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Psicopatologias ALTERAÇÕES DO PENSAMENTO ELEMENTOS CONSTITUTIVOS CONCEITOS • Desintegração: perda do significado • Condensação: fusão de dois ou mais conceitos = neologismo RACIOCÍNIO • Dereísta: voltado para o mundo interior, fantasias e sonhos • Concreto: ausência do uso de metáfora, dimensões abstratas e simbólicas comprometidas • Inibido: diminuição da velocidade e do nº de conceitos, juízos e representações • Vago: raciocínio impreciso • Prolixo: - tangencialidade: não chega ao ponto central; - circunstancialidade: eventualmente chega ao ponto • Deficitário: estruturalmente pobre e rudimentar, mas homogêneo • Demencial: estruturalmente pobre e rudimentar, mas heterogêneo *desigual • Confucional: incoerente devido à turvação da consciência; impede aprendizagem dos estímulos de forma clara e precisa e o processamento adequado • Desagregado: radicalmente incoerente, juízos e conceitos não se articulam de forma lógica • Obsessivo: predominam ideias persistentes e incontroláveis DELÍRIO (JUÍZO) • Perseguição • Referência ou auto referência: fofocas, olhares... • Relação: constrói conexões • Influência: ser controlado • Grandeza • Reivindicação: ser desproporcionalmente injustiçado • Invenção ou descoberta • Reforma ou salvacionismo • Ciúmes ou infidelidade • Erótico • Conteúdos depressivos e associados: Ruína Culpa ou auto-acusação Negação de órgãos Hipocondríaco Cenestopático Infestação PROCESSO DE PENSAR CURSO • Aceleração • Lentificação • Bloqueio: interrupção brusca sem motivo aparente • Roubo: nítida sensação de que o pensamento foi roubado por uma força ou ente *frequentemente associado ao bloqueio FORMA • Fuga das ideias: as associações deixam de seguir uma lógica ou finalidade *secundária à aceleração do pensamento • Dissociação: sequência ilógica e não organizada, os juízos não se articulam de forma coerente • Afrouxamento: as associações parecem mais livres, não tão bem articuladas. *afrouxamento dos enlaces • Descarrilamento: extravio do curso normal, tomando atalhos, desvios, pensamentos supérfluos, por vezes retornando ao seu curso original. • Desagregação: profunda e radical perda dos enlaces e total perda da coerência CONTEÚDO • Persecutoriedades • Depreciativos • Religiosos • Sexuais • Poder, riqueza ou grandeza • Ruína ou culpa • Hipocondríaco ESQUIZOFRENIA E TRANSTORNOS PSICÓTICOS CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS 1. SINTOMAS POSITIVOS • Delírios • Alucinações 2. SINTOMAS NEGATIVOS • Expressão emocional diminuída: redução na expressão de emoções pelo rosto, no contato visual, na entonação da fala • Avolia: redução em atividades motivadas, auto-iniciadas e com uma finalidade • Anedonia • Alogia • Falta de sociabilidade 3. DESORGANIZAÇÃO DO PENSAMENTO • Inferida a partir do discurso e deve ser suficiente para prejudicar substancialmente a comunicação • Alterações mais comuns: descarrilamento ou afrouxamento, tangencialidade e incoerência 4. COMPORTAMENTO MOTOR GROSSEIRAMENTE DESORGANIZADO OU ANORMAL • Manifesta-se de várias formas: tolo e pueril, agitação imprevisível • Dificultam as atividades cotidianas • Comportamento catatônico: redução acentuada na reatividade ao ambiente *resistência a instruções, postura rígida, inapropriada ou bizarra, ausência de respostas verbais e motoras (mutismo ou estupor), atividade motora sem propósito e excessiva (excitação catatônica) TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA Padrão global de déficits sociais e interpessoais incluindo: 1. Capacidade reduzida de relações próximas 2. Distorções cognitivas e perceptivas 3. Excentricidades comportamentais Anormalidades de crenças, pensamentos e percepção estão abaixo do limiar para o diagnóstico de um transtorno psicótico CRITÉRIOS A. A presença de um delírio (ou mais) com duração de um mês ou mais B. O Critério A para esquizofrenia jamais foi atendido C. Exceto pelo impacto do (s) delírio (s) ou de seus desdobramentos, o funcionamento não está acentuadamente prejudicado, e o comportamento não é claramente bizarro ou esquisito D. Se episódios maníacos ou depressivos ocorreram, eles foram breves em comparação com a duração dos períodos delirantes E. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica, não sendo mais bem explicada por outro transtorno mental, como transtorno dismórfico corporal ou transtorno obsessivo-compulsivo TRANSTORNO DELIRANTE CRITÉRIOS A. A presença de um delírio (ou mais) com duração de um mês (ou mais) B. O critério A para esquizofrenia jamais foi atendido Nota: alucinações, quando presentes, não são proeminentes e têm relação com o tema do delírio C. O funcionamento não está acentuadamente prejudicado e o comportamento não é claramente bizarro ou esquisito (exceto pelo impacto do (s) delírio (s) ou de seus desdobramentos) D. Se episódios maníacos ou depressivos ocorreram, eles foram breves em comparação com a duração dos períodos delirantes E. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substancia ou a outra condição médica (...) ESQUIZOFRENIA • Transtorno mental de evolução crônica • Mecanismos genéticos estão dentre os principais fatores etiológicos • Alterações cerebrais apresentam anormalidades significativas • Os sintomas classificam-se em três tipos - Positivos ou psicóticos: delírios e alucinações - Negativos ou deficitários: embotamento afetivo, perda da capacidade volitiva - Desorganização: do pensamento • Método terapêutico de excelência: farmacologia (essencial para os sintomas positivos) CRITÉRIOS A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de tempo durante um período de um mês (ou menos, se tratados com sucesso). Pelo menos um deles deve ser 1, 2 ou 3 1. Delírios; 2. Alucinações; 3. Discurso desorganizado; 4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico; 5. Sintomas negativos (expressão emocional diminuída ou avolia) B. Por período significativo de tempo desde o aparecimento da perturbação, o nível de funcionamento em uma ou mais áreas importantes do funcionamento (trabalho, relações interpessoais, autocuidado) está acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início (ou, quando o inicio se dá na infância/adolescência, incapacidade de atingir o nível esperado de funcionamento interpessoal, acadêmico ou profissional) C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis meses. Esse período deve incluir no mínimo um mês de sintomas (ou menos, se tratado com sucesso) que precisam satisfazer ao critério A e pode incluir períodos de sintomas prodômicos ou residuais. Durante esses períodos os sinais de perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no critério A presentes em uma forma atenuada. D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar com características psicóticas são descartados porque: 1. Não ocorreram episódios depressivos maiores ou maníacos concomitantemente com os sintomas da fase ativa, ou 2. Se episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa sua duração total foi breve em relação aos períodos ativo e residual da doença E. A perturbação pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma substancia ou outra condição médica F. Se há história de transtorno do espectro autista ou de um transtorno da comunicação iniciado na infância, o diagnostico adicional de esquizofrenia é realizado somente se delírios ou alucinaçõesproeminentes, além dos demais sintomas exigidos, estão também presentes por pelo menos um mês (ou menos, se tratado com sucesso) Especificar se: com catatonia ENTREVISTA CONCEITO: interação verbal entre duas ou mais pessoas, através da qual se desenvolve uma complexa rede de influências múltiplas OBJETIVO: identificar e definir o problema central e as metas de modificação solicitadas ou percebidas pelo terapeuta. PRIMEIRAS ENTREVISTAS: São CRUCIAIS e se bem conduzidas, causam uma sensação de confiança e esperança em relação ao alívio do sofrimento. O olhar e toda comunicação não-verbal tem sua importância: é o centro da comunicação e inclui toda a carga emocional TRÊS REGRAS DE OURO 1. Entrevista aberta: mais indicada para pacientes organizados, inteligência normal, escolaridade razoável e não psicótico. 2. Entrevista estruturada: mais indicada para pacientes desorganizados, de inteligência baixa, em estado paranoide ou psicótico e/ou travados pela ansiedade 3. Iniciar com perguntas neutras: mais indicado para pacientes tímidos ansiosos ou em estados paranoides ORGANIZAÇÃO DA ENTREVISTA: 1. Apresentação 2. Coleta de dados 3. Queixa básica ou principal FENÔMENOS IMPORTANTES a) Transferência e contratransferência; b) Dissimulação: esconder ou negar voluntariamente a presença de sinais e sintomas c) Simulação: tentativa de criar, apresentar um sintoma, sinal ou vivencia conscientemente para obter algum benefício A AVALIAÇÃO: ETAPAS 1. Entrevista (anamnese “histórico dos sinais e sintomas que o paciente apresenta ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social”; e exame psíquico exame do estado mental atual do paciente) 2. Exame físico geral e neurológico 3. Exames complementares (testes de personalidade, psicodiagnóstico, etc.) 4. Exames médicos 5. Entrevista com familiares (importante em casos de pacientes demenciais, em estado psicótico grave e mutismo, p. ex.) REGISTRO • Resumo do estado mental, observado durante toda a coleta de dados • O relato deve conter as próprias palavras que foram usadas para descrever os sintomas • Caligrafia legível, estilo claro e preciso, frases e parágrafos curtos • Evitar terminologias tecnistas, se usados, de modo proporcional • Evitar interpretação precoce • Deve ser organizado e coerente, que facilitem o estabelecimento de hipóteses diagnosticas e planejamento terapêutico ALTERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA QUANTITATIVAS – ESTADOS COM ALTERAÇÃO DO NÍVEL DA CONSCIÊNCIA 1. Obnubilação ou turvação: Rebaixamento leve à moderado Pode ocorrer conteúdo anormal Diminuição da clareza dos sentidos, lentidão da compreensão e dificuldade de concentração Dificuldade de integrar informações sensoriais Pensamento confuso *Ocorre nos casos de delirium, acompanhado de distúrbios sensoperceptivos e do pensamento 2. Sopor: estado marcante de turvação da consciência Desperta somente com estímulos enérgicos – dolorosos EEG lentificado Sonolência acentuada Baixo poder reativo Incapacidade de espontaneidade 3. Coma: grau mais profundo de rebaixamento da consciência Não há atividade voluntária consciente Ausência de qualquer indicio de consciência Movimentos oculares errantes – desvios lentos e aleatórios Anormalidades dos reflexos oculocefálicos – cabeça de boneca Ausência de reflexo de acomodação 4. Entorpecimento: diminuição ou perda da lucidez e da vigília Os estímulos só são apreendidos com esforço da atenção QUALITATIVAS – ESTADOS COM ALTERAÇÃO PARCIAL OU FOCAL DO CAMPO DA CONSCIÊNCIA 1. Estados crepusculares: patológico transitório no qual uma obnubilação da consciência é acompanhada de relativa conservação da atividade motora coordenada Estreitamento transitório do campo da consciência Afunilamento da consciência Conservação de uma atividade psicomotora – permite atos automáticos Surge e desaparece de forma abrupta, com duração variável – poucos minutos ou horas a algumas semanas Ocorrem com certa frequência atos explosivos violentos e episódios de descontrole emocional *Quadros histéricos agudos, pacientes epiléticos e intoxicações 2. Dissociação: fragmentação ou divisão do campo da consciência Ocorre perda da unidade psíquica 3. Transe: estado de dissociação da consciência com a presença de atividade motora automática e estereotipada, acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários i. Transe religioso: culturalmente contextualizado e sancionado ii. Transe histérico: relacionado a conflitos interpessoais e alterações psicopatológicas 4. Estado hipnótico: consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada que pode ser induzido por outra pessoa Semelhante ao transe – sugestionabilidade aumentada Atenção concentrada no hipnotizador Técnica refinada de concentração da atenção e de alteração induzida do estado de consciência. SÍNDROMES ❖ DELIRIUM: estado sindrômico confucional agudo causado por alterações do nível da consciência Rebaixamento leve a moderado Desorientação temporoespacial Dificuldade de concentração Agitação ou Lentificação psicomotora Perplexidade Ansiedade em graus variáveis Ilusões ou alucinações quase sempre visuais Variação ao longo do dia, piora ao anoitecer Comum em pacientes com doenças somáticas Discurso ilógico e confuso ❖ ESTADO ONÍRICO: paralelamente à turvação da consciência o indivíduo entra em estado semelhante a um sonho muito vivido Atividade alucinatória visual e intensa com caráter cênico Cenas complexas, ricas em detalhes Carga emocional marcante – angústia, terror ou pavor Às vezes sudorese excessiva Amnésia consecutiva *Causas: psicoses toxicas, síndromes de abstinências, quadros febris tóxico-infecciosos TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO CRITÉRIOS A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas. Obsessões são caracterizadas por: 1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são experimentadas em algum momento durante a perturbação como intrusivos ou indesejáveis e que, na maioria dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento 2. O individuo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens ou neutraliza-los com algum outro pensamento ou ação Compulsões são caracterizadas por: 1. Comportamentos repetitivos ou atos mentais que o individuo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou der acordo co as regras que devem ser rigidamente aplicadas. 2. Os comportamentos ou atos mentais visam prevenir ou reduzir a ansiedade ou sofrimento ou evitar algum evento ou situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos não tem uma conexão realista com o que visam neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos B. As obsessões ou compulsões consomem tempo ou causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo o funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do individuo C. Os sintomas obsessivo-compulsivos não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substancia ou a outra condição medica D. O conteúdo das obsessões ou compulsões não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental Especificar: Insight bom ou razoável: o indivíduo reconhece que as crenças do transtorno são definitivas ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser verdadeiras Com insight pobre: o indivíduo acredita que as crenças do transtorno são provavelmente verdadeiras. Com insight ausente/crenças delirantes: o indivíduo está completamente convencido de que as crenças do transtornosão verdadeiras Relacionado a tique: o indivíduo tem história atual ou passada de um transtorno de tique OUTROS: DISMÓRFICO CORPORAL, ACUMULAÇÃO, TRICOTILOMANIA E ESCORIAÇÃO TRANSTORNOS DO HUMOR ORIENTAÇÕES INICIAIS Humor normal (eutimia): deve flutuar entre os diversos estados de alegria, tristeza, ansiedade e raiva. O transtorno do humor começa quando há um desajuste emocional: produz respostas emocionais intrincadas de maneira absurda, sem proposito, em intensidade e/ou duração; provoca mudanças no humor sem estímulo necessário. Hipotimia (depressão): estado de ânimo anormalmente baixo Hipomania: estado de ânimo anormalmente alto (hipo- porque é mais baixo que a mania) Ciclotimia: alterna em ciclos, oscilando constantemente REPERCUTE: sensações e emoções ALTERA: pensamentos e comportamentos PERDE: autonomia da personalidade Instabilidade: o paciente bipolar não tem os sistemas de controle funcionando corretamente, então há escapes intensos, descontrole de todos os aspectos da vida, grandes variações incompatíveis com os acontecimentos externos *dos ritmos bio, pensamentos/raciocínio, ineficiência da memória, níveis de energia, desejos, humores BIPOLAR TIPO I CRITÉRIOS Episódio Maníaco A. Período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivo, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária) B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual: 1. Autoestima inflada ou grandiosidade 2. Redução da necessidade de sono 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando 4. Fuga de ideias ou taquipsiquismo (experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados) 5. Distratibilidade (a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes) 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social/profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir danos, ou existem características psicóticas GRAVE D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo, mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um episódio maníaco e, portanto, para um diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. Nota: Os Critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um episódio maníaco na vida é necessário para o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. Ciclagem rápida: quatro (ou mais) episódios de humor (depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco) em um ano. Episódio Depressivo* BIPOLAR TIPO I I Episódio hipomaníaco A. Período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau significativo: 1. Autoestima inflada ou grandiosidade 2. Redução da necessidade de sono 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando 4. Fuga de ideias ou taquipsiquismo 5. Distratibilidade 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação psicomotora 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático D. A perturbação do humor e a mudança do funcionamento são observáveis por outras pessoas E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo, mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio hipomaníaco. Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 2 sintomas (principalmente aumento da irritabilidade, nervosismo ou agitação após uso de antidepressivo) não sejam considerados suficientes para o diagnóstico de episódio hipomaníaco nem necessariamente indicativos de uma diátese bipolar. Episódio Depressivo* TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR SÍNDROMES DEPRESSIVAS Caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas: afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à psicomotricidade Podem estar presentes, em formas graves: 1. Sintomas psicóticos: delírios e alucinações 2. Marcante alteração psicomotora: Lentificação ou estupor 3. Fenômenos biológicos: neuronais ou neuroendócrinos SINTOMAS AFETIVOS • Sentimento de melancolia • Choro fácil e/ou frequente • Apatia (indiferença afetiva: “tanto faz”) • Sentimento de falta de sentimento (“É terrível, não consigo sentir mais nada! ”) • Sentimento de tédio, aborrecimento crônico • Irritabilidade aumentada (a ruídos, pessoas, vozes, etc.) • Angústia ou ansiedade • Desespero • Desesperança ALTERAÇÕES DA ESFERA INSTINTIVA/NEUROVEGETATIVA • Anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida) • Fadiga, cansaço fácil e constante (sente o corpo pesado) • Desânimo, diminuição da vontade (hipobulia) • Insônia ou hipersônia • Perda ou aumento do apetite • Constipação, palidez, pele fria com diminuição do turgor • Diminuição da libido • Diminuição da resposta sexual (disfunção erétil, orgasmo retardado ou anorgasmia) AUTOVALORAÇÃO, VOLIÇÃO E PSICOMOTRICIDADE • Sentimento de autoestima diminuída • Sentimento de insuficiência, de incapacidade • Sentimento de vergonha e autodepreciação • Tendência a permanecer na cama por todo o dia • Aumento na latência entre as perguntas e respostas • Lentificação psicomotora até o estupor • Estupor hipertônico ou hipotônico • Diminuição da fala, redução da voz, fala muito lenta • Mutismo • Negativismo (recusa à alimentação, interação pessoal, etc.) ALTERAÇÕES IDEATIVAS • Ideação negativa, pessimismo em relação a tudo • Ideias de arrependimento e de culpa • Ruminações com mágoas antigas • Visão de mundo marcada pelo tédio (“nada vale a pena”) • Ideias de morte, desejo de desaparecer, dormir para sempre ≠ ideação suicida • Ideação planos atos suicidas o pensamento é ambivalente (não quer acabar “acabar com a vida”, e sim com o sofrimento) ALTERAÇÕES COGNITIVAS • Déficit de atenção e concentração ▪ Hipervigilância no objeto da perda • Déficit secundário de memória • Dificuldade de tomar decisões • Pseudodemência depressiva SINTOMAS PSICÓTICOS • Ideias delirantes de conteúdonegativa ▪ Delírio de ruína ou miséria ▪ Delírio de culpa ▪ Delírio hipocondríaco e / ou de negação de órgãos ▪ Delírio de inexistência (de si e do mundo) • Alucinações, geralmente auditivas, com conteúdos depressivos • Ilusões auditivas ou visuais • Ideação paranoide e outros sintomas psicóticos humor incongruentes CRITÉRIOS A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. 1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (sente-se vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p. ex. parece choroso) Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável 2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas) 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias 4. Insônia ou hipersônia quase todos os dias 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias 6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias 7. Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente) 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias 9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano especifico, uma tentativa de suicídio ou plano especifico para cometer suicídio B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do individuo C. O episodio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE - DISTIMIA A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos (Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração mínima de um ano) B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características: 1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso 2. Insônia ou hipersônia 3. Baixa energia ou fadiga 4. Baixa autoestima 5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões 6. Sentimentos de desesperança C. Durante todo o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, o individuo jamais esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos E. Jamais houve um episodio maníaco ou hipomaníaco e jamais foram satisfeitos critérios para transtorno ciclotímico F. A perturbação não e mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, esquizofrenia, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do individuo TRANSTORNOS DE ANSIEDADE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO O indivíduo é apreensivo ou ansioso quanto à separação das figuras de apego até um ponto que é improprio para o nível de desenvolvimento ▪ Existe medo e ansiedade persistente quanto à ocorrência de danos às figuras de apego e em relação a eventos que poderiam levar a perda ou separação de tais figuras e relutância em se afastar delas ▪ Pesadelos e sintomas físicos de sofrimento ▪ Frequência maior na infância, mas também podem se manifestar na idade adulta MUTISMO SELETIVO Caracterizado por fracasso consistente para falar em situações sociais nas quais existe expectativa para que se fale, mesmo que o indivíduo fale em outras situações ▪ O fracasso para falar acarreta consequências significativas em contextos de conquista acadêmicas ou profissionais ▪ Interfere em outros aspectos da comunicação social normal FOBIA ESPECÍFICA São apreensivos, ansiosos ou se esquivam de objetos ou situações circunscritas ▪ Ideação cognitiva não está caracterizada neste transtorno como está em outros ▪ Medo, ansiedade ou esquiva é quase sempre imediatamente induzido pela situação fóbica, até um ponto que é persistente e fora de proporção em relação ao risco real que apresenta ▪ Existem vários tipos de fobias específicas: a animais, ambiente natural sangue-injeção-ferimentos, situacional... TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL O indivíduo é temeroso, ansioso ou se esquiva de interações e situações sociais que envolvem a possibilidade de ser avaliado ▪ Estão inclusas situações sociais como encontra-se com pessoas que não são familiares ▪ Situações em que o indivíduo pode ser observado comendo ou bebendo ▪ Situações de desempenho diante de outras pessoas TRANSTORNO DE PÂNICO O indivíduo experimenta ataques de pânico inesperados recorrentes e está persistentemente apreensivo ou preocupado com a possibilidade de sofrer novos ataques ou alterações desadaptativas em seu comportamento devido aos ataques ▪ Esquiva de exercícios ou de locais que não são familiares ATAQUES DE PÂNICO ▪ A ansiedade se manifesta sob a forma de crises intermitentes, com a eclosão de vários sintomas ansiosos em número e intensidade significativas. *início repentino e desencadeadas por determinadas situações TRANSTORNO DE PÂNICO ▪ As crises/ataques tornam-se recorrentes ▪ Desenvolvimento de medo de ter novas crises ▪ Preocupações sobre possíveis implicações/consequências da crise ▪ Sofrimento subjetivo significativo AGORAFOBIA São apreensivos e ansiosos acerca de duas ou mais das seguintes situações: 1. Usar transportes públicos 2. Estar em espaços abertos 3. Estar em lugares fechados 4. Ficar em uma fila ou estar no meio da multidão 5. Estar fora de casa sozinho ▪ O indivíduo teme essas situações devido aos pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que pode não haver auxilio disponível caso desenvolva sintomas do tipo pânico ou outros incapacitantes ou constrangedores ▪ As situações quase sempre induzem medo/ansiedade e com frequência são evitadas ou requerem a presença de um acompanhante. ANSIEDADE GENERALIZADA Preocupação e ansiedade persistentes e excessivas acerca de vários domínios, incluindo desempenho no trabalho/escola, que o indivíduo encontra dificuldade em controlar São experimentados sintomas físicos, incluindo: ▪ Inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele” ▪ Fatigabilidade ▪ Dificuldade de concentração ou “ter brancos” ▪ Irritabilidade ▪ Tensão muscular ▪ Perturbação do sono QUATRO CLASSES DE REAÇÕES 1. COMPORTAMENTAIS a. Evitação de sinais/situação de ameaça b. Segurança/reasseguramento c. Inquietação/agitação d. Hiperventilação e. Congelamento 2. EMOCIONAIS a. Nervosismo b. Tensão c. Temor d. Irritabilidade e. Frustração 3. COGNITIVAS a. Medo de perder o controle b. Medo de ferimento físico c. Medo da avaliação negativa dos outros d. Memória deficiente e. Atenção e hipervigilância aumentada 4. NEUROFISIOLÓGICAS a. Aumento da frequênciacardíaca b. Falta de ar c. Sudorese d. Tremor/agitação e. Tensão muscular f. Formigamento/dormência de membros TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE CLUSTER A A - PARANOIDE CRITÉRIOS A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo que suas motivações são interpretadas como malévolas, que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes: 1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado 2. Preocupação com dúvidas injustificadas acerca da lealdade/confiabilidade de amigos e sócios 3. Relutância em confiar nos outros (medo infundado das informações serem usadas maldosamente contra si) 4. Percebe significados ocultos humilhantes/ameaçadores em comentários ou eventos benignos 5. Guarda rancores de forma persistente 6. Percebe ataques a seu caráter/reputação que não são percebidos pelos outros e reage com raiva ou contra-ataca rapidamente 7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge/parceiro sexual B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno de humor com características psicóticas ou outro transtorno psicótico e não é atribuído aos efeitos fisiológicos de outra condição médica A – ESQUIZOIDE CRITÉRIOS A. Padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressões de emoções em contextos interpessoais (...), conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes: 1. Não deseja nem desfruta de relações intimas 2. Quase sempre opta por atividades solitárias 3. Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa 4. Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma 5. Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares de 1º grau 6. Mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outros 7. Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, ou outro transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista e não é atribuído aos efeitos psicológicos de outra condição médica A – ESQUIZOTÍPICA CRITÉRIOS A. Padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamento íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico, (...), conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes: 1. Ideias de referência 2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o comportamento 3. Experiências perceptivas incomuns (ilusões corporais) 4. Pensamento e discurso estranhos (vago, circunstancial, metafórico...) 5. Desconfiança ou ideação paranoide 6. Afeto inadequado ou constrito 7. Comportamento/aparência estranha, excêntrica ou peculiar 8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não parentes de 1º grau 9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e tende a estar associada mais a temores paranoides do que a julgamentos negativos sobre si mesmo B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, ou outro transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista. B – ANTISSOCIAL CRITÉRIOS A. Padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas que ocorrem desde os 15 anos, conforme indicado por três (ou mais) dos seguintes: 1. Fracasso ao ajustar-se às normas sociais (repetição de atos que constituem motivos de detenção) 2. Tendência à falsidade (mentiras repetidas, uso de nomes falsos, trapaças para ganho ou prazer) 3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos futuros 4. Irritabilidade e agressividade (lutas corporais ou agressões físicas) 5. Descaso pela segurança de si ou de outros 6. Irresponsabilidade reiterada (falha repetida em manter uma conduta consistente ou em honrar obrigações financeiras) 7. Ausência de remorso (indiferença ou racionalização em ferir, maltratar ou roubar) B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos C. Há evidências de transtorno da conduta com surgimento anterior aos 15 anos de idade D. A ocorrência de comportamento antissocial não se dá exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou transtorno bipolar CLUSTER B B – BORDERLINE CRITÉRIOS Padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada (...), conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes: 1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado 2. Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos (idealização-desvalorização) 3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo 4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente destrutivas (gastos, sexo, direção irresponsável) 5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante 6. Instabilidade afetiva (acentuada reatividade de humor – disforia episódica) 7. Sentimentos crônicos de vazio 8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controla-la 9. Ideação paranoide transitória (estresse/sintomas dissociativos) B – HISTRIÔNICA CRITÉRIOS Padrão difuso de emocionalidade e busca de atenção em excesso (...), conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes: 1. Desconforto em situações onde não é o centro das atenções 2. A interação é frequentemente caracterizada por comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo 3. Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções 4. Discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes 5. Autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções 6. É sugestionável (facilmente influenciado) 7. Considera relações pessoais mais intimas do que realmente são B – NARCISISTA CRITÉRIOS Padrão difuso de grandiosidade (fantasia/comportamento), necessidade de admiração e falta de empatia (...), conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes: 1. Sensação grandiosa da própria importância 2. Preocupação com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza ou amor ideal 3. Acredita ser “especial” e único 4. Demanda admiração excessiva 5. Sentimento de possuir direitos 6. É explorador em relações interpessoais (tirar vantagem) 7. Carece de empatia (reconhecer/identificar-se com sentimentos e necessidades dos outros) 8. Frequentemente invejoso e acredita ser invejado 9. Comportamentos/atitudes arrogantes e insolentes CLUSTER C C – EVITATIVA CRITÉRIOS Padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa (...), conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes: 1. Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal (medo de crítica, desaprovação ou rejeição) 2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas (a menos que tenha certeza de ser bem recebido) 3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos (medo de passar vergonha, ser ridicularizado) 4. Preocupa-se com críticas/rejeições em situações sociais 5. Inibe-se em situações interpessoais novas (sentimento de inadequação) 6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos ou inferior 7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em novas atividades (podem ser constrangedoras) C – DEPENDENTE CRITÉRIOS Necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a comportamento de submissão e apego (...), conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes: 1. Dificuldadesem tomar decisões cotidianas sem uma quantidade excessiva de conselhos/reasseguramento 2. Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte das principais áreas de sua vida 3. Dificuldades em manifestar desacordo com outros (medo de perder apoio/aprovação) (Nota: Não incluir os medos reais de retaliação) 4. Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu julgamento/capacidades do que a falta de motivação/energia) 5. Vai a extremos para obter carinho/apoio de outros (até faz coisas desagradáveis) 6. Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho (temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si) 7. Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e amparo (após término de um relacionamento íntimo) 8. Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à própria sorte C – OBSESSIVO-COMPULSIVA CRITÉRIOS Padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e eficiência (...), conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes: 1. É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários a ponto de o objetivo principal da atividade ser perdido 2. Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas 3. É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em detrimento de atividades de lazer e amizades 4. É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto a assuntos de moralidade, ética ou valores 5. É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo quando não têm valor sentimental 6. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas 7. Adota um estilo miserável de gastos em relação a si e a outros (dinheiro para futuras catástrofes) 8. Exibe rigidez e teimosia ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO QUANTITATIVAS 1. Hiperestesia: percepção anormalmente aumentada *comum em quadros de intoxicações por alucinógenos e em certos quadros maníacos 2. Hipoestesia: percepção anormalmente reduzida *comum em quadros depressivos 3. Analgesias: perda das sensações dolorosas *comum em quadros histéricos 4. Disestesias: sensações anômalas, em geral dolorosas *diferente da parestesia que ocorre de forma espontânea QUALITATIVAS 1. ILUSÕES: percepção deformada de um objeto real e presente por fatores patológicos diversos ou situações adversas • Surgem em estados de rebaixamento da consciência, fadiga grave ou inatenção, estados afetivos intensos • Tipos mais comuns são visuais e auditivas 2. ALUCINAÇÕES: percepção clara e definida de um objeto sem a presença de um estimulo sensorial real • Tipos mais comuns: auditivas (sonorização do pensamento; eco do pensamento; publicação do pensamento), musicais, visuais, táteis (cenestésicas e sinestésicas), olfativas e gustativas, funcionais (≠ ilusão por serem apenas desencadeadas por estímulos reais, e não distorções), combinadas, hipnagógicas (adormecendo) e hipnopômpicas (acordando). 3. Alucinoses: • O paciente não crê nas suas alucinações • O paciente permanece consciente de que aquilo é um fenômeno estranho, patológico • Comum em quadros psicoorgânicos • O nível de consciência se mantém preservado e o paciente tem boa crítica em relação a sua vivência alucinatória 4. Pseudo-alucinoses: • Não apresenta os aspectos vivos e corpóreos de uma imagem perceptiva real • As vozes são projetadas no espaço interno (parece uma voz... é como se fosse...)
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