mesmo tempo.
AÇÕES IMPUGNATIVAS
1. Habeas Corpus - Art. 5º, LXVIII CF / 647 e ss CPP
Coação Ilegal - 648
	É uma medida que visa garantir a liberdade de ir e vir do indivíduo, surgiu desde a primeira carta constitucional conhecida, a do Rei João sem Terra de 1215. Chegou ao Brasil através de Rui Barbosa, como base o HC americano, colocando contrapeso na arbitrariedade estatal. Só foi suprimido na carta Polaca de 1937 (ditadura).
	É uma ação constitucional, está no título dos recursos, mas é uma ação constitucional, conhecido como remédio constitucional. 
	Requisitos presente no Art. 648 - risco eminente (HC preventivo), quando está preste a acontecer / propriamente dito (HC liberatório)
	Denominação: Paciente / Impetrante / Autoridade coatora (quem está aplicando a coação)
	Qualquer pessoa do povo pode fazer HC, só não pode sustentar. Único impeditivo é ter que estar no Brasil. 
	É possível ser paciente e impetrante ao mesmo tempo.
Obs.: HC é impetrado, já o recurso é interposto. 
Obs².: Salvo Conduta (quando o indivíduo não foi preso, mas há decisão que não pode prender). Contra Mandato (tem a prisão decretada e juiz cancela, e uma decisão contra a prisão). Alvará de Soltura ( quando o indivíduo já foi preso e é colocado em liberdade).
2. revisão Criminal - Art. 521 e ss
	Ação autônima, pós transito em julgado para questionar a sentença já transitada em julgado. Só pode entrar com a certidão do transito em julgado. Só é possível essa ação, quando houver provas novas, que não foram verificadas anterior, ou em decretação de penas extravagantes. Será desconstituído a coisa julgada e pode ser reexaminado.Prazo: Não há prazo, pode ser a qualquer tempo.
Pro Societates: Não é possível, só Pro Réu, para reverter a situação em favor do réu, a inocência. 
Requisitos: Prova nova, atenuante (ainda que genérico, inominado)

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