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UNIVERSIDADE PAULISTA ALCIR LEMES DA SILVA JÚNIOR – C6816I-4 KATRYEL CARVALHO ARRUDA RUAS – C62ICA-9 MARCIO JOSÉ CÂNDIDO – C59937-9 MARCO ANTÔNIO DE CASTRO ALVES – C65369-1 THAYS DA SILVA SANTANA – C70GAB-3 FLAMBAGEM EM HASTE DE MADEIRA GOIÂNIA-GO 2017 UNIVERSIDADE PAULISTA FLAMBAGEM EM HASTE DE MADEIRA - APS Trabalho de conclusão da disciplina de Atividade Prática Supervisionada do 6º período de engenharia civil apresentado a Universidade Paulista – UNIP. CAMPUS FLAMBOYANT 2017 SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................. 03 1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 04 2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA ......................................................................................... 05 2.1 Carga Critica ........................................................................................................05 2.2 Coluna Ideal com Pinos .......................................................................................07 2.3 Coluna com Vários tipos de Apoio ......................................................................08 3. MATERIAL E METÓDOS .............................................................................................. 10 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 11 5. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 17 6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 18 7. ANEXO ................................................................................................................................ 19 RESUMO O objetivo deste ensaio é realizar um estudo sobre flambagem através de uma revisão bibliográfica com o intuito de realizar um ensaio para análise de flambagem em uma haste de madeira de seção transversal e retangular. Com a utilização de uma prensa automática, onde será aplicada sucessivas cargas nas hastes já citadas de modo que elas estejam bi articulas, com objetivo de realização as medições que serão necessárias para a determinação de alguns cálculos, como Força Crítica, Módulo de elasticidade, Momento de Inércia, Raio de Giração, Tensão crítica e outros. Após a obtenção desses cálculos, apresentaremos os resultados obtidos em uma tabela contendo uma comparação entre os resultados obtidos com os teóricos. 4 1. INTRODUÇÃO O fenômeno de flambagem pode ser entendido como a aplicação de uma força de compressão em materiais esbeltos e de acordo com a intensidade desta força o material pode sofrer uma curvatura lateral, também conhecida como flambagem. Para exemplificar melhor como é esse tipo de instabilidade, a flambagem ocorre quando adicionamos uma força compressiva axial na ponta de uma régua, como demonstrado na figura 01. A régua ira defletir ou flambar lateralmente para o sentido do seu menor momento de inércia. Quanto mais longo for o material, menor será a força necessária que deverá ser aplicada para que ocorra a flambagem. E são falhas por flambagem que provocam catástrofes na construção civil, o que deixa mais evidente a necessidade de se estudar esse processo para preveni-lo. . Figura 01 5 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 2.1 Carga Crítica Quando alguns elementos esbeltos e compridos são submetidos a uma carga de compressão e tal carga seja suficientemente grande para provocar sua deflexão lateral, conforme figura 02. Tais elementos compridos e esbeltos são denominados de colunas e a deflexão lateral que sofrem quando são sujeitos a uma força axial é denominado de flambagem. Esse fenômeno provoca uma falha súbita e dramática na estrutura, as colunas devem ser projetadas para que possam suportar com seguranças as cargas pretendidas. (BEER, 1995) Figura 02 Segundo Hibbeler (2004), a carga axial máxima que uma coluna pode suportar quando está no limite da flambagem é chamada de carga crítica Pcr (Figura 03). Qualquer carga adicional provocará flambagem na coluna e, portanto, deflexão lateral. Figura 03 6 Considerando a figura 04, onde temos um mecanismo formado por duas barras sem peso, rígidas e acopladas por pinos em suas extremidades, onde temos: Figura 04 (a) Mola com rigidez k sem deformação. (b) Deslocamento (∆) do pino A. (c) Diagrama de corpo livre. De acordo com a figura 04, o primeiro sistema se trata de um conjugado estável, o segundo sistema de um conjugado instável. Já em (c) temos a representação do digrama de corpo livre da estrutura. Hibbleler (2004) define os sistemas de maneira que: ➢ Se a força de restauração superar a perturbadora, isto é, kLӨ/2>2PӨ, então observando que Ө se cancela, resolvemos em P, o que leva a: P < 𝐾𝐿 4 - Equilíbrio estável ➢ Se kLӨ/2<2PӨ, temos: P > 𝐾𝐿 4 - Equilíbrio instável. ➢ O valor intermediário de P, definido desde que Se kLӨ/2=2PӨ, é a carga crítica, onde: 𝑷𝒄𝒓 = 𝟒𝑲 𝑳 7 Onde: K: constate de elasticidade; L:comprimento da barra em metros. Segundo Mascia 2001, qualifica-se como estabilidade a propriedade do sistema (estrutura) de manter seu estado inicial de equilíbrio nas condições de aplicação de ações. Se um sistema não tem esta propriedade, ele é qualificado instável. Esses estados de equilíbrio podem ser representados pela figura 05. Figura 05 Onde temos: (a) Equilíbrio estável (b) Equilíbrio instável (c) Equilíbrio neutro 2.2 Coluna Ideal com apoio em pinos Como a coluna ideal é perfeitamente reta, em teoria a caga axial P pode ser aumentada até que a falha ocorra por fratura ou escoamento do material. Entretanto quando a carga crítica Pcr é atingida, a coluna está no limite de tornar-se instável, de modo que uma pequena força lateral F, quando removida, vai faze-la permanecer na posição fletida. Qualquer pequena redução de P para menos de Pcr permite que a coluna fique reta e qualquer aumento de P, além de Pcr provoca aumento adicional da deflexão lateral. (HIBBELER, 2004). Tal carga é denominada de carga de Euler, essa forma fletida correspondente é definida pela equação: 𝑷𝒄𝒓 = 𝝅𝟐 ∙ 𝑬 ∙ 𝑰 𝑳𝒇𝟐 Onde: 8 E: modulo de elasticidade longitudinal do material em pascal; I: menor dos momentos de inercia da secção em m4; Lf: comprimento de flambagem da peça em metros. 2.3 Colunas com vários tipos de apoio As colunas são apoiadas de várias maneiras, como representado na figura 06. O que consequentemente, gera tipos de flambagens diferentes. E a determinação do comprimento efetivo Le também. E que em alguns casos pode ser definido por Le=KL. A determinação da carga crítica para outras condições devínculo nas extremidades de uma coluna usamos no lugar de “L”, a grandeza “Le” que significa comprimento efetivo de flambagem. A grandeza Le/r é chamada índice efetivo de esbeltez da coluna. (BEER, 1995). Figura 06 A tensão crítica é o valor que corresponde à carga crítica e é dado por σcr: 𝝈𝒄𝒓 = 𝝅²𝑬 (𝑳/𝒓)² Onde: σcr – Tensão crítica que é a tensão média na coluna imediatamente ante de a coluna flambar. 9 E – módulo de elasticidade do material. L – comprimento da coluna sem apoio, cujas extremidades são presas por pinos. R – o menor raio de giração da coluna, determinado por 𝑟 = √𝐼/𝐴, onde I é o menor momento de inércia da área da seção transversal A da coluna. 10 3. MATERIAL E METÓDOS Durante o processo de realização do ensaio, será apresentado uma cronologia dos procedimentos adotados. O ensaio utilizará duas hastes de madeira, com seção quadrada e outra retangular. O experimento de flambagem de haste de madeira será realizado no laboratório da Universidade Paulista – Campus Flamboyant, Goiânia-GO, com o uso de uma prensa automática que aplicará sucessivas cargas nas determinadas hastes, com intuito de determinarmos o comprimento efetivo (Le) e a carga crítica (Pcr) de cada haste de madeira. Após a realização dos ensaios e das medidas necessárias, será realizada dos cálculos para obtermos as seguintes informações: Força crítica (Pcr), Módulo de Elasticidade (E), Momento de Inércia (I), Raio de Giração (r), Tensão Crítica (𝜎𝑐𝑟) e Índice de Esbeltez (ʎ). As formulas utilizadas serão: ➢ Força Crítica (Pcr) 𝑃𝑐𝑟 = 𝜋2 ∙ 𝐸 ∙ 𝐼 𝐿𝑓2 ➢ Módulo de Elasticidade (E) 𝐸 = 𝑃𝑐𝑟 ∙ 𝐿𝑓² 𝜋² ∙ 𝐼 ➢ Momento de Inércia (I) 𝐼 = 𝑟² ∙ 𝐴 ➢ Raio de Giração (r) 𝑟 = √𝐼/𝐴 ➢ Tensão crítica (𝝈𝒄𝒓) 𝜎𝑐𝑟 = 𝜋²𝐸 (𝐿/𝑟)² ➢ Índice de Esbeltez (ʎ) ʎ=L/r Os materiais utilizados serão duas hastes de madeira, quadrada com seção transversal de 1cm x 1cm, com 50 cm de comprimento. E uma retangular de seção transversal de 2cm x 1cm e comprimento de 50 cm. 11 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Foi realizado o ensaio no dia 07 de Novembro de 2017, no laboratório da Universidade Paulista, campus Flamboyant. Conforme Figura 07, momento este em que todos os componentes dos grupos estiveram presentes. Figura 07 As hastes de madeiras, tanto a de seção quadrada (1cm x 1cm, quanto a de seção retangular (2cm x 1cm). Ambas foram colocadas na prensa e submetidas a sucessivas forças. Como mostrado na imagem abaixo: 12 Figura 08 As forças que foram aplicadas foram geradas automaticamente pelo computador, e para registrar o processo filmamos para que posteriormente pudéssemos anotar os dados e realizar os cálculos devidamente. Foram anotadas as cargas sucessivas que foram aplicadas em cada haste, até chegarmos a última força, a de ruptura. Conforme disposto no quadro abaixo: FORÇAS (N) QUADRADA RETANGULAR 10 10 50 160 80 660 140 690 390 780 13 O objetivo desse ensaio era submeter estas hastes a sucessivas forças de compressão até a ruptura da mesma por flambagem, de acordo com as imagens teremos a haste na prensa (Figura 09), a sua flambagem (Figura 10) e ruptura (Figura 11). Figura 09 Figura 10 14 Na figura 10, durante os levantamentos teóricos, ficou evidenciado que a flambagem ocorrerá no sentido em que existe o menor momento de inércia. Na figura 10, fica bastante evidente o momento em que o fato ocorre e o seu sentido de flambagem. Figura 11 Já na figura 11 fica claro o momento de ruptura da haste de madeira, onde a sua força será crítica. No caso da haste de madeira de seção transversal quadrada (A= 1x10^-4) ocorre em Pcr = 420 N, já na haste de madeira de seção transversal (A= 2x10^-4)quadrada ocorro quando a força crítica atinge o seu ápice, que será em 930 N. Após a realização do ensaio em laboratório foi possível realizar os seguintes cálculos, e forma que calculamos as hastes de maneira teórica, usando as teorias que foram levantadas no referencial teórico, e posteriormente, com os dados de foram retirados do ensaio em laboratório fizemos as contas dos dados apontados na prática, e assim chegamos ao seguinte quadro: 15 Informações Teórico Prático Quadrada Retangular Quadrada Retangular Comprimento Efetivo (Le) 0,25 m 0,25 m 0,25 m 0,25 m Força Crítica (Pcr) 394, 78 N 789,57 N 390 N 780 N Módulo de Elasticidade (E) 12 GPa 12 GPa 11,85 GPa 11,85 GPa Momento de Inércia (I) 8.33x10^-10 m^4 1,667x10^-9 m^4 8.33x10^-10 m^4 1,667x10^-9 m^4 Raio de Giração (r) 2,887x10^-3 4,082x10^-3 2,887x10^-3 4,082x10^-3 Tensão crítica (𝝈𝒄𝒓) 3,95 MPa 7,89 MPa 3,9 MPa 3,9 MPa Índice de Esbeltez 173,205 122,47 173,205 122,47 Todos os cálculos realizados para a obtenção desta tabela, estará disposto em anexo a parte deste trabalho e será postado cm conjunto com o mesmo. Após a realização dos cálculos é fácil ver que não houve uma grande disparidade em relação as informações teóricas e práticas, principalmente na haste de seção transversal quadrada. O que também acontece na haste de seção transversal retangular. Para realizar os cálculos teóricos partimos com os seguintes dados: K=0,5 e E = 12GPa e através deste dados conseguimos calcular todas as outras informações pedidas utilizando das formulas levantadas no referencial teórico. Na parte prática partimos das informações obtidas em laboratório com a realização do experimento que foram as cargas críticas da haste de seção transversal quadrada e das hastes de seção transversal retangular, respectivamente, 390 N e 780N. Para verificar se o ensaio foi realizado de maneira satisfatória, calculamos a porcentagem de erro pela seguinte formula: %𝒆𝒓𝒓𝒐 = 𝑷𝒄𝒓 𝑻𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐 − 𝑷𝒄𝒓 𝑷𝒓á𝒕𝒊𝒄𝒐 𝑷𝒄𝒓 𝑻𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐 × 𝟏𝟎𝟎 16 Para haste de seção transversal quadrada, logo temos: %𝒆𝒓𝒓𝒐 = 394,78 − 390 394,78 × 100 = 𝟏, 𝟐% Para haste de seção transversal retangular, temos %𝒆𝒓𝒓𝒐 = 789,57 − 780 789,57 × 100 = 𝟏, 𝟑% Tais cálculos de erro que podem classificar o ensaio com satisfatório, pois permaneceram dentro da margem aceitável pela engenharia, que é menor ou igual a 5%. 17 5 CONCLUSÃO Após a realização do trabalho teórico e do experimento em laboratório utilizando de hastes de madeira (retangular e quadrada, foi possível realizar uma boa analise de como uma peça pode sofrer flambagem, como calcular a sua carga crítica teórica e o valor carga crítica prática. Pois o cálculo de porcentagem de erro permaneceu dentro de uma faixa satisfatória, a quadrada de 1,2% e a retangular de 1,3%, dentro da margem satisfatória que exige que seja menor ou igual a 5%. Foi possível evidenciar a ocorrência desse fenômenodenominado flambagem e como essa ocorrência está diretamente ligada a resistência e estabilidade de cada material, concluir que ele sempre ocorrerá no sentido do seu menor momento de inércia Concluímos que a realização deste trabalho foi de suma importância para agregar o nosso conhecimento em relação ao estudo de estruturas, pois a flambagem é um fenômeno que deve ser estudado de maneira que possa ser prevenido a sua ocorrência, pois pode causar bastantes desastres casso ele ocorra. 18 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BEER, Ferdinand P.; JOHNSTON JR., E. Russell. Resistência dos materiais. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1995. 652 p. BUFFONI, Salete. Estudo de armaduras longitudinais em pilares de concreto armado. Tese de doutorado – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. 2004. HIBBLERR, R. C. Resistência dos Materiais. São Paulo: Pearson Pretice Hall. 5ª Edição, 2004. MASCIA, Nilson Tadeu. Flambagem em Barras. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, 2001. 19 7 ANEXO ANEXO A – Todos os representantes do grupo. ANEXO B – Haste de madeira após a sua ruptura. 20 ANEXO C – O momento em que ocorre a flambagem da haste de madeira. ANEXO D – Gravação durante o ensaio para obtenção dos dados.
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