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Módulo 1:
1. Célula Nervosa
2.    Divisão Anatômica e Funcional do S.N. – Sistema Nervoso Central e Periférico
 
 
 
1.            Célula Nervosa
 
No sistema nervoso, existem 2 classes distintas de células: as células neurais ou neurônios e as células da glia ou gliais.
Estima-se que o cérebro humano é formado por cerca de 25 bilhões de neurônios.
Um neurônio apresenta 4 regiões morfológicamente definidas: o corpo celular, os denditros, o axônio e suas terminações pré 
sinápticas.
 
 
                               Figura 1: Estruturas Anatômicas do neurônio
Fonte: http://jmelobiologia.zip.net/arch2008-05-18_2008-05-24.html
 
 
O corpo celular (soma) é o centro metabólico da célula. Do corpo celular originam-se dois prolongamentos, os dendritos e o axônio. Os neurônios apresentam diversos dendritos que se ramificam, tendo como principal função à recepção de sinais de outras células neurais.
Do corpo celular só origina um axônio, que é a principal unidade condutora do neurônio. É capaz de conduzir sinais elétricos por distancias curtas e longas. Os axônios se dividem em diversos ramos conduzindo informações para diversos alvos. Os sinais elétricos propagados ao longo do axônio são chamados de potenciais de ação, são impulsos nervosos rápidos.
Os axônios mais calibrosos são circundados por bainha isolante, chamada de mielina. Essa bainha é interrompida a intervalos regulares, pelos nodos de Ranvier.
Próximo à sua terminação, o axônio se divide em ramos muito finos que fazem contato com outros neurônios. O ponto de contato é chamado de sinapse. A célula transmissora de um sinal é designado como célula pré - sináptica, enquanto que a célula que recebe o sinal é a célula pós - sináptica.
As dilatações nas extremidades das ramificações axônicas são chamadas de botões sinápticos, estes não se comunicam anatomicamente com outra célula neural. As células neuronais são separadas, por um espaço chamado de fenda sináptica.
Os neurônios podem ser classificados, em termos de sua função, em três grandes grupos: sensoriais, motores, e interneurônios. Os neurônios sensoriais ou aferente conduzem informações para o sistema nervoso, tanto para a percepção como para a coordenação motora. Os neurônios motores conduzem comandos para os músculos e glândulas. Os interneurônios formam a maior classe, conduzem informações de uma região cerebral para outra.
 
 
 
        Figura 2: Classificação dos neurônios
 Fonte: http://jmelobiologia.zip.net/arch2008-05-18_2008-05-24.html
 
 
Os corpos celulares neurais e seus axônios são cercados por células da glia. Existem cerca de 10 a 50 vezes mais células da glia do que neurônios no SNC dos vertebrados.
As células da glia têm as seguintes funções:
1-  Atuam como elementos de sustentação, dando firmeza e estrutura ao cérebro. Separam e isolam grupos de neurônios entre si.
2-  Dois tipos de células da glia produzem mielina.
3-  Algumas células da glia removem os dendritos após lesão ou morte neural. 
4-  As células da glia tamponam e mantém a concentração dos íons potássio no espaço extracelular; algumas também captam e removem transmissores químicos liberados pelos neurônios durante a transmissão sináptica.
5-  Durante o desenvolvimento cerebral, certas classes de células da glia guiam a migração dos neurônios e dirigem o crescimento do axônio.
6-  Certas células da glia participam da criação de um revestimento, especial e impermeável, dos capilares e vênulas cerebrais, criando uma barreira hematoencefálica que impede o acesso de substâncias tóxicas ao cérebro.
7-  Existe evidência de que algumas células da glia, no SN do vertebrado, têm participação na nutrição das células neurais. 
(KANDEL, E.R., e col.,1997,p.20)
 
Neurotransmissores - Os Mensageiros Químicos
Pode-se inicialmente defenir que um transmissor é como uma substância que é liberada numa sinapse por um neurônio e que afeta uma outra célula.
 
A transmissão sináptica química passa pelas seguintes fases:
*               síntese da substância transmissora;
*               armazenamento e a liberação do transmissor;
*               interação do transmissor com o receptor na membrana pós sináptica e
*               remoção do transmissor da fenda sináptica.
 
O neurotransmissor é aquele que atende os seguintes critérios:
*               é sintetizado no neurônio;
*               está presente na terminação pré sináptica afim de exercer uma ação
            sobre o neurônio pós sináptico;
*               quando administrada de forma exógena exerce a mesma função do
            transmissor endógeno;
*               existe um mecanismo específico para sua remoção do sítio de ação
            (fenda sináptica).
 
Exemplos de Neurotransmissores:
a)  Acetilcolina - é o neurotransmissor usado pelos neurônios motores da medula espinhal, é liberado em todas as junções neuromusculares dos vertebrados. No SNA é o transmissor de todos os neurônios pré - ganglionares e também dos neurônios pós - ganglionares parassimpáticos.
b)  Transmissores catecolamínicos - dopamina, norepinefrina e epinefrina No SNP, a norepinefrina é o transmissor dos neurônios pós - ganglionares simpáticos. A serotonina, a dopamina e a norepinefrina são importantes nos mecanismos subjacentes a algumas das mais comuns e importanttes disfunções mentais e neurológicas: a depressão, a esquizofrenia, a dependência a drogas e a doença de Parkinson. A maioria dos antidepressivos acentua a neurotransmissão nas sinapses cerebrais serotoninérgicas ou adrenérgicas. Acredita-se que defeitos da neurotransmissão cerebral dopaminérgica desempenham um papel importante na esquizofrenia. Uma diminuição acentuada na produção de dopamina é característica da doença de Parkinson, que é tratada pela administração de L - DOPA.
c)  Aminoácidos - GABA e a glicina são aminoácidos neutros que servem como transmissores inibitórios. Ácido glutâmico são aminoácidos ácidos que agem como transmissores excitatórios.
 
Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
O neurônio é a principal unidade funcional do sistema nervoso. A respeito dessa célula assinale a alternativa INCORRETA:
 
a)  O local de sinapse entre um neurônio e uma musculatura é chamada de “Junção Neuro-Muscular”.
b)  O neurônio pode fazer sinapse com um tecido, caracterizando uma sinapse química.
c)  Os impulsos nervosos são propagados através do axônio até as terminações pré-sinápticas.
d)  A bainha de mielina são células especializadas da glia que se enrolam nos axônios fazendo com que o impulso elétrico seja conduzido de forma mais lenta.
e)  O neurônio pré-sináptico gera impulso nervoso pela fenda sináptica que irá atingir o neurônio pós-sináptico na sinapse elétrica.
 
Se você compreendeu a fisiologia das células nervosas, assinalou como alternativa incorreta a letra d. A bainha de mielina que é formada por células gliais tem a função de fazer com que o estímulo elétrico se propague rapidamente. Quanto mais bainha de mielina mais rápida se dá a transmissão sináptica.
 
 
2. Divisão Anatômica e Funcional do S.N. – Sistema Nervoso Central e Periférico
 
Todas as atividades humanas são coordenadas e controladas pelo sistema nervoso, que é extremamente complexo e de alta operacionalidade.
A função primordial deste sistema é de relacionar o ser com o meio ambiente.
Sistema nervoso didaticamente é dividido em critérios anatômicos, embriológicos e funcionais.
 
Divisão Anatômica do Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso Central (SNC) localiza-se na cavidade craniana e canal vertebral.  
O Sistema Nervoso Periférico (SNP) localiza-se fora desse esqueleto.
O Sistema Nervoso Central é composto por dois órgãos: o encéfalo e a medula espinhal.
No encéfalo encontra-se o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo).
O Sistema Nervoso Periférico é constituído por: nervos (cranianos e espinhais; sensitivos e viscerais), gânglios (sensitivos e viscerais; cranianos e espinhais) e terminações nervosas (sensitiva e motora).cérebro
                     encéfalo       cerebelo                       mesencéfalo
                                           tronco encefálico         ponte
                                                                                  bulbo
        S.N.C
 
                     medula espinhal
 
 
 
                  nervos
S.N.P        gânglios
                  terminações nervosas
 
 
 
 
 
 
 
                                           Figura 3: Divisão Anatômica do Sistema Nervoso
                         
 
 
O sistema nervoso central (SNC) é uma das divisões do sistema nervoso, sendo composto das seguintes partes:
 
a) medula espinhal e cerebelo
b) encéfalo e medula espinhal
c) nervos e gânglios
d) encéfalo e nervos espinhais
e) cérebro e medula espinhal
 
Se você compreendeu a divisão anatômica do Sistema Nervoso, assinalou como alternativa correta a letra b. Pois o Sistema Nervoso Central (SNC) é caracterizado pelo encéfalo e pela medula espinhal.
O encéfalo é protegido pela caixa craniana e composto pelo cérebro, cerebelo, ponte e bulbo. A medula espinhal é protegida pela coluna vertebral.
Os nervos caracterizam o sistema nervoso periférico.
 
 
 
                                Divisão Embriológica do Sistema Nervoso
 
                                                              telencéfalo
                           prosencéfalo                                             cérebro
                                                              diencéfalo
 
                         
                           mesencéfalo                                            mesencéfalo
 
                                                  
                                                           metencéfalo              cerebelo
                          
                          rombencéfalo
                                                          mielencéfalo              bulbo e ponte 
 
 
 
Divisão Funcional do Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso é dividido funcionalmente em Sistema Nervoso Somático (vida de relação) e Sistema Nervoso Visceral (vida vegetativa)
O Sistema Nervoso Somático - “vida de relação”, relaciona o organismo com o meio ambiente.
Apresenta um nervo aferente que conduz os estímulos sensitivos para o SNC e um nervo eferente que leva ao músculo estriado esquelético o comando motor originado do SNC.
O Sistema Nervoso Visceral - “vida vegetativa”, é aquele que se relaciona com a inervação e controle das vísceras. Tem a função de fornecer a manutenção da constância do meio interno.
Apresenta um nervo aferente que conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas específicas do SNC.  O nervo eferente leva o impulso originado no SNC até as vísceras, terminando em glândulas, músculos lisos ou músculo cardíaco.
O nervo eferente (motor) do sistema nervoso visceral é chamado de Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e é dividido em dois nervos: simpático e parassimpático
 
	 
DIFERENÇAS
	 
SIMPÁTICO
	 
PARASSIMPÁTICO
	 
localização dos nervos
 
	 
craniossacral
	 
toracolombar
	 
localização dos gânglios
	 
próximo ou dentro dos órgãos viscerais efetuadores
	 
longe dos órgãos viscerais efetuadores
	 
Neurotransmissores
	 
Noradrenalina
adrenalina (luta e fuga)
	 
acetilcolina
 
 
 
	ORGÃO ALVO
	SIMPÁTICO
	PARASSIMPÁTICO
	Coração
	vasodilatação
	vasoconstrição
	Pulmão
	bronquiodilatação
	bronquioconstrição
	Figado
	a liberação de glicose
	nenhum efeito
	Sistema Digestivo
	 atividade das glândulas e dos músculos lisos
	peristaltismo e secreção glandular
	Pupila
	midríase (dilatação)
	miose (constrição)
	Vasos Abdominais
	constrição
	dilatação
 
 
Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
 
Quando uma pessoa enfrenta uma situação em que tenha que lutar ou fugir, ou seja, de grande esforço físico, que subdivisão do Sistema Nervoso Autônomo é responsável para que isso seja possível:
 
 
a)    Sistema nervoso central
b)    Sistema nervoso parassimpático
c)    Sistema nervoso periférico
d)    Sistema nervoso límbicol
e)    Sistema nervoso simpático
 
 
Se você compreendeu a fisiologia do Sistema Nervoso Autônomo, assinalou como alternativa correta a letra e. O Sistema Nervoso Simpático entra em ação liberando o neurotransmissor adrenalina em situação de luta e fuga. Situações estas que são percebidas como ameaça para o indivíduo. Por exemplo, um assalto, causa reações orgânicas como: taquicardia, taquipnéia, dilatação da pupila, sudorese, boca seca, entre outros.
 
 
Módulo2 -  Sensibilidade
 
1. Sensibilidade
    1.1. Sensibilidade Somestésica ou Geral
1. Sensibilidade
As sensações podem ser viscerais quando oriundas das vísceras e somáticas quando originadas nos demais regiões do organismo.
Existem sensibilidade somáticas específicas que estão relacionadas aos órgãos do sentido (visão, audição, paladar e olfato), e sensibilidade geral que está relacionada a sensibilidade somestésica (dor, tato, pressão e temperatura).
A classificação fisiológica dos receptores segundo Machado (2000) tem como critério os estímulos que ativam os receptores, estes podem ser classificados como:
a)    Quimiorreceptores – são receptores sensíveis a estímulos químicos.
b)    Osmorreceptores - são receptores que detectam a variação da pressão osmótica.
c)    Fotorreceptores - são receptores sensíveis a luz.
d)    Termorreceptores - são receptores que detectam frio e calor
e)    Nociceptores - são receptores sensíveis a dor.
f)     Mecanorreceptores – são receptores sensíveis a estímulos mecânicos.
 
Os receptores também podem ser classificados conforme a localização (MACHADO,200):
a)    Exteroceptores – localizam-se na superfície externa do corpo
b)    Proprioceptores – localizam-se nos músculo, tendões, ligamentos e cápsulas articulares.
c)    Interoceptores ou visceroceptores – localizam-se nas vísceras e nos vasos sanguíneos.
 
1.1. Sensibilidade Somestésica ou Geral
A Sensibilidade Geral Somestésica se refere, a dor, tato, pressão e temperatura. A Sensibilidade Geral possui áreas no córtex ,são bilaterais e se encontram no lobo parietal, no giro pós-central (áreas 3, 1, 2 de Brodman ou área de projeção primária sensitiva segundo Lúria). Faz parte também às áreas gnósicas da Sensibilidade Somestésica (áreas 5 e 7 de Brodman ou área de associação secundária sensitiva conforme Lúria)
 
 
   
Figura 1: Regiões funcionais do hemisfério esquerdo do córtex cerebral
  VIAS DA SENSIBILIDADE GERAL:
  Propriocepção Consciente, Tato Epicrítico e Sensibilidade Vibratória
  O 1º neurônio sai do proprioceptor e entra por trás da medula.      
  Sobe até o bulbo e faz sinapse com o 2º neurônio da propriocepção, onde se cruzam.
  Sobe até o tálamo e faz sinapse com o 3º neurônio.
  O 3º neurônio chega ao Córtex Somestésico (áreas 3, 1, 2 de Brodman).
  Posteriormente enviam fibras de associação para as áreas 5 e 7, gnosia da sensibilidade somestésica (área de associação sensitiva)
O neurônio mais importante é o que vai do tálamo até o córtex. Junto com a propriocepção vai uma parte do Tato. O tato fino ou Epicrítico.
 
  Dor e Temperatura
  O 1º neurônio da dor e temperatura entra por trás da medula e faz sinapse com o 2º neurônio.
  Estas vias cruzam-se na medula espinhal.
  2º neurônio sobe até o tálamo, faz sinapse com o 3º neurônio.
  O 3º neurônio atinge a área somestésica do córtex cerebral (áreas 3, 1, 2 de Brodman).
  Posteriormente enviam fibras de associação para as áreas 5 e 7, gnosia da sensibilidade somestésica (área de associação sensitiva)
Junto com a dor e temperatura também sobe uma parte do Tato, o mais grosseiro chamado Protopático.
 
  Pressão e Tato Protopático
  O 1º neurônio da pressão e do tato entra por trás da medula e  faz sinapse com o 2º neurônio.
  Estas vias cruzam-se na medula espinhal.
  2º neurônio sobe até o tálamo, faz sinapse com o 3º neurônio.  O 3º neurônio atinge a área somestésica do córtex cerebral (áreas 3, 1, 2 de Brodman).
  Posteriormente enviam fibras de associação para as áreas 5 e 7, gnosia da sensibilidade somestésica (área de associação sensitiva)
Estes impulsos originados nos receptores de pressão e tato, localizados no tronco e membros, tornam-se conscientes quando chegam ao tálamo. (MACHADO,200).
Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
A percepção de um estímulo somente acontece após a transdução que ocorre no córtex cerebral. Para cada tipo de estímulo existe uma região específica cortical, obedecendo ao princípio da “linha marcada”. Quanto ao trajeto da sensibilidade até a área do córtex 3-1-2 (área somestésica que localiza exatamente os pontos do corpo em que as sensações se originam) podemos dizer que:
a) a sensibilidade entra pela medula e vai diretamente ao córtex
b) a sensibilidade entra via aferente pelo cérebro e este o transmite a medula
c) a sensibilidade entra pela medula, vai até o tálamo e esse o transmite ao
    córtex
d) a sensibilidade entra pelo córtex e vai para medula saindo pelo
    motoneurônio
e) a sensibilidade entra é sentida pela pele, passa pelas vísceras e chega ao
    córtex  que determina qual é o tipo de dor.
 
Se você compreendeu a fisiologia da sensibilidade geral, assinalou como alternativa correta a letra c. A sensibilidade entra pela via aferente por trás da medula, vai até o tálamo e do tálamo para a área cortical correspondente ao estímulo sensitivo recebido.
Módulo 3
 
1. Motricidade
          1.1. Motricidade Reflexa
          1.2. Motricidade Automática - Sistema Extrapiramidal
          1.3. Motricidade Voluntária - Sistema Piramidal
 
1. Motricidade
O Sistema Nervoso Central (SNC) funciona de três formas, com relação a motricidade somática: reflexa, automática e voluntária. As duas primeiras formas compreendem atividade motora que independe da nossa vontade.
Os movimentos reflexos são respostas motoras estereotipadas frente a um estímulo sensitivo e os automáticos podem ou não exigir aprendizado. Estes movimentos necessitam da ação dos centros medulares e do tronco cerebral. Na motricidade voluntária indispensável à participação do córtex cerebral.
1.1. Motricidade Reflexa
A motricidade reflexa é a mais primitiva inicia por volta do 3º mês de vida intra-uterina. A motricidade reflexa é um processo involuntário que ocorre quando um receptor sensorial é estimulado. A base morfológica do reflexo é o arco reflexo, que consta basicamente de um neurônio sensorial que capta o estímulo; de um centro reflexo situado na medula espinhal, onde se recebe a informação transmitida pelo anterior; e um neurônio motor ou eferente (nervo alfa), que provoca a resposta motora reflexa no músculo estriado. Como exemplos de respostas motoras reflexas pode-se citar: o reflexo patelar, que provoca a extensão da perna em conseqüência do estiramento do tendão da rótula; a tosse; o ato de piscar; os reflexos posturais, com os quais se mantém o equilíbrio do corpo em condições estáticas e dinâmicas; o tônus muscular; o rubor e a palidez.
 
 
                                                Figura 1: Arco Reflexo
                                     
 
1.2. Motricidade Automática - Sistema Extrapiramidal
         
A motricidade automática se vincula ao funcionamento do sistema extrapiramidal, através de representações corticais e dos núcleos da base O movimento automático atua incessantemente no comando da musculatura esquelética, atua sinergicamente no sistema motor voluntário e tônus muscular e postura.
O automatismo do movimento inclui estruturas do córtex cerebral e do subcórtex (núcleos da base). Considera-se como áreas da motricidade automática áreas 6 e 8 de Brodman, essas áreas constituem a região pré-motora (área de associação 2ª motora de Lúria)
O automatismo primário, ou seja, a motricidade automática primária são movimentos relacionados à sobrevivência, como por exemplo: sucção, deglutição, mastigação. Inicia por volta do 6º mês de vida intra-uterina, quando muitas vezes a mulher pode observar durante o exame de ultrasonografia, o bebê chupando o dedo.
O automatismo secundário são movimentos aprendidos ao longo da vida. Inicia ao nascer e necessita do córtex e do subcortex (núcleos da base). E do nervo gama para que a motricidade automática seja executada no músculo estriado.
                                    
 
 
 
                                                 Figura 2: Núcleos da Base
1.3. Motricidade Voluntária - Sistema Piramidal
No homem os movimentos voluntários são comandados fundamentalmente pelo córtex da área motora (área 4 de Brodman ou área de projeção primária motora para Lúria), situada no giro pré-central. Os axônios desta área descem pelo trato corticoespinal em direção ao subcórtex, passando pela cápsula interna em direção ao tronco encefálico, na parte interna do bulbo (pirâmide) cruzam os tratos corticoespinais. Descem em direção a medula espinhal onde farão sinapse com o nervo alfa, que levará a motricidade voluntária ao músculo estriado.
 
 
 
 
 
           (Imagen adaptada Guía Neuroanatomía UFRO)             
                     Figura 3: Motricidade Voluntária
 
Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
(RYAN & TUMA,2000) O giro pré-central e o trato corticoespinhal são essenciais para:
 
a)    A visão
b)    O olfato
c)    A identificação auditiva
d)    A cinestesia
e)    O movimento voluntário
 
Se você compreendeu a fisiologia da motricidade, assinalou como alternativa correta a letra e. O giro pré-central é a área motora do córtex e o trato corticoespinhal é o próprio trato piramidal. Essas duas estruturas são essenciais para o movimento voluntário.
MÓDULO 4 - CEREBELO
1. Anatomia e Fisiologia
2. Divisão Filogenética
3. Vias Cerebelares
4. Funções do Cerebelo
5. Engramas do Movimento
6. Síndromes Cerebelares
 
1. ANATOMIA E LOCALIZAÇÃO:
  Parte posterior do tronco encefálico e abaixo do lóbo occipital;
  Está preso ao tronco encefálico pelos pedúnculos cerebelares;
  Possui 2 lobos ou hemisférios (D e E);
  É todo formado por lâminas ou folhas cerebelares.
 
  2. DIVISÃO FILOGENÉTICA
  ARQUICEREBELO: surge com o aparecimento dos vertebrados mais primitivos.
  Ligado à manutenção do equilíbrio.
  Relacionado com motricidade reflexa.
  PALEOCEREBELO: surge mais recentemente.
  Recebe informações que o ajudam na regulação do tônus muscular e da postura.
  Relacionado com motricidade automática.
  NEOCEREBELO: surge com os mamíferos que desenvolvem movimentos mais delicados e assimétricos.
   Coordena os movimentos voluntários, comparando a intenção e a execução dos mesmos, podendo ajustá-los se necessários.
   A função de coordenação dos movimentos feita pelo cerebelo chama-se TAXIA.
 
                                                                 Figura 2: Divisão Filogenética do Cerebelo
3. VIAS CEREBELARES
  Área 4 no córtex: saem os tratos corticoespinais que vão aos músculos.
  Ponte: os tratos se dividem e o Trato Ponto Cerebelar avisa ao cerebelo da intenção do movimento.
  Proprioceptores: através dos Tratos Espinocerebelares avisam da execução do movimento.
  Cerebelo: compara a intenção e a execução do movimento.
  Ajuste do movimento: se necessário é feito pelo Trato Cerebelo - Tálamo - Córtex.
 
4. FUNÇÕES DO CEREBELO
  Função básica é coordenar os movimentos.
  Coordena:
   Força
   Harmonia
   Rítmo
   Seqüência
   Sinergismo
   Antagonismo
  Principais Funções Cerebelares:
  MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO E DA POSTURA
   Feitas basicamente pelo arquicerebelo e pela zona medial.
   Promovem a contração adequada dos músculos dos membros, de modo a manter o equilíbrio e a postura normal.
   A influência do cerebelo é transmitida aos neurônios motores pelos tractos vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal.
  CONTROLE DO TÔNUS MUSCULAR
  CONTROLE DOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS
   O controle dos movimentosenvolve duas etapas:
  planejamento do movimento (via córtico-ponto- cerebelar)
  correção do movimento já em execução ( via interpósito-tálamo-cortical)
5. ENGRAMAS DO MOVIMENTO
(Aprendizagem motora)
  Sempre que executamos um movimento com determinada finalidade, registramos a impressão que ele proporciona às áreas sensoriais.
  Essa impressão memorizada denomina-se “engrama sensorial do movimento”.
  Quando desejamos reproduzir a mesma ação:
   a área motora aciona os efetores
   as áreas sensoriais começam a captar as impressões proprioceptivas desencadeadas pelo movimento.
  Essas impressões são confrontadas com os engramas correspondentes e a área motora é avisada se o movimento está correto ou necessita de correção.
 
6. SÍNDROMES CEREBELARES
  SÍNDROME DO ARQUICEREBELO
   Ocorre com certa freqüência em crianças de menos de 10 anos.
   Causa: Tumores que comprimem o nódulo e o pedúnculo do flóculo.
   Sintomas:
  Perda de equilíbrio. As crianças não conseguem ficar em pé. - DISTASIA
  Não há alteração do tônus muscular
  Deitadas, a coordenação dos movimentos é praticamente normal.
  SÍNDROME DO PALEOCEREBELO
   Ocorre no homem como conseqüência da degeneração do córtex do lobo anterior (Ex.: alcoolismo crônico).
   Sintomas:
  Perda do equilíbrio – DISTASIA.
  Paciente anda com a base alargada – DISBASIA.
  Ataxia dos membros inferiores.
 
 
 
  SÍNDROMES DO NEOCEREBELO
  As lesões do neocerebelo causam como sintoma fundamental uma incoordenação motora (Ataxia), que pode ser testada por vários sinais.
  DISMETRIA: execução defeituosa de movimentos que visam atingir um alvo, pois o indivíduo não consegue dosar exatamente a ‘quantidade’ de movimentos necessários para isso.
  quando ultrapassamos o ponto desejado ao fazermos um movimento.
  DECOMPOSIÇÃO - movimentos complexos que normalmente são feitos simultaneamente por várias articulações.
  São decompostos, ou seja, realizados em etapas sucessivas por cada uma das articulações
  DISDIADOCOCINESIA - dificuldade de fazer movimentos rápidos e alternados
   Exemplo: tocar rapidamente a ponta do polegar com os dedos indicador e médio, alternadamente.
  ADIADOCOCINESIA: incapacidade de efetuar rapidamente um movimento seguido de seu inverso.
  RECHAÇO: verifica-se esse sinal mandando o paciente forçar a flexão do antebraço contra uma resistência que se faz no pulso.
  Indivíduo normal: resistência retirada, a flexão pára
   Doente: músculos custam a agir e o movimento é violento.
  TREMOR - característico que se acentua ao final do movimento ou quando o paciente está prestes a atingir um objetivo
  Exemplo: apanhar um objeto (tremor intencional)
  NISTAGMO - movimento oscilatório rítmico dos olhos, que ocorre especialmente em lesões do sistema vestibular e do cerebelo.
 
 
Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
(RYAN & TUMA,2000) Um paciente que apresenta um tremor de intenção, dismetria e marcha “ebriosa” ou cambalenate  pode apresentar uma lesão envolvendo:
 
a)    O cerebelo
b)    Amedula oblonga
c)    Cápsula interna
d)    Os gânglios ou núcleos da base
e)    Nervos eferentes periféricos
 
Se você compreendeu as funções e patologias cerebelares, assinalou como alternativa correta a letra a. A ataxia, a dismetria é um tremor de intenção são achados clássicos num paciente com lesão em cerebelo. As pessoas afetadas também apresentam adiadococinesia, que é a perda da capacidade de realizar uma sucessãorápida de movimento oscilatórios, como a rotação externa e interna do pé.
                                                                         
 
                                                                      Figura 1: Encéfalo

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