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apostila cpa 10 (1)

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Prévia do material em texto

ATENÇÃO: esse conteúdo está atualizado
com o do Exame de Certificação
Profissional Anbima CPA10. No entanto,
ressaltamos que a instituição Anbima não
possui nenhum um vínculo com esse
material.
Eu sou o Tiago Feitosa, autor desse e-book
e vou contar a você porque e como eu resolvi
escrever esse material para ser entregue
gratuitamente.
Sou professor de Matemática por formação e
especialista em finanças pela FAAP-SP. No
entanto trabalhar no banco sempre foi minha
aspiração de garoto e, ainda em 2006,
quando iniciava minha carreira no Banco Itaú
eu nem sonhava que precisava obter a
certificação CPA-10 da ANBID (naquela
época, a ANBIMA era chamada de ANBID).
Foi justamente nesse período que essa
certificação passou a ser obrigatória a todos
profissionais que fossem trabalhar com
distribuição de produtos de investimento.
Tive a felicidade de ser aprovado na primeira
tentativa, mas a infelicidade de ver amigos
sendo reprovados e outros até sendo
demitidos por não possuir a certificação.
Um amigo recém-chegado à agência,
chamado Tiago Gomes (hoje gerente de
plataformas), havia reprovado na CPA10 por
3 vezes e pediu que eu o ajudasse em sua
aprovação, assim, depois de umas conversas
sobre o tema, ele foi fazer a prova e obteve
sua certificação.
À essa época eu era recém-formado em
minha pós-graduação em Finanças e o
assunto estava bem "fresco" em minha
cabeça. 
QUEM
SOU?!
Depois de sua aprovação, o mesmo Gomes
pediu que eu ajudasse um grupo de amigos
que queriam obter a certificação mas não
conseguiam passar na prova. Nos reunimos
em grupos de estudos por 6 dias e, para
nossa felicidade, todos foram aprovados no
exame após nossas aulas.
A verdade foi que eu descobri o que ajudava
meus colegas a serem aprovados: nada mais
era do que o método de ensino. Levei para
nossas conversas um método de ensino
aprendido ainda na faculdade que
potencializava a retenção do conteúdo.
Hoje minha vocação pedagógica,
desenvolvida ainda na faculdade,e a
dificuldade que as pessoas têm de obter a
certificação por estudarem através de
métodos ineficientes me fizeram entrar nessa
causa.
O site http://passarnaanbima.com.br tem sido
o portal que, proporcionalmente, mais tem
aprovado alunos no exame, no entanto,
entendo que nem todas as pessoas querem
ter acesso ao curso com método exclusivo de
aprendizado e garantir a aprovação.
Esse material é para ser distribuído
gratuitamente a todos que se consideram
auto didatas e querem mais do que a
aprovação na CPA-10, querem assumir o
controle de suas carreiras. 
QUEM
SOU?!
Sinta-se à vontade para compartilhar com
sua agência, amigos de sala, etc.
Venha estudar em nosso grupo de estudos
gratuito no Facebook. Basta clicar no botão
abaixo!
QUEM
SOU?!
Termino essa breve introdução agradecendo
a todas as pessoas envolvidas nesse projeto
e desejando que a CPA-10 seja só o começo
de sua carreira brilhante que vem pela frente.
Um abraço.
Bons Estudos!
MÓDULO 1
SISTEMA
FINANCEIRO
NACIONAL
O que esperar desse capítulo?
Nesse capítulo falaremos sobre a
estrutura do Sistema Financeiro Nacional
que é a base para o estudo da Anbima,
por isso a importância de seu
aprendizado.
Na prova, esse capítulo corresponde de
5 a 10% do Exame.
1
Intermediação financeira é o nome dado a
operação que transfere recursos de agentes
superavitários para agentes deficitários.
Na prática é o mesmo que dizer: “Quem tem
dinheiro sobrando empresta para que tem
falta de dinheiro”.
Acontece que essa transação não pode ser
feita diretamente entre os agentes
(deficitários e superavitários).
Para tanto se faz necessário a intermediação
financeira.
INTERMEDIAÇÃO
FINANCEIRA
ESTRUTURA
O Sistema Financeiro Nacional possui uma estrutura de órgãos,
entidades e autarquias que o regulam e o mantém funcionando.
2
BANCO CENTRAL DO BRASIL
Tem como principal função:
Regular a constituição e o funcionamento das instituições
financeiras; 
Estabelecer medidas de prevenção e correção de desequilíbrios
econômicos; 
Disciplinar todos os tipos de crédito.
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
Órgão normativo
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é composto por Ministro da
Fazenda, Ministro do Planejamento e Presidente do Banco Central. O
CMN é a autoridade Máxima de todo o sistema.
 O CMN é o órgão máximo, emite ordens 
 aos demais e por isso não as executa. Dessa forma
recomendo que atente-se às palavras: regula, estabelece e
disciplina.
O Banco Central do Brasil, também conhecido como BACEN, BC ou
BCB, é um órgão executivo e tem entre suas principais atribuições:
Autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras; 
Controlar crédito e capitais estrangeiros; 
Emitir papel moeda; 
Executar a política Monetária e Cambial (Política essa
determinada pelo CMN).
 O Banco Central é uma entidade supervisora, dessa 
 forma recomendo a você se atentar-se às palavras:
fiscaliza, executa e supervisiona.
3
A Comissão de Valores Mobiliários, também conhecida como CVM,
possui funções semelhantes às do BACEN, no entanto sua alçada
compete ao mercado de capitais, ou seja, a CVM regula e fiscaliza os
valores mobiliários.
Suas principais funções: 
Promover medidas incentivadoras de capitalização de poupança ao
mercado de capitais; 
Estimular o funcionamento das Bolsas de Valores e das instituições
operadoras do mercado de capitais; 
Proteger os investidores do mercado. 
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM
ANBIMA
 A CVM tem como função fiscalizar os valores diários, ou 
 seja, as ações, debentures e cotas de fundos de investimento. 
 
Para facilitar seu aprendizado observe as palavras: fiscaliza, executa e
supervisiona.
Associação Brasileira das entidades dos mercados financeiro e de
capitais, a ANBIMA, é uma entidade privada que visa criar códigos de
auto regulação do mercado para complementar a legislação em vigor.
Em outras palavras, a ANBIMA cria processos para que o mercado seja
auto regulado.
 Não confunda a ANBIMA com a CVM. A CVM fiscaliza 
 o mercado de capitais, a ANBIMA, por sua vez, cria 
 mecanismos para que o próprio mercado se auto regule. As
instituições participantes da ANBIMA devem se enquadrar no sistema de
auto regulação afim de haver uma concorrência leal entre os
participantes, uma padronização das informações aos investidores.
4
Para que você entenda o conceito de banco múltiplo é necessário que
entenda o conceito de carteira de bancos.
Cada operação de banco é realizada em uma carteira específica, e cada
carteira possui CNPJ próprio. Por esse motivo, há na legislação os
bancos múltiplos, ou seja, bancos com múltiplas carteiras.
Para exemplificar: quando uma empresa procura um banco para
contratar um leasing de máquinas, essa operação é feita pelo banco com
carteira de investimentos.
Quando uma pessoa procura uma agência bancária para fazer um
financiamento de uma casa, essa operação é feita pelo banco com
carteira de crédito imobiliário.
BANCOS MÚLTIPLOS
Dessa forma entendemos que:
"Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas
que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas
instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial,
de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de
arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas
operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares
aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. 
A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco
público. O banco múltiplodeve ser constituído com, no mínimo,
duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou
de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima.
As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na
sua denominação social deve constar a expressão “Banco” (Resolução
CMN 2.099, de 1994). 
5
Ou seja, para que seja
denominado banco múltiplo o
banco deve possuir 2 ou mais
carteiras, sendo que uma das
carteiras deve ser comercial
ou de investimento.
Como dito antes, os bancos
possuem múltiplos CNPJs, um
para cada carteira, porém a
publicação do balanço é feita
somente pelo CNPJ do 
Banco Múltiplo.
BANCO COMERCIAL
Instituições financeiras que praticam intermediação de recursos
financeiros com foco no curto e médio prazo.
Banco comercial capta depósito à vista (Conta corrente) e depósito a
prazo (CDB), emite talão de cheques.
BANCO COMERCIAL
BANCO DE INVESTIMENTOBANCO DE INVESTIMENTO
Instituições financeiras com foco em operações no médio e longo prazo.
Os bancos de investimentos não podem captar deposito a vista, ou seja,
não possuem conta corrente e por consequência não emitem talões
de cheques, entre as funções do banco de investimento destaca-se:
Instituições financeiras com foco em operações no médio e longo prazo.
Os bancos de investimentos não podem captar depósito à vista, ou seja,
não possuem conta corrente e por consequência não emitem talões
de chequ
Financiamento de capital para médio e longo prazo; 
Gestão de recursos de terceiros; 
Captam depósito a prazo (CDB); 
Operações com valores mobiliários; 
Financiamento de capital para médio e longo prazo; 
Gestão de recursos de terceiros; 
Captam depósito a prazo (CDB); 
Operações com valores mobiliários
6
BMFBovespa
A Bolsa de Valores de São Paulo é a maior bolsa de valores da América
Latina e a única do Brasil. É uma instituição privada de capital aberto. 
No modelo como a conhecemos hoje existe desde 2008, quando houve a
fusão da Bolsa de mercadorias e Futuro, a BM&F, com a Bolsa de
Valores de São Paulo. Com essa fusão nasceu a BMF&Bovespa.
A BMF&Bovespa é uma empresa com fins lucrativos, suas receitas
advém de emolumentos pagos nas operações, ou seja, toda vez que um
ativo é negociado na BMF&Bovespa ela recebe um pequeno percentual
do valor da operação.
A BMF&Bovespa dispõe de sistemas para negociação de ações, títulos
de renda fixa, cotas de fundos de investimentos, derivativos financeiros e
agropecuários entre outros.
 Apesar de a BMF&Bovespa trabalhar com uma grande 
 quantidade de ativos, para a CPA-10 vamos abordar 
 somente operações de ações e debentures.
As corretoras são responsáveis por realizar intermediações de operações
com títulos e valores mobiliários. Isto é, as corretoras são responsáveis
por:
Operar em bolsa de valores; 
Administrar carteira de valores mobiliários; 
Administrar Clube de investimentos; 
Intermediar operações de cambio; 
Realizar operações com metais preciosos.
SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS
E VALORES MOBILIÁRIOS
7
As distribuidoras possuem as mesmas funções das corretoras, no
entanto, no passado as distribuidoras não podiam operar no ambiente
das bolsas de valores.
Desde 02/03/09, através da Resolução Conjunta BACEN-CVM n.17 que
permitiu as DTVMs atuarem no ambiente de Bolsa e Mercados
Organizados, NÃO existe diferença entre essas instituições. 
As CTVMs e DTVMs são fiscalizadas tanto pelo BACEN (Resolução
CMN 1655/89) quanto pela CVM (por causa dos fundos de investimento).
SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS
E VALORES MOBILIÁRIOS
SISTEMAS E CÂMARAS DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA
Os sistemas e câmaras de liquidação e custódia, também conhecidos
como (clearing house) são os sistemas eletrônicos que processam o
registro, custódia e liquidação financeira das operações, garantindo mais
segurança e velocidade nos negócios com ativos financeiros.
As clearing house são 4:
SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia; 
CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação; 
CA - Câmara de Ações; 
SPB - Sistema de Pagamento Brasileiro.
SELIC - SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA
A SELIC é responsável pela liquidação do registro, custódia e liquidação
de títulos públicos federais, ou seja, quaisquer transações feita com
títulos públicos são registradas nesse sistema único.
CETIP - CÂMARA DE CUSTÓDIA E LIQUIDAÇÃO
O CETIP é responsável por custodiar, registrar e liquidar os títulos
privados. Dessa forma, afirmamos que todo e qualquer título privado
(com exceção de ações) são registrados na CETIP.
8
Como o próprio nome sugere, a câmara de ações custodia, registra e
liquida operações realizadas com ações.
SISTEMA DE PAGAMENTO BRASILEIRO - SPB
O Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB) é um sistema que tem como
principal objetivo reduzir riscos sistêmicos. O SPB transaciona valores
entre instituições financeiras em tempo real.
Em 2002, quando foi reformulado, o SPB emitia TED (Transação
Eletrônica Disponível) de operações com valores superiores a R$
5000,00. Hoje não existe mais limite mínimo para emissão de TEDs.
CÂMARA DE AÇÕES - CA
MÓDULO 2
Nesse módulo 
vamos abordar:
Princípios éticos; 
Código de regulação e melhores práticas da
Anbima; 
Prevenção contra lavagem de dinheiro; 
Ética na venda; 
Análise do perfil do investidor. 
 Esse módulo representa de 10 a 15% da prova.
10
PRINCíPIOS
ÉTICOS
Segundo o filósofo Mario Sergio Cortela,
ética “é o conjunto de valores e princípios
que usamos para responder a três grandes
questões da vida: 
(1) quero?; 
(2) devo?; 
(3) posso?
Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo
que eu posso eu devo; e nem tudo que eu
devo eu quero. Você tem paz de espírito
quando aquilo que você quer é ao mesmo
tempo o que você pode e o que você deve.”
Os princípios éticos da ANBIMA CPA 10
estão de acordo com o Código de Ética e
Responsabilidade Profissional do IBCPF –
Instituto Brasileiro de Certificação de
Profissionais Financeiros - atualizado em
Dezembro/2010.
São eles:
Princípio da Integridade 
Princípio da Objetividade 
Princípio da Competência 
Princípio da Confidencialidade 
Princípio da Conduta Profissional 
Princípio da Probidade 
Princípio da Diligência 
11
Agir com postura profissional exemplar. A conduta profissional exige
comportar-se com dignidade, agindo com respeito para com os clientes e
outros profissionais, em conformidade com as regras, regulamentações e
os requisitos profissionais adequados. A conduta profissional requer
também que o planejador financeiro CFP® aprimore e mantenha a
imagem pública das Marcas, do Profissional CFP® e o compromisso
destes em bem servir.
PRINCÍPIO DA CONDUTA PROFISSIONAL
Fornecer serviços profissionais com probidade. A probidade exige do
Profissional CFP® manter com os clientes uma relação profissional
íntegra, revelando e gerenciando possíveis conflitos de interesse.
Envolve compatibilizar os próprios sentimentos, preconceitos e desejos,
de forma a alcançar um equilíbrio entre os interesses conflitantes. A
probidade é tratar os outros da mesma maneira que gostaríamos de ser
tratados. 
PRINCÍPIO DA PROBIDADE
PRINCÍPIO DA DILIGÊNCIA
Fornecer serviços profissionais de forma diligente. A diligência exige do
planejador financeiro CFP® atender aos compromissos profissionais com
zelo, dedicação e rigor, cuidando adequadamente do planejamento e
execução de serviços profissionais nas condições acordadas
12
Agir com integridade.
Fornecer serviços profissionais com integridade. O Profissional CFP®
ocupa uma posição de confiança dos clientes e a fonte primordial dessa
confiança é honestidade, isenção e transparência do profissional de
planejamento financeiro pessoal.
PRINCÍPIO DA INTEGRIDADE
Agir com objetividade.
Fornecer serviçosprofissionais de forma objetiva. O Profissional CFP®
deve buscar atender as necessidades e objetivos do cliente dentro do
escopo do serviço acordado, de forma pragmática, isenta, clara e
transparente.
PRINCÍPIO DA OBJETIVIDADE
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Agir com competência profissional conhecendo seus limites de atuação
bem como estar em busca da evolução contínua no aprendizado.
Manter e desenvolver as habilidades e os conhecimentos necessários
para fornecer serviços profissionais de forma competente.
Competência exige atingir e manter um nível adequado de habilidades,
capacidades e conhecimentos para o fornecimento de serviços
profissionais de planejamento financeiro pessoal. Inclui, também, a
sabedoria e maturidade para conhecer as suas limitações e as situações
em que a consulta a, ou o encaminhamento para outro(s) profissional(is)
for apropriada.
Competência exige que o profissional CFP® tenha um comprometimento
com sua educação continuada e aperfeiçoamento profissional.
13
A concorrência leal; 
A padronização de seus procedimentos; 
A maior qualidade e disponibilidade de informações sobre fundos de
investimento, especialmente por meio de envio de dados pelas
Instituições Participantes à ANBIMA; 
A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores
práticas do mercado. 
As Instituições Participantes devem observar, na esfera de suas
atribuições e responsabilidades em relação aos Fundos de Investimento,
as seguintes regras de regulação e melhores práticas:
PRINCÍPIOS GERAIS
Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos
descritos no regulamento e prospecto do Fundo de Investimento, se
for o caso, referidos no art. 8° deste Código, bem como a promoção
e divulgação de informações a eles relacionadas de forma
transparente, inclusive no que diz respeito à remuneração por seus
serviços, visando sempre ao fácil e correto entendimento por parte
dos investidores; 
Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício
de sua atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente
costuma dispensar à administração de seus próprios negócios,
respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que
venham a ser cometidas durante o período em que prestarem algum
dos serviços previstos;
Evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os
cotistas dos Fundos de Investimento; 
Evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de Fundos de
Investimento e seus participantes, especialmente no que tange aos
deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de cada
uma das Instituições Participantes, estabelecidas em contratos,
regulamentos e na legislação vigente. 
14
Selo ANBIMA
Entende-se por relação fiduciária a relação de confiança e lealdade que
se estabelece entre os cotistas dos Fundos de Investimento e a
Instituição Participante, no momento em que é confiada à mesma a
prestação de serviço para a qual foi contratada.
Deve ser impresso com destaque, na capa, na contracapa ou na
primeira página do Prospecto, aviso com o seguinte teor: ESTE
PROSPECTO FOI PREPARADO COM AS INFORMAÇÕES
NECESSÁRIAS AO ATENDIMENTO DAS DISPOSIÇÕES DO
CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS
PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO, BEM COMO DAS
NORMAS EMANADAS DA COMISSÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS. A AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E/OU
VENDA DAS COTAS DESTE FUNDO DE INVESTIMENTO NÃO
IMPLICA, POR PARTE DA COMISSÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS OU DA ANBIMA, GARANTIA DE VERACIDADE DAS
INFORMAÇÕES PRESTADAS, OU JULGAMENTO SOBRE A
QUALIDADE DO FUNDO, DE SEU ADMINISTRADOR OU DAS
DEMAIS INSTITUIÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS.
Informações relevantes e obrigatórias: informações do fundo, objetivo de
investimento; política de investimento; fatores de risco, Selo ANBIMA. 
Informações relevantes e obrigatórias: 
 Na capa dos Prospectos dos Fundos de Investimento
 administrados pelas Instituições Participantes que 
 sejam elaborados em conformidade com os seguintes
critérios:
O texto obrigatório do Selo ANBIMA terá o seguinte teor:
PROSPECTO DE ACORDO COM O CÓDIGO ANBIMA DE
REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE
INVESTIMENTO.
15
MELHORES PRÁTICAS
PUBLICIDADE E DIVULGAÇÃO DE MATERIAL
TÉCNICO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO
As Instituições Participantes devem se ater aos princípios que regem as
melhores práticas de mercado no tocante à Publicidade e divulgação de
Material Técnico, não se limitando às diretrizes expostas nesta norma.
São considerados como princípios de melhores práticas:
Objetividade e Relevância: As informações disponibilizadas devem ser
objetivas, pertinentes ao processo de decisão, sendo tratados de forma
técnica assuntos relativos à performance passada e privilegiando as
informações de longo prazo em vez daquelas de curto prazo;
consistência, atualidade e regularidade: as informações apresentadas de
forma constante e regular devem manter a mesma linha de conteúdo e
forma, incluindo a informação mais recente disponível, de tal maneira que
não sejam alterados os períodos de análise buscando ressaltar períodos
de boa rentabilidade, descartando períodos desfavoráveis, 
A divulgação de publicidade ou material técnico pelas Instituições
Participantes deve obedecer às disposições trazidas pela legislação
e regulamentação vigentes aplicáveis, bem como às diretrizes
específicas elaboradas pelo Conselho de Regulação e Melhores
Práticas, que complementam este Código;
Todo o material publicitário ou técnico dos Fundos de Investimento
é de responsabilidade de quem o divulga, inclusive no que se refere
à conformidade de tal material com as normas do presente Código.
Caso a divulgação seja feita por um prestador de serviço, este 
considerando que o registro de um Fundo de Investimento na
ANBIMA pressupõe a adesão da Instituição Participante à totalidade
das normas do presente Código, os materiais publicitários ou
técnicos divulgados pelos Fundos de Investimento podem ser
analisados pela ANBIMA a partir de denúncias formuladas por
Instituições Participantes, devendo tais denúncias atender ao
disposto no Código ANBIMA dos Processos de Regulação e
Melhores Práticas.
Comparabilidade: As informações disponibilizadas devem privilegiar
dados de fácil comparabilidade. Caso não sejam usados métodos de
cálculo universais, deve ser indicado o local onde o cartista pode
obter informações sobre a metodologia utilizada, que deve ser
pública e estar disponível para consulta; 
Adequação: As Instituições Participantes devem envidar seus
melhores esforços no sentido de produzir Publicidade ou Material
Técnico adequado ao seu público alvo, minimizando incompreensões
quanto ao seu conteúdo, e privilegiando informações necessárias
para a tomada de decisão. Parágrafo Único: Notas explicativas, que
façam referência à fonte para obtenção de informações mais
completas, devem ser utilizadas para o cumprimento dos princípios
elencados nesta norma. 
Dos Avisos Obrigatórios
Toda Publicidade ou Material Técnico de Fundo de Investimento deve
obedecer às seguintes regras na utilização do selo ANBIMA e na
divulgação de avisos aos clientes:
A utilização do selo ANBIMA, é obrigatória em toda e qualquer
publicidade ou Material Técnico, excetuadas as veiculações em
áudio ou exclusivamente em texto, de natureza digital, que não
permitem, por restrições técnicas, o uso ou a formatação de
imagens. 
O aviso: LEIA O PROSPECTO E O REGULAMENTO ANTES DE
INVESTIR é obrigatório em toda e qualquer publicidade ou Material
Técnico.
Caso a Publicidade e/ou o Material Técnico faça referência a
histórico de rentabilidade, ou menção a sua performance, adicionar
aviso com o seguinte teor: 16
ou interrompendo sua recorrência e periodicidade especialmente em razão
da performance;
Transparência e Clareza: As informações disponibilizadasdevem
buscar a transparência, clareza e precisão das informações, fazendo
uso de linguagem adequada ao público alvo, não induzindo ou
manipulando o investidor afim de tomar decisão equivocada de
aplicação ou permanência no Fundo de Investimento; 
17
DIVULGAÇÃO DE RENTABILIDADE, RENDIMENTO E COMPARAÇÕES
Na divulgação de rentabilidade ou rendimento, somente são autorizados
os seguintes padrões: 
1. RENTABILIDADE PASSADA NÃO REPRESENTA GARANTIA DE
RENTABILIDADE FUTURA. 
2. A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS;
3. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTAM COM GARANTIA DO
ADMINISTRADOR, DO GESTOR, DE QUALQUER MECANISMO
DE SEGURO OU FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO - FGC. 
Mês anterior do calendário civil; 
Todos os meses do ano corrente do calendário civil, de forma
individual (“mês a mês”) ou com seu valor acumulado (“acumulado
no ano”); 
Anos anteriores do calendário civil; 
Períodos de 12 meses do calendário civil e seus múltiplos, contados
até o mês anterior a divulgação (“últimos 12 meses”); 
Períodos de 12 meses e seus múltiplos, contados a partir do mês de
constituição do fundo;
Da data de constituição do fundo até o mês anterior à divulgação
(“desde o início”).
Não é permitida a comparação direta da rentabilidade do Fundo de
Investimento - em termos percentuais ou de diferencial de rentabilidade -
com indicadores econômicos não estabelecidos no Regulamento ou
Prospecto como meta ou parâmetro de performance do Fundo de
Investimento, dando a entender que há vinculação entre a rentabilidade
e estes indicadores. 
MARCAÇÃO A MERCADO
A s Instituições Participantes devem adotar a Marcação a Mercado
(“MaM”) no registro dos ativos financeiros e valores mobiliários
componentes das carteiras dos Fundos de Investimento que
administrem. 
18
A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza
entre os cotistas dos Fundos de Investimento, além de dar maior
transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as
oscilações de mercado dos preços dos ativos ou dos fatores
determinantes destes, estarão refletidas nas cotas, melhorando
assim a comparabilidade entre suas performances.
Serviços de Fundos: 
Administração, Gestão e 
Distribuição de Fundos de Investimento
ADMINISTRAÇÃO 
A MaM consiste em registrar todos os ativos, para efeito de
valorização e cálculo de cotas dos Fundos de Investimento, pelos
respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos
líquidos ou, quando este preço não é observável, por uma
estimativa adequada de preço que o ativo teria em uma eventual
negociação feita no mercado.
A administração do Fundo de Investimento compreende o conjunto de
serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e
manutenção do Fundo.
GESTÃO
A gestão compreende o conjunto de decisões que, executadas com
observância dos termos do Regulamento e do Prospecto,
determinam a performance do Fundo de Investimento;
A gestão dos Fundos de Investimento deve ser exercida por gestor
que esteja devidamente autorizado pela CVM para o exercício da
atividade de administração de carteira de valores mobiliários. 
19
Os profissionais que desempenham a atividade de gestão,
possuindo poderes para tomar decisão de investimento em nome
dos Fundos, devem estar certificados pela Certificação de Gestores
ANBIMA, nos termos do Código ANBIMA de Regulação e Melhores
Práticas para o Programa de Certificação Continuada;
A Instituição Participante gestora do Fundo de Investimento é
responsável: 
Pelas decisões de investimento e desinvestimento, segundo a
política de investimento estabelecida nos respectivos Regulamentos
e Prospectos; 
Pelas respectivas ordens de compra e venda de ativos financeiros e
demais modalidades operacionais; 
Pelo envio das informações relativas a negócios realizados pelo
Fundo de Investimento ao administrador do Fundo ou ao prestador
de serviço contratado para tal;
Pelo gerenciamento da liquidez das carteiras dos Fundos de
Investimento, de acordo com as diretrizes elaboradas pelo Conselho
de Regulação e Melhores Práticas;
Em garantir que as operações realizadas pelo fundo de
Investimento tenham sempre propósitos econômicos compatíveis
com sua política de investimento, sobretudo aquelas referentes a
empréstimos de títulos e valores mobiliários.
DISTRIBUIÇÃO
Caracteriza-se como distribuição de fundos de Investimento, para os
efeitos desse Código, a oferta de cotas de Fundo de Investimento a
investidor ou potencial investidor. De forma individual ou coletiva,
resultando ou não em captação de recursos para o Fundo de
Investimento.
É responsabilidade do distribuidor em relação a seus clientes:
20
A prestação adequada de informações sobre o Fundo de
Investimento, esclarecendo suas dúvidas e recebendo reclamações;
O fornecimento de Prospecto, Regulamentos, termo de adesão e
demais documentos obrigatórios; 
O controle e manutenção de registros internos referentes a
compatibilidade entre as movimentações dos recursos dos clientes
e sua capacidade financeira e atividades econômicas, nos termos
das normas de proteção e combate a lavagem de dinheiro ou
ocultação de bens e direitos; 
O atendimento aos requisitos da legislação e da regulação e
melhores práticas em relação a adequação dos investimentos
recomendados (suitability).
DEVER DE ADEQUAÇÃO (SUITABILITY)
A coleta de informações sobre o cliente é necessária para possibilitar a
análise apropriada da situação financeira, experiência e objetivos de
investimentos do cliente.
As Instituições Participantes devem definir metodologia que resulte em
Perfis para os investidores, criar descrição clara e objetiva de cada um
dos Perfis estabelecidos e que seja de conhecimento do investidor tal
descrição. Nos casos de desenquadramento, as Instituições
Participantes deverão explicitar, em suas metodologias, o tratamento
interno adotado para correção/formalização de tal divergência. As
divergências identificadas devem ser comunicadas aos investidores,
disponibilizando um canal de contato para manifestação do investidor
caso haja discordância.
21
Conceito: Lei 9613/98 – Alterada pela lei 12.683/12 CAPÍTULO I Dos
Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores Art. 1.
Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição,
movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores
provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
PREVENÇÃO CONTRA A LAVAGEM DE DINHEIRO
FASES DA LAVAGEM DE DINHEIRO
Colocação - a primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no
sistema econômico. Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura
movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas e
naqueles que possuem um sistema financeiro liberal.
 Ocultação – a segunda etapa do 
 processo consiste em dificultar o 
 rastreamento contábil dos recursos ilícitos.
 O objetivo é quebrar a cadeia de
evidências ante a possibilidade da
realização de investigações sobre a
origem do dinheiro. 
 Os criminosos buscam movimentá-lo de forma 
 eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas
– preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou
realizando depósitos em contas “fantasmas”. 
Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados
formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam
investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo
tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia,
torna-se cada vez mais fácil legitimaro dinheiro ilegal.
22
Foi revogado pela nova lei de Lavagem de Dinheiro, hoje caracteriza-se
como crimes de lavagem de dinheiro ocultar ou dissimular a natureza,
origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens,
direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração
penal.
Também estão sujeitos à mesma pena (multa + reclusão de 3 a 10 anos)
aquele que ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
provenientes de infração penal:
os converte em ativos lícitos;
os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia,
guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos
verdadeiros. 
PENA
Reclusão de três a dez anos e multa. Incorre na mesma pena quem, para
ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes
de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo:
A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em
regime aberto, podendo o juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la por pena
restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à
localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime (delação
premiada).
A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos na lei
forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização
criminosa.
A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior:
CRIMES ANTECEDENTES DE LAVAGEM DE
DINHEIRO 
23
Ações preventivas: princípios do “Conheça Seu Cliente”. 
A principal forma de evitar a lavagem de dinheiro é conhecendo o cliente,
principalmente através de informações obtidas através do cadastro. Caso
o cliente se negue a fornecer as informações requeridas, a instituição
não deve aceitá-lo como cliente. 
A função do cadastro é identificar as características de cada cliente, um
cadastro consistente e atualizado permitirá que o profissional e a
instituição financeira identifiquem operações suspeitas.
OPERAÇÕES SUSPEITAS
Ao dobro do valor da operação; 
Ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido
pela realização da operação; ou 
O valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
A caracterização de operações suspeitas possui diversas facetas
mas a principal delas é movimentação de recursos incompatível
com a renda ou patrimônio do agente econômico, no entanto,
destaco abaixo algumas operações que podem ser caracterizadas
suspeitas tão somente por sua natureza:
Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa
física ou jurídica, sem causa aparente, em especial se tais
depósitos são posteriormente transferidos, dentro de curto período
de tempo, a destino anteriormente não relacionado com o cliente; 
Troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas
de grande valor; 
Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por
moeda estrangeira e vice-versa; 
Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens
de pagamento ou outros instrumentos em grande quantidade -
isoladamente ou em conjunto -, independentemente dos valores
envolvidos, sem evidencias de propósito claro; 
Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras;
Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a
atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade
financeira presumida do cliente; 
24
Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em
nome de um mesmo cliente, cujos valores, somados,resultem em
quantia significativa; 
Abertura de conta em agência bancária localizada em estação de
passageiros - aeroporto, rodoviária ou porto - internacional ou
pontos de atração turística, salvo se por proprietário, sócio ou
empregado de empresa regularmente instalada nesses locais; 
Utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a
capacidade financeira do usuário.
O princípio “conheça seu cliente” como forma de
proteção da instituição financeira e do profissional
O dever do profissional e da instituição financeira é o de identificar e
comunicar as operações suspeitas, fazendo isso ambos estarão
protegidos de qualquer penalidade civil ou administrativa caso tal
operação seja classificada como crime de lavagem de dinheiro.
COMUNICAÇÃO AO COAF
O COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras está
vinculado ao Ministério da Fazenda e tem como finalidade disciplinar,
aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as
ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na lei, sem prejuízo
da competência de outros órgãos ou entidades.
De acordo com a circular 2852/98, Carta-circular 2826/98 e a
complementação da carta circular 3098/03, as instituições financeiras
devem comunicar ao banco central:
As operações suspeitas envolvendo moeda nacional ou estrangeira,
títulos e valores mobiliários, metais ou qualquer outro ativo passível
de ser convertido em dinheiro de valor acima de R$ 10.000,00;
Operações suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa,
conglomerado ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem,
por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$
10.000,00;
25
Depósito em espécie, retirada em espécie, ou pedido de
provisionamento para saques, de valor igual ou superior a R$
100.000,00, independente de serem suspeitas ou não.
Toda operação realizada por uma instituição financeira acima de R$
10.000,00 deve ficar registrada no banco. A operação que for suspeita
independente do valor deve ser reportada ao COAF, através do
SISCOAF.
RESTRIÇÕES DO INVESTIDOR
Cada investidor apresenta um conjunto de necessidades especificas, no
entanto é possível identificar essas necessidades analisando SEMPRE 4
itens antes de tomar uma decisão de investimentos:
Idade – Devido a um horizonte de tempo mais curto, quanto mais
elevada a idade, menor deve ser a exposição ao risco do investidor;
Horizonte de Tempo – Deve-se evitar correr riscos em operações
com resgate a curto prazo, uma vez que não existe tempo hábil para
recuperação das perdas, operações com prazos mais elásticos
podem ser expostas a riscos mais elevados;
Conhecimento do Produto – Deve-se evitar recomendar produtos
de investimentos para clientes que desconhecem os riscos
envolvidos na operação;
Tolerância ao Risco – Cada investidor possui um perfil de risco
diferente, deve-se evitar recomendar produtos de risco mais
elevado para perfis mais conservadores, para facilitar a adequação
as instituições dispõem de ferramentas de Análise do Perfil do
Investidor (API).
Questionário de uso obrigatório pelas instituições associadas a ANBIMA
que normalmente possui entre 6 e 10 questões dirigidas ao investidor
com o objetivo de traçar o seu perfil. Existem três perfis básicos: 
ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR
Conservador;
Moderado;
Agressivo. 
Esses perfis são
utilizados tanto na
classificação dos
investidores como na
c l a s s i f i c a ç ã o dos
produtos. 
26
Noções de Economia e
Finanças
O que esperar desse capítulo:
Conceitos Básicos de Economia;
Conceitos Básicos de Finanças. 
Esse módulo corresponde de 10 a 15% da
prova.
MÓDULO 3
28
Nesse capítulo vamos abordar os índices econômicos, suas metologias
de cálculo, bem como sua aplicação no dia a dia e no exame.
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
SELIC META X SELIC OVER
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO 
O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços
produzidos em um país durante certo período. Isso inclui do pãozinho até
um avião produzido pela Embraer, por exemplo. O índice só considera os
bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas
vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No
caso de um pão, a farinha de trigo usada nãoentra na contabilidade.
O PIB é obtido pela equação:
PIB = C + I + G + (X-M)
Onde: C = Consumo + I = Investimentos + G = Gastos do Governo +
Saldo da Balança Comercial (X = Exportação – M = Importação).
A taxa Selic Over, taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da
taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por
um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido
Sistema na forma de operações compromissadas.
A taxa Selic Meta é definida pelo COPOM, com base na Meta de
Inflação. 
É a Selic Meta que regula a taxa Selic over.
CDI (CERTIFICADO DE DEPÓSITO
INTERFINANCEIRO) 
Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das
instituições financeiras, que lastreiam as operações do mercado
interbancário. Suas características são idênticas às de um CDB, mas sua
negociação é restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto,
transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Em outras
palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem dinheiro
sobrando empresta para quem não tem.
29
A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a
rentabilidade de fundos, como os DI, por exemplo. O CDI é utilizado para
avaliar o custo do dinheiro negociado entre os bancos, no setor privado
e, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), essa modalidade de
aplicação pode render taxa de prefixada ou pós-fixada.
TAXA DI
TR (TAXA REFERENCIAL) 
A taxa DI é definida como a média ponderada das negociações diárias de
Certificado de Depósito Imobiliário apuradas na CETIP.
A TR representa a Taxa Básica Financeira (TBF), que é calculada em
função da taxa média dos CDB, deduzida de um redutor (R).
A TR É utilizada na remuneração dos títulos da dívida agrária (TDA), dos
recursos das cadernetas de poupança e do FGTS.
É competência do BACEN calcular e divulgar a TR.
IPCA
É a sigla para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.
É o índice oficial de inflação no Brasil. O IPCA é medido pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e utiliza famílias com
rendimento entre 1 e 40 salários mínimos como público alvo para a
pesquisa.
A pesquisa do IPCA abrange as regiões metropolitanas de Belém,
Fortaleza, Recife, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e o município de Goiânia.
A periodicidade é mensal, utilizando geralmente como referência o
período que vai do dia 1º ao dia 30 de cada mês.
A divulgação ocorre normalmente até o dia 10 do mês seguinte ao mês
de coleta.
30
Índice similar ao IGP-M, calculado pela FGV difere do IGP-M por
computar as variações de preço do dia 1º ao dia 30 de cada mês.
O IGP-M notabiliza-se por ser um índice de grande credibilidade no
mercado, é o índice mais utilizado em contratos, como por exemplo o de
reajuste dos aluguéis. Até o governo em menor escala, utiliza o IGP-M:
Os títulos públicos do tipo Notas do Tesouro Nacional série C (NTN-C)
são indexados ao IGP-M.
IGP-M
IGP-DI
É a sigla para Índice Geral de Preços de Mercado, calculado pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O IGP-M é a média ponderada de três outros índices de inflação
calculados pela FGV:
60% IPA - Índice de Preços por Atacado 
30% IPC - Índice de Preços ao Consumidor 
10% INCC - Índice Nacional de Custo da Construção Civil 
A pesquisa dos índices que compõem o IGP-M abrange diversas capitais
e os preços são coletados do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês
de referência.
O IGP-M notabiliza-se por ser um índice de grande credibilidade no
mercado, é o índice mais utilizado em contratos, como por exemplo o de
reajuste dos aluguéis. Até o governo, em menor escala, utiliza o IGP-M:
Os títulos públicos do tipo Notas do Tesouro Nacional série C (NTN-C)
são indexados ao IGP-M.
TAXA DE CÂMBIO (PTAX)
É a taxa oficial de câmbio calculada pelo Banco Central e divulgada no
Sisbacen. É calculada com base na média de todos os negócios com
moedas estrangeiras realizados no mercado interbancário com
liquidação para dois dias úteis após o dia da operação (D+2). Apesar da
Ptax ser associada ao dólar, todas as moedas negociadas oficialmente
no Brasil têm a sua PTAX.
31
O COPOM realiza 8 reuniões por ano (uma a cada 44 dias).
O viés é a prerrogativa dada ao Presidente do Banco Central para alterar
a Taxa Selic entre as reuniões.
O viés fica registrado na ata da reunião, e poderá ser de alta ou de
baixa.
O Presidente do Bacen apenas poderá exercer o viés no sentido
indicado na ata (alta ou baixa).
COPOM
Comitê de Política Monetária, formado pelos diretores (área fim) e
Presidente do Banco Central.
Objetivos:
Implementar a Política Monetária; 
Analisar o Relatório de Inflação; 
Definir a Taxa Selic e seu eventual viés. 
32
CONCEITOS BÁSICOS DE FINANÇAS
Taxa de Juros Nominal versus Taxa de Juros Real
A fórmula correta é a seguinte:
A taxa nominal é a taxa que normalmente é divulgada pelas instituições
financeiras, enquanto que a taxa real é dada pela diferença entre taxa
nominal e a inflação do período.
Para facilitar o nossa compreensão, podemos dizer em outras palavras
que a taxa “real” é “realmente” quanto o investidor ganhou em
determinada aplicação pois é necessário descontar a inflação apurada
no período.
Assim, por exemplo, se uma aplicação financeira teve:
 uma rentabilidade de 10% no ano passado (taxa nominal).
A inflação no mesmo período foi de 6%.
Dessa forma temos que a taxa real foi de quase 4%.
Digo “quase”, pois para o cálculo da taxa real envolve um conceito de
juros compostos chamado desconto e não apenas uma simples
subtração.
Ao invés de termos: Taxa Real = Taxa Nominal - Inflação
A Taxa real é SEMPRE um POUCO INFERIOR a subtração
da taxa nominal menos a inflação.
33
Taxa de Juros Equivalente Versus
Taxa de Juros Proporcional
Juros proporcionais são aplicados no regime de Juros Simples e duas
taxas são proporcionais quando, considerado o mesmo prazo e aplicação
inicial (capital), produzem o mesmo valor futuro (montante).
1% a.m é proporcional a 12% ao ano; 
2% ao semestre é proporcional a 4% ao ano;
6% ao ano é proporcional a 0,5% a.m;
6% ao trimestre é proporcional a 8% ao quadrimestre.
Ou seja, no regime de Juros Simples as taxas de juros alteram de forma
proporcional.
Para calcular uma taxa proporcional, basta multiplicar ou dividir a taxa de
juros proporcionalmente a relação entre os períodos em que as taxas
estão compreendidas.
A taxa equivalente está relacionada aos JUROS COMPOSTOS, é
aplicada para calcular a taxa correspondente em uma série com
periodicidade diferente.
EXEMPLOS:
1% a.m é equivalente a 12,68% ao ano.
2% ao semestre é equivalente a 4,04 % ao ano.
6% ao ano é equivalente a 0,49% a.m.
6% ao trimestre é equivalente a 8,08% ao quadrimestre
Capitalização Simples Versus Capitalização Composta
Capitalização Simples: Juros incidem apenas sobre o capital. Não
possui “juros sobre juros”; 
Capitalização composta: Os juros incidem sobre o capital
acrescido os juros de período anterior. Existe a cobrança de “juros
sobre juros”.
34
2
Fórmulas para calcular o montante:
Juros Simples:
FV = PV (1 + i x n)
Onde:
FV = Valor Futuro (Montante); 
PV = Valor Presente (Capital); 
i = taxa de juros; 
n = período que a taxa será capitalizada. 
Juros Compostos: 
FV = PV (1 + i) 
A presença da potência na fórmula caracteriza em juros compostos. 
Onde: 
FV = Valor Futuro (Montante);
PV = Valor Presente (Capital);
i = taxa de juros;
n = período que a taxa será capitalizada.
BENCHMARK - ÍNDICE DE REFERÊNCIA
Os índices de referências (ou Benchmark) servem como parâmetro para
avaliar o desempenho dos Investimentos. Para avaliar o desempenho de
um investimento é prudente comparar com um parâmetro que possua forte
relação com o desempenho da rentabilidade do produto.Exemplos de Benchmark: Ptax, Taxa DI, Selic.
IBOVESPA
Principal Índice do Mercado de Ações;
Carteira Teórica Formada pelas Ações mais líquidas da bolsa; 
Não tem um número fixo de Ações; 
As ações mais negociadas possuem maior peso no índice; 
Vigência de 4 meses; 
Utiliza um histórico de 12 meses para mensurar quais ações irão compor
o índice. 
35
Índice composto pelas 100 ações mais negociadas da bolsa nos
últimos 12 meses; 
Tem vigência de 4 meses; 
Para entrar no índice, a ação tem que ter sido negociada em pelo
menos 70% dos pregões; 
Ações de empresa em processo falimentar/concordata não participam
do IBrX; 
Possui um índice irmão: o IBrX50 (50 ações). 
Índice composto pelas 100 ações mais negociadas da bolsa nos
últimos 12 meses; 
Tem vigência de 4 meses; 
Para entrar no índice, a ação tem que ter sido negociada em pelo
menos 70% dos pregões; 
Ações de empresa em processo falimentar/concordata não participam
do IBrX; 
Possui um índice irmão: o IBrX50 (50 ações). 
ÍNDICE BRASIL(IBrX)ÍNDICE BRASIL(IBrX)
VOLATILIDADEVOLATILIDADE
Volatilidade = Medida de Risco. 
Quanto mais um investimento oscila, maior a volatilidade e
consequentemente maior será o risco. O desvio-padrão e a variância são
exemplos de medidas estatísticas de volatilidade. Os produtos de renda
variável (ex. ações) possuem volatilidade mais elevada do que os
investimentos em renda fixa. 
Critérios de Inclusão das ações no IBOVESPA:
Estar incluída entre as ações cujos negócios somados representem
mais de 80% do valor total negociado na bolsa; 
Apresentar volume de negócios individualmente superior a 0,1% do
total negociado; 
Ter sido negociada em pelo menos 80% dos Pregões. 
Critérios de Inclusão das ações no IBOVESPA:
Estar incluída entre as ações cujos negócios somados representem
mais de 80% do valor total negociado na bolsa; 
Apresentar volume de negócios individualmente superior a 0,1% do
total negociado; 
Ter sido negociada em pelo menos 80% dos Pregões. 
36
MARCAÇÃO A MERCADO (MaM)
Marcar a Mercado é precificar um ativo pelo seu valor de negociação
diária no mercado.
Os ativos sofrem variações de preço diariamente, para saber o valor real
dos ativos os fundos precisam precificá-los todos os dias.
Precificar ativos de grande liquidez é fácil, basta ver quanto foi fechado o
último negócio (ex. Ações da Vale).
O difícil é precificar ativos de baixa liquidez. Se faz meses que um
determinado ativo não é negociado, quanto ele está valendo hoje?
Mercado Primário e Mercado Secundário
Mercado Primário = Local onde um título é vendido pela primeira vez, ele
gera recursos para o agente emissor.
Exemplo: A Vale emite novas ações, o dinheiro da venda dessas ações
vai para o caixa da Vale, e pode ser utilizado conforme necessidade.
Mercado Secundário = Local onde um título já existente é vendido, ele
não gera recursos para o agente emissor. Exemplo: Tiago comprou
ações da Vale e vendeu na Bolsa, o valor da venda vai para o bolso de
Tiago e não para empresa.
Os títulos podem ter diversos valores, assim como variadas datas de
vencimento.
Ex. R$ 5.000 e vencimento em 05/2022 ou R$ 300.000 e vencimento
em 12/2038.
O prazo médio ponderado considera os valores dos títulos e seus
respectivos prazos para determinar o prazo médio da carteira.
PRAZO MÉDIO PONDERADO
Princípios de
Investimentos
O que esperar desse módulo: 
Principais fatores de análise de investimento;
Recomendo que estude esse módulo
somente depois de estudar os módulos 6 e 5
(nessa ordem) pois vamos entender como
funcionam os ativos financeiros (Módulo 6)
para depois entender os fundos de
investimentos (módulo 5) e só então
analisarmos os princípios de investimentos.
Esse módulo representa de 10 a 20% do Exame.
MÓDULO 4
38
Os principais fatores da análise de investimentos são:
Rentabilidade; 
Liquidez; 
Risco. 
Principais Fatores de Análise de Investimentos
Rentabilidade Observada está relacionada com o conceito de
passado. É a rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento, por
exemplo.
RENTABILIDADE
Rentabilidade Absoluta versus Rentabilidade Relativa (Benchmark) 
Rentabilidade Esperada versus Rentabilidade Observada
Na rentabilidade relativa estamos analisando uma rentabilidade com
relação a algum benchmark, na rentabilidade absoluta estamos
analisando a rentabilidade sem parâmetro de relatividade.
Exemplos:
Rentabilidade Absoluta: O fundo de renda fixa do banco X rendeu
0,80% no último mês; 
Rentabilidade Relativa: O fundo de renda fixa do banco X teve um
rendimento de 97% do CDI no último mês. 
Rentabilidade Esperada é calculada como a média da rentabilidade
observada. Representa uma expectativa (esperança) de retorno do
investidor.
39
Liquidez
Risco
Definição para a prova Anbima: possibilidade de o retorno esperado não
se confirmar. 
IMPORTANTE: Ativos de risco mais elevado tendem a ter um retorno
esperado mais alto. Exemplo: Ações.
Principais Risco para o Investidor
Capacidade do Ativo de converter em poder de compra;
O ativo mais líquido que existe é o dinheiro; 
Um ativo é considerado líquido quando convertido em dinheiro por
um preço justo e um curto espaço de tempo; 
A liquidez de um ativo depende do número de compradores; 
Os imóveis tendem a ser menos líquidos que os investimentos
financeiros; 
A poupança é um dos ativos financeiros mais líquidos que existem; 
Existem ativos financeiros de baixa liquidez, como ações de
empresas desconhecidas, consideradas de segunda linha. 
Risco de Mercado,
Risco de Crédito,
Risco de Liquidez.
Risco de Mercado
O risco de mercado está associado a oscilação/flutuação/variação
no preço dos ativos devidos a fatores mercadológicos;
Todos os ativos financeiros possuem risco de mercado;
Não existe nenhuma forma de “escapar” do risco de mercado.
40
Conceito: oscilações na taxa de câmbio, mudanças no cenário
macroeconômico mundial, riscos geopolíticos específicos de cada país
investido, questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um
país.
Risco de mercado externo
Risco Sistemático
Risco de Mercado
Risco não-sistemático = Risco Individual = Risco da Empresa (ou
setor);
O risco não-sistemático pode ser reduzido ou eliminado através da
diversificação.
Risco Sistemático = Risco Conjuntural = Risco de Mercado;
Não existe nenhuma forma de eliminar o risco do sistema, pois
todos os ativos estão sujeitos a este risco; 
Também é conhecido como risco não-diversificável, pois a
diversificação não traz a redução deste tipo de risco.
Risco de Crédito 
Risco associado a inadimplência, ao não pagamento das
obrigações por parte do emissor de um título ou tomador de
empréstimo; 
Não existe risco de crédito no investimento em ações, uma vez que
os acionistas são considerados sócios e não credores das
empresas; 
Os títulos públicos federais são considerados os ativos de menor
risco de crédito. 
41
Risco de Liquidez
Ocorre quando os vendedores encontram dificuldade de vender
seus ativos por um preço justo por falta de compradores para
determinado ativo; 
É caracterizado pela presença de poucos compradores ou mesmo
pela ausência deles; 
Ativos de alta liquidez em tempos normais, podem se tornar de
baixíssima liquidez em tempos de crise, onde muitos querem vender
e pouquíssimos querem comprar.
MÓDULO 5
Fundos de
Investimentos
O que esperar do Módulo V:
Definições Legais; 
Dinâmica de Aplicação e Resgate ;
Principais Características ;
Política de Investimento ;
Carteira de Investimentos ; 
Taxas de Administração e Outra;s 
Classificação CVM; 
Outros Fundos ; 
Tributação. 
Recomendo que estude o módulo 6 antes de
estudar esse módulo. Vamos entender no módulo
6 o conceito de ativos financeiros para depois
entender os fundos de investimentos.
Esse módulo representa de 25% a 40% do
exame.43
Atualizada de acordo a instrução normativa 555 da CVM
Imagine a seguinte situação: um pequeno investidor quer começar a
investir seu dinheiro através de instrumentos mais rentáveis do que a
boa e velha caderneta de poupança. Ai ele se depara com a seguinte
informação: “Para investir em títulos mais seguros, rentáveis e
diversificáveis é necessário muito conhecimento do mercado, tempo para
acompanhar as variações deste e muito dinheiro para poder ter o mesmo
retorno que grandes investidores. Esse investidor tem 2 opções.
1. Dedicar-se anos estudando o mercado, dedicar muito tempo para
acompanhar o movimento do mercado, e juntar durante a vida toda
uma boa economia para começar a investir; ou 
2. Contratar alguém que possa fazer isso por ele. 
A segunda alternativa me parece mais sensata, certo? É exatamente isso
que um fundo de investimento faz. Democratiza e torna acessível os
instrumentos de investimentos a todos investidores.
Para que isso aconteça é necessário que haja regras e vamos entendê-
las agora.
Definições Legais de Fundos de Investimentos
Os fundos de investimento caracterizam-se como uma prestação de
serviço por parte das instituições financeiras; 
Todo fundo de investimento apresenta risco de perdas; 
Tomar decisões de investimentos é difícil: O que comprar? Quando
comprar? Qual é a hora de vender? 
Os fundos de investimentos democratizam o acesso a produtos de
investimentos, pois possuem regime de condomínio que permite que
todos investidores, independente do valor investido, tenha os mesmos
diretos e deveres.
44
Os fundos de investimento possuem CNPJ próprio, independente
da instituição financeira e são de propriedade dos cotistas (não
geram captação de recursos para a instituição financeira); 
Os fundos de investimentos não são garantidos pelo Fundo
Garantidor de Crédito (nem pelo administrador!). 
Fundos de Investimentos e Fundos de Investimentos
em Cotas
Condomínio
Conforme eu citei anteriormente, os fundos são organizados sob o
regime de condomínio, isso implica que os seus participantes (cotistas)
possuem direitos e deveres iguais.
Os Fundos de Investimento (FIs) investem diretamente em ativos.
Exemplo: CDBs, Títulos Públicos, Ações, etc.
Os Fundos de Investimento em Cotas (FICs) têm obrigação de investir
pelo menos 95% do seu patrimônio em cotas de outros fundos, ou seja,
são fundos que investem em outros fundos.
Constituição e Registro
O fundo será constituído por deliberação de um administrador a
quem incumbe aprovar, no mesmo ato, o regulamento do fundo;
O funcionamento do fundo depende do prévio registro na CVM;
O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes
documentos e informações: 
Regulamento do fundo, elaborado de acordo com as
disposições desta Instrução; 
Declaração do administrador do fundo de que o
regulamento do fundo está plenamente aderente à
legislação vigente; 
45
Comunicação com o Cotista
As informações ou documentos para os quais esta Instrução exija a
“comunicação”, “acesso”, “envio”, “divulgação” ou “disponibilização”
devem ser encaminhadas por meio físico aos cotistas. 
Desde que expressamente previsto no regulamento do fundo, as
informações ou documentos de que trata o caput podem ser
comunicados, enviados, divulgados ou disponibilizados aos cotistas, ou
por eles acessados, por meio de canais eletrônicos ou por outros meios,
incluindo a rede mundial de computadores. 
Admite-se, nas hipóteses em que esta Instrução exija a “ciência”,
“atesto”, “manifestação de voto” ou “concordância” dos cotistas, que
estes se deem por meio eletrônico. 
O fundo que se utilizar de meios eletrônicos pode prever, em seu
regulamento, que o administrador deve enviar correspondências por
meio físico aos cotistas que fizerem tal solicitação de forma expressa,
ocasião em que seu regulamento deve especificar se os custos com o
seu envio serão suportados pelo fundo ou pelos cotistas que optarem
por tal recebimento. 
Os dados relativos ao registro do regulamento em
cartório de títulos e documentos; Declaração do
administrador do fundo de que firmou os contratos
mencionados no art. 78, se for o caso, e de que estes
se encontram à disposição da CVM; 
Nome do auditor independente; 
Inscrição do fundo no CNPJ; 
Lâmina de informações essenciais. 
46
Cota
A cota de fundo aberto não pode ser objeto de cessão ou transferência,
exceto nos casos de: 
Decisão judicial ou arbitral; 
Operações de cessão fiduciária; 
Execução de garantia; 
Sucessão universal; 
Dissolução de sociedade conjugal ou união estável por via judicial
ou escritura pública que disponha sobre a partilha de bens; 
Transferência de administração ou portabilidade de planos de
previdência. 
As cotas de fundo fechado e seus direitos de subscrição podem ser
transferidos, mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo
cedente e pelo cessionário, ou por meio de negociação em mercado
organizado em que as cotas do fundo sejam admitidas à negociação. 
As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, são
escriturais, nominativas, e conferem iguais direitos e obrigações aos
cotistas.
O valor da cota do dia é resultante da divisão do valor do patrimônio
líquido pelo número de cotas do fundo, apurados, ambos, no
encerramento do dia. O administrador do fundo, o terceiro contratado
para essa finalidade e o distribuidor que atue por conta e ordem são
responsáveis, conforme o caso, pela inscrição do nome do titular no
registro de cotistas do fundo.
Propriedade dos Ativos de Fundos de Investimentos
Os fundos de investimento são instituições independentes do
administrador, possuem CNPJ próprio (excluindo os Fundos Imobiliários)
e são de propriedade do seus cotistas.
47
Este conceito de separação é conhecido como Chinese Wall (Muralha da
China).
Esta segregação pode ser realizada de duas formas:
A IF cria uma diretoria independente para gestão dos fundos de
investimento; ou 
A IF contrata uma empresa para realizar a gestão dos fundos. 
Segregação Entre Gestão de Recursos Próprios
e de Terceiros
Assembleia Geral de Cotistas
Para evitar situações de conflitos de interesse, a CVM obriga que a
Instituição Financeira (IF) realize a segregação das atividades de gestão
de recursos de terceiros (fundos de investimento) da gestão de recursos
próprios.
A assembleia geral de cotistas é a instância máxima de decisão dos
fundos de investimento, e ocorre anualmente. A convocação é realizada
por correspondência, encaminhada para os cotistas com antecedência
mínima de 10 dias da data de realização da assembleia. Seu principal
objetivo é a aprovação das demonstrações contábeis do exercício
encerrado. As demonstrações contábeis são auditadas por uma empresa
credenciada na CVM antes de serem submetidas aos cotistas na
assembleia.
Segundo a Instrução CVM 359, compete privativamente à assembleia
geral de cotistas deliberar sobre: 
As demonstrações contábeis do fundo; 
A amortização de cotas e a distribuição de resultados, caso não
estejam previstos no regulamento do fundo; 
A substituição do administrador; 
Mudança na política de investimento; 
O aumento das taxas de administração, de entrada ou de saída; 
Mudança de endereço do fundo na rede mundial de computadores; 
A fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação
do fundo; VIII. Alterações no contrato entre a instituição proprietária
do índice e o administrador, se houver, caso essas alterações
acarretem aumento de despesas para o fundo; 
48
Direitos e obrigações dos Cotistas
Alguns dos principais Direitos:
Ter acesso ao regulamento e ao prospecto; 
Ter acesso ao valor da cota e a rentabilidade do fundo; 
Receber mensalmente extratos de investimentos; 
Receber anualmente extrato consolidado para fins de IR. 
Algumas das principais Obrigações:
Conhecer as características dofundo; 
Verificar a compatibilidade do fundo que está investindo com seus
objetivos pessoais; 
Comparecer nas assembleias gerais; 
Manter seus dados cadastrais atualizados. 
Informações Relevantes
Existe uma série de informações importantes que o fundo deve
transparecer aos seus cotistas. 
Algumas das principais informações são: 
Política de investimento;
Objetivos do fundo;
A relação de prestadores de serviço;
As taxas cobradas;
Informações claras sobre os risco assumidos pelo fundo. 
Informações Periódicas
O administrador do fundo é obrigado a divulgar diariamente o valor da
cota e do patrimônio líquido dos fundos (Fundo Abertos).
Remeter mensalmente extrato ao cotista com detalhamento de
informações, principalmente no que se refere a rentabilidade,
movimentação e data de emissão.
49
Atos ou Fatos Relevantes
O administrador do fundo é obrigado a divulgar imediatamente qualquer
ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado ao funcionamento do fundo
ou a ativo participante de sua carteira. Para a CVM, fato relevante é
aquilo que influenciar a decisão do investidor de adquirir, manter ou
vender suas cotas.
Disposições gerais
Administração
Podem ser administradores de fundo de investimento as pessoas
jurídicas autorizadas pela CVM para o exercício profissional de
administração de carteiras de valores mobiliários, nos termos do art. 23
da Lei n.º 6.385, de 7 de dezembro de 1976 e instrução específica. 
O administrador pode contratar, em nome do fundo, com terceiros
devidamente habilitados e autorizados, os seguintes serviços para o
fundo, com a exclusão de quaisquer outros não listados: 
A administração do fundo compreende o conjunto de serviços
relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção
do fundo, que podem ser prestados pelo próprio administrador ou por
terceiros por ele contratados, por escrito, em nome do fundo.
Gestão da carteira do fundo; 
Consultoria de investimentos, inclusive aquela de que trata o art.
84; 
Atividades de tesouraria, de controle e processamento dos ativos
financeiros; 
Distribuição de cotas; 
Escrituração da emissão e resgate de cotas; 
Custódia de ativos financeiros; 
Classificação de risco por agência de classificação de risco de
crédito; 
Formador de mercado. 
50
Normas de Conduta
O administrador e o gestor, nas suas respectivas esferas de atuação,
estão obrigados a adotar as seguintes normas de conduta: 
Exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições
para o fundo, empregando o cuidado e a diligência que todo homem
ativo e probo costuma dispensar à administração de seus próprios
negócios, atuando com lealdade em relação aos interesses dos
cotistas e do fundo, evitando práticas que possam ferir a relação
fiduciária com eles mantida, e respondendo por quaisquer infrações
ou irregularidades que venham a ser cometidas sob sua
administração ou gestão;
Vedações e obrigações do Administrador e do Gestor
Receber depósito em conta corrente;
Contrair ou efetuar empréstimos, salvo em modalidade autorizada
pela CVM;
Prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra
forma, ressalvada a hipótese prevista no art. 125, inciso V;
Vender cotas à prestação, sem prejuízo da integralização a prazo de
cotas subscritas;
Prometer rendimento predeterminado aos cotistas;
Realizar operações com ações fora de mercado organizado,
ressalvadas as hipóteses de distribuições públicas, de exercício de
direito de preferência e de conversão de debêntures em ações,
exercício de bônus de subscrição, negociação de ações vinculadas
a acordo de acionistas e nos casos em que a CVM tenha concedido
prévia e expressa autorização;
Utilizar recursos do fundo para pagamento de seguro contra perdas
financeiras de cotistas; Praticar qualquer ato de liberalidade. 
É vedado ao administrador e ao gestor, no que aplicável, praticar os
seguintes atos em nome do fundo: 
51
Exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos
decorrentes do patrimônio e das atividades do fundo, ressalvado o
que dispuser o formulário de informações complementares sobre a
política relativa ao exercício de direito de voto do fundo; 
Empregar, na defesa dos direitos do cotista, a diligência exigida
pelas circunstâncias, praticando todos os atos necessários para
assegurá-los, e adotando as medidas judiciais cabíveis. Sem
prejuízo da remuneração que é devida ao administrador e ao gestor
na qualidade de prestadores de serviços do fundo, o administrador
e o gestor devem transferir ao fundo qualquer benefício ou
vantagem que possam alcançar em decorrência de sua condição. 
É vedado ao administrador, ao gestor e ao consultor o recebimento de
qualquer remuneração, benefício ou vantagem, direta ou indiretamente
por meio de partes relacionadas, que potencialmente prejudique a
independência na tomada de decisão de investimento pelo fundo.
Nas hipóteses de renúncia ou descredenciamento, fica o administrador
obrigado a convocar imediatamente assembleia geral para eleger seu
substituto, a se realizar no prazo de até 15 (quinze) dias, sendo também
facultado aos cotistas que detenham ao menos 5% (cinco por cento) das
cotas emitidas, em qualquer caso, ou à CVM, nos casos de
descredenciamento, a convocação da assembleia geral. 
No caso de renúncia, o administrador deve permanecer no exercício de
suas funções até sua efetiva substituição, que deve ocorrer no prazo
máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de liquidação do fundo pelo
administrador. 
Substituição do Administrador e do Gestor
Descredenciamento para o exercício da atividade de administração
de carteiras de valores mobiliários, por decisão da CVM;
Renúncia; ou
Destituição, por deliberação da assembleia geral.
O administrador e o gestor da carteira do fundo devem ser substituídos
nas hipóteses de:
52
No caso de descredenciamento, a CVM deve nomear administrador
temporário até a eleição de nova administração. 
Dinâmica de Aplicação e Resgate
Aplicação de Recursos e Compra de Ativos
por Parte do Gestores.
Diariamente cotistas colocam e retiram dinheiro do fundo. Quando um
fundo recebe mais aplicações do que resgates, ele terá dinheiro em
caixa, caracterizando uma situação de aplicação líquida, para não deixar
o dinheiro parado no caixa o gestor terá que comprar ativos financeiros.
Diariamente cotistas colocam e retiram dinheiro do fundo. Quando um
fundo recebe mais resgates do que aplicações, haverá uma situação de
resgate líquido, nessa situação o gestor terá que vender ativos
financeiros para honrar (pagar) os saques.
Resgate de recursos e Venda de Ativos por
Parte dos Gestores
Prazo de Cotização
Prazo de cotização é o tempo que demora para que o dinheiro do
investidor, ao fazer sua aplicação, seja convertido em cotas.
Na aplicação será adotada a cota do dia (D0) ou do dia seguinte (D+1)
conforme o regulamento do fundo. Normalmente os fundos mais voláteis
(ações, multimercado) utilizam a cota de D+1, enquanto os mais
conservadores utilizam cota de D0.
Prazo de Liquidação
Prazo de liquidação ou descotização é o tempo que para que a cota do
investidor, após a solicitação de resgate, seja convertida em dinheiro.
A CVM permite que o resgate seja processado em até 5 dias úteis após a
conversão de cotas. Normalmente, os fundos mais conservadores
possuem liquidação imediata, enquanto que os fundos de ações
possuem liquidação financeira em D+4.
53
O administrador do fundo pode fechar o fundo para novas aplicações?
Sim, desde que tal impedimento se aplique tanto aos já cotistas do
fundo, quanto para eventuais novos cotistas. O fechamento do fundo não
o impede de reabrir para aplicações uma data posterior. É necessário
que o administrador do fundo comunique aos distribuidores sobre o
fechamento do fundo para novas aplicações. 
Já imaginou numa emergência você precisar resgatar os seus recursosde um fundo de investimento e ser impedido pelo administrador? 
É possível fechar o fundo para resgates? Sim, mas apenas em casos
excepcionais de falta de liquidez, ou seja, em situações de crise em que
todos querem de desfazer dos seus ativos e não conseguem vendê-los
por falta de compradores. 
Quando esta situação ocorre, o administrador terá um dia para convocar
uma assembleia geral extraordinária que deverá deliberar em um prazo
de até quinze dias após o fechamento para resgate sobre as
possibilidades de: reabertura ou manutenção do fundo fechado para
resgate; substituição do administrador, gestor ou ambos; cisão do fundo;
liquidação do fundo; possibilidade de pagamento dos resgates 
em títulos. 
Alguns fundos estabelecem prazo de carência para resgate. Resgates
antes do prazo estarão sujeitos às penalidades previstas no regulamento
e no prospecto do fundo.
Prazo de Carência para Resgate
Fechamento dos Fundos para Aplicação
O administrador do fundo pode fechar o fundo para novas aplicações?
Sim, desde que tal impedimento se aplique tanto aos já cotistas do
fundo, quanto para eventuais novos cotistas. O fechamento do fundo não
o impede de reabrir para aplicações em uma data posterior.
54
Diversificação
Principais Características
Os fundos de investimento possuem vantagens em relação aos
investimentos individuais. As suas principais características são:
Acessibilidade ao Mercado Financeiro;
Diversificação. 
Os fundos de investimento geralmente possuem uma grande
diversificação de ativos, diluindo, desta forma, os riscos quando
comparados com ativos individuais.
Acessibilidade ao Mercado Financeiro
Por possuir em seu regulamento o prazo para descotização os fundos de
investimentos apresentam boa liquidez. Os Fundos abertos em sem
carência apresentam resgates em no máximo D+4, sendo que fundos de
renda fixa apresentam resgate em D0.
Conforme já mencionado nesse capitulo, os fundos de investimentos
democratizam as aplicações no mercado financeiro, tornando acessível a
qualquer pessoa que se interesse em aplicar recursos.
Através dos fundos de investimento, os investidores têm acesso a
produtos financeiros que não conseguiriam investir individualmente.
Exemplos: títulos de valor elevado, títulos negociados no mercado
externo.
Liquidez
Política de Investimento
Objetivo
Os fundos de investimentos podem apresentar gestão Ativa o u gestão
Passiva. 
Fundos com Gestão Passiva tentam acompanhar seu benchmark.
Em outras palavras, um fundo com gestão passiva indexado ao DI usará
estratégias para que seu rendimento ao investidor seja um percentual do DI,
por exemplo: 90% do DI.
55
Instrumentos de Divulgação das políticas de
Investimentos e Rentabilidade.
OS Fundos de Investimentos, segundo o código de regulação da
Anbima, devem apresentar uma série de documentos que visam
padronizar as informações aos investidores e tornar a concorrência leal.
São eles:
Regulamento; 
Lâmina de Informações Essenciais; 
Demonstração de Desempenho; 
Formulário de Informações Complementares; 
Termo de Adesão.
Regulamento
55regulamento é o principal documento do fundo, é o documento que
fica registrado em cartório, instrumento legal utilizado em casos de
litígios judiciais. Por ser um documento de efeito legal, o regulamento por
vezes apresenta uma linguagem difícil o que dificulta o entendimento por
parte do investidor comum.
Um fundo com gestão passiva é fiel ao seu benchmark? Rende, por
exemplo, 100% do DI (Caso seja indexado a esse índice)?
Dificilmente. Devido aos custos (taxa de administração), impostos,
dinâmica de cálculo da rentabilidade do fundo e regras de contabilização
a mercado dificilmente um fundo passivo consegue replicar seu índice de
referência (benchmark).
Fundos com Gestão Ativa tentam superar seu benchmark.
Em outras palavras, um fundo com gestão ativa indexado ao Ibovespa
usará estratégias para que o rendimento ao investido seja superior ao
indexador. Por exemplo: 110% do Ibovespa.
Um Fundo de Gestão Ativa vai SEMPRE superar o benchmark?
Não. Para superar o benchmark, o gestor do fundo pode usar
instrumentos de derivativos que, por vezes, expõe o investidor a risco
maiores, no entanto, nem sempre a estratégia é alcançada. Além do
mais, fundos com Gestão Ativa podem apresentar cobrança de taxa de
performance.
56
O administrador de fundo aberto, que não seja destinado exclusivamente
a investidores qualificados, deve elaborar uma lâmina de informações
essenciais na forma da Página 100 da Instrução CVM 555.
É facultado ao administrador de fundo formatar a lâmina livremente
desde que:
A ordem das informações seja mantida; 
O conteúdo do Anexo não seja modificado; 
Os logotipos e formatação não dificultem o entendimento das
informações; 
Quaisquer informações adicionais: 
a) sejam acrescentadas ao final do documento; 
b) não dificultem o entendimento das informações contidas na
lâmina; 
c) sejam consistentes com o conteúdo da própria lâmina 
e do regulamento. 
Lâmina de Informações Essenciais
O administrador do fundo é responsável por disponibilizar aos cotistas
dos fundos não destinados exclusivamente a investidores qualificados a
demonstração de desempenho do fundo até o último dia útil de fevereiro
de cada ano. 
É vedado ao administrador e aos demais prestadores de serviços do
fundo atribuir a denominação “lâmina” a qualquer outro material de
divulgação que não atenda ao disposto acima.
O administrador e o distribuidor devem assegurar que potenciais
investidores tenham acesso à lâmina antes de seu ingresso no fundo.
O administrador também é responsável por divulgar, em lugar de
destaque na sua página na rede mundial de computadores e sem
proteção de senha, a demonstração de desempenho do fundo relativo: 
aos 12 (doze) meses findos em 31 de dezembro, até o último dia útil
de fevereiro de cada ano;
aos 12 (doze) meses findos em 30 de junho, até o último dia útil de
agosto de cada ano.
Demonstração de Desempenho
57
Caso o fundo possua posições ou operações em curso que possam vir a
ser prejudicadas pela sua divulgação, o demonstrativo da composição da
carteira pode omitir sua identificação e quantidade, registrando somente
o valor e a percentagem sobre o total da carteira. 
As operações omitidas com base no parágrafo anterior devem ser
divulgadas no prazo máximo de: 
30 (trinta) dias, improrrogáveis, nos fundos da classe “Renda Fixa”
das subcategorias Referenciado, Curto Prazo e Simples;
Nos demais casos, 90 (noventa) dias após o encerramento do mês,
podendo esse prazo ser prorrogado uma única vez, em caráter
excepcional, e com base em solicitação fundamentada submetida à
aprovação da CVM, até o prazo máximo de 180 (cento e oitenta
dias).
Formulário de Informações Complementares
O formulário de informações complementares deve abranger pelo menos
o seguinte:
Periodicidade mínima para divulgação da composição da carteira do
fundo; 
Local, meio e forma de divulgação das informações; 
Local, meio e forma de solicitação de informações pelo cotista; 
Exposição, em ordem de relevância, dos fatores de riscos inerentes
à composição da carteira do fundo; 
Descrição da política relativa ao exercício de direito do voto
decorrente dos ativos financeiros detidos pelo fundo; 
Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas,
contemplando a política a ser adotada pelo administrador quanto ao
tratamento tributário perseguido; 
Descrição da política de administração de risco, em especial dos
métodos utilizados pelo administrador para gerenciar os riscos a
que o fundo se encontra sujeito, inclusive risco de liquidez; 
58
Quando houver, identificação da agência de classificação de risco
de crédito contratada pelo fundo, bem como a classificação obtida e
advertência de que a manutenção desse serviço não é obrigatória,
podendo ser descontinuado a critério

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