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sociolo gia 5

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Sociologia Organizacional 
 
 
 
 
 
 
Aula 5 
 
 
 
 
 
Profa. Carolina de Souza Walger 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Estudaremos o tema sociedade e gestão a partir das contribuições da 
Escola Burocrática e da Teoria Estruturalista na Administração. Para 
tanto, realizaremos um recorte histórico no estudo da sociedade 
moderna, que é a Revolução Industrial. 
A Revolução Industrial é sem dúvida um marco na história da 
humanidade porque provocou mudanças na estrutura social e 
econômica provocando impactos sociais jamais imaginados. Após 
essa Revolução as formas de organização social e do trabalho 
passaram por mudanças marcantes, assim como também as formas 
de organização do poder, da estrutura dos Estados e das empresas. 
Os valores das sociedades tradicionais, por sua vez, foram sendo 
substituídos pela primazia da ciência e da racionalidade no interior as 
sociedades industriais, que passaram também a assumir e incorporar 
os valores do sistema capitalista. 
Tais mudanças estruturais também passaram a ser visivelmente 
percebidas nas relações dos indivíduos entre si, e destes com as 
organizações, tanto do ponto de vista interno quanto externo às 
próprias instituições. Essas relações passaram a ser permeadas pelo 
racionalismo moderno. Isso quer dizer que a sociedade moderna 
industrial se reinventou sob novos valores, perspectivas e formas de 
organização. Essas mudanças vão de certa forma provocar uma 
revolução nas ciências, que em diferentes abordagens, vão se 
debruçar sobre essa nova sociedade com o objetivo de compreendê-
la, e também de buscar novas soluções para o leque de problemas e 
desafios que a Revolução Industrial vai desencadear. 
Nesse contexto, a Sociologia, ao lado de outras ciências 
comportamentais, mas também da Administração e Economia, vai ter 
como objeto de estudo a sociedade moderna industrial capitalista. 
Dentro dos ramos de estudo da sociologia desta quadra histórica, 
temos a Sociologia das Organizações, cujo expoente foi o cientista 
 
social Max Weber (1864/1920) que serviu de inspiração à outras 
ciências sociais, na busca pela compreensão do fenômeno da 
burocracia, como uma das características da sociedade moderna 
industrial. Isto porque Weber observou paralelos entre a ‘mecanização’ 
da atividade industrial e o aumento das formas burocráticas de 
organização. 
Nesta aula vamos estudar sobre Escola Burocrática; sobre a tipologia 
da dominação e o estudo dos diferentes tipos de liderança, segundo 
Max Weber; e por fim, abordaremos a Escola Estruturalista e suas 
contribuições ao estudo das organizações modernas. 
Seja bem-vindo a esse desafio e bons estudos! 
Problematização 
Acesse a matéria a seguir, da revista Exame: Burocracia emperra 
pesquisa de remédios no Brasil 
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/burocracia-emperra-
pesquisa-de-remedios-no-brasil-2 
Em seguida, reflita sobre estas duas questões: 
Há no estudo da burocracia um conceito que explica a situação 
descrita na matéria, que é a noção de ‘disfunções da burocracia’, mas 
por ora, na sua visão, é possível imaginar uma organização estatal ou 
empresarial sem a figura da burocracia? 
Quais seriam as alternativas para os problemas criados pela própria 
burocracia? 
 
 
 
 
O ESTUDO DA BUROCRACIA COMO FORMA DE ORGANIZAÇÃO 
DA SOCIEDADE MODERNA 
Max Weber é comumente o pensador associado à Escola Burocrática 
no interior da ciência da Administração, porque seus estudos 
demonstraram que o instituto da burocracia refletia uma forma de 
organização racional, utilizada pelas instituições modernas, como um 
meio para se alcançar com eficiência seus objetivos e finalidades. 
Nos estudos de Weber o fenômeno da burocratização atinge todas as 
esferas da vida social, como expressão da racionalidade moderna, é, 
portanto, mais amplo e abrangente. Neste sentido, a ciência da 
Administração, influenciada por suas ideias, procurou compreender de 
que maneira a burocracia permeou as organizações empresariais e se 
refletiu na gestão de seus processos. 
Para analisar as estruturas burocráticas da sociedade, Weber buscou 
por meio de um estudo comparativo com as sociedades tradicionais, 
suas possíveis origens históricas, analisando tanto civilizações antigas 
quanto modernas. 
Estudou a organização de instituições como exércitos, Igreja Católica, 
diferentes modelos de Estados, além das grandes fábricas capitalistas 
modernas. O autor percebeu que em comparação com as 
organizações antigas e tradicionais – bem como da análise de suas 
práticas – a burocracia era uma forma de organização mais eficiente. 
Para dar um exemplo, na esfera da administração pública estatal, a 
administração burocrática substituiu a administração patrimonialista, 
característica do Estado Monárquico Absolutista, em que o Estado era 
considerado, em todo o seu aparato administrativo, como uma 
extensão do poder do rei – que escolhia por critérios pessoais seus 
servidores –, favorecendo assim o nepotismo e a corrupção no seu 
interior. Esse tipo de administração foi superado pela Administração 
 
Burocrática, inserida no Estado Moderno Burguês. Instituída no século 
XIX, surgiu para combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. 
A Administração Burocrática também se baseava em critérios 
impessoais da meritocracia, na hierarquia funcional e em uma 
organização racional-legal do poder e das funções administrativas do 
Estado. Tinha a finalidade de conter abusos e desvios de finalidade no 
interior da administração pública, mas apresentava também 
disfunções, dentre elas, a ineficiência. 
Cabe ressalvar que Weber discorreu acerca da burocracia a partir de 
um contexto histórico demarcado pelo capitalismo como sistema 
econômico e social dominante. O que em certa medida permitiu a 
transposição de suas características fundamentais aos processos de 
gestão das empresas. 
Sendo assim, um conceito de burocracia, compreendido a partir dos 
estudos de Max Weber, poderia ser o de que a burocracia é a 
materialização da racionalidade moderna capitalista, aplicada pelas 
instituições, como um meio racional e objetivo de alcançar suas 
finalidades. 
A burocracia é desta maneira concebida como uma forma racional de 
organização da sociedade moderna, tanto no âmbito do Estado, 
quanto das organizações empresariais modernas, compreendendo 
também um meio de controle, dominação e poder, muito eficazes, 
dada a sua impessoalidade e tecnificação dos processos. 
Neste aspecto podemos compreender que a burocracia possui 
diversas dimensões – reproduzidas no interior das organizações, e 
para além delas –, que refletem as próprias formas de organização da 
sociedade moderna capitalista. Essas dimensões refletem as ideias de 
organização, poder e controle. 
 
 
Enquanto organização, a burocracia está baseada na própria estrutura 
de divisão e organização do trabalho e das atividades que visam 
objetivamente alcançar determinados fins. Essa noção de organização 
racional permeia a sociedade como um todo, suas instituições polícias, 
econômicas e sociais em nível macro ou micro sociológico. 
A noção de organização racional para consecução dos objetivos com 
eficiência, pressupõe a ideia de controle, pois a burocracia desenvolve 
uma série de aparatos e mecanismos objetivos de controle das 
práticas dos indivíduos, como forma de garantir a eficiência dos seus 
processos e o sucesso de sua produção final. 
Finalmente enquanto poder, a burocracia com seu aparato técnico-
ideológico reproduz as relações de dominação-subordinação do 
homem sobre a natureza e dos indivíduos ou grupos,uns sobre os 
outros, segundo a hierarquia de suas diferentes posições sociais e 
seus respectivos interesses e objetivos. 
Para um aprofundamento dessa discussão sugerimos a leitura 
obrigatória indicada ao final da seção. 
Continuando nosso estudo da burocracia, podemos agora, 
compreender que um desdobramento do conceito de burocracia 
apresentado anteriormente, agora de maneira mais aprofundada, é 
que a burocracia é uma estrutura social na qual a direção das 
atividades coletivas fica a cargo de um aparelho impessoal 
hierarquicamente organizado, que deve agir segundo critérios 
impessoais e métodos racionais. 
Nasce das relações de produção, consolida-se no Estado como forma 
organizada de controle social e amplia-se com as organizações de 
modo geral. Assim, a sociedade moderna tornou-se uma sociedade de 
organizações burocráticas submetidas a uma grande organização 
burocrática que é o Estado (MOTTA, 1981 apud FARIA, J. H.; 
MENEGHETTI, F. K., 2011, p. 432). 
 
De qualquer modo, a partir dos parâmetros estabelecidos pelas 
organizações tradicionais, Weber concluiu que a burocracia seria um 
modelo organizacional ideal. Entretanto, compreendeu que a realidade 
é mais complexa do que o tipo ideal, na vida concreta, as burocracias 
variam entre a eficiência e a ineficiência, sendo necessário 
compreender o que as fazem funcionar bem ou mal. Essa 
compreensão pode contribuir para a busca de soluções no sentido de 
melhorar a operação das burocracias organizacionais. Dissemos há 
pouco que Weber ao empreender esforços para compreender essa 
forma racional de organização da sociedade, materializada no Estado 
e nas empresas modernas, buscou suas origens históricas e 
comparou-a a outros modelos de organização. 
Pois bem, para o autor, a principal diferença da burocracia para as 
formas de organização tradicionais ou carismáticas é justamente a 
estrutura de autoridade legal. Nas estruturas burocráticas os 
indivíduos passaram a ser escolhidos para atuar em determinadas 
funções, em razão da sua competência. 
Nesse contexto, sua autoridade passou a ser legitimada pelas regras 
estabelecidas e a partir de uma estrutura legal e hierárquica dos 
postos de trabalho, com o fim de alcançar a máxima eficiência dos 
processos. Essa impessoalidade e respeito às regras, permitiria uma 
atuação das instituições orientada por programas de ação, que 
deveriam se desenvolver de maneira objetiva, rígida e organizada, 
exercendo o máximo de controle possível sobre os processos. 
Weber acreditava que esse tipo de organização ideal, seria capaz de 
reduzir os problemas e conduziria a própria organização à consecução 
de seus objetivos. 
As principais características das organizações modernas formais é a 
sua estrutura burocrática, que compreende os seguintes aspectos: 
 
 
a) São regidas por leis, regulamentos ou normas administrativas: 
significa dizer que as funções dentro de uma organização, são 
exercidas de forma continuada e vinculadas a determinadas regras 
previamente estabelecidas; 
b) São marcadas por uma estrutura hierárquica: as posições de cada 
um (superior e subordinado) são definidas umas em relação às outras, 
com direitos e responsabilidades definidos pelas suas posições no 
interior do sistema e pelas regras estabelecidas; 
c) Há regras para a realização das tarefas: essas regras são formais, 
invariáveis e específicas, são escritas e estruturam a configuração do 
sistema social de trabalho da organização; 
d) A consecução das atividades pressupõe treinamento especializado 
e conhecimento das regras da organização; 
e) Os membros das organizações são submetidos a um sistema 
rigoroso e homogêneo de disciplina e controle das suas atividades; 
f) A atividade oficial exige a plena capacidade de trabalho do 
funcionário, sendo o tempo e a permanência na repartição, 
delimitados; 
g) Impessoalidade e imparcialidade. Os funcionários podem ser 
facilmente substituídos por outros aptos a exercer suas funções; 
h) Normas de eficiência: cada atitude é julgada pela sua eficiência e o 
desempenho, julgado pelos resultados obtidos; 
Fonte: Dias, 2008, p. 79. 
Contudo, a burocracia apresenta disfunções quando incorporadas às 
práticas das instituições. Essas disfunções possuem diferentes 
causas, mas sem dúvida, uma delas reside na origem de sua própria 
característica fundante, sua racionalização extremada e rígida. 
 
Quando os meios se tornam fins em si mesmos. Isso quer dizer que a 
busca da máxima eficiência por meio da ordem, da disciplina e da total 
previsibilidade, onde impera sempre a racionalidade, gera excessos de 
formalismo, de documentação e normatização, que refletem inúmeros 
problemas para as organizações modernas, produzindo por vezes, 
ineficiências. 
Vejamos alguns exemplos de disfunções da burocracia e suas 
consequências: 
a) A rotinização como um fim em si mesma, em que os sujeitos 
implicados no processo de divisão de trabalho tornam-se meros 
executores de rotinas e procedimentos, a ponto de tornar a ideia de 
‘novidade’ uma ameaça à segurança e à eficiência. As mudanças 
passam a ser vistas como indesejáveis, inibindo a inovação e a 
criatividade; 
b) A pouca valorização das diferenças individuais e das subjetividades, 
somadas à ideia de poder e status das posições hierarquicamente 
definidas, passam a impactar no desempenho das próprias atividades 
e podem levar à desumanização das relações no interior das 
organizações e para além delas, por exemplo, na relação com seus 
clientes finais. A burocratização dos processos deixa de valorizar as 
necessidades e habilidades individuais dos sujeitos e passa a 
conceber clientes como caso-padrão e funcionários como integrantes 
da engrenagem; 
c) Por vezes, o ritualismo burocrático (normas, regulamentos e 
procedimentos-padrão) é reproduzido incansavelmente, a ponto dos 
fins para os quais os procedimentos foram criados ficarem relegados à 
segundo plano, impedindo muitas vezes as organizações de atingirem 
seus objetivos; 
d) A formação de verdadeiras oligarquias dentro das organizações, em 
que ocorre uma separação abismal entre dirigentes e dirigidos, 
 
 
consoante suas posições e conhecimento especializado. Esse 
processo, em última instância, reproduz as relações de poder, 
dominação e subordinação do mundo capitalista no interior das 
empresas. O poder de decisão é comumente concentrado nas mãos 
de poucos, o que em certa medida, pode levar ao ‘emperramento’ dos 
processos; 
e) Há também o problema da inércia burocrática: algumas vezes as 
burocracias são tão grandes e rígidas que se desconectam da 
realidade e continuam a seguir seus programas de ação, mesmo 
quando as necessidades ou demandas dos clientes mudam. Esse 
problema pode estar ligado ao tamanho das organizações, que além 
da inércia burocrática passam a ter problemas de comunicação (que 
pode se perder, ser bloqueada ou distorcida) e passam a reproduzir 
ineficiências. 
Ou ainda, a divisão das funções é tão delimitada que retira a 
responsabilidade individual dos sujeitos quanto ao produto final da 
organização. Exemplo disso é a velha frase de ordem “não sou o 
responsável por este setor” ou ainda “estava apenas obedecendo 
ordens” e por fim “não se pode abrir exceções, regra é regra”. Muitas 
vezes esses aspectos dificultam a percepção da organização dos seus 
problemas, pois do ponto de vista interno, impedem os dirigentes de 
terem real noção do que ocorre na base da organização, e do ponto 
de vista externo, impedem que as reais necessidades de seus clientes 
sejam atendidas. 
Os modelos de gestão contemporâneos têm buscado soluções parasuperar os desvios da burocracia nas organizações empresariais, e 
um caminho trilhado foi a busca por organizações mais dinâmicas, 
flexíveis e enxutas do ponto de vista burocrático. De todo o modo, 
conhecer esses problemas pode ajudar o gestor do futuro a buscar 
novas soluções e evitar incorrer nos velhos e conhecidos erros, 
oriundos dessa forma de organização e gestão da sociedade e de 
suas instituições. 
 
A TIPOLOGIA DA DOMINAÇÃO SEGUNDO MAX WEBER 
Conforme vimos anteriormente, segundo Max Weber, umas das 
características marcantes da sociedade moderna é a racionalização 
que passa a permear todas as esferas da vida social. Para 
compreender essa realidade complexa, Weber desenvolveu um 
recurso metodológico denominado tipo ideal. 
O tipo ideal é uma espécie de abstração teórica para que o 
pesquisador consiga captar ou apreender aspectos da vida concreta e 
organizá-los intelectualmente de maneira lógica e objetiva. É uma 
idealização, uma construção mental realizada pelo investigador, com 
base nos vários aspectos históricos e sociais dos elementos que 
deseja estudar (Paixão, 2010). A partir do tipo ideal construído o 
pesquisador poderá compará-lo à realidade, a fim de verificar suas 
aproximações e distanciamentos. 
Para compreender o processo de racionalização da sociedade 
moderna Weber criou a tipologia da ação social, nesta, é preciso partir 
do pressuposto que uma ação só é social quando atinge seu fim, ou 
seja, quando é revestida de significado para o outro, a quem é dirigida. 
Isso porque uma ação é sempre dotada de intencionalidade. 
Segundo essa tipologia, Weber dividiu as ações em quatro tipos: a 
ação racional com relação a fins, quando o indivíduo busca a 
consecução de um determinado fim; a ação racional com relação a 
valores, quando racionalmente um indivíduo age em função de um 
valor moral, ético ou religioso; a ação afetiva, considerada em certa 
medida como irracional, já que dotada de estados ou impulsos 
emocionais, e por fim, a ação tradicional, determinada por práticas 
costumeiras, tradicionais e transmitidas ao longo do tempo. Ter em 
mente a ideia de ação social de Weber nos permitirá compreender sua 
tipologia da dominação. Isso porque o processo de racionalização da 
sociedade é também em certa medida um processo de 
 
 
desenvolvimento de regras e leis que visam a organização da 
sociedade. 
Os indivíduos criam as regras e são por elas também conduzidos. Mas 
a questão que se coloca aqui é justamente, qual é o mecanismo que 
faz com que os indivíduos obedeçam tais leis e regras sociais? Esse 
mecanismo é denominado de legitimação. É a coletividade, por meio 
do consenso que legitima as regras como verdadeiras e passíveis de 
serem obedecidas por todos. Weber nos ensina que quem cria as 
regras são alguns indivíduos, ou grupos de indivíduos detentores de 
poder no interior da sociedade. Em outras palavras, indivíduos que 
adquirem capacidade de impor aos outros, sua própria vontade. 
Para explicar esse fenômeno, Weber criou a tipologia da dominação, 
em que demonstrou como se dá os diferentes mecanismos de 
legitimação das regras. Como é possível convencimento o outro a 
obedecê-las, ou seja, a considerá-las como verdadeiras, e, portanto, 
passíveis de serem seguidas. Conhecer essa tipologia pode auxiliar o 
gestor a identificar qual tipo de liderança e motivação impera no 
interior das instituições modernas e aplicar esse conhecimento, pode 
conforme o caso, dirimir conflitos e auxiliar no desenvolvimento das 
organizações. 
É necessário ressalvar a diferença que o autor faz do conceito de 
poder e dominação: o poder é a capacidade de impor ao outro sua 
própria vontade, dentro de uma relação social; dominação significa a 
probabilidade de encontrar obediência a uma determinada ordem, 
regra ou mandado. Weber busca analisar os fundamentos que tornam 
legítima a autoridade, ou ainda, as razões internas que justificam a 
dominação. 
Nesta perspectiva Weber identificou três tipos básicos de dominação 
ao longo da história: a dominação carismática, a dominação tradicional 
e a dominação racional-legal. Na dominação tradicional, sua 
legitimidade apoia-se na crença de que o poder de mando tem um 
 
caráter sagrado, herdado pelo líder pela própria tradição, tornando-se 
quase divinizado; não pode ser questionada. 
Na dominação carismática, a legitimidade da autoridade do líder 
carismático lhe é conferida por um aspecto subjetivo, ‘mágico’, pelo 
afeto e confiança que os indivíduos depositam nele; dificulta a 
possibilidade de questionamentos em função do conteúdo de 
afetividade aí implicado. 
Na dominação legal-racional a obediência apoia-se na crença da 
validez da norma, da lei e dos direitos de mando das pessoas 
autorizadas a comandar. Esse líder é autorizado a comandar pela 
norma, segundo sua posição dentro de uma estrutura racional e 
burocraticamente organizada. Se por qualquer motivo o líder desviar-
se da norma, pode-se questionar sua autoridade. 
É por essa razão, que esse tipo de dominação é comumente 
associado às instituições modernas burocráticas (públicas e privadas). 
Daí que para Weber, o crescente processo de racionalização da 
sociedade se reflete na burocratização das suas instituições, dada a 
sua capacidade de organizar a vida e as práticas sociais, políticas e 
econômicas de maneira lógica, racional e impessoal. 
O que por sua vez torna a burocracia um meio capaz de conduzir às 
organizações aos seus objetivos. 
Alessandro Paixão leciona neste ponto a crítica weberiana dessa 
sociedade moderna burocrática e racional: “As regras e regulamentos 
são meios para se alcançar um fim, seja ele qual for. Acontece que 
esses meios acabam se transformando em fins em si mesmos, ou 
seja, os homens não cumprem mais as regras para alcançar um fim 
desejado, mas sim com o único propósito de cumpri-las. É aí que 
ocorre a perda de sentido na sociedade moderna, pois não é mais o 
fim que guia as ações; os próprios meios se transformam em fins” 
(2010, p. 131). 
 
 
Esse saber é importante para o futuro gestor, porque quando isso 
ocorre no interior de uma organização, significa que há aí uma 
‘disfunção da burocracia’, ou seja, significa que a organização pode 
passar a produzir ineficiências! 
TEORIAS ESTRUTURALISTAS E ORGANIZAÇÕES 
A teoria estruturalista é subsequente à teoria da burocracia, buscou 
superar em certa medida, os problemas das teorias anteriores e seus 
respectivos modelos de gestão, quais sejam, a Escola clássica da 
administração (teoria científica), a Escola comportamental (teoria das 
relações humanas) e a Escola burocrática. 
Pode-se dizer que os estruturalistas por meio de uma perspectiva 
crítica, revisitaram alguns conceitos que já haviam sido trabalhados 
por estas escolas, no intuito de inseri-los em um contexto mais amplo 
de análise. 
Uma das ideias fundamentais do estruturalismo é a busca pela 
compreensão do ‘todo’, ou seja, o todo, ou conjunto de uma estrutura 
formada pelas partes, se constrói a partir de uma relação de 
interdependência destas partes, capazes de influenciar e serem por 
ele (todo) influenciadas. 
Isso significa dizer que o estudo das organizações modernas sob a 
perspectiva estruturalista leva em consideração os sujeitos, os 
processos e o ambiente (interno e externo) no qual se desenvolvem, 
influenciando-se mutuamente. Deste modo, uma das críticas que o 
estruturalismo realiza às Escolas anteriores é quanto à sua visão 
parcial e fragmentada dos elementos que compõem uma organização. 
Estudar uma organização sob a óptica estruturalista implica em 
realizar uma análise global de todos os fatoresque compõem o ‘todo’ 
organizacional. 
 
Assim como também, reconhecer a integração e interdependência 
desses fatores, sua mútua influência e o ambiente onde eles se 
inserem. De modo que o Estruturalismo vê a organização em 
constante interação com o ambiente. Dentre os pensadores 
estruturalistas podemos citar: Thompson, Amitai Etzioni, Peter M.Blau, 
dentre inúmeros outros, uma vez que a Escola Estruturalista transitou 
por todas as ciências sociais em seus diferentes ramos de estudo. 
O estruturalismo também ampliou – para além do estudo das fábricas 
e industrias – por meio de um método comparativo, o próprio estudo 
das organizações, já que pretendeu uma análise globalizante, 
demonstrando as diferentes características, funções e papeis de 
diversos tipos de organizações, não apenas formais, mas também 
informais, com diferentes objetivos e finalidades. São exemplos de 
organizações modernas e complexas, as cooperativas, sindicatos, 
associações de classe, hospitais, escolas e universidades, comércio e 
prestadores de serviços. 
De um modo geral é uma teoria mais humanizada e democrática, que 
trabalhou as seguintes temática em linhas gerais: 
 o conflito no interior das organizações; 
 a questão da hierarquia e da participação democrática nos 
processos decisórios; 
 a questão da coesão interna sob o prisma dos níveis de 
colaboração; 
 o papel dos grupos informais no interior das organizações; 
 a questão da flexibilização para as mudanças; 
 a ideia do sistema de recompensas e o sentido de realização dos 
indivíduos; 
 
 
 a consideração do fator humano como ponto de partida para se 
alcançar níveis de produtividade; 
 a relação direta da organização com seu ambiente. 
O estruturalismo também apresentou contribuições conceituais ao 
estudo das organizações, tais como a ideia do Homem 
Organizacional, formado por sujeitos capazes de transitar em 
diferentes organizações, desempenhando diferentes atividades, por 
possuírem as seguintes características: flexibilidade; maior tolerância 
a frustrações; capacidade de adiar suas necessidades de 
recompensas e o permanente desejo de realização. 
O papel dos gestores e das próprias organizações é o de considerar 
esses fatores humanos. Ou seja, é preciso buscar potencializar a 
participação democrática dos sujeitos nos processos decisórios; 
favorecer sua colaboração na coesão organizacional e ainda, associar 
formas de motivação dos indivíduos. Tudo isso pode tornar-se uma 
estratégia positivo para a estrutura das organizações, ao mesmo 
tempo em que se constitui em um desafio para as mesmas. 
O papel do conflito nas organizações: para o estruturalismo, o conflito 
no interior das organizações deve ser compreendido como inevitável, 
isso porque os interesses de ambos (sujeitos e organizações) são por 
vezes, distintos e também porque o conflito é inerente aos seres 
humanos. Desta forma a Administração deveria abandonar em certa 
medida a ilusão da harmonia, pois os conflitos, ainda que indesejáveis, 
devem ser concebidos como elementos geradores de mudanças e 
desenvolvimento das organizações, se não forem desconsiderados ou 
erroneamente potencializados. 
O papel dos incentivos e recompensas mistos: uma das críticas dos 
estruturalistas à Escola Clássica da Administração é quanto à sua 
ênfase unilateral aos incentivos monetários, ou ainda, aos incentivos e 
recompensas psicológicas, da Escola Neoclássica. Para os 
 
estruturalistas ambos os incentivos e recompensas devem ser 
considerados pelas organizações, pois o homem organizacional não 
busca apenas realização e estabilidade econômica, mas também 
alcançar realização pessoal no interior das organizações e por meio 
do seu trabalho. 
Por fim a própria ampliação da análise organizacional foi uma 
importante contribuição do Estruturalismo ao estudo das organizações 
modernas, uma vez que incentivou a compreensão do papel das 
organizações não-industriais e sem fins lucrativos no sistema social, 
assim como o estudo da influência do ambiente sobre as organizações 
e vice-versa. 
SÍNTESE 
Nesse encontro estudamos sobre o tema Sociedade e Gestão, em que 
apresentamos duas Escolas que buscaram compreender das 
organizações modernas sob diferentes perspectivas. A Escola 
burocrática, cujo expoente foi Max Weber, que contribuiu com a 
ciência da Administração no sentido de melhor compreender como a 
racionalização – enquanto categoria de organização social moderna – 
permeou as instituições empresariais e influenciou suas práticas, no 
intuito de buscar a máxima eficiência de seus processos, por meio da 
burocratização. Nessa perspectiva de análise social estudamos 
também a tipologia da dominação em Max Weber, também como uma 
forma de compreender em certa medida os processos de legitimação 
da própria liderança e autoridade dentro das organizações modernas. 
Finalmente, estudamos a teoria estruturalista e suas contribuições 
para a ciência da Administração, na medida em que buscou integrar e 
superar as falhas teóricas e as soluções apontadas pelas Escolas 
anteriores e seus correspondentes modelos de gestão. 
 
 
 
Aplicação Prática 
Analise estudo de caso apresentado, articulando-o com os conceitos 
trabalhados nessa aula. 
Criatividade versus Regulamentação na 3M 
Em seus 100 anos de existência, a companhia americana 3M confiou 
em uma fórmula segura de crescimento: contratar cientistas de 
primeira linha, fornecer a cada um deles grande verba e dar-lhes 
tempo para fazer o que quiserem. Essa política sempre foi uma das 
chaves do sucesso da empresa. Desde lixas, fitas adesivas, fitas 
magnéticas e papéis adesivos “temporariamente permanentes” até 
isolantes e produtos de alta tecnologia, seus produtos trouxeram-lhe a 
reputação de uma das grandes inovadoras. Essa capacidade de 
inovação reflete-se na estrutura de suas receitas. 
No ano 2000, a 3 M gerou 5,6 bilhões de dólares de receitas de 
vendas com produtos que não existiam quatro anos antes. Esse 
número corresponde a exatamente um terço de sua receita total de 
vendas desse ano. 
McNerney assume a 3M 
No começo do ano de 2001, W. James McNerney assumiu os cargos 
de presidente do conselho de administração e presidente executivo da 
3 M. Trazido da General Electric, McNerney foi o primeiro executivo de 
fora a assumir a direção da empresa, com planos ambiciosos de 
redução de custos e aumento do faturamento. 
A partir de 2002, em 10 anos ou menos, a 3M deveria duplicar o 
desempenho recorde de 2000. 
No passado, 15 anos haviam sido necessários para realizar esse feito. 
Depois de demitir 6000 pessoas em 2001, McNerney planejava cortar 
outras 2,5 vagas em 2002 e reduzir despesas em $ 1 bilhão. As 
 
vendas do grupo haviam caído no último trimestre de 2001, embora o 
lucro líquido tivesse crescido. O desempenho global das vendas e dos 
lucros, no entanto, havia diminuído desde a chegada de McNerney. 
A receita de vendas havia caído mais velozmente do que em qualquer 
outro período dos últimos 30 anos. A unidade de produtos de saúde 
da 3M vinha crescendo rapidamente, mas as vendas de 
telecomunicações caíram muito. Para atingir suas metas de aumentar 
as vendas anuais em 11% e os lucros operacionais em 12%, quase o 
dobro da taxa da última década, a 3M deveria realizar uma série de 
aquisições de porte razoável e envolver-se profundamente no setor de 
serviços. No entanto, como diversas companhias haviam descoberto, 
as compras de empresas nem sempre compensam. Além disso, a 3 M 
tinha pouca experiência em fazer negócios além da compra de nichos. 
Mais ainda, o catálogo de produtos de baixo valorda 3M não se 
prestava ao desenvolvimento de serviços afins. 
Gestão da eficiência 
Baseando-se em cortes de custos e melhorias de eficiência, a 3M 
havia conseguido transitar eficazmente durante 2001. Algumas 
semanas depois de assumir a direção da empresa, ele anunciou a 
demissão de 5 mil dos 75 mil empregados da 3M. Ele também instituiu 
um programa de economia na gestão de processos. 
Por exemplo: a 3M perdia $ 1 milhão por ano porque seu produto 
cerâmico, usado em trabalhos dentários, às vezes rachava. Uma 
reavaliação mostrou que o material não tinha sido curado de maneira 
apropriada e o problema foi resolvido. A 3M também começou a fazer 
compras globais combinadas, para obter preços mais baixos. Essas 
medidas tiveram o efeito de conseguir confiança na gestão de 
McNerney. Em plena recessão, a empresa tivera bom desempenho. 
 
 
Os resultados financeiros atestavam sua capacidade. A 3M havia 
acumulado quase $ 400 milhões em caixa em setembro de 2001, um 
avanço de 45% em relação ao começo do ano. Analistas do mercado 
estavam otimistas com os planos de longo prazo de McNerney, 
embora considerassem que sua Implementação não seria fácil. 
Gestão a inovação 
A história de inovação de sucesso certamente havia impressionado 
McNerney, mas parecia insuficiente para implementar seus planos. Ele 
dizia que, mesmo com um orçamento de $ 1 bilhão e 7 mil 
funcionários, o laboratório de pesquisa e desenvolvimento da 3M não 
seria capaz de gerar o crescimento pretendido. As estratégias de 
McNerney corriam o risco de sufocar a elogiada criatividade da 3M. 
Ele e sua equipe executiva já estava definindo onde os dólares de 
pesquisa e desenvolvimento deveriam ser gastos e estabelecendo 
padrões uniformes de desempenho para toda a 3M. 
Isso ia contra a tradição da empresa de dar liberdade aos chefes de 
unidades de negócios. Os veteranos da 3M, de forma geral, apoiavam 
McNerney, admitindo que nem sempre o dinheiro havia sido gasto 
com sabedoria. O novo chefe dizia que entendia a necessidade de 
equilíbrio: - Minha tarefa é conseguir escala num ambiente empresarial 
em rápida transformação. Se eu acabar matando esse espírito 
empresarial, terei fracassado. E, no entanto, ele iria precisar de toda a 
energia criativa que a 3M pudesse arregimentar para recuperar o 
crescimento quando a recessão terminasse. 
Muitos analistas do mercado acreditavam que a 3M poderia crescer 
um ponto percentual apenas aumentando a eficiência na criação e no 
lançamento de produtos. Esse processo, segundo McNerney, deveria 
produzir resultados com os lançamentos de 2002. 
Fonte: MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração – 
da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas, 2012. 
 
 
Questões para reflexão 
1. De que forma a inovação encaixa-se nos planos do novo presidente 
para a empresa? 
2. Em sua opinião, qual modelo de organização o novo presidente 
encontrou ao chegar na 3M? Qual o modelo de organização o novo 
presidente estava pretendendo implantar? Até que ponto esse modelo 
era adequado para o tipo de ambiente em que a 3M atua? 
3. Gastar o dinheiro dedicado à inovação “nem sempre com 
sabedoria” pode ser o resultado de algum tipo de disfunção 
organizacional? Identifique a disfunção, se for o caso, ou indique outra 
possibilidade. 
4. Em resumo, qual o impacto previsível dos planos do novo 
presidente sobre a capacidade de inovação da empresa? 
 
Referências 
ARAÚJO, Silvia Maria; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde 
Lenzi. Sociologia: um olhar crítico. São Paulo: Contexto, 2009. 
BRYM, Robert J. et al. Sociologia – sua bússola para um novo 
mundo. São Paulo: CENGAGE Learning, 2010. 
DIAS, Reinaldo. Sociologia das Organizações. São Paulo: Atlas, 
2008. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia 
Geral. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
 
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel. Sociologia Geral. Curitiba: 
Intersaberes, 2012. 
ROBBINS, S.P. Comportamento Organizacional. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005. 
WEBER, Max. Economia e Sociedade – fundamentos da sociologia 
compreensiva. 3.ed. Brasília: Editora UnB, 1994.

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