Homeopatia no Brasil: Histórico e Prática Profissional

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MÓDULO 4 
Práticas Integrativas e 
Complementares 
 
Profa Carla Holandino 
FF/UFRJ 
A HOMEOPATIA NO BRASIL 
Breve Histórico 
 
 
*2001-2005: Novos debates, publicações nacionais e internacionais reconhecem 
a Homeopatia como “Terapêutica Curativa e não mais Alternativa”. 
2005: CFF Publica a Resolução 440 que habilita a ser RT de Farmácia ou 
Laboratório Industrial Homeopático o Farmacêutico que cursar no ensino de 
graduação no mínimo 60 hs acrescidas de 240 hs em estágio em indústria, 
farmácia ou laboratório que manipule homeopatia. 
2006: 3 de maio publicada a Portaria 971 do MS que implementa as Práticas 
Integrativas e Complementares (PICs). 
2011: publicada a Terceira Edição da FHB. 
2012-2014: GT para PICs no CFF. 
 
O BRASIL FOI O PRIMEIRO PAÍS NO MUNDO A CRIAR UMA POLÍTICA VOLTADA 
PARA AS PICs! 
Quem é o Farmacêutico Homeopata? 
 
Para ser farmacêutico homeopata é 
necessário cumprir a Resolução 
576/2013 do CFF, que dispõe sobre as 
prerrogativas para o exercício da 
responsabilidade técnica (RT) em 
homeopatia: 60 horas teóricas (ensino 
de graduação) + 120 horas práticas em 
farmácia ou laboratório industrial 
homeopáticos (CFF, 2013). 
 
 
 
 
 
Quem é o Farmacêutico ESPECIALISTA em 
Homeopatia? 
 Para ser Farmacêutico 
ESPECIALISTA em 
Homeopatia, após 
a graduação em farmácia é 
necessário fazer uma 
Especialização lato sensu em 
Homeopatia, ou ser aprovado 
em Prova de Títulos da 
Associação Brasileira de 
Farmacêuticos Homeopatas 
(ABFH). 
 
 
EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO FARMACÊUTICO HOMEOPATA: 
 
1- FARMÁCIAS COM MANIPULAÇÃO HOMEOPÁTICA; 
2- SUS: FARMÁCIAS E HOSPITAIS COM MANIPULAÇÃO 
HOMEOPÁTICA; 
3- INDÚSTRIAS HOMEOPÁTICAS (ALMEIDA PRADO, BOIRON); 
 4- PESQUISA: DESENVOLVIMENTO DE MONOGRAFIAS, 
DISSERTAÇÕES, TESES, NOVOS MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS, 
BPF, BPM ETC. 
 
 
HOMEOPATIA INDUSTRIALIZADA: 
MEDICAMENTOS ADQUIRIDOS EM 
FARMÁCIAS E DROGARIAS BRASILEIRAS 
 
 
Sedatif PC: complexo homeopático auxiliar 
no tratamento da ansiedade e distúrbios do 
sono 
 
Auxiliar na prevenção e no 
tratamento dos estados gripais 
Xarope para tosse 
seca e tosse produtiva 
 
HOMEOPATIA INDUSTRIALIZADA: 
MEDICAMENTOS ADQUIRIDOS EM 
FARMÁCIAS E DROGARIAS BRASILEIRAS 
Inserir vídeo das dinamizações 
OS PRESCRITORES DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO: 
O MÉDICO HOMEOPATA: 
ESPECIALIDADE DO CFM DESDE 1980 
 
 
 
 
 
 
 Dr. Peter Fisher (médico homeopata da 
família real inglesa) 
 
 
 
 
OS PRESCRITORES DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO: 
 O VETERINÁRIO HOMEOPATA: 
ESPECIALIDADE DO CFVM DESDE 2000 
OS PRESCRITORES DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO: 
O DENTISTA HOMEOPATA: 
ESPECIALIDADE DO CBO DESDE 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A homeopatia pode tratar de quem? 
 
“Boi Orgânico” 
Homeopatia para “Pets” Saúde Bucal 
Agro-Homeopatia 
Doenças Auto Imunes 
Pediatria 
Dependência Química 
A disciplina de Farmacotécnica Homeopática (FF/UFRJ): 
 
→ Eletiva de escolha condicionada com carga horária total 
60h (práticas + teóricas): oferecida anualmente, sempre no 
segundo semestre. Habilita o farmacêutico a ser “RT” por 
Farmácias Homeopáticas, após complementação com Estágio 
curricular obrigatório de 120 horas na UFRJ; 
 
→ Laboratório de Homeopatia Profa. Marta Cortês Duarte, 
Farmácia Universitária, desde outubro de 2013. 
→ Direção Técnica: Profa. Carla Holandino e MSc Fortune 
Homsani 
→ Coordenação da disciplina: Profa. Sheila Garcia 
→Coordenação do estágio: Profa. Carla Holandino 
Quaresma 
Laboratório de Homeopatia da Faculdade de Farmácia 
em Funcionamento desde Outubro de 2013 para Atividade 
de Estágio Supervisionado 
Área Física de 18 m2 com Sala de Documentação de 6 m2 
 Farmácia Universitária da UFRJ 
Equipe de Homeopatia 
Visita Anual a Fazenda Bioervas Plantas Medicinais Ltda, 
Distrito de Catuné, cidade de Tombos (MG) 
Jornal Folha da Mata, ano XXVII, n0 598, 15/09/2007 
Visita Anual a Fazenda Bioervas Plantas Medicinais Ltda, 
Distrito de Catuné, cidade de Tombos (MG), 2009 
Jornal Gazeta de Tombos, ano III, n0 35, Setembro 2009 
Visita Técnica ao Laboratório Industrial ALMEIDA PRADO 
cidade de São Paulo (Turma 2012-2) 
TRABALHO DE CAMPO – TURMA 20132- FAZENDA MODELO 
PEDRA DE GUARATIBA, RJ 
Calendula officinalis na estufa 
Calendula officinalis pronta para envio 
a farmácia para preparo da TM 
Calendula officinalis no campo 
TRABALHO DE CAMPO – TURMA 20132- FAZENDA MODELO 
PEDRA DE GUARATIBA, RJ 
TRABALHO DE CAMPO – TURMA 20132- FAZENDA MODELO 
PEDRA DE GUARATIBA, RJ 
Arnica brasileira no campo 
Aula com Botânico 
AS DIFERENTES ESCOLAS 
HOMEOPÁTICAS 
1- ESCOLA UNICISTA: 
* Baseada na Similitude. 
* Medicamento Único. 
* Experimentação no “Homem São”. 
* Valoriza a Totalidade Sintomática. 
2- ESCOLA PLURALISTA: 
*UTILIZA UM OU VÁRIOS MEDICAMENTOS 
AO MESMO TEMPO; 
*SUBSTÂNCIAS EM VIDROS SEPARADOS; 
*DOSES REPETIDAS, COM INTERVALOS CURTOS 
 ENTRE AS DOSES. 
 
 
AS DIFERENTES ESCOLAS HOMEOPÁTICAS 
AS DIFERENTES ESCOLAS HOMEOPÁTICAS 
3- ESCOLA COMPLEXISTA: 
*Uso de Fórmulas: várias substâncias no mesmo 
vidro. 
*Dinamizações baixas, médias 
 ou TM. 
* Intervalo curto entre as doses. 
 
 
ESCALAS E 
MÉTODOS 
HOMEOPÁTICOS PARA 
PREPARAÇÃO DO 
MEDICAMENTO 
HOMEOPÁTICO 
 
Definição de Medicamento Homeopático: 
 
É toda forma farmacêutica de dispensação 
ministrada segundo o princípio da semelhança e/ou 
da identidade, com finalidade curativa e/ou 
preventiva. É obtido pela técnica de dinamização e 
utilizado para uso interno ou externo 
 
www.portal.anvisa.gov.br 
As Escalas Homeopáticas 
Definição (FHB, 2011): 
É a proporção entre o insumo ativo e o insumo 
inerte empregada na preparação das 
diferentes dinamizações. 
 
Existem 3 escalas homeopáticas: 
 
 
Escala Centesinal (CH) 
Escala Decimal (DH) 
Escala Cinqüenta Milesimal (LM) 
 
 
Escala Decimal (DH) 
• Diluição: 1/10 (1 parte do ativo para 9 de 
inerte); 
Objetivo: Diminuir as distâncias entre as 
quantidades de insumo inerte e ativo; 
Símbolos: DH, D, X; 
Preparo: Método Hahnemanniano dos Frascos 
Múltiplos; 
Dispensação: Álcool 30% (p/p); 
Armazenamento e impregnação: Álcool 70% 
(p/p). 
 
(Hering) 
 
Diluição: 1/100 (1 parte do ativo para 99 de 
inerte); 
Origem: Hahnemann; 
Símbolos: CH, C, ª; 
Preparo: Método Hahnemanniano dos Frascos 
Múltiplos; 
Dispensação: Álcool 30% (p/p); 
Armazenamento e impregnação: Álcool 70% (p/p). 
 
 
Escala Centesimal (CH) 
DH CH 
1DH = 1/10 = 10-1 1CH = 1/100 = 10-2 
2DH = 1/100 = 10-2 2CH = 1/10.000 = 10-4 
3DH = 1/1000 = 10-3 3CH = 1/100.000 = 10-6 
4DH = 1/10.000 = 10-4 4CH = 1/100.000.000 =10-8 
DH e CH são Equivalentes??? 
Escala Cinquenta Milesimal (LM) 
Características: 
 -“Grão de areia”; 
 -Diluição: 1/50.000; 
 -Origem: Hahnemann; 
 -Símbolo: LM; 
Preparo: Trituração até a 3CH (para solúveis e 
insolúveis), solubilização em álcool 20%. 1 
gota desta solução em 100 gotas de álcool 
96% (100 sucussões). 1 gota desta solução em 
500 microglóbulos (1LM) e álcool 30% para 
dispensação (quando aviados na forma 
líquida). 
 
100 mcg ~ 63 mg 
ESQUEMA DE PREPARO DA LM (MNT, 2013) 
1LM → 2LM 
-1mcg 1LM em 1 gt de água purificada. Após solubilização acrescentar 
100 gotas de álcool 96% (V/V). 
-Aplicar 100 sucussões. 
-Retirar 1 gota destasolução e umidecer 500 mcg. 
-Secar à T ambiente. 
 Esta é a 2LM. 
 
PREPARO E DISPENSAÇÃO DA LM: 
 
1-Dissolver 1 mcg da potência prescrita em 1 gota de água purificada; 
2-Acrescentar o veículo de dispensação em quantidade suficiente para 
o volume prescrito; 
OBS: Quando a prescrição não informar o volume de dispensação, 
dispensar 20 ml em frasco de 20ml. 
Na LM o volume da preparação deve ocupar de 1/2 a 2/3 do frasco 
de dispensação. 
DISPENSAÇÃO DA LM: 
 O Preparo do Medicamento Homeopático 
 segue o que determina a Farmacopeia 
Homeopática Brasileira. 
 
 
Disponível em www.portal.anvisa.gov.br (desde: 4/09/2011) 
 
 
 
 
 
Origens do medicamento 
homeopático: 
 
 
 Vegetal, 
 Animal, 
 Mineral, 
 Biológica (bioterápicos) 
 Produtos quimicamente 
indefinidos (fumaça, alérgenos etc) 
 
Belladona 
Apis 
mellifica 
Streptococcus 
pyogenes 
Aurum 
metallicum Fumaça do cigarro 
 
Água purificada 
Álcool 70% p/p 
Glicerina bidestilada 
Lactose (tabletes, comprimidos) 
Sacarose (glóbulos, microglóbulos). 
 
Veículos e excipientes em 
homeopatia 
 
O rótulo do medicamento homeopático: 
Manual do Consumidor de Homeopatia (AFHERJ e ABFH, 2004). 
 
Referências Bibliográficas 
1- Hahnemann, S. Organon da Arte de 
Curar, 6ª edição, 1984; 
2- Max Tetáu. “Samuel Hahnemann: 
Muito Além da Genialidade”. Ed. 
Organon, 2003; 
3- Brasil. Farmacopeia Homeopática 
Brasileira, 3ed.,2011; 
4- ABFH. Manual de Normas Técnicas 
para Farmácia Homeopática, 2005; 
5- Fontes, Onley. Farmácia Homeopática, 
4ed. 2013.