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Aula de Personalidade Psicologia do Traço

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TÍTULO DA APRESENTAÇÃO (CAIXA ALTA)
NOME DA ÁREA OU CAMPUS – RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO
(TUDO EM CAIXA ALTA) 
Rio de Janeiro, xx de xxxxxxxxx de xxxx (caixa alta e baixa)
 Psicologia da Personalidade
PSICOLOGIA DE TRAÇO
Profa. Ana Lucia Ribeiro
 
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História das abordagens de traço
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A busca por explicações sobre a personalidade parece ter mobilizado as mais diversas áreas do conhecimento humano desde sempre e a tendência em classificar pessoas é tão antiga quanto a humanidade. 
Todos nós temos uma espécie de arquivo subjetivo das pessoas que julgamos explosivas, simpáticas, sensíveis, desleais, preocupadas, ansiosas, mentirosas, amorosas e assim por diante.
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História das abordagens de traço
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Na Grécia, Hipócrates (460-377 a.C.), considerado o pai da medicina, classificava a personalidade em quatro tipos, de acordo com a presença de determinadas substâncias no organismo. 
No século XVII, o filósofo John Locke foi um dos primeiros a teorizar que a mente humana nasce vazia, como um papel em branco, e que a personalidade seria fruto das experiências. 
Logo depois, o francês Jean Jacques Rousseau criou o conceito do bom selvagem inspirado nas descobertas de povos indígenas nas Américas. Para ele os humanos nasceriam inocentes e pacíficos. Males como ganância e violência seriam produto da civilização.
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História das abordagens de traço
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Temperamento Humano
Um dos aspectos da tendência universal de classificar os outros se baseia em traços da personalidade. 
Hipócrates começou com essa tendência classificatória baseando- na teoria dos quatro elementos de Empédocles.
 Segundo ele há quatro tipos de temperamento, conforme domine no corpo do indivíduo um dos quatro fluidos corporais (humores): sanguíneo (sangue), fleumático (fleuma), colérico (bílis) e melancólico (bílis negra). 
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História das abordagens de traço
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Cada um deles possui uma determinada característica:
Sanguíneo: expansivo, otimista, mas irritável e impulsivo;
Fleumático: sonhador, pacífico e dócil, preso aos hábitos e distante das paixões;
Colérico: ambicioso e dominador, tem propensão a reações abruptas e explosivas;
Melancólico: nervoso e excitável, tendendo ao pessimismo, ao rancor e à solidão.
A predominância de qualquer um desses quatro humores caracterizaria o temperamento das pessoas, bem como a inclinação para determinadas doenças.
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Gordon Allport (1897-1967)
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Isolamento e Identidade:
Durante toda a sua infância Allport se isolou das outras crianças fora da sua casa. Isso aconteceu por que quando criança Allport era muito jovem para brincar com os seus irmãos o que o fez se sentir rejeitado e consequentemente veio o isolamento. Ele se sentia inferior a eles e passou a vida toda se identificando com seu irmão Floyd Allport e tentando supera-lo.
Ele se formou Bacharel em direito e fez pós-graduação psicologia na faculdade de Harvard. Onde trabalhou bastante na área da assistência social.
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A psicologia de traço de Gordon Allport
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Estudo dos traços
Sua tese de dissertação da sua pós-graduação em psicologia em Harvard na experimental Study of Personality foi a primeira pesquisa feita sobre os traços da personalidade nos Estados Unidos. 
Foi o primeiro a pesquisar traços de personalidade nos EUA, sendo o pioneiro no estudo da personalidade. 
Examinou sistematicamente um dicionário e encontrou 18000 termos que podiam ser usados para descrever a personalidade. Reduziu essa lista para 4500 termos, através da eliminação determos sinônimos. 
Definição de personalidade segundo Allport:
A personalidade é a organização dinâmica dentro da pessoa dos sistemas psicofísicos que determinam (...) o comportamento e o pensamento característicos.
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Hereditariedade, ambiente e continuidade
Allport considerava variáveis genéticas no processo de aprendizagem. A hereditariedade fornece a matéria prima da personalidade que pode ser moldada, ampliada ou limitada em função do ambiente. Com isso, concluiu que para se estudar a personalidade tem que se trabalhar com o indivíduo, não com resultados médios de grupos. 
Considerava a personalidade discreta e descontínua. Cada pessoa é diferente de todas e o adulto está separado do seu passado.
 Sua visão de personalidade enfatiza o consciente e não o inconsciente, presente e futuro e não o passado. O motivo do adulto emocionalmente saudável não está ligado ao passado (Autonomia funcional)
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Variabilidade e consistência
A mesma pessoa pode se comportar diferentemente em diferentes situações.
Embora o comportamento seja variável, em cada um de nós há algo de constante.
A noção de traço presume que a personalidade esteja bem enraizada na pessoa.
Segundo Allport, “personalidade é a organização dinâmica dos sistemas psicofísicos no indivíduo, que determinam seu comportamento e modo de pensar característicos”.
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Equivalência funcional
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Regularidade dos traços:
Um traço é uma estrutura interna que transmite vários estímulos funcionalmente equivalentes e pode orientar formas equivalentes de comportamento adaptativo e expressivo.
A equivalência funcional é a essência da abordagem de traços de Allport.
As regularidades surgem por quê:
O indivíduo vê várias situações e estímulos da mesma maneira;
Vários comportamentos do indivíduo são semelhantes em significado. Eles são funcionalmente equivalentes.
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Traços comuns
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Dimensões básicas
Os traços comuns são aqueles que as pessoas de uma mesma população compartilham, são dimensões básicas;
Allport afirmou que certos motivos são funcionalmente autônomos, tornando-se independentes de suas origens infantis;
Segundo este autor as motivações essenciais são mais racionais e positivas do que as propostas pela psicanálise.
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Traços da Personalidade
Predisposições a responder igualmente ou de modo semelhante a tipos diferentes de estímulos. São formas constantes e duradouras de reagir ao nosso ambiente.
Características dos Traços:
1. Os traços são reais e existem em cada um de nós;
2. Os traços determinam ou causam o comportamento;
3. Os traços podem ser demonstrados empiricamente;
4. Os traços estão inter-relacionados;
5. Os traços variam de acordo com a situação;
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Traços, Estados e Atividades Exemplos protótipos de traços, estados e atividades Traços Estados Atividades Gentil Apaixonado Farrear Dominador Satisfeito Fanfarrear Confiante Bravo Bisbilhotar Tímido Revigorado Olhar com malícia Astuto Excitado Festejar
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Tipos de Traços
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Traços comuns  Traços compartilhados por uma série de indivíduos. 
Traços individuais ou Disposições pessoais Traços peculiares da pessoa e definem seu caráter.
 Traço Cardinal: é tão difuso que domina praticamente tudo o que a pessoa faz. É “o traço eminente, a paixão que a tudo governa, o sentimento mestre ou a raiz deuma vida.” A maioria das pessoas não tem um único traço tão difuso assim. É muito raro as pessoas terem traços cardiais. Alguns pesquisadores questionaram a utilidade desse conceito, pois não é difusão do traço que faz a diferença; mas aquilo que parece ser um traço cardial é simplesmente um escore extremo de um traço nomotético 
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Traços Centrais
Série de traços, de cinco a dez temas que melhor descrevem o comportamento de uma pessoa. 
Traços Secundários
Traços pessoais menos influentes, que aparecem com muito menos frequência. 
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Disposições pessoais
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Métodos idiográficos
Para compreendermos os indivíduos precisamos utilizar os métodos idiográficos, que levem em conta a singularidade de cada pessoa;
Entre esses métodos encontram-se:
Análise de documentos;
Entrevistas;
Observações comportamentais;
Autorrelatos.
Por meio desses métodos, pessoas diferentes podem ser descritas diferentemente em função de algumas poucas dimensões idênticas.
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Disposições pessoais
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A disposição pessoal é um traço, uma
estrutura neuropsíquica generalizada, peculiar ao indivíduo:
Disposições cardinais
Disposições pessoais que exercem influência irresistível sobre o comportamento.
Disposições centrais
Características centrais das quais se originam a personalidade.
IMPORTANTE: Allport não dispensa a busca nomotética de traços comuns, de leis gerais para todas as pessoas. Afirma apenas que são inconclusivas. Dessa forma, ele considera valioso o estudo aprofundado de um único indivíduo.
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Abordagens contemporâneas sobre traços
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Os cinco grandes
Pesquisas realizadas a partir da década de 1980, concluíram que a maioria das abordagens de traço pode ser sintetizada por meio de cinco grandes dimensões:
Extroversão (ou expansão);
Amabilidade;
Conscienciosidade (impulsividade);
Neuroticismo;
Abertura (cultura ou intelecto)
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CATTELL: Teoria analítico-fatorial dos traço
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Raymond Bernard Cattell psicólogo norte-americano,nascido em 1905 na Inglaterra e falecido em 1998,terminou a sua licenciatura em Química na Universidadede Londres em 1924 a onde também recebeu seu Ph.D em psicologia sob a orientação de Spearman. 
Foi nesta cidade que desenvolveu a sua atividade até 1937, ano em que regressou aos Estados Unidos da América. Aqui trabalhou nas Universidades de Columbia, Clark e Harvard. A partir de 1944 passou a ocupar o lugar de investigador na Universidade de Illinois.
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Cattell fez uma distinção entre três tipos de traços:
 Habilidades;
 Atributos de temperamento, que envolvem a maior parte de respostas específicas; 
Traços dinâmicos, que envolvem os motivos. Para ele, os traços dinâmicos tendem a reagir a situações e às pessoas, e vêm e vão de acordo com a modificação que elas fazem dos motivos. 
De acordo com ele, “um tipo psicológico não passa de uma coleção de traços relativamente permanentes. Ele insistia que a clareza só poderia ser obtida ao se prestar atenção aos detalhes, ou seja, aos traços, às características que são resumidas quando se expressam sobre os tipos”. 
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Teoria do Traço Fatorial-Análitico:
Elaborou um teste recorrendo a análises fatoriais,designado por 16 PF (Personality Factors), que tem por objetivo avaliar e distinguir os indivíduos segundo os fatores de personalidade, contribuindo para diversas áreas da psicologia, desde estudos da personalidade, passando pelo estudo das emoções e motivação, até padrões de comportamento grupal e social.
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A teoria dos traços, proposta inicialmente pelo psicólogo americano Raymond B. Cattell, dita que a personalidade são traços que não são mais do que a forma constante de comportamento que o indivíduo adota sob estimulação do meio ambiente. 
Assim, tem-se tendência para classificaras pessoas por grupos compostos por características específicas, como, por exemplo, os tímidos ou os extrovertidos.
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O DESENVOLVIMENTO DAPERSONALIDADE
Integração da maturação e da aprendizagem:Cattell iniciou seus estudos sobre a Psicologia na época em que trabalhava com Charles Sperman que estava desenvolvendo um método de analise fatorial para o estudo de aprendizagem. Tempos depois ele recebeu o grau de mestre em educação com uma dissertação intitulada “Testes de Temperamento e Perseverarão”, sua primeira publicação sobre a estrutura da personalidade. Ele criou também uma série de testes de inteligência que foram amplamente utilizados e aperfeiçoados por Binet.Por volta de 1937 Cattell entrou como professor titular na Clarck University em Massachussetts onde trabalhou com o desenvolvimento de medidas objetivasdo comportamento para avaliação da personalidade e inteligência. Mas foi em Harvard que Cattell começou a trabalhar com o mapeamento e a definição da personalidade e motivação usando método de analise fatorial.
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PESQUISA CARACTERÍSTICA E MÉTODOS DE PESQUISA
Análise da Hereditariedade-Ambiente:
Essa pesquisa mostra a flexibilidade com que Cattell aplica seu instrumento de análise ao estudo dos traços dinâmicos de um único indivíduo. Cattell dá ênfase nos diferentes tipos de estudos de correlação que o investigador pode realizar.
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Modelo de Personalidade dos Sistemas VIDAS:
Técnica R: Abordagem de costume usada pelo psicólogo. Alguns indivíduos são comparados em termos de seu desempenho em dois ou mais testes. São calculadas correlações para muitas pessoas, e os fatores obtidos são traços comuns.
Técnica P: Escores de um mesmo indivíduo em várias medidas são comparados em diferentes ocasiões ou momentos, para tentar saber quão consistente é o comportamento do indivíduo.
Técnica Q: Dois indivíduos são correlacionados em um grande número de medidas diferentes. Nesse caso o coeficiente resultante representa uma medida de semelhança ou variação entre os dois indivíduos.
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PESQUISA ATUAL 
A teoria evolutiva promete evitar o processo de teoria ao ancorar uma teoria da natureza humana em processo que sabemos que governa toda vida.
As teorias da personalidade são inconsistentes com a teoria evolutiva tem pouca chance de esta certa, ele raciocinou que há sobrevivência e a reprodução individuais são os dois problemas adaptativos, adequadamente concebida aferisse a psicologia da personalidade a grande estrutura que ela busca.
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PESQUISA ATUAL
Os cincos grandes fatores da personalidades:•Um dos progressos mais importantes na personalidade de nos últimos anos é a emergência dos cinco grandes, como um modelo geral para descrever a estrutura da personalidade.
-Desenvolvimento da personalidade:•Cattell(1965) indica que, em níveis normais da personalidade, podem ser verificados efeitos consideráveis da hereditariedade. Depende da forma no qual a hereditariedade e o ambiente interagem, algumas importantes generalização são possíveis, uma vez que os seus efeitos se apresentam sistematicamente correlacionados.
Nome da área
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