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Geomorfologia de Poços de Caldas

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Geomorfologia de Poços de Caldas
A chaminé alcalina de Poços de Caldas está inserida em uma grande unidade geomorfológica denominada “Planaltos Dissecados do Sul de Minas” que se estende por toda a Região de Planejamento do Sul de Minas e adentra o Estado de São Paulo.
Trata-se de uma unidade com relevo predominantemente montanhoso, com vales encaixados e de fundo plano, onde se formam extensas várzeas aluviais.
As altitudes médias dentro dessa grande unidade variam em torno de 1000m, com elevações que podem alcançar até 1.800m e áreas planas, nas várzeas, com altitudes médias em torno de 800m.
Nesse contexto destaca-se o Maciço Alcalino de Poços de Caldas, que por sua importância econômica e histórica recebeu a denominação de “Planalto de Poços de Caldas”. Trata-se de uma estrutura de formato dômico, individualizada por cristas e escarpas abruptas, de forma externa circular, delimitada por escarpas de falhas que afetaram o embasamento cristalino e facilitaram o encaixamento da chaminé em uma zona de fraqueza do embasamento.
Assim, o maciço é uma estrutura dômica individualizada, que se destaca nos Planaltos Dissecados do Sul de Minas, formado por atividade vulcânica, facilitada por uma zona de fraqueza do embasamento, em área condicionada por fatores estruturais, em terrenos onde predominou uma morfogênese do tipo erosivo, sobre rochas com conspícuas formas estruturais superpostas.
Particularmente, o Planalto de Poços de Caldas possui três ambientes geomorfológicos típicos: uma zona externa formada por terrenos de relevo movimentado, com elevações de topo arredondado e cotas entre 900 e 1000m; uma faixa intermediária, constituída de cristas e serras, disposta em estrutura anelar, que dá forma às bordas da chaminé vulcânica. Esse relevo é resultado do encaixamento do maciço alcalino, destacando-se em fotografias aéreas e imagens de satélite como uma típica cratera vulcânica. Suas elevações podem atingir a 1.700m; finalmente, uma zona interna de relevo montanhoso a suave montanhoso, também com elevações de topo suavemente arredondados e vales com amplas planícies aluviais, como por exemplo, a do ribeirão dos Antas, próxima ao Distrito Industrial de Poços de Caldas. Nessa zona, as elevações médias são da ordem de 1.100 a 1.200m de altitude.
A rede de drenagem dessa porção interna do maciço é dendrítica ou sub-paralela, com seus principais cursos d’água mostrando caimento para NW. Os ribeirões das Antas e Caldas unem-se a jusante da barragem Bortolan, formando o rio Lambari, (denominação local), que é afluente do rio Pardo, que por sua vez, pertence à bacia do rio Grande, como seu afluente da margem esquerda, desaguando próximo da cidade de Planura - MG.
Os cursos d’água do Planalto têm declividade média de 4m/km, na região do Antas e 5,5/km, no Cipó. Essas características de relevo são particularmente suavizadas na área de confluência dos ribeirões do Cipó e das Vargens com o ribeirão das Antas, na região do aeroporto e da fábrica da ALCOA, onde se observam várzeas bem desenvolvidas e traçados acentuadamente sinuosos dos rios.
Referencia
pocosdecaldas.mg.leg.br/downloads/.../proj_hidrogeo_relat_final.doc

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