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Resumo Doenças parasitarias

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Taenia saginata 
Causadora da doença denominada cisticercose bovina compreende sintomas variáveis desde dor abdominal leve, até nervosismo, insônia, anorexia, perda de peso e outros distúrbios digestivos. É um cestódeo causador da teníase, possui mais de um metro e meio de comprimento, podendo atingir até doze metros. 
 
Apresenta as seguintes estruturas: o escólex (região em que ocorre a fixação do 
animal no i ntestino do hospedeiro), o colo, o estróbilo com as proglótes (o restante do 
corpo da tênia). Na fase adulta uma proglótes se autofecunda e fica cheia de ovos .
Apresenta as seguintes estruturas: o escólex (região em que ocorre a fixação do 
animal no i ntestino do hospedeiro), o colo, o estróbilo com as proglótes (o restante do 
corpo da tênia). Na fase adulta uma proglótes se autofecunda e fica cheia de ovos .
Apresenta as seguintes estruturas: o escólex (região em que ocorre a fixação do 
animal no i ntestino do hospedeiro), o colo, o estróbilo com as proglótes (o restante do 
corpo da tênia). Na fase adulta uma proglótes se autofecunda e fica cheia de ovos .
Apresenta as seguintes estruturas: o escólex (região em que ocorre a fixação do 
animal no i ntestino do hospedeiro), o colo, o estróbilo com as proglótes (o restante do 
corpo da tênia). Na fase adulta uma proglótes se autofecunda e fica cheia de ovos .
Os humanos são os únicos hospedeiros definitivos de Taenia saginata. O verme adulto reside no intestino delgado onde se fixa por uma estrutura chamada escólex. Produzem proglotes (cada verme tem de 1.000 a 2.000 proglotes) que se engravidam, destacam-se do verme e migram para o ânus ou saem com as fezes (cerca de 6 por dia). Cada proglote grávida contém de 80.000 a 100.000 ovos que são liberados depois que esta estrutura se destaca do corpo do verme e saem com as fezes. Os ovos podem sobreviver por meses até anos no ambiente. 
A ingestão de vegetação contaminada pelos ovos (ou proglotes) infesta o hospedeiro intermediário (bovinos e outros herbívoros). No intestino do animal, os ovos liberam a oncosfera, que evagina, invade a parede intestinal e migra para os músculos estriados, onde se desenvolve no cisticerco. O cisticerco pode sobreviver por muitos anos no animal. A ingestão de carne crua ou mal passada com cisticerco infesta os humanos. No intestino humano, o cisticerco se desenvolve 2 meses depois no verme adulto, que pode sobreviver por mais de 30 anos.
Sintomas de cisticercose podem aparecer de dias a mais de 10 dias depois da infecção.
Quando os bovinos ou os suínos ingerem os ovos das tênias junto com o pasto ou a água, desenvolvem cisticercos em seus tecidos. O hábito pouco higiênico das pessoas defecarem diretamente no ambiente, ou em sanitários sem as devidas fossas, muitas delas instaladas sobre córregos e rios, contribui para o problema. Para a ingestão de ovos pelos animais se dá na maior parte das vezes, por ingestão de fezes. Os bovinos normalmente evitam pastar ao redor de fezes, mas podem, sob condições adversas, por falta de alimentos ingerirem fezes. Já os suínos, por possuírem hábitos coprofágicos, e teriam mais facilidade de adquirir a doença. 
A importância do complexo teníase cisticercose para a saúde pública resulta de que o homem, além de hospedeiro definitivo da tênia, pode se tornar hospedeiro intermediário e abrigar a fase larval. É o que se denomina de cisticercose humana, após um a três dias da ingestão de ovos, ocorre liberação dos embriões no duodeno e jejuno. As larvas alcançam a circulação sangüínea e se fixam nos diversos tecidos) enfatizam que a importância da cisticercose na patologia humana está na dependência da localização do parasita em tecidos nobres, como os do globo ocular e do sistema nervoso central (neurocisticercose), sendo que em outras localizações, como a subcutânea, a muscular e a visceral, o cisticerco representa, de regra, achado sem maior significação. Porém, a presença de cistos nessas localizações poderia ser um indicador da presença de cistos nos tecidos mais nobres.
As perdas econômicas pela cisticercose bovina e suína são consideráveis pela condenação das carcaças contendo cisticercos. Nos bovinos, o cisticerco se desenvolve em 60 a 75 dias. Em algumas semanas, ou até 9 meses, os cistos começam a degenerar, morrem e calcificam. Nos suínos, o desenvolvimento completo dos cisticercos se dá em 60 dias após a infecção), permanecendo a larva infectante para o homem durante vários anos.
 O diagnóstico pode ser realizado através do exame de proglotes nas fezes, pesquisa de ovos nas fezes, ou pesquisa de ovos com a técnica da fita gomada na região perianal. Os ovos das duas espécies de tênia não podem ser diferenciados. As drogas mais utilizadas atualmente para o tratamento são o praziquantel, mebendazol e albendazol.
 Taenia solium
A cisticercose é a infecção dos tecidos dos suínos pela forma larval do parasito Taenia solium ou a infecção dos tecidos humanos após a ingestão dos ovos do mesmo parasito. A Taenia solium é a tênia da carne de porco, enquanto que a Taenia saginata é a da carne bovina. 
 Esses dois cestódeos causam doença intestinal (teníase) e os ovos da Taenia solium desenvolvem infecções somáticas (cisticercose). O único hospedeiro definitivo de ambas as tênias (fase adulta do parasito) é o homem, em cujo intestino delgado se alojam. Nos hospedeiros intermediários (suínos), o desenvolvimento da Taenia solium se dá na musculatura.
Mede de 3 a 5 metros de comprimento. A cabeça ou escólex é provida de 4 ventosas e rostro armado com dupla coroa de ganchos. Além do escólex, possui o colo ou pescoço (mais delgado) e, finalmente, o estróbilo ou corpo com as proglotes ou anéis. As proglotes se dividem em jovens, maduras e grávidas, estando estas últimas repletas de ovos. As proglotes grávidas medem 1cm de comprimento por 0,6 a 0,7cm de largura. T. saginata mede 6 a 7 metros e não possui ganchos no rostro
 Os principais elementos do ciclo evolutivo da Taenia solium são o indivíduo portador da tênia adulta, os ovos embrionados livres no ambiente e os suínos com cisticercose. Há, portanto, três fases com relação à população de parasitas: adulto no hospedeiro definitivo, ovos no ambiente e larvas (cisticercos) no hospedeiro intermediário.
O homem adquire a tênia ao ingerir carne contaminada crua ou mal cozida contendo cisticercos. Sob ação da bile, o escólex desenvagina e fixa-se ao intestino delgado. Humanos portadores da teníase albergam, em geral, um único parasita adulto no intestino, que libera proglótides grávidas nas fezes. A ocorrência da teníase no homem é diretamente influenciada por hábitos de natureza alimentar e por princípios de higiene. Por outro lado, o homem pode adquirir a cisticercose ao ingerir, acidentalmente, os ovos de Taenia solium em vegetais crus que estiveram em contato com água contaminada ou por auto-infecção relacionada à falta de higiene pessoal.
A auto-infecção ocorre em portadores de teníase quando proglótides maduras chegam ao estômago pelo refluxo do conteúdo intestinal (auto-infecção interna) ou pela ingestão de proglótides grávidas, eliminadas em suas fezes (auto-infecção externa). Estas fezes, quando depositadas no solo, sofrem dessecamento, liberando então os ovos embrionários, que se espalham no ambiente contaminando as pastagens e a água.
O suíno se infecta ao ingerir fezes humanas contaminadas com ovos de Taenia solium, quando os ovos de tênia são ingeridos pelos hospedeiros intermediários, os embriões (oncosferas) se libertam do ovo no intestino delgado pela ação dos sucos digestivos e bile. As oncosferas penetram na parede intestinal e, em 24 a 72 horas, difundem-se no organismo através da circulação sanguínea. Ocorre então formação de cisticercos nos músculos esqueléticos e cardíaco. Os cisticercos da Taenia solium recebem o nome de Cysticercus cellulosae. Os fatores que contribuem para a natureza endêmica do complexo teníase/cisticercose são muitos e complexos,mostrando estreita relação de dependência com os hábitos de higiene pessoal, familiar e ambiental. O ser humano adquire cisticercose através da ingestão de água e/ou alimentos crus (frutas e verduras) contaminados com ovos de tênia; essa contaminação pode ocorrer pelo uso de irrigação com água em contato com esgoto, ou ainda pela utilização de fezes humanas como adubo.
 Causadora da Neurocisticercose, seguida de epilepsia associada a outros achados neurológicos: crises epilépticas, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica, distúrbios psíquicos, forma apoplética ou endarterítica e síndrome medular. 
O diagnóstico de neurocisticercose se dá através de exames de imagem (RX, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética de cisticercos calcificados). E pode ser confirmado por estudos sorológicos específicos (fixação do complemento, imunofluorescência e hemaglutinação) no soro e líquido cefalorraquiano. 
O tratamento da neurocisticercose pode ser sintomático, antiparasitário praziquantel) ou cirúrgico, dependendo do número, tamanho, localização e grau de atividade dos cistos 
Os humanos ao ingerir o cisticerco nas carnes suínas cruas ou mal cozidas, o homem adquire a teníase que pode se apresentar de forma assintomática, contudo alguns pacientes manifestam alterações no apetite (anorexia ou apetite exagerado), dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso, irritabilidade e fadiga O diagnóstico da teníase pode ser realizado através do exame de proglotes/ovos nas fezes ou pesquisa de ovos com a técnica da fita gomada 16 na região perianal As drogas mais utilizadas atualmente para o tratamento são o praziquantel, mebendazol e albendazol .
TRATAMENTO DA TENÍASE E DA CISTICERCOSE
As opções de tratamento para a teníase incluem:
Mebendazol: 200 mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, por via oral.
Praziquantel, dose única, 5 a 10 mg/kg de peso corporal, por via oral.
Albendazol, 400 mg/dia, durante 3 dias, por via oral (leia: BULA SIMPLIFICADA DO ALBENDAZOL).
Niclosamida, 2 gramas adulto e 1 grama para crianças, em dose única por via oral.
Nitazoxanida, 500 mg 2 vezes ao dia, por 3 dias, por via oral (leia: ANNITA – NITAZOXANIDA – Posologia, Indicações e Efeitos Adversos).
Após o tratamento, pedaços da tênia podem permanecer sendo eliminados por vários dias.  Após 3 meses, sugere-se novo exame parasitológico de fezes para confirmar a ausência de ovos nas fezes.
Diagnóstico diferencial entre T. solium e T. saginata
Para o diagnóstico de espécie, as proglotes serão comprimidas entre duas lâminas de vidro grosso; o conjunto posto a clarear no ácido acético e, depois, examinado com lupa para ver as estruturas uterinas:
a) Se com 15 a 30 ramos uterinos em cada lado da haste e aspecto dicotômico, é T. saginata. A proglote é mais retangular.
b) Se com 7 a 16 ramificações de cada lado e aspecto dendrítico, é T. solium . A proglote é mais quadrada.
 A importância do complexo teníase-cisticercose para a saúde pública se dá em função de que o homem, além de hospedeiro definitivo da tênia, pode se tornar hospedeiro intermediário e abrigar a fase larval, causando a cisticercose humana
 A profilaxia baseia-se em Melhorias das condições de saneamento do meio ambiente; tratamento de toda a população; melhoramento da criação de animais (evitar o acesso de animais a fezes humanas); incrementar a inspeção veterinária de produtos cárneos; evitar o abate e comércio de produtos clandestinos; educação em saúde enfatizando a adoção de hábitos de higiene.
 Para países endêmicos, além das medidas citadas acima, poderiam ser adotadas medidas para o congelamento da carne com o objetivo de diminuir a transmissão da enfermidade. A implementação de programas de educação em saúde por entidades locais para a população congelar a carne a temperaturas inferiores a -15ºC pelo menos durante 6 dias. Essas medidas poderiam ser tomadas no frigorífico, antes mesmo da distribuição da carne para o mercado consumidor, diminuindo a transmissão da enfermidade. Toda a carne consumida deve ser inspecionada rotineiramente nos matadouros e frigoríficos. Mas a principal medida para evitar a teníase é o hábito de comer carne bem cozida: os cisticercos são pouco resistentes ao calor, pois morrem a 55 graus centígrados.

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