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DEFESA exploradores da caverna

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EXCELENTÍSSIMA SENHOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE VITORIA , ESTADO DO ESPIRITO SANTO.
PROCESSO Nº 00274.19.5000-0006
Sr Vitor Emanuel Santos, Sr Pedro Henrique, Sr Antônio C. de Freitas e Sr Bruno Almeida, devidamente qualificado nos autos, vem por meio de seu advogado, a presença de Vossa Excelência, apresentar sua DEFESA, nos seguintes termos:
DOS FATOS 
Os denunciados são acusados pelos crimes de homicídio qualificado doloso, causando falecimento do Sr Roger Whetmore.
Há de salientar que o fato ocorreu após 20 dias de enclausuramento em uma caverna Vale do Atol onde foram explorar e , no período da exploração houve um grande desmoronamento, onde  veio a ocorrer a obstrução  da única saída os mesmos que ali estavam, poderiam sobreviver ou morrer por inanição. 
Firmando então entre si, um contrato onde um deles se entregaria como sacrifício, em prol a sobrevivência dos outros.
Conforme depoimentos dos autos.
DOS FUNDAMENTOS 
A verdade dos fatos não ocorreu conforme narrado na peça do inquérito que baseou a acusação do Ministério Público.
Conforme consta nos autos , o pedido da acusação :
“Posto isto, denuncio Vitor Emanuel Santos, Pedro Henrique, Antônio C.de Freitas e Bruno Almeida pelos crimes de homicídio qualificado doloso, onde tiveram a intenção de matar, com as qualificações de: meio cruel, usando de tortura e crueldade; dificuldade de defesa, com uso de emboscada e recursos em que impediam a vitima de se defender. Também com  Incurso no art. 121 do Código Penal; art. 1°; art. 5° inciso II, inciso XX; art. 137 e art. 211”
Nos desdobramentos do dolo, quando indireto, alternativo ou eventual, deve se ter presente que, mesmo tendo o autor dúvida que sua conduta pode ou não levar a um resultado criminoso, mas sabendo que este pode ocorrer, caso venha agir, ele assume o risco produzir o resultado. Haverá, então, a caracterização do dolo, justamente porque assumiu o risco do resultado tipificado na lei penal.
Crime de Dolo é vontade livre e consciente . A culpabilidade e a imputabilidade constituíra objeto do dolo .
A consciência há de abranger a ação ou a omissão do agente , devendo igualmente compreender o resultado , e o nexo causal entre este e a atividade desenvolvida pelo sujeito ativo. 
Age, pois , dolosamente quem pratica a ação em sentido amplo , consciente e voluntariamente .
O crime doloso, então, ocorre quando o autor quis o resultado de sua conduta ou assumiu, com ela, o risco de produzi-lo.
O Dolo
Art. 18 – Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)Crime doloso(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Estamos diante de uma legitima defesa , não tendo o requerido qualquer intenção de matar a vitima ou qualquer pessoa.
Legítima defesa
Art. 25 – Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
O que corroborou em desespero tomando todos os que ali estavam em desmedida paranóia, modificação do estado psíquico a ponto de saírem do estado de Sociedade Civil para estado natural, formando assim um contrato paralelo ao Estado Civil. 
O estado de natureza pode ser entendido como a ausência de sociedade, é anterior a sociedade civil. 
Todo homem é potencialmente uma ameaça a outro homem e esta é aceita passiva ou ativamente. As paixões são subjetivas e inumeráveis, mas todas tendem a um fim máximo: a preservação da vida e a supressão da dor. 
Partindo deste pressuposto peço que seja observado art. 23, no §1ºdo Código Penal enquanto a legitima defesa se regula .
			Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
No direito brasileiro, a primeira legislação a abordar a legítima defesa, foi o Código Filipino. O referido códice, em seu livro 5º, título XXXV, disciplina: 
"se a morte for em sua necessária defensão, não haverá pena alguma, salvo se nella excedeo a qualidade do excesso".
O maior desejo do homem é manter sua vida à este desejo atribuímos de instinto de conservação. No estado natural a vida está em constante ameaça. Os réus , em decorrência do instinto de conservação, guiados pela razão, são levados a pactuarem entre si.
DOS PEDIDOS:
Ante todo o exposto, vem a presença de Vossa Excelência, requerer:
a) A Absolvição do acusado, ante a inexistência de dolo;
b) A absolvição do acusado, haja vista estar presente uma excludente de ilicitude.
Nestes termos, pede deferimento.
Vitoria, 03 de maio de 2017.
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