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Condição da População Indígena no Brasil

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Módulo 4 - A condição da população indígena na sociedade brasileira
A questão da terra indígena: um problema social e ambiental
Luta pela posse de terra: questão social e ambiental.
As política públicas que incentivam a produção capitalista com discurso de desenvolvimento sustentável estão tornando invisível a luta indígena pela defesa de sua identidade, território.
“A questão social só começou a desempenhar um papel revolucionário quando [...] os homens começaram a duvidar de que a pobreza fosse inerente à condição humana, a duvidar de que a distinção entre os poucos que, por circunstâncias, força ou fraude, tinham conseguido se libertar dos grilhões da pobreza, e a miserável multidão trabalhadora, fosse inevitável e eterna” (Hanna Arendt, 1971, p. 22)
Para superar a desigualdade social entre indio e não índios é fundamental a demarcação e defesa do território indígena.A exploração ecológica e concentração de posse de terra faz parte das políticas de enfrentamento do processo de desigualdade social para ampliação da liberdade, democracia e direitos à cidadania.
No Brasil a luta dos povos indígenas entra em conflito com o discurso do desenvolvimento econômico do Estado-Nacional. Neste confronto a polícia federal é convoncada para defender, não os direitos e as terras indígenas, mas o direito de posse da terra que empresas e latifundiários dizem ter a posse legítima. São as próprias empresas que solicitam a intervenção policial para uma desapropriação/desocupação. E essa "reapropriação" das terras acaba sendo violenta contra crianças e mulheres desarmadas, além de haver a destruição de símbolos e memórias das culturas indígenas.
O que está em jogo é o confronto entre diferentes grupos sociais e diferentes usos e significados do território. Para os indígenas o território sempre foi deles, foi a sociedade nacikonal que se apropriou do território. O movimento indígena busca a demarcação de suas terras para que sua história, memória, cultura e vida possam continuar existindo. ONGs e Movimentos ambientais são convidadas a fazerem análises técnicas, mas essas não consideram questões históricas e sociais envolvidas. Nas decisões políticas a opinião indígena não tem o mesmo peso que a dos outros grupos sociais envolvidos na sociedade capitalista.
O que cada ator social vê e explica deriva de seus valores, ideologias e modelos teóricos muito particulares, que estão esquematizados mentalmente.
 
“Os grupos de interesse são entendidos como aqueles que procuram fazer valer seus interesses junto ao poder político. Nesse contexto, o poder político estabelece relações com esses grupos, seja para proibi-los, interditá-los, controlá-los ou associá-los à sua ação.” (ROSA, p. 9)
Na questão das terras indígenas temos atores públicos e privados, políticos, empresários, ONGs e movimentos sociais.
No caso das organizações indígenas, essas são entidades que lutam por direitos civis, mas que simultaneamente buscam a garantia de direitos decorrentes da diferença étnica. Elas vêm adotando estratégias administrativas e gerenciais similares às de instituições não-indígenas, mas as formas próprias de legitimidade e de exercício dos direitos políticos são fortemente influenciadas pelas relações de parentesco, típicas das culturas tradicionais que lhes deram origem. Sua direção costuma ser exercida por pessoas jovens, com vários anos de escolaridade, cujo foco principal de atuação é dirigido ao espaço das relações interétnicas, na busca de garantir a aplicabilidade de políticas públicas de interesse dos grupos que representam. Tais formas modernas de exercício político interagem com os modelos tradicionais de chefia política indígena e, em sua busca de atender simultaneamente as demandas internas de seus povos e aquelas geradas no mundo não-indígena, vêm desenvolvendo uma criativa articulação entre tradição e modernidade política” (Garnelo & Sampaio, 2005b apud ROSA, p. 10).
A demarcação de terras indígenas tem sido uma “luta” no ambiente político, na qual ou se ganha ou se perde. É uma luta entre o “desenvolvimento” econômico e o direito de prorpiedade. O “debate” tem aparecido nas manifestações da imprensa, pressão pública, pressões coletivas e negociação. O “jogo” seria a situação na qual o que vale é vencer o adversário, sem eliminá-lo, de modo que possa vir a ser um aliado do processo posteriormente. Esse é o jogo entre índios e as empresas, uma tentativa de negociação sobre o uso da terra e a defesa dos direitos.
 
Educação escolar indígena
Nos primeiros anos da década de 2000 as universidades começaram a receber indígenas. No entanto, o currículo não recebeu alterações para se adaptar à realidade multicultural. As disciplinas são baseadas em pensamentos etnocêntricos, o que não permite a igualdade de acesso à educação, apenas a igualdade de acesso ao currículo.
Segundo o IBGE de 2012 o Brasil tinha 896 mil indígenas, o que representava 0,47% da população nacional. No Censo 2010 havia 246 mil no ensino básico (do infantil ao médio), representando 0,5% das matrículas. De acordo com o MEC, havia 6.336 alunos indígenas no ensino superior, representando 0,1% das matrículas.
Os principais cursos que recebem a população indígenas são de Licenciatura indígena (formação de professores índios), Direito, Medicina e Ciências da Terra, e a maioria entra pelo sistema de cotas.
A relação da sociedade ncional com a escolarização indígena já teve outros caminhos. Em 1549, eram os jesuítas que os colocavam em contato com as letras.
Em 1910, o SPI – Serviço de Proteção aos Índios - cria escolas para ensinar as letras e um ofício, uma tentativa de introduzir o índio no sistema capitalista.
Em 1967, a FUNAI – Fundação Nacional do Índio – substitui a SPI, cria uma rede de escolas bilíngues, com professores índios e tradições indígenas. Apesar da inovação e respeito ao bilinguismo e às tradições indígenas foram décadas de políticas protecionistas, integracionistas e imposição de valores.
Apenas em 1988, com a Constituição Cidadã, os movimentos indígenas, universidade, intelectuais e a sociedade indígena: conquistam o direito e respeito à diversidade.
Nos anos 90, a adequação das escolas indígenas ao sistema de ensino regular, garantiram uma escola bilíngue, diferenciada e específica, com professores índios.
E agora nos anos 2000, houve a criação do magistério indígena; licenciatura indígena (UNEMAT, Mato Grosso; UFRR, Roraima), cursos preparatório para vestibular financiado pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento; e Seminário sobre educação indígena.
Atualmente são 8 universidades ofertando licenciatura interculturais indígenas com habilitação em línguas, literatura e arte, Ciências da Natureza e Matemática, Ciências Sociais e Humanidades. Existem 2.938 professores formados.
Dos 11 mil professores indígenas no Brasil, 21% possuem curso superior, 61% ensino médio, 33% magistério tradicional, 10% magistério indígena, 18% ensino fundamental.
Junto com as reivindicações de cotas afro-descendentes há as cotas indígenas. Na UNB (Brasília), 20 vagas anuais são para os índios. Na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em 2003, foram 20% das vagas para negros, 10% para índios e incluíram um programa de sensibilização da comunidade e apoio aos calouros.
Em 2007, 20% das instituições de nível superior possuíam sistema de ação afirmativa de acesso aos indígenas, principalmente na região Norte.
“Depois de oito anos de debates jurídicos, em 26 de abril de 2012, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o sistema de cotas da UNB é constitucional, decisão que cria jurisprudência. O ministro relator do processo destacou que as ações afirmativas têm o objetivo de superar distorções sociais historicamente consolidadas e não ferem o direito de outros cidadãos, porque os meios empregados e os fins perseguidos são marcados pela proporcionalidade e pela razoabilidade, e porque as políticas são transitórias.” (DAVID, p. 115) 
No entanto, existem dificuldades para a permanência indígena na universidade, como:
Condições demoradia, deslocamento e compra de material;
Deslocamento da família inteira;
Necessidade de interligação com políticas de assistência, habitação e trabalho;
Dificuldade de comprovar que pertence a uma comunidade indígena;
Provas do Enem mostram que escolas indígenas não estão respeitando a interculturalidade e dão mais valor à preservação da cultura;
Choque cultural e linguístico, adaptação a o mundo acadêmico, se não trabalhadas reforçam os preconceitos;
A universidade precisa se preparar para receber a diversidade.
Recuperação da autoestima
As conquistas de direitos fizeram que alguns índios saíssem da invisibilidade e começasse um processo de recuperação da autoestima identitária, mas é difícil definir quem tem o direito ou não às cotas. Essa definição requer tempo e análise minuciosa para que não haja exclusões, deve haver um vínculo com o povo, com o território, com a história, cultura e educação.
A real igualdade depende da mudanças no currículo, um currículo multicultural que respeite as especificidades das sociedades indígenas.
O multiculturalismo, por sua vez, prega a coexistência enriquecedora de diversos pontos de vista e atitudes, provenientes de diferentes heranças culturais. Seu conceito pressupõe uma posição aberta e flexível, baseada no respeito dessa diversidade e na rejeição a todo preconceito ou hierarquia (MACHADO, 2002, p. 37).
Em outras palavras, multiculturalismo, ou pluralidade, passa pelo diálogo entre os diferentes grupos sociais e culturais; passa pelo reconhecimento do outro, incluindo seus saberes e valores.(DAVID, p. 118)
O conceito que se tem de índio é homogêneo, mas existe, segundo Censo (IBGE, 2012): 305 etnias e 274 línguas. Dificilmente são vistos como cidadãos, são facilmente vistos como culturas de estágios inferiores com perspectiva de assimilação à cultura global.
O multiculturalismo como estratégia pedagógica permitir que o aluno tenha acesso à várias pedagogias de ensino, cria a consciência crítica e a autonomia de escolher um estilo de vida diferenciado, mas com acesso ao saber e ao conhecimento.
Os curriculos universitários preparam seus alunos para o trabalho capitalista e não para a crítica, conscientização e transformação do status quo. A faculdade deve formar profissionais e cidadãos, cidadãos que respeitem as diferenças e permitam que o outro seja o outro.
A formação de professores deve ter como parâmetro o multiculturalismo para as próximas gerações criarem política públicas e práticas pedagógicas renovadoras. A experiência indígena poderia enriquecer e renovar as grades curriculares, pois trazem uma visão do diferente.
 
Leitura obrigatória:
ROSA, Edinete Maria; GARCIA, Maria Lúcia Teixeira; LEAL, Fabíola Xavier. Derrubam-se as casas: a desconstrução da questão indígena no cenário da política social. Revista de Psicologia Política. São Paulo: Sociedade Brasileira de Psicologia Política, v.7, n.14, dez. 2007. 
DAVID, Moisés; MELO, Maria Lúcia; MALHEIRO, João Manoel da Silva. Desafios do currículo multicultural na educação superior para indígenas. Educação e Pesquisa.  São Paulo,  v. 39, n. 1, Mar.  2013.
 
Sugestão de filmes e músicas para atividades complementares
Filme: À Sombra de um Delírio Verde (documentário). Dir: An Baccaert, Cristiano Navarro e Nicola Um. Argentina, Bélgica e Brasil, 2012.
Filme: Belo Monte, Anúncio de uma Guerra (documentário). Dir.: André D’Elia. Brasil, 2012.
Música: Tubi Tupy, Lenine.
Música: Testamento, Nelson Angelo e Milton Nascimento.
	Analise o gráfico abaixo e assinale a alternativa que melhor explica os dados apresentados.
	A
	Em todas as regiões do Brasil, as mulheres negras continuam a desempenhar as funções domésticas nos lares brasileiros, ou seja, o número de mulheres negras ocupando cargo de empregada doméstica é sempre superior à média em cada região.
	B
	O número de empregadas domésticas é superior ao número de mulheres negras no Brasil, independente da região.
	C
	O gráfico não mostra relação entre cor/raça e a ocupação dos postos de empregada doméstica no Brasil.
	D
	A região Centro-Oeste apresenta o maior número de mulheres negras ocupando cargo de empregada doméstica.
	E
	Na região Norte, a diferença entre o número de mulheres negras na população total e aquelas que ocupam o cargo de empregada doméstica é a maior do Brasil.
	Analise o gráfico abaixo:
 
A partir da interpretação destes dados, é incorreto afirmar que:
 
	A
	Entre 1% da população mais rica no Brasil, as pessoas de cor preta são minoria absoluta, representando menos de 2% nesta faixa.
	B
	A concentração de renda no Brasil possui traços claramente raciais, sendo possível afirmarmos que a pobreza em nosso país “tem cor”.
	C
	Observando estes dados, podemos afirmar que as diferenças étnico-raciais são muito sutis, se comparadas às diferenças econômico-sociais na sociedade brasileira.
	D
	Apesar de constituírem quase 50% da população brasileira em geral, quando observada a faixa dos 10% mais pobres, os brancos aparecem em minoria, em relação a pretos e pardos.
	E
	É praticamente inexpressiva a presença de negros entre aqueles que se encontram entre o 1% da população mais rica no Brasil.
	Em relação aos estereótipos raciais presentes na literatura brasileira, é incorreto afirmar que:
	A
	Muitos livros da literatura clássica brasileira ajudaram a manter intactos os estereótipos de cunho racista.
	B
	Os textos de Monteiro Lobato também reproduzem os estereótipos do negro como submisso e subserviente.
	C
	Não há estudos conclusivos sobre a produção de discursos de cunho racista na literatura clássica brasileira.
	D
	Devido ao seu teor considerado racista, um dos livros de Monteiro Lobato foi vetado pelo MEC-Ministério da Educação, e proibida sua distribuição nas escolas públicas do país.
	E
	A literatura colaborou também para reforçar piadas e ditos populares de cunho preconceituosos.
	Leia o trecho da música de Gabriel O Pensador, Lavagem Cerebral e assinale a alternativa incorreta:
 
Aliás branco no Brasil é difícil porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda então olhe pra trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura então porque o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou...
Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor
Uns com a pele clara outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
 
	A
	Este trecho aborda a questão da miscigenação na formação da população e da cultura brasileiras.
	B
	Segundo o que estudamos em nossa disciplina, existe uma dificuldade entre a população brasileira em sua auto-atribuição de cor nos levantamentos censitários.
	C
	No censo de 1976, segundo pesquisa realizada por Lilia Schwarcz, os brasileiros se auto-atribuíram 136 cores diferentes, demonstrando a incômoda identidade étnico-racial no Brasil.
	D
	A letra de Gabriel O Pensador comprova as teorias raciais que diferem a humanidade em várias raças, como brancos, negros, indígenas etc.
	E
	A abordagem que a música acima traz a respeito da realidade multirracial brasileira refere-se às diferentes características fenotípicas entre as pessoas, que, geneticamente, pertencem a uma única raça humana. 
	"Onde estão os negros? De cada dez brasileiros que chegam ao topo da sociedade, nove são brancos." (Revista Veja, 4 de dezembro de 2002)
Considerando a manchete acima e o texto abaixo, indique um dos fatores justifique a situação apresentada.
“De todas as grandes questões nacionais, nenhuma outra é mais dissimulada do que a racial. O negro não está ausente apenas dos meios de comunicação em geral, ele também não comparece como uma entidade importante da vida nacional. Nós não comparecemos adequadamente nas novelas e nos filmes nem somos personagens dos comerciais de TV na dimensão que merecemos (só bem recentemente pequenas mudanças começaram a ocorrer).Afinal, somos quase a metade da população. Os historiadores oficiais, quando retratam os negros, atuam como se fossem contadores de histórias. Os cientistas sociais e economistas, quando falam em miséria, desemprego, falta de moradia, concentração de renda, violência e outros tópicos relacionados ao barbarismo social brasileiro, nunca identificam os protagonistas dessa tragédia, tendo como referencial a origem racial e étnica das pessoas envolvidas.” (SANTOS, H. A busca de um caminho para o Brasil: a trilha do círculo vicioso. São Paulo: Editora Senac, 2001, p. 26)
	A
	 Invisibilidade.
	B
	Preconceito.
	C
	Apartheid.
	D
	Discriminação.
	E
	Etnocentrismo.
	Pedagogias de combate ao racismo e a discriminação elaboradas com o objetivo de educação das relações étnico-raciais positivas têm como objetivo fortalecer entre os negros e despertar entre os brancos a consciência negra. Essa pedagogia oferecerá:
I. entre os negros, conhecimentos e segurança para se orgulharem de sua origem africana.
II. entre os brancos, que identifiquem as influências, a contribuição da história e da cultura dos negros no seu jeito de ser e de viver.
III. entre ambos, o reconhecimento de que o Estado atual não pode atuar contra o preconceito e a discriminação se a população não participar ativamente.
IV. entre negros, formas de organização social capaz de auxiliar as pessoas na sua identificação racial e sua valorização como povo.
V. entre brancos, um combate a mentalidade racista que desfavorece uma raça e cultura em função de outra.
 Assinale a alternativa correta:
	A
	I, II, III
	B
	II, III, IV
	C
	III, IV, V
	D
	I, II, IV
	E
	II, III, V
	Adaptação da atividade da Coleção PróInfantil - Mec 2005
Morro Velho
[...]
Filho do branco e do preto
Correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos
Sempre pequeninos
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada, conta história prá moçada
Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante
Não esqueça, amigo, eu vou voltar
Some longe o trenzinho ao deus-dará
Quando volta já é outro
Trouxe até sinhá mocinha prá apresentar
Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar
 
E seu velho camarada, já não brinca mais, trabalha.
 
Na música Morro Velho, de Milton Nascimento, o que aparece como diferença e o que podemos perceber como desigualdade?
 
	A
	apresenta a problemática da desigualdade na sociedade brasileira em duas de suas principais faces, a sócio-econômica e a racial.
	B
	apresenta a igualdade na sociedade brasileira.
	C
	apresenta a igualdade entre as crianças na sociedade brasileira em duas de suas principais faces, um foi estudar e o outro não porque era preguiçoso.
	D
	apresenta a sociedade brasileira em duas de suas principais faces, religiosa e educada.
	E
	apresenta a sociedade brasileira em duas de suas principais faces,  os inteligentes e estudiosos e os preguiçosos
	Os valores étnicos negros constitui uma grande parcela daquilo que chamamos de:
Fonte: Hélio Santos -A busca de um Caminho para o Brasil, a trilha do círculo vicioso. pg 153.
	A
	cultura brasileira
	B
	cultura alemã
	C
	cultura ibérica
	D
	cultura paulista
	E
	cultura lusitana
	(Santos E. 2001) A repressão policial cometida contra os não-brancos é visível em nossa sociedade, no caso das polícias, sobretudo a polícia militar (PM), não só os não-brancos mais humildes correm risco. Aquilo que poderíamos chamar de classe média negra não está livre da violência policial. Dentre os agredidos pelas polícias temos figuras conhecidas e autoridades que são detidas. Os casos apresentados são respectivamente: 
	A
	O cantor e compositor Neguinho da Beija Flor foi detido por PMs no centro de São Paulo “por excesso de documentos”. O ex-presidente do Suriname, Desi Bourtese. E a estudante que foi hostilizada por estar com os cabelos lisos.
	B
	O cantor e compositor João Gilberto foi detido por PMs no centro de Porto Alegre “por excesso de documentos”. O ex-presidente do México, Evo Morales. E a estudante que foi hostilizada por estar com os percing.
	C
	O cantor e compositor Milton Nascimento foi detido por PMs no centro de São Paulo “por excesso de documentos”. O presidente da África, Desi Bourtese. E a estagiária que se recusou a alisar cabelo e foi hostilizada no trabalho.
	D
	O cantor e compositor Djavan foi detido por PMs no centro do Rio de Janeiro “por excesso de documentos”. O presidente da Argentina, Desi Bourtese. E a escola que hostilizou a estagiária que se recusa a alisar cabelo.
	E
	O cantor e compositor Djavan foi detido por PMs no centro de São Paulo “por excesso de documentos”. A agressão cometida contra o ex-presidente do Suriname, Desi Bourtese. E a estagiária que se recusou a alisar cabelo e foi hostilizada no trabalho
	A imagem acima retrata a desigualdade na ocupação dos espaços urbanos. Porém, de acordo com dados do IBGE a população negra e parda são em maior número os que sofrem por baixa qualidade de moradia e de salário. Hélio Santos (2007) cita que “as elites preservaram tudo para si e, após 350 anos de superexploração da força de trabalho negra, passaram a optar pela mão de obra importada da Europa. Assim, após a abolição, a população negra partiu da senzala para as margens”. (pg. 78-79) Nessa perspectiva na época de abolição quanto às oportunidades no mundo do trabalho o ex-escravo tinha três caminhos possíveis:
Optar por permanecer junto àqueles negros que já estavam libertos e trabalhar em condições análogas às anteriores;
Tentar atuar onde havia produtividade, criando condições para a sua efetivação em um verdadeiro mercado de trabalho;
Os negros poderiam ainda enfrentar a concorrência da mão de obra vinda da Europa (sobretudo a italiana), que estava em melhores condições de atuar em um regime de trabalho livre.
Trabalhar como assalariado nas fazendas de plantação de soja.
Virar dono do seu próprio negócio já que recebeu todo o apoio das elites.
 
Indique qual alternativa está correta:
 
 
 
	A
	IV e V
	B
	II e III
	C
	III,IV e V
	D
	I, II e III
	E
	V
	No capítulo “A introjeção do Racismo e do preconceito” o 4º passo e cita que no início de nossa discussão falamos da centopeia de duas cabeças. A centopeia é um bicho conhecido também pelo nome de lacraia e costuma ser inofensivo. A inovação que a teoria traz à anatomia desse bichinho é incluir outra cabeça, onde deveria estar seu rabo. Com duas cabeças, imaginamos que ela possa mover-se em sentidos opostos. Usamos essa alegoria para poder explicar o que se dá no campo racial em nosso país. Em um sentido, a sociedade, fortalecida pelos meios de comunicação, destila seu racismo e constrói os seus preconceitos contra os negros e seus valores. Os valores do negro são a sua cultura. (SANTOS, 2001. 148-149)
 
É correto AFIRMAR:
Que nos EUA ter “uma gota de sangue negro” é considerado negro-africano. No Brasil basta ter “uma gota de sangue branco” para ser branco.
No Brasil o “mulato” não é considerado nem branco nem negro.
Comprovadamente “mulatos” tem passe livre para progredir na sociedade. Isto é visto pela ampla mobilidade social apresentada em pesquisas.
Durante muito tempo se acreditou na falsa verdade que mulatos tem passe livre para progredir na sociedade. No entanto, isso não se confirma, pois se ocorresse deveria o “mulato” contar com uma efetiva mobilidade social (crescimento) que acaba não ocorrendo.
Estão corretas as afirmações:
	A
	   I, II e IV 
	B
	I,II e III
	C
	   I, III e IV
	D
	 todas alternativas estão erradas
	E
	I e II
	“Se a gente considerar que o Brasil é um dos últimos dos países com a presença de povos indígenas isolados, dentro do Brasil o povo Awá-Guajá estaria nograu de alta vulnerabilidade, ou seja, ameaçado realmente de um crime de genocídio, que está sendo perpetrado por essas atividades ilícitas, de exploração de madeira”.
TRAVASSOS, Carlos. Madeireiros invadem terras de índios que vivem isolados na Amazônia.
Disponível em: http://www.g1.globo.com/fantastico/noticia. Edição de 15/03/2015.
 
Considerando a invasão de terras indígenas para exploração de riquezas, avalie as seguintes afirmações:
I. Desde o período da colonização até o contexto atual, são praticados genocídios e etnocídios que dizimam a população indígena do Brasil.
II. Apesar de guerras e do etnocídio, várias etnias indígenas resistiram à dominação, como foi o caso dos índios Guaikuru, citado por Darcy Ribeiro.
III. A historiografia do Brasil evidencia que a convivência entre comunidades indígenas, portugueses e a população branca sempre foi pacífica.
IV. No contexto da colonização, as terras indígenas foram demarcadas e respeitadas pelos portugueses.
Em relação às afirmações apresentadas, marque a única opção correta:
	A
	Somente I e II são corretas.
	B
	Somente I e III são corretas.
	C
	Somente I, II e IV são corretas.
	D
	Somente II e IV são corretas.
	E
	Todas as afirmações são incorretas.
Charge de índios
	I. As populações indígenas ainda lutam pelo reconhecimento do direito aos seus territórios no Brasil.
II. Tanto a colonização quanto o contexto atual são marcados por conflitos com as populações indígenas no Brasil.
III. A construção de barragens e usinas hidrelétricas afeta alguns territórios indígenas no Brasil.
IV. Apesar do reconhecimento de direitos pela Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes para Educação Escolar Indígena, as populações indígenas ainda sofrem com a exploração de madeireiras.
Em relação às afirmações acima, marque a única opção correta:
	A
	Somente III e IV são corretas.
	B
	Somente I e II são corretas.
	C
	Somente I e IV são corretas.
	D
	Somente II e III são corretas
	E
	Todas as afirmações estão corretas.
	Com base na leitura dos textos sobre os preconceitos que envolvem as populações indígenas, assinale a alternativa INCORRETA:
 
	A
	Os povos indígenas têm sido, desde a chegada dos colonizadores europeus, vítimas de preconceito. Da ideia de habitantes do paraíso, passando pelo purgatório até chegar à ideia de condenados do demônio, os povos indígenas são vistos ora como o “bom selvagem” ora como o “matuto traiçoeiro”.
	B
	Suas especificidades são ignoradas e eles são tratados genericamente por índio, como se todos os povos falassem a mesma língua, partilhassem as mesmas experiências históricas, enfim, como se houvesse uma única “cultura indígena”.
	C
	Há no Brasil, atualmente cerca de 206 povos indígenas, falando 180 línguas diferentes, ocupando regiões muito diversas (número que pode impressionar, à primeira vista, mas muito reduzido se comparado às estimativas que se fazem quando da época da chegada dos portugueses).
	D
	Como estes povos indígenas representam cerca de 0,2% da população total brasileira (portanto, uma minoria social), eles ficam à margem de direitos fundamentais a todos os cidadãos e de seus direitos específicos, previstos na constituição.
	E
	Defender direitos específicos para comunidades indígenas é um contrassenso, já que ‘todos são iguais perante a lei’.
	Observe a letra da canção “Cara de Índio”, do músico alagoano Djavan:
 
Índio cara pálida,
cara de índio.
Índio cara pálida,
cara de índio.
Sua ação é válida, meu caro índio.
Sua ação é válida, válida ao índio.
Nessa terra tudo dá,
terra de índio.
Nessa terra tudo dá,
não para o índio.
Quando alguém puder plantar,
quem sabe índio.
Quando alguém puder plantar,
não é índio.
Índio quer se nomear,
nome de índio.
Índio quer se nomear,
duvido índio.
Isso pode demorar,
te cuida índio.
Isso pode demorar,
coisa de índio.
Índio sua pipoca,
tá pouca índio.
Índio quer pipoca,
te toca índio.
Se o índio se tocar,
touca de índio.
Se o índio toca,
não chove índio.
Se quer abrir a boca,
pra sorrir índio.
Se quer abrir a boca,
na toca índio.
A minha também tá pouca,
cota de índio.
Apesar da minha roupa,
também sou índio.
 
(Djavan, 1979).
 
 
Pode-se inferir, da análise do discurso do compositor, que:
 
	A
	O texto não problematiza a questão das populações indígenas no Brasil.
	B
	Trata-se de uma poesia concreta, sem concatenação de ideias críticas.
	C
	A canção aborda, entre outros assuntos, a perda das terras e das identidades das populações indígenas, que tiveram que se deslocar para os sertões para fugirem da escravidão e das doenças trazidas pelos europeus.
	D
	As populações indígenas são aceitas, respeitadas e consideradas nas políticas públicas contemporâneas.
	E
	Todas as alternativas estão corretas.
	A educação especial nos contextos escolares indígenas tem se apresentado como um desafio crescente porque existe:
I. uma ausência de formação dos professores indígenas.
II. uma inadequação da estrutura dos prédios escolares, seus mobiliários e equipamentos.
III. um despreparo das comunidades indígenas para esse tipo de educação.
IV. poucos recursos destinados pelo Estado de modo adequado a esse tipo de educação com exigências especiais.
V. a colaboração do Estado, mas as comunidades indígenas não estão preparadas para essa forma de educação.
Assinale a alternativa correta:
 
	A
	I, II, III
	B
	II, III, IV
	C
	III, IV, V
	D
	I, II, IV
	E
	II, III, V

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