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A importância dos jogos na aprendizagem matemática das crianças no ensino fundamental

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A importância dos jogos na aprendizagem matemática das crianças no ensino fundamental.
As relações entre o jogo, a criança e educação tem merecido uma constante atenção dos profissionais da área, a partir do momento que analisamos a criança como um ser que brinca, vivenciando situações ricas e desafiadoras, encontrando espaços para explorar e descobrir elementos da realidade que o cercam. A utilização dos jogos como recursos pedagógicos tem sido um desafio, pois iniciou nos jardins de infância, segundo a pedagogia de Froebel, a idéia de jogo livre, nas brincadeiras cantadas e no jogo orientado. Aos poucos os jogos foram sendo introduzidos no interior das instituições infantis, embora muitas vezes criticados e classificados como jogos femininos, aqueles relacionados à imitação de mãe e filha, de casinha e fazer comida, etc. Nesses jogos tinha a ausência total do sexo masculino, que brincavam com carros, trens e automóveis, que não tinham a participação do sexo feminino mesmo quando se tratava de atividades com jogos motores como jogar bola e brincar na rua, essa discriminação em relação aos comportamentos considerados adequados para o sexo incluía uma diferenciação nos modos de brincar, levando a um questionamento freqüente até nos dias atuais a respeito da utilização desses recursos no cotidiano escolar.
A introdução dos jogos na escola foi um processo demorado, visto que o brincar não era entendido como forma de conhecimento, confirma KISHIMOTO, quando afirma que “ a introdução dos jogos na escola primária não é bem vista” (p.106). Alguns profissionais de educação da época defendiam a idéia de que os pais não mandavam as crianças para a escola para brincar e sim para aprender a ler, escrever, aprender os números, enfim, o jogo não era visto como um instrumento de trabalho. Devido a esses pensamentos, a noção de jogo aplicado à educação desenvolveu e penetrou muito tarde no âmbito escolar, e ainda é comum nos dias atuais, muitos professores utilizarem os jogos apenas como lazer, depois que terminam os chamados “trabalhos de aula”, esquecendo o foco educativo e pedagógico proporcionado pelas atividades onde o jogo pode estimular o desenvolvimento integral da criança e trabalhar conteúdos curriculares.
 
“Na escola “não dá tempo para brincar”, justificam os educadores. Por quê? Há evidentemente um programa de ensino a ser cumprido e, objetivos a serem atingidos, para cada faixa etária. Com isso, o jogo fica relegado ao pátio destinado a preencher intervalos de tempo entre aulas. Entretanto, o jogo pode e deve fazer parte das atividades e curriculares, sobretudo nos níveis pré-escolar e de 1º grau, e ter um tempo preestabelecido durante o planejamento, na sala de aula”. (FRIEDMANN, 1996, p.15).
 
 
Novas teorias educacionais foram surgindo, baseadas nos estudos de Piaget, Vigostsky, Montessori e outros que defendem a idéia de que a criança realmente aprende brincando, principalmente as disciplinas onde as crianças podem utilizar materiais manipulativos, como a matemática, que oferece diferentes maneiras do professor trabalhar os conteúdos curriculares por meios dos jogos, definindo as habilidades presentes nas brincadeiras. É importante planejarem antes para que o jogo não seja aplicado sem nenhum fundamento, fazendo com que a criança realmente aprenda e possibilitando o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e da capacidade de resolver problemas, contribuindo assim para as crianças adquirirem autoconfiança.
 
“Prazer e alegria não se dissociam jamais o “brincar” é incontestavelmente uma fonte desses dois elementos. O jogo, o brinquedo e a brincadeira sempre estiveram presentes na vida do homem, dos mais remotos tempos até os dias de hoje, nas mais variadas manifestações ( bíblicas, filosóficas, educacionais).O jogo pressupõe uma regra, o brinquedo e o objeto manipulável, brincadeira, nada mais é que o ato de brincar com o brinquedo ou mesmo com o jogo. Jogar também é brincar com o jogo.O jogo pode existir por meio do brinquedo, se os brincantes lhe impuserem regras. Percebe-se, pois, que jogo, brinquedo e brincadeira tem conceitos distintos , todavia imbricados; é o lúdico abarca todos eles.” (MIRANDA, 2001,p.13)
 
 
Quando as crianças aprendem através de atividades lúdicas, elas produzem conhecimentos, nas experiências que são capazes de proporcionar o envolvimento do individuo que brinca, demonstrando prazer em aprender, agir, e enfrentar os desafios com segurança e confiança, conciliando assim a alegria da brincadeira com a aprendizagem escolar. Por isso, é de fundamental importância que o professor utilize os jogos na sala de aula, estimulando os alunos para o desenvolvimento dos conteúdos trabalhados nos currículos escolares, especialmente em matemática já que nesta disciplina são notáveis os momentos de dificuldades, obstáculos e erros, onde exige do aluno motivação, disciplina e vontade de aprender, não desistindo e sim persistindo e encarando suas dificuldades.
 As aulas de matemática devem ser estimuladoras e preparar o aluno para enfrentar situações que a sociedade exige, só a resolução de problemas já não é mais suficiente nesse novo modelo de educação que envolve prática e teoria no contexto de aprendizagem, e é isso que os jogos utilizados na sala de aula devem proporcionar a criança, desafiá-la para que ela própria encontre os meios de resolver a situação proposta, onde ganhar ou perder é apenas mais uma fase do amadurecimento.
É inevitável não associar o jogo com a competividade. É preciso saber o momento certo, valorizar as relações, acentuar a colaboração entre os participantes do grupo, cabe ao professor mediar essa interação minimizando o caráter competitivo, mas não impedir que a criança se esforce para ganhar. Com o tempo e com a utilização freqüente dos jogos as emoções irão se equilibrando, transformando a derrota em algo provisório, um dia ganha, no outro perde. Nessa perspectiva, as habilidades vão sendo descobertas. Os alunos podem se destacar em jogos diferentes, em um jogo alguns conseguem se sair bem em outros não, e com o tempo a vitória passa a ser partilhada. A partir dessa concepção o jogo é ferramenta fundamental na metodologia do ensino da matemática quando trabalhado de forma lúdica.
“O jogo não é somente um divertimento ou uma recreação. Não é necessário provar que os jogos em grupo, é uma atividade natural e que satisfazem á atividade humana; o que é necessário é justificar seu uso dentro da sala de aula. As crianças muitas vezes aprendem mais por meio dos jogos em grupo do que de lições e exercícios”. (FRIEDMANN,1996, p.35). 
 
Os jogos constituem um conteúdo natural onde às crianças são motivadas a cooperar para elaborar as regras, e a partir dessas regras criarem situações novas e a agir de forma independente.
A atividade lúdica é, essencialmente, um grande laboratório em que ocorrem experiências inteligentes e reflexivas e essas experiências produzem conhecimento, os jogos são instrumentos para exercitar e estimular o agir - pensar com lógica e critério com as experiências positivas as criança percebem que aprender é uma atividade interessante e desafiadora.
A participação em jogos de grupos permite conquista cognitiva, emocional, moral e social da criança, uma vez que a permite agir como produtoras do seu próprio conhecimento, tomando decisões e resolvendo problemas, o que consiste um estímulo para o desenvolvimento da competência matemática e dos princípios éticos, partindo do princípio das crianças serem cidadãs, detentoras de direitos e que constantemente agem no meio social em que estão inseridas. É preciso levar em consideração que elas pertencem a uma classe social e são parte de um grupo, e suas brincadeiras, costumes, valores e hábitos nos sensibilizam para a necessidade de lhes garantir o direito às condições dignas de vida, à brincadeira, ao conhecimento, ao afeto e as interações saudáveis.
 
“No jogo, a criança pode experimentar tanto nas convenções estipuladas pela sociedade como as variações dessas convenções.Assim, durante o jogo a criança pode escolher entre aceitar ou discordar de certas convenções, promovendo seu desenvolvimento social. O jogo oferece, muitas vezes, a possibilidade de aprender sobre solução de conflitos, negociação, lealdade e estratégias, tanto de cooperação como de competição social. (FRIEDMANN,1996, p.65)
 
 
Portanto, os adultos e os profissionais da educação devem restabelecer com as crianças esses laços de caráter afetivo, ético, social e político, considerando que a criança precisa de cuidado, da atenção, do acolhimento, da alegria e da brincadeira, entender que está trabalhando com crianças, e não simplesmente com estudantes, por isso a importância de valorizar o lúdico nos processos de aprendizagem, como uma necessidade de favorecer a criança mais que uma escola, uma vida digna, prazerosa e cheia de descobertas. “A Autonomia como finalidade da educação é, num certo sentido, uma nova idéia que revolucionará a educação”. (KAMII, 1990, p.124).
Dessa maneira, a utilização de jogos como meio educacional é um avanço para a educação moderna, proporcionando às crianças, autonomia e desenvolvimento da aprendizagem a partir de “vivências lúdicas”. 
O LÚDICO NA SALA DE AULA
 
2.1. A Atividade lúdica na sala de aula: jogos
 
O sistema educacional busca cada vez mais métodos eficientes para trabalhar em sala de aula e garantir a aprendizagem dos alunos, na disciplina matemática não é diferente. A partir disso, supõe-se que trabalhar o lúdico no ensino da matemática nos anos iniciais do ensino fundamental é uma estratégia que pode trazer bons resultados, pois respeita as diferenças de ritmo de cada aluno.
Neste capítulo, será feito um estudo detalhado sobre a importância do método lúdico no processo ensino-aprendizagem da matemática no 1° ano do ensino fundamental, procurando conhecer a realidade educativa que a mesma está inserida.
No Brasil, a inserção dos jogos na sala de aula aconteceu lentamente, passando a ser questionada através dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (PCN´s, 1998), explica ainda que os jogos:
 
“Constituem uma forma interessante de propor problemas , pois permite que estes estejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução de problemas e busca de soluções. Propiciam a simulação de situações problema que exigem soluções imediatas, o que estimula o planejamento das ações”. (PCN, 1998, p.46).
É importante ressaltar que apesar dos PCN´s orientarem para a utilização dos jogos no ensino da matemática, não orientam em relação de como eles devem ser trabalhados “jogar por jogar” como estratégia de preencher o tempo não trará nenhuma vantagem ao aluno. Os jogos no ensino da matemática têm suas vantagens se o professor tiver objetivos claros e planejar sua atividade antes de levar para sala de aula, a atividade lúdica deve propiciar o “aprender brincando”, conciliando a alegria da brincadeira com o processo ensino - aprendizagem e enriquecendo as relações entre, os jogos, a criança e a educação.

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