Buscar

Taenia solium e Taenia sagitana Complexo teníase

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Taenia solium e Taenia sagitana – Complexo teníase 
É uma doença causada por 
helmintos, essencialmente, por duas 
espécies de Taenia: a solium e a sagitana. 
 Trata-se de um problema de saúde 
pública que afeta, principalmente, regiões 
com alto consumo de carnes e de 
precariedade sanitária na criação de 
animais como bovinos e suínos, assim como, 
precariedades socioeconômicas e culturais, 
que contribuem para a transmissão. 
 As espécies de teníase são 
popularmente conhecidas como solitárias, 
são responsáveis pelo complexo teníase-
cisticerose, que pode ser definido como um 
conjunto de alterações patológicas 
causadas pelas formas adultas e larvares 
nos hospedeiros. 
A teníase é uma alteração 
provocada pela presença da forma adulta 
da T. solium ou T. sagitana no intestino 
delgado do hospedeiro definitivo, o 
homem. 
A cisticercose é uma alteração 
provocada pela presença da larva 
(cisticerco) de T. solium ou T. sagitana nos 
tecidos dos hospedeiros intermediários 
normais, respectivamente, suínos e 
bovinos. Os humanos são hospedeiros 
anormais, podendo albergar larvas de T. 
solium. 
Cisticercose animal – presente nos tecidos 
do hospedeiro intermediário; cisticercose 
humana – quando está acidentalmente no 
homem. 
Pertencem ao: 
• Filo: Platyhelmintes; 
• Classe: Cestoídea; 
• Família: Taeniidae 
Dentro da família, destaca-se: a T. 
solium e a T. sagitana que apresentam a 
principal diferença entre si, a presença da 
coroa de ganchos, os rostros, na T. solium. 
Morfologia 
▪ Verme adulto: 
• São vermes achatados, em forma de fita; 
• São hermafroditas; 
• O aparelho reprodutor é 
hipertrofiado, produzindo milhares de 
ovos que são eliminados para o 
ambiente; 
• Não possui aparelho digestivo; 
• Possuem cor branca leitosa com a 
extremidade anterior bastante afilada 
de difícil visualização; 
Possuem o corpo dividido em: 
• Escólex ou cabeça – situa-se na 
extremidade anterior e funciona como 
órgão de fixação à mucosa do intestino 
delgado humano; 
• Colo ou pescoço a região de 
crescimento, onde se forma as proglotes; 
• Estróbilo ou corpo é formado pela união 
das proglotes, os anéis. 
 
 
 
 
 
 
 
As proglotes podem se desprender do 
estróbilo da Taenia de forma passiva pelas 
fezes de três a seis anéis unidos, na espécie 
T. solium ou de forma ativa pelo ânus, as 
proglotes se destacam separadamente, se 
for da espécie T. sagitana. 
• Possuem 4 ventosas musculosas 
presentes no escólex que auxiliam na 
fixação; 
• A T. solium possui coroa de ganchos; 
• A T. sagitana não possui coroa de 
ganchos. 
 
 
▪ Ovo: 
• Identificado nas duas espécies; 
• Possui de 30-40 µm; 
• Possui uma casca formada por quitina – 
o embrióforo; 
• Dentro do ovo, o embrião é hexacanto 
ou oncosfera. 
O ovos saem nas fezes do hospedeiro, o 
hospedeiro intermediário come o ovo, 
formando a larva de cisticerco. 
 Se o homem ingerir o ovo, ele 
também desenvolverá a larva, que não 
concluirá o seu ciclo e morrerá na fase 
larvária, na fase de larva cisticerco. A 
cisticercose humana só pode ser causada 
por T. solium. O homem ingerirá o ovo, que 
cairá no tubo digestivo, penetrará na 
mucosa intestinal, cairá nos vasos 
sanguíneos e se disseminará por ele para 
qualquer órgão. 
 
 
▪ Cisticerco: 
• A larva de cisticerco da T. solium é 
chamada de Cysticercus cellulosae e a 
da T. sagitana de Cysticercus bovis; 
• Podem apresentar até 12 mm; 
 
• São constituídos por uma vesícula 
cheia de líquido; 
• Possuem o escólex invaginado dentro 
da vesícula; 
• A parede da vesícula dos cisticercos é 
composta por três membranas: 
curticular ou externa, uma celular ou 
intermediária e uma reticular ou interna. 
Com a ingestão da larva de cisticerco pelo 
humano, sendo proveniente da carne crua 
ou mal passada, o suco gástrico realizará 
um estímulo que causa o desvaginamento o 
que possibilita que a Taenia cresça no 
organismo 
humano. 
 
 
 
 
Hábitat 
▪ Forma adulta reprodutiva: 
Intestino delgado do humano. 
▪ Cisticercos da T. solium: 
• Tecido subcutâneo; 
• Tecido muscular; 
• Tecido cardíaco; 
• Olhos. 
Dos HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS – suínos 
e bovinos (qualquer órgão). 
 
▪ Cisticercos da T. saginata: 
Tecidos de bovinos. 
▪ Hospedeiros acidentais do cisticercos 
de T. solium: 
Homens e cães nos tecidos subcutâneo, 
muscular, vísceras, olho, medula e SNC 
(qualquer órgão). 
Ciclo biológico 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transmissão 
Teníase: 
Ingestão de carne crua ou mal passada de 
bovinos ou suínos que contenham 
cisticercos. 
Cisticercose humana: 
 É adquirida pela ingestão acidental 
de ovos viáveis da T. soliium que foram 
eliminados nas fezes de portadores de 
teníase. Os mecanismos possíveis de 
infecção humana são: 
• Heteroinfecção: acontece a partir da 
ingestão de ovos da T. solium que 
podem estar em alimentos ou água 
contaminados com os ovos; 
• Auto-infecção externa: pessoas que 
possuem a Taenia adulta se contaminam 
com os ovos das suas fezes, levando-os 
para as mãos; 
• Auto-infecção interna: por movimentos 
retroperistálticos, por vômitos, por 
anestesia, onde as proglotes grávidas 
retornam para o estomago, onde as 
enzimas do estomago estimulam a saída 
do embrião de dentro do ovo. 
Patologia/sintomatologia 
▪ Teníase: 
• Fenômenos tóxicos-alérgicos; 
• Inflamação; 
• Consumo de nutrientes pelo parasito; 
• Apetite excessivo; 
• Tonturas e náuseas; 
• Vômitos; 
• Diarréia; 
• Alargamento abdominal (em crianças); 
• dor abdominal; 
• Perda de peso; 
• Obstrução intestinal; 
• Penetração no apêndice. 
▪ Cisticercose: 
Depende do número, localização, 
tamanho, estágio de desenvolvimento e do 
grau de resposta imune. 
O cisticerco, muitas vezes quando 
vivo, não pode ser identificado, mas é 
identificado após a sua morte, pois ele se 
calcifica e pode ser detectado por exames 
de imagens. 
• Muscular/subcutânea: dor, cãibras e 
fadiga. 
• Cardíaca: palpitações, ruídos, dispnéia, 
insuficiência cardíaca. 
• Ocular: descolamento/perfuração de 
retina, catarata, perda da visão. 
• Mamária: nódulo indolor e móvel. 
• Oral: dor à palpação e interfere na 
movimentação da língua. 
• Neurocisticercose: cefáleia, vômitos, 
crises epiléticas, hidrocefalia, desordem 
mental, prostação, alucinações, 
hipertensão craniana, infartos, demência, 
meningite – mais grave e mais comum. 
Diagnóstico 
▪ Clínico: 
Baseia-se em aspectos clínicos, 
epidemiológicos e laboratoriais. 
 
▪ Parasitológico: 
• Exame parasitológico de fezes (onde se 
pesquisa ovos ou proglotes nas fezes); 
• Pesquisa de ovos na região perianal 
com o método da fita gomada- no caso 
de T. saginata. 
 O diagnóstico é genérico, pois 
microscopicamente os ovos das duas 
espécies são iguais. 
▪ Antígenos parasitários: 
• ELISA – coproantígenos gênero-
específico realizado por soro e líquido 
cefalorraquidiano (NCC); 
• PCR – espécie especifica por DNA das 
fezes. 
▪ Anticorpos: 
ELISA – indica apenas a exposição. 
▪ Neuroimagens: 
• Tomografia computadorizada; 
• Ressonância magnética. 
▪ Anatomia patológica. 
Epidemiologia 
• É uma doença passível de erradicação 
através da OMS; 
• É rara em determinados povos, como os: 
Hindus (não comem carne bovina, assim, 
apresentam a T. saginata como rara) e 
entre os judeus (não comem carne suína, 
assim, apresentam a T. solium como rara); 
• No sudeste da Ásia, o cão, funciona 
como hospedeiro intermediário da T. 
solium. 
• Precárias condições de higiene e 
criação de animais; 
• Consumo de carnes cruas ou mal 
passadas; 
• Falta de inspeções nos matadouros; 
• Dejetos humanos contaminados que 
contaminam a água e as hortaliças; 
• Ovos que resistem ao tratamento de 
esgotos; 
• Disseminação por insetos e aves; 
• Acidentes de laboratórios; 
• Práticas sexuais orais;• Ordenha com mãos contaminadas. 
Tratamento 
Teníase: 
• Niclosamida; 
• Praziquantel; 
• Semente de abóbora; 
• Purgativo. 
• Neurocisticerose: 
• Albendazol; 
• Anticonvulsivos; 
• Corticóides; 
• Cirurgia. 
Profilaxia 
• Impedir o acesso do hospedeiro 
invertebrado as fezes humanas – 
cuidados na suinocultura; 
• Realizar o saneamento básico 
adequado; 
• Tratar o homem infectado; 
• Realizar a inspeção de carnes e 
produtos vegetais – legislação; 
• Educação sanitária.

Outros materiais