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A ludicidade na EI

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34
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO MATEENSE
FACULDADE VALE DO CRICARÉ
CURSO DE PEDAGOGIA
WESLANY FERREIRA DE ALMEIDA
WILLIAN FELICIANO JORGE
A IMPORTÂNCIA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
São Mateus
2017
WESLANY FERREIRA DE ALMEIDA
WILLIAN FELICIANO JORGE
A IMPORTÂNCIA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da Faculdade Vale do Cricaré, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Pedagogia.
 Orientadora: Profª. Maria Izabel Nunes
São Mateus
2017
A CONTRIBUIÇÃO DO JOGO NA SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da Faculdade Vale do Cricaré, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Pedagogia. 
 
Aprovado em____ de _______________ de 2017.. 
 
BANCA EXAMINADORA 
_____________________________
 Profª. Drª.Maria Isabel.Nunes
FACULDADE VALE DO CRICARÉ - ORIENTADORA 
 
_____________________________ 
PROF. NOME COMPLETO 
FACULDADE VALE DO CRICARÉ 
 
_____________________________ 
PROF. NOME COMPLETO 
FACULDADE VALE DO CRICARÉ 
Dedicamos esse trabalho a nossa família, aos nossos professores, a nossa orientadora Prof.ª Drª Maria Isabel pela paciência, e a todos que acreditaram em nós.
Agradecemos primeiramente a Deus pela sustentação e bondade dando-nos sabedoria. Agradecemos mutuamente umas às outras pela força, coragem e companheirismo.
 
“Brincar com crianças, não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escolas, mais triste ainda é vê-los sentados sem ar, com exercícios estéreis sem valor para a formação do homem.” 
 Carlos Drummond de Andrade
RESUMO
Esta pesquisa apresenta a importância do lúdico na Educação Infantil. Refere-se a uma pesquisa bibliográfica em que se objetivou compreender como a ludicidade pode ajudar no processo de aprendizagem da criança. O assunto que dá norte a pesquisa é a implicações do ato do jogo no desenvolvimento. Apresenta quanto o lúdico é importante para uma escola que se proponha ao sucesso pedagógico e a formação do cidadão que como produto final tem a aprendizagem em todas as dimensões: social, cognitiva e relacionamento interpessoal. A pesquisa divide-se em quatro capítulos O primeiro apresenta toda questão metodológica da pesquisa. O segundo aborda sobre a importância da ludicidade na educação infantil e as contribuições de alguns teóricos sobre o assunto. No terceiro mostra a importância da prática da ludicidade na Educação Infantil e seus benefícios para a aprendizagem e no quarto a análise dos dados pelo tema do curso de Pedagogia na Faculdade Vale do Cricaré indicou que é grande o interesse onde os acadêmicas demostraram através de suas pesquisas que consideram importante a prática do lúdico em sala de aula.
Palavras-chave: Lúdico. Aprendizagem. Brincadeiras
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	9
CAPITULO	13
2. A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL	13
CAPÍTULO	18
3. A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DA	 LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SEUS BENEFICIOS PARA A APRENDIZAGEM	18
3.1 OS JOGOS E A APRENDIZAGEM	18
3.2	O BRINCAR	23
3.2.1 O que é lúdico?	24
3.2.2 O que é brincar?	25
3.2.3 Todo brincar é pedagógico?	25
3.2.4 Todo lúdico é pedagógico?	27
CAPITULO	29
4. ANALISE DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO QUE ABORDAM O TEMA LUDICIDADE DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACU7LDADE VALE DO CRICARÉ	29
CONSIDERAÇÕES FINAIS	32
REFERENCIAS	33
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda a importância dos jogos e brincadeira no cotidiano escolar. Apresenta resultado da pesquisa bibliográfica sobre jogos e brincadeiras que devem ser utilizados como recurso pedagógico e assumir as características lúdicas e educativas. Os recursos lúdicos proporcionam aos alunos oportunidade de se apropriar de diferentes conceitos e conteúdo que possibilitarão reconstruírem as suas hipóteses por meio de situações concretas e divertidas. A intenção é desvelar a importância do brincar da criança na educação infantil, enfocando o brincar durante o processo de desenvolvimento enquanto ser humano, e a sua contribuição para o desenvolvimento no ensino e a aprendizagem na educação infantil.
Acredita-se que as brincadeiras dão oportunidade de as crianças refletirem sobre o mundo. É por meio das brincadeiras que as crianças constroem e organizam seu mundo, e ainda que uma dificuldade grande entre os profissionais da educação em socializar os conhecimentos com os alunos através de atividades lúdicas.
No percurso curso de Pedagogia da FVC aprende-se que a brincadeira oportuniza à criança de dividir com seus colegas seus sentimentos propondo novos desafios e descobertas. “O jogo e a brincadeira desenvolvem na criança várias habilidades importantes para a sua vida social.  A brincadeira é um rico instrumento para aprendizagem” (Kishimoto, 2001)
O interesse sobre o Lúdico na Educação Infantil é para poder conhecer mais sobre o assunto e assim poder desempenhar a função como professores com mais propriedade. Pretende-se desvelar por meio dessa pesquisa bibliográfica como as brincadeiras ocorre na criança a estimulação, aumenta seus interesses, há maior interação com seus pares consequentemente há uma aprendizagem significativa. 
Considera-se que é possível adquirir um saber por meio das brincadeiras, o ato de brincar pode proporcionar a criança uma aprendizagem de maneira agradável, aprende a respeitar, cumprir os combinados, e desenvolver um sentimento sobre o mundo que a cerca. Por meio das brincadeiras espera-se que a criança consiga lidar com obstáculos encontrados no seu dia-dia.
Para realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Segundo Cervo e Bervian (1976, p. 69) qualquer tipo de pesquisa em qualquer área do conhecimento, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia, quer para o levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação teórica ou ainda para justificar os limites e contribuições da própria pesquisa. Utilizou-se também como base em pesquisas bibliográficas, especificamente, nos TCCs do Curso de Pedagogia, da Faculdade Vale do Cricaré, onde realizou-se uma pesquisa sobre o tema ludicidade e brincadeiras na educação. Entre os anos de 2008 a 2014 foram encontrados 13 TCCs sobre a ludicidade no acervo da biblioteca da Faculdade Vale do Cricaré.
O assunto que dá norte a pesquisa é a implicações do ato do jogo no desenvolvimento. O jogo é uma das manifestações culturais mais utilizadas pelos professores para a intervenção pedagógica nos diversos níveis de escolarização. Seja na Educação Infantil, seja no Ensino Fundamental o jogo está presente na prática pedagógica de muitos professores. Embora amplamente utilizado, definir o que é jogo e identificar suas categorias constituintes não são simples. Essa complexidade é decorrente de seus múltiplos significados que o termo jogo possui.
O trabalho justifica-se pelo interesse de compreender o valor dos jogos e atividades lúdicas na educação como subsídios eficazes para a construção do conhecimento realizado pela própria criança.
Os jogos são instrumentos lúdicos de aprendizagem que de forma agradável e eficaz proporcionam velocidade no processo de mudança de comportamento e aquisição de novos conhecimentos. Assim, aprender jogando é a maneira mais prazerosa, segura e atualizada de ensinar.
O lúdico na educação infantil deve dar ao professor a oportunidade de compreender os significados e a importância das brincadeiras para a educação. Sneyders (1996 p.36) afirma que "Educar é ir em direção à alegria". Uma vida sem alegria se torna chata, monótona, triste; com a educação não é diferente.
 Educação sem ludicidade é desinteressante, é desestimulante; é ruim para o professor e pior ainda para a criança. É de fundamental importância o uso de jogos e brincadeiras ao longo do processo pedagógicoporque os conteúdos podem ser ministrados de forma agradável e cativante.
Quando os professores transmitem conhecimentos e ensinam jogos e brincadeiras, colocam-se na situação de corresponsáveis junto a essas gerações na busca e valorização das coisas simples que possam trazer, não somente felicidade, mas vivências que deem um maior significado à vida.
 Nessa mesma perspectiva Vigotski (1984, p.119) destaca: Uma criança não se comporta de forma puramente simbólica no brinquedo; em vez disso, ela quer e realiza seus desejos, permitindo que as categorias básicas da realidade passem através de sua experiência. Ao pensar ela age. As ações são inseparáveis: imaginação, a interpretação e a vontade são processos internos conduzidos pela ação externa. 
Há de se concordar que brincar é algo natural da criança. Mas quando falamos do brincar dentro da escola, cria-se um grande conflito em torno do mesmo. Para muitos educadores, a brincadeira ainda ocupa um espaço marginal na sala de aula, ou os mesmos possuem informações reducionistas da importância do lúdico, no desenvolvimento da criança.
 É fundamental fortalecer a consciência sobre o ato do brincar para o desenvolvimento da criança em idade escolar. Hoje em dia, as crianças começam a frequentar cada vez mais cedo à escola.
 O ato de brincar, na maioria das vezes, é desvalorizado em relação a outras atividades consideradas mais produtivas ou mais importantes. As brincadeiras, e o momento do manuseio e visualização dos brinquedos acabam ocupando um espaço de tempo mínimo na vida da criança ficando, via de regras, para o tempo da espera, do intervalo.
Para delimitar a compreensão desta pesquisa primeiramente apresentou-se as relações entre o jogo infantil e a educação e em seguida abordou-se a questão da importância do jogo para desenvolvimento da criança na escola e fora dela.
O objetivo geral da pesquisa é analisar a importância da prática da ludicidade na educação escolar e seus benefícios para aprendizagem dos alunos, a partir da análise dos TCCs, do Curso de Pedagogia, da Faculdade Vale do Cricaré.
Para aprofundar melhor na pesquisa trabalhou-se com os objetivos específicos em desvendar a importância da ludicidade na Educação Infantil a partir dos TCCs analisados, compreender ações mediadoras através do exercício da prática docente; refletir sobre as abordagens teóricas que vem embasando os trabalhos de Conclusão de Curso que abordam o tema “ludicidade” e investigar as metodologias que direcionam os TCCs sobre ludicidade, no curso de Pedagogia da FVC.
Enfim a pesquisa apresenta quanto o lúdico é importante para uma escola que se proponha ao sucesso pedagógico e a formação do cidadão que como produto final tem a aprendizagem em todas as dimensões: social, cognitiva e relacionamento interpessoal.
A pesquisa divide-se em quatro capítulos; o segundo aborda a importância da ludicidade na educação infantil e as contribuições de alguns teóricos sobre o assunto.
No terceiro capítulo apresenta a importância da prática da ludicidade na 
Educação Infantil e seus benefícios para a aprendizagem. Ainda no decorrer do terceiro capítulo mostra sobre os jogos e a aprendizagem.
No quarto capitulo da referida pesquisa fica claro tanto na parte teórica quanto na pesquisa de campo, que o lúdico é algo essencial para a criança, pois promove o desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor. 
CAPITULO 
2. A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
“Como vou saber da terra, se eu nunca me sujar? Como vou saber das gentes, sem aprender a gostar? Quero ver com meus olhos, quero a vida até o fundo, Quero ter barros nos pés eu quero aprender o mundo.” (Pedro Bandeira 2002)
Neste capítulo discute-se os conceitos de ludicidade e a relação do lúdico na educação. No primeiro momento apresenta-se alguns autores como FRIDMAN(1988), RIZZO (1988) ,KISHIMOTO (2001) dentre outros que dialogam sobre a ludicidade.
Atualmente no mundo impera a tecnologia a cada dia avança de uma maneira muito rápida em todos os aspectos, refletindo também na educação. Com todos os recursos multimeios utilizados na educação como jogos no computador, uso da data show não se pode esquecer das atividades lúdicas no cotidiano escolar; porque trabalhar de maneira lúdica em sala de aula é muito atraente e educativa.
De acordo com Piaget (1975 apud Kishimoto, 2001, p. 59) quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade. Além do brincar ser sinônimo de vida para a criança é também é uma maneira que ela consegue se expressar e crescer enquanto ser humano ativo e participativo de uma sociedade em constante mudança. É nesta perspectiva que Friedmann (1998, p. 30) coloca que as brincadeiras fazem parte do patrimônio lúdico cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamento e ensinamentos. Sabemos que brincar é um direito da criança como preconiza o Estatuto da Criança e Adolescente. Brincando a criança cresce em suas relações, aprende de maneira mais significativa.   
Nas brincadeiras a criança desenvolve o seu senso de companheirismo, aprende a conviver com as regras ( ganhar/ perder, esperar sua vez) adquire equilíbrio e consegue aprender de uma maneira satisfatória.
Gilda Rizzo (2001) diz o seguinte sobre o lúdico:
"... A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual." (p.40).
Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Através das leituras realizadas é possível estabelecer frente ao desenvolvimento que os tipos de brinquedos e jogos para a aprendizagem proposto por Piaget auxilia o aperfeiçoamento das condutas, ações.
Atualmente em nossa sociedade capitalista influencia todos, inclusive as crianças, exercendo poder e controle através dos meios de comunicação, principalmente a televisão.
Uma das alternativas para se burlar essa influência está no lúdico, nas brincadeiras de uma forma geral, onde as crianças trabalhariam além do corpo a interação com o outro. Uma das características da criança é de entrar no mundo imaginários, dos sonhos, das fábulas e utiliza como ponte às brincadeiras trazendo para o mundo real. Quando está brincando se expressa mostrando seu íntimo, seus sentimentos, reproduz a sua realidade. 
Alves (1987) sobre o lúdico nos aponta que: 
O lúdico se baseia na atualidade, ocupa-se do aqui e do agora, não prepara para o futuro inexistente. Sendo o hoje a semente de qual germinará o amanhã, podemos dizer que o lúdico favorece a utopia, a construção do futuro a partir do presente. (ALVES, 1987, p.22).
Para VIGOTSKY (1989, p.84) “As crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do indivíduo e a sociedade. O lúdico liberta a criança das amarras da realidade”.
Verifica-se, que as atividades lúdicas propiciam à criança a possibilidade de conviver com diferentes sentimentos os quais fazem parte de seu interior, elas demonstram através das brincadeiras como vê e constrói o mundo, como gostaria que ele fosse quais as suas preocupações e que problemas a estão atormentando, ou seja, expressa-se na brincadeira o que tem dificuldade de expressar com palavras.
As atividades lúdicas são uma aliada ao processo de ensino e aprendizagem podem ser cruciais, para o desenvolvimento do aluno, um exemplo de atividade que desperta e muito o interesse do aluno é o jogo, sobre o qual nos fala Kishimoto:
 “O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola”. (1994, p. 13).
Entende-se que o lúdico contribui para o desenvolvimento da autoestima o que favorece a autoafirmação e valorização pessoal. As brincadeiras, os jogos,os brinquedos podem e devem ser objetos de crescimento, que venha possibilitar  à criança a exploração do mundo ao seu redor de forma lúdica e natural.
Segundo Vygotsky (1991), “o lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração”.
Os jogos podem ser classificados de diferentes formas, de acordo com o critério adotado. Vários autores se dedicaram ao estudo do jogo, entretanto Piaget elaborou uma “classificação genética baseada na evolução das estruturas”. (PIAGET apud RIZZI, 1997).
Piaget coloca os jogos em três grandes categorias que correspondem às três fases do desenvolvimento infantil:
Fase sensório-motora (do nascimento até os 2 anos aproximadamente): a criança brinca sozinha, sem utilização da noção de regras.
Fase pré-operatória (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente): as crianças adquirem a noção da existência de regras e começam a jogar com outras crianças jogos de faz-de-conta.
Fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente): as crianças aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos. Esta é a fase dos jogos de regras como futebol, damas, etc.
Assim Piaget (1975), classificou os jogos correspondendo a um tipo de estrutura mental. Mesmo os educadores que não lidam cotidianamente com crianças, reconhecem a importância do jogo, da brincadeira como um instrumento fundamental para o desenvolvimento cognitivo, social, cultural e afetivo. 
Durante as leituras realizadas no decorrer dessa pesquisa observa-se que vários estudiosos afirmam que o jogo é elemento crucial para o processo de ensino-aprendizagem, para tanto a escola e profissionais de educação devem se utilizar desse recurso como instrumento de aprendizagem significativa.
Os jogos e brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento das crianças, tornando-se assim um direito garantido tanto em algumas leis específicas quanto em referenciais para a educação básica. 
Analisando a citação acima os jogos e brincadeiras, além de serem importantes e significativos para a aprendizagem, são direitos adquiridos das crianças, e que precisam ser aplicados pois favorece o aprendizado, estimula a exploração, imaginação e a solução de problemas.
Para Piaget (1978), as origens das manifestações lúdicas seguem o desenvolvimento da inteligência, atrelada aos estágios do desenvolvimento cognitivo. Cada etapa do desenvolvimento está relacionada a um tipo de atividade lúdica que se sucede da mesma maneira para todos os indivíduos.
 Piaget (1978) identificou três grandes tipos de estruturas mentais que surgem sucessivamente na evolução do brincar infantil:
a) Jogos de exercício: Aparece durante os primeiros 18 meses de vida. É a repetição de movimentos e ações que exercitam as funções tais como andar, correr, saltar e outras pelo simples prazer funcional
b) Jogos simbólicos: é a habilidade de estabelecer a diferença entre alguma coisa usada como símbolo e o que ela representa seu significado. A criança ultrapassa a simples satisfação de manipulação. Quanto mais avança em idade mais caminha para a realidade.
c) Jogos de regras: Marca a transição da atividade individual para a socialização. Constituem-se os jogos do ser socializado e se manifestam quando, acontece um declínio nos jogos simbólicos e a criança começa a se interessar pelas regras. 
Para Vygotsky (2007) há dois elementos importantes na brincadeira infantil: a situação imaginária e as regras. “Em uma ponta encontra-se o jogo de papéis com regras implícitas e, em outra, o jogo de regras com regras explicitas”. Elege a situação imaginária como um dos elementos fundamentais das brincadeiras e jogos. A brincadeira se configura como uma situação privilegiada de aprendizagem infantil, à medida que fornece uma estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência.
De acordo com Vygotsky (2007), é na situação de brincar que as crianças se colocam questões e desafios além de seu comportamento diário, levantando hipóteses, na tentativa de compreender os problemas que lhes são propostos pela realidade na qual interagem. As brincadeiras são aprendidas pelas crianças no contexto social. Assim, ao brincarem, constroem a consciência da realidade e, ao mesmo tempo, vivenciam a possibilidade de transformá-la.
O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a escrita de letras (Vygotsky, 2007, p.134)
Baseado nos teóricos pode-se afirmar que aprendizagem não se faz apenas copiando do quadro ou prestando atenção ao professor, mas sim no brincar, muitas vezes, que acrescenta ao currículo escolar situações que ampliam as possibilidades aprendizagem e construção do conhecimento. Desta forma, o brincar da criança não é apenas um ato espontâneo de um determinado momento. Cada criança em frente ao jogo apresenta sua própria especificidade. O brincar permite que a criança tenha mais liberdade de pensar e de criar para se desenvolver com criatividade e autonomia pois brincar carrega as experiências, as vivencias, enfim a história de cada um.
CAPÍTULO 
3. A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DA	 LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SEUS BENEFICIOS PARA A APRENDIZAGEM
Este capítulo analisa de forma sucinta a importância de se efetivar a ludicidade na Educação e seus benefícios baseando-se em alguns autores e suas teorias e experiencias. Apresenta-se também o conceito jogo, brinquedo e brincadeira.
É essencial que o professor esteja disponível a escolher as produções lúdicas da criança e reconhecer nelas sua intima ligação com o aprender. O acolhimento do jogo significa o acolhimento da cultura lúdica infantil, o que remete a compartilhar com a criança suas brincadeiras, seus jogos, as histórias de instigar a curiosidade da criança, de seduzi-la a descobrir e descobrir-se, a criar e a criar-se enfim, seduzi-la a desejar conhecer, o que implica conhecer-se.
3.1 OS JOGOS E A APRENDIZAGEM
Definir o que é jogo não é fácil pois cada uma pode entender de uma maneira. Corroborando com Kishimoto (2011) em relação aos jogos pode se-se estar falando de jogos políticos, de adultos, crianças, animais ou amarelinha, xadrez, advinhas, contar estórias, brincar de mamãe e filhinha, futebol, dominó, quebra-cabeça, construir um barquinho, brincar na areia e uma infinidade de outros.
A palavra jogo vem do latim, que segundo Freire (2002), Jocus que significa gracejo, zombaria*/, simular, brincar. Kishimoto (2007) afirma, jogo significa ação de jogos, brincadeira na qual enfrentam regras para obter um vencedor, o qual recebe o apostado em dinheiro, jogo de louça, roupas, brinquedo, diversão para as pessoas, coisa usada para criança divertir-se.
Tais jogos, embora recebam a mesma denominação, tem suas especificidades.
O que oferece dificuldade para conceituar jogo é o emprego de vários termos como sinônimos. Jogo, brinquedo e brincadeira têm sido utilizados com o mesmo significado.
No Brasil vários estudiosos apontam para a indiferenciação no emprego de tais termos. Segundo o dicionário informal no site acessado em 26 de março de 2017 nos informa que
1.atividade física ou mental fundada em sistema de regras que definem a perda ou ganho
2.passatempo.
3.jogo de azar, i.e.,aquele em que a perda ou o ganho dependem mais da sorte que do cálculo .
4.o vício de jogar.
5. série de coisas que forma um todo, ou coleção.
6.conjugação harmoniosa de peças mecânicas com o fim de movimentar um maquinismo.
7.balanço,oscilação.
8.manha, astúcia. 
 ( http://www.dicionarioinformal.com.br)
Dar-se o emprego do termo jogo quando refere-se a uma descrição de uma ação lúdica envolvendo situações estruturadas pelo próprio tipo de material como dominó, xadrez, varetas. Os brinquedos podem ser utilizados de diferentes maneiras pela própria criança, mas jogos trazem regras estruturadas externas que definam a situação lúdica.
O jogo como promotor de aprendizagem e do desenvolvimento passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que coloca o aluno diante de situações lúdicas como o jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-los dos conteúdos culturais a serem vinculados na escola. (KISHIMOTO, 1994,p.13)
Ainda existem muitas indagações entre os professores que procuram associar o jogo e a educação: se existe diferença entre o jogo e o material pedagógico, se o jogo educativo empregado na sala de aula e realmente jogo e se o jogo tem um fim em si mesmo ou né um meio de alcançar objetivos.
Apesar dos inúmeros desencontros entre jogo e educação escolar ao longo da história, não podemos negar que a ligação entre a criança e a atividade lúdica é intensa, o que torna inevitável a presença do jogo no cenário escolar. Contudo, essa constatação não nos permite dizer que a relação do jogo e educação se dá sem conflitos, nem tampouco dizer que estamos próximos de um final feliz.
Essa dualidade é anunciada no poema de Cecília Meireles “Ou isto ou aquilo”: não sei se brinco, não sei se estudo...não sei o que é melhor...” a escola é lugar de estudar o que exige responsabilidade, postura e não de brincar, (atividade improdutiva) pensamento de muitos.
Sommerhalder (2001) nos aponta que:
No jogo compartilhado com a criança, acolher as fantasias, provocar o despertar da criatividade e do desejo de saber. Não se trata simplesmente de sugerir uma brincadeira ou deixar que as crianças brinquem livremente, mas de brincar com, de compartilhar com as crianças suas produções, de criar espaços para que possam atribuir significados a estas produções e também de apropriar-se da cultura lúdica. Ao compartilhar as brincadeiras com a criança, o professor compartilha também das fantasias colocadas em cena pelas crianças sem contar suas próprias fantasias (infantis) (SOMMERHALDER.2011 p.55)
Kishimoto (1999) sugere que uma maneira de possibilitar a articulação é possível na medida em que o professor, ao propor uma atividade lúdica às crianças com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, preserve as condições para expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança brincar.
[...] o xadrez materializa-se no tabuleiro e nas peças que podem ser fabricadas com papelão, madeira, plásticos, pedras ou metais. O pião, confeccionado de madeira, casca de fruta ou plástico, representa o objeto empregado na brincadeira de rodar pião. (KISHIMOTO, 2007, p. 17).
E fundamental que o professor esteja atento aos interesses e necessidades de cada faixa etária no que diz respeito ao jogo. Esse cuidado deve evitar contratempos durante as aulas.
 Aproximar seus interesses didático-pedagógicos com os interesses das crianças pode resultar numa aula mais rica e significativa em termos de aprendizagem. Além disso, é importante que o professor conheça os contextos culturais de cada criança, a fim de acolher as experiências lúdicas e vivenciadas por elas nestes diversos contextos, procurando sempre ampliá-las. Isso significa que procurar saber de que brincadeiras e jogos as crianças gostam e vivenciam pode enriquecer o processo de ensino aprendizagem.
Os jogos constituem um contexto por meio do qual podem-se desenvolver atividades em grupo. Um dos aspectos interessantes do jogo é seu lado lúdico, pois brincar é uma atividade natural e necessária para a criança, e como benefício didático, as brincadeiras transformam conteúdos maçantes em atividades interessantes, apresentando certos tópicos por meio da aplicação do lúdico. Com isso os alunos têm a oportunidade de aprender conceitos de forma mais descontraída.
Existem inúmeras possibilidades de incorporar a ludicidade na aprendizagem, mas para que uma atividade pedagógica seja lúdica é importante que permita a fruição, a decisão, a escolha, as descobertas, as perguntas e as soluções por parte das crianças e dos adolescentes, do contrário, será compreendida apenas como mais um exercício. BRASIL. Fundo Nacional de Desenvolvimento da criança da Educação. Ensino Fundamental de nove anos; orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: MEC/FNDE,2006.p.45.
Outro aspecto que merece destaque acerca das atividades envolvendo jogos diz respeito ao desenvolvimento social dos alunos. Por meio dos jogos, eles estarão envolvidos em situações que necessitarão da cooperação de outros indivíduos, para estabelecer e seguir regras. É importante também o professor ter cuidado ao apresentar um jogo/brincadeira. Muitas vezes o professor apresenta o jogo definindo uma única forma de jogá-lo quando poderia trata-la como uma possibilidade de jogá-lo, abrindo significativo espaço para que as crianças invistam criativamente nesse jogo.
Alves (2001) considera que:
[...] os jogos propiciam condições agradáveis e favoráveis para o ensino da matemática uma vez que, com esse tipo de material, o indivíduo e motivado para trabalhar e pensar tendo por base o material concreto, descobrindo, reinventando e não só recebendo informações. Assim, o jogo pode fixar conceitos, motivar os alunos, propiciar a solidariedade entre os colegas, desenvolver o senso crítico e criativo, estimular o raciocínio, descobrir novos conceitos (ALVES,2001, p. 24-25)
Nesses casos, o aluno tem a oportunidade de expor seus argumentos, bem como dar voz aos outros participantes como forma de negociação para o desenvolvimento do jogo. Por meio dos jogos, e possível conduzir a aprendizagem de modo que as ações sejam reflexivas sobre seus argumentos e a construção significativa de conceitos que contribuam efetivamente para a aprendizagem.
Os jogos favorecem um processo dinâmico, ativo e sistemático, mas com um sentido funcional (jogos de exercícios), ou seja, fornecem informações significativas, permitindo assimilação do conhecimento e formação de hábitos estruturados sistematicamente e de modo pleno. Além de vivenciar situações rotineiras que geram satisfação e interesse, os jogos motivam as crianças a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos). Dessa forma elas conseguem imaginar significados para algumas abstrações e subjetividades.
É preciso considerar também o aspecto disciplinar relacionado aos jogos. Em geral, nessas atividades, os alunos têm a oportunidade de entrar em contato, respeitar e explicar aos demais as regras do jogo. Além disso, eles são levados a admitir que nem sempre é possível ganhar, e que, apesar de sua condição no jogo, é preciso permanecer até o final. Nesse sentido, o professor tem o papel fundamental para que os alunos realizem as atividades de jogos com seriedade, de forma que o jogo não seja visto apenas como diversão ou um momento de interrupção da aula.
De acordo com Kamil (2001) para que os alunos deem a devida importância às atividades de jogos o professor deve mostrar que o jogo é importante, motivando-os a jogar seriamente. Uma das maneiras de fazer isso é, ao final da atividade, abrir um espaço para um grupo de cada vez relatar detalhes, como: quem ganhou o jogo, por quantos pontos ganhou, qual a pontuação de cada participante. Com isso os alunos desenvolverão senso de responsabilidade perante a classe. 
Outra forma que motivaria os alunos a jogar seriamente seria a presença do professor no jogo, pois se ele se ocupar com outras atividades enquanto os alunos jogam, rapidamente eles perceberão que o jogo não é suficientemente importante. Além disso, jogando com os alunos, o professor pode avaliar o desempenho individual e se o jogo precisa ser adequado ou descartado, caso os alunos o considerem muito difícil ou muito fácil.
Destaca-se ainda queo uso do jogo não caracteriza, necessariamente, um trabalho envolvendo conteúdo. A livre manipulação de peças e regras por si não garante a aprendizagem. É preciso que haja objetivos educativos com o jogo, sendo, nesse sentido, essencial seu planejamento, bem como a previsão de suas etapas, a fim de que tais objetivos sejam alcançados.
Cabe ao professor analisar e avaliar o potencial pedagógico de um jogo em relação aos objetivos que deseja atingir. Segundo Kamii e DeVries (1991) alguns critérios aos quais o professor deve estar atento ao escolher, desenvolver ou trabalhar em sala de aula com um jogo em grupo são:
· Propor algo interessante e desafiador para os alunos resolverem;
· Permitir aos alunos que se auto avaliem quanto ao seu desempenho;
· Permitir que todos os jogadores possam participar do começo ao fim do jogo.
3.2 O BRINCAR 
O uso do brinquedo e do jogo educativo quando passa a ser visto com fins pedagógicos entende-se então a relevância desses instrumentos para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil como nos afirma KISHIMOTO, 2007:
O brinquedo educativo data dos tempos do Renascimento, mas ganha força com a expansão da educação infantil, especialmente a partir deste século. Entendido como recurso que ensina, desenvolve e educa de forma prazerosa, o brinquedo educativo materializa-se no quebra-cabeça, destinado a ensinar formas ou cores, nos brinquedos e tabuleiros que exigem a compreensão dos números e das operações matemáticas, nos brinquedos de encaixe, que trabalham noções de sequência de tamanho e de forma, nos múltiplos brinquedos e brincadeiras, cuja concepção exigiu um olhar para o desenvolvimento infantil e a materialização da função psicopedagógica: móbiles destinados á percepção visual, sonora ou motora, carrinhos munidos de pinos que se encaixam para desenvolver a coordenação motora, parlendas para a expressão da linguagem, brincadeiras envolvendo músicas, danças, expressão motora, gráfica e simbólica. (KISHIMOTO, 2007, p. 36).
Quando o professor oportuniza o, manipular e montar um quebra cabeça disponível na sala de aula, o lúdico e educativa está sendo trabalhado. Se ela empilha peças do quebra-cabeça, constrói castelos, estão contemplados o lúdico, o imaginário, habilidade e criatividade, essa é a especificidade do brinquedo educativo, propicia o aluno aguçar sua criatividade, trabalha seu imaginário que refletirá em futuras produções posteriormente. 
Santos (2000) afirma que: 
Os brinquedos são convites para a interação; portanto, devem merecer nossa atenção especial. Eles podem seduzir disseminar ideologias, introduzir bons ou maus hábitos e desenvolver habilidades. Certamente os brinquedos também podem ser ótimos recursos pedagógicos. Mas para isso precisamos conhecê-los e refletir sobre eles. (SANTOS, 2000, p.29).
Para Kishimoto (2007, p. 62) “o brinquedo tem grande importância no desenvolvimento, pois cria novas relações entre situações no pensamento e situações reais”.
Um dos elementos mais importantes é que o brinquedo coloca a criança em uma posição ativa, interativa, contribuindo para o seu desenvolvimento. E preciso explicitar isso devido ao fato de que muitos brinquedos brincam por si, ou seja. A criança é muito mais uma expectadora do que uma participante ativa. Como por exemplo as bonecas que fazem xixi e os carrinhos que correm com apenas ao apertar um botão. O mercado expõe brinquedos atraentes independentes da importância que possam ter para a criança e neste sentido interferem também na questão cultural (SANTOS, 1995, p.6).
Emerique (2003) alerta que muitos fabricantes de brinquedos acabam por delimitar e empobrecer as alternativas de uso do brinquedo pelas especificações registradas nas embalagens. É em razão disso que a análise e a seleção dos brinquedos ganham tanta relevância, pois um brinquedo, efetivamente, deve contribuir para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.
 3.2.1 O que é lúdico?
O lúdico vem do latim ludus, que significa brincar. Neste brincar estão incluídos jogos, brinquedos e divertimento.
O lúdico representa o processo de aprendizagem e descoberta do ser humano. A espontaneidade é o fator primordial para uma existência saudável, na qual o indivíduo amplia sua capacidade criadora, e um dos objetivos é criar situações de relaxamento, desenvolvendo sua liberdade de ação e atuação.
O lúdico é uma necessidade básica da personalidade do corpo e da mente, faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, e caracteriza-se por ser espontâneo funcional e satisfatório. É tudo aquilo que leva um indivíduo somente a se divertir, se alegrar, a passar o tempo. Ressaltamos que este estado de espírito acontece espontaneamente, não podendo ser provocado, talvez estimulado, ou seja, é quando o indivíduo não quer fazer aquela atividade, mas faz contra a sua vontade e, ao iniciar, vê que é prazerosa e acaba gostando (CAVALLARI; ZACHARIAS, 2000)
3.2.2 O que é brincar?
Segundo dicionário Aurélio, brincar significa entreter-se com um objeto ou atividade qualquer; distrair-se com jogos de crianças representando ou simulando algo ou ação.
Segundo Vigotsky (1994, p. 67), Brincar é coisa séria, também, por que na brincadeira não há trapaça, há sinceridade e engajamento voluntário e doação. Brincando nos reequilibramos, reciclamos nossas emoções e nossa necessidade de conhecer e reinventar. E tudo isso desenvolvendo atenção, concentração e muitas habilidades. É brincando que acriança mergulha na vida, sentindo-a na dimensão de possibilidades. No espaço criado pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece a expressão de uma realidade interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas sociais e familiares.
Brincar é todo e qualquer movimento que tem como objetivo em si mesmo produzir prazer na sua execução, ou seja, divertir quem está brincando. A brincadeira pode criatividade e a sociabilidade, além de ser uma forma promissora para compreender e dominar o que os cerca.
De acordo com Vygotsky (1994, p. 71) “a criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade de brinquedo”. Logo, compreende-se que o brinquedo é essencial para o desenvolvimento da criança, é por meio dele que ela começa a desenvolver noções básicas relacionadas ao meio social.
3.2.3 Todo brincar é pedagógico?
No Brasil, o lúdico, o jogo, o brinquedo e a brincadeira assumem formas indistintas. De acordo com Freire (1997, p. 116), “existem muita confusão a respeito dos termos brinquedo, brincadeira, jogo e lúdico. As definições destas palavras em nossa língua pouco se diferenciam. Brincadeira, brinquedo e jogo significam a mesma coisa”.
Em relação entre escola e brincar o Referencial Curricular Nacional (Brasil, 1998, p.6) aponta:
Metas de qualidade para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem como cidadãos cujos os direitos a infância são reconhecidos. Visa, também contribuir para que possa realizar, nas instituições, o objetivo socializador, dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a ampliação pelas crianças , dos conhecimentos da realidade social e cultural.
Podemos afirmar que todo brincar é pedagógico, por promover a construção do conhecimento. A brincadeira é uma ação que leva o brincar espontâneo, no momento pedagógico e terapêutico. Na brincadeira a criança produz e reproduz, cria e recria no meio individual ou coletivo. É através das brincadeiras e dos jogos que as crianças tem acesso a nova descobertas. Jean Piaget (1978) situa que a meio caminho entre o jogo e o trabalho inteligente, ou entre o jogo e a imitação complementando o jogo da construção. 
De acordo com Piaget (1975) (apud Kishimoto, 2001, p. 59) quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade. Friedmann (1998, p. 30) afirma que as brincadeiras fazem parte do patrimônio lúdico cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamento e ensinamentos. A autora define o brincar como um direito da criança, pois brincar é umaatividade que integra a vida social das mesmas.
O início do desenvolvimento da criança denomina-se, de acordo com Piaget, fase sensório-motora (de 1 a 2 anos, aproximadamente). Nesta fase o jogo é para a criança uma assimilação do real com si própria e caracteriza as manifestações de seu desenvolvimento.
O mesmo autor fala que os jogos são classificados por três etapas que correspondem às três fases do desenvolvimento infantil. Fase sensório-motora (do nascimento até os 2 anos aproximadamente): a criança brinca sozinha, sem utilização da noção de regras. Fase pré-operatória (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente):
As crianças adquirem a noção da existência de regras e começam a jogar com outras crianças jogos de faz-de-conta. Fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente): as crianças aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos. Esta é a fase dos jogos de regras como futebol, damas, etc. 
3.2.4 Todo lúdico é pedagógico?
Para Marinho (2007, p.83) “o lúdico tem grande valor educativo e pode ser utilizado na escola como um dos recursos didáticos no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo com o desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas”
A ludicidade é de extrema importância no cotidiano escolar infantil. A criança que brinca certamente vive momentos de alegria, felicidades, magia e fantasia, exercitando seu potencial criativo, agilidade, espírito crítico, integrados como parte do desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento.
A preocupação com vivências lúdicas nas escolas tem se constituído em tendência predominante dos últimos anos, nas diferentes sociedade e culturas, e as brincadeiras e os jogos ocupam um papel de relevância nessa área.
Os conteúdos que hoje estão na escola como obrigatórios e a preocupação de como desenvolvê-los encontram no jogo e na brincadeira um contexto rico e seguro para a construção dos conhecimentos necessários. 
As brincadeiras na escola tem um papel de destaque no desenvolvimento das competências de expressão e compreensão, do trabalho em grupo, de atitudes e de normas, de conceitos e de habilidades de pensamento (observar, comparar, analisar, dentre outros aspectos).
Nas brincadeiras durante o processo de estabelecimento de analogias, as crianças criam linguagem e convenções próprias conforme a leitura que fazem da realidade ou do contexto da brincadeira. Esse é o aspecto fundamental que favorecerá a compreensão e aceitação de regras e convenções do processo de ensino e aprendizagem.
Oliveira (2000, p. 76) defende que:
[...] educadores infantis precisam fomentar situações cotidianas nas quais a criança possa manipular construir imaginar, criar reaproveitar materiais que aparentemente não tem símbolo algum, mas que podem ser transformados em brinquedos e jogos em momentos de experiências infantis.
Quando utiliza-se o lúdico na escola busca-se também um resgate cultural da criança em que ela traz à escola vivências apreendidas em casa, com os amigos, na sua comunidade ou seja, resgatando movimentos muitas vezes passados e modificados no decorrer de gerações. É muito importante valorizar estas vivências.
Observa-se que a cada dia a utilização de recursos lúdicos tem ocupado espaço na dentro da escola e torna-se muito importante a valorização do momento da brincadeira dirigida pelo professor e as brincadeiras livres sob o olhar do professor.
Como Kishimoto aborda que no mundo do brinquedo e dos jogos, que proporcionam situações em que a criança crie regras, a brincadeira não é uma atividade inata, mas sim uma atividade social e humana que supõe contextos sociais, a partir dos quais o aprendiz comanda uma nova realidade e estabelece suas normas (KISHIMOTO, 2003).
É fundamental que a escola se envolva com atividades lúdicas no processo de ensino, isso atribui valores às brincadeiras, mostra outros caminhos e outras possibilidades de se “pensar”, de criar estratégias sobre algo.
O lúdico na escola deve ser valorizado e preservado. A realização da brincadeira na escola é uma garantia de que tantas transformações possam acontecer na vida da criança, visto que a brincadeira estimula a aprendizagem e a autonomia. Sabe-se que os jogos e brincadeiras são instrumentos cruciais de mediação entre o entretenimento e a aprendizagem, a utilização do lúdico é realmente importante durante o processo de aprendizagem.
CAPITULO
4. ANALISE DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO QUE ABORDAM O TEMA LUDICIDADE DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACU7LDADE VALE DO CRICARÉ
 Buscou-se compreender melhor o papel da ludicidade na educação infantil e o interesse pelo tema através uma análise sobre os TCCs dos anos de 2009 a 2014 do curso de Pedagogia da Faculdade Vale do Cricaré. Foram analisados 15 TCCs onde observa-se em linha geral todos apontam o lúdico como um recurso metodológico por intermédio do qual o professor tem a oportunidade de conhecer seu aluno. Suas necessidades, conflitos, dificuldades e comportamentos em geral.
Os procedimentos dessa atividade foi direcionado no intuito de atender o objetivo do trabalho, que foi refletir sobre as abordagens teóricas que vem embasando os trabalhos de Conclusão de Curso que abordam o tema “ludicidade” e investigar as metodologias que direcionam os TCCs sobre ludicidade, no curso de Pedagogia da FVC. Para tanto o grupo reuniu-se na biblioteca na Faculdade Vale do Cricaré, selecionamentos os TCCs de acordo com o tema e fizemos uma análise dos mesmos.
Kishimoto é umas das autoras mais citadas, segundo essa autora (2001, p.37) chama a atenção para o preocupante fator de que na educação infantil o brincar, provém de uma natureza livre, deste modo parece não estar ligado com a busca de resultados dos processos educativos. Porém os professores precisam atentar-se para o desenvolvimento do brincar também enquanto instrumento mediador de conhecimento e não só como “atividade de horas livres. ” 
Em suma, os TCCs de forma sucinta apresenta que é necessário fazer uma quebra com o paradigma de que o brincar é algo que não demonstra seriedade e organização, mas é crucial considerar que as atividades lúdicas podem acontecer em meio, ou não ao planejamento do professor.
 A análise de dados caracteriza-se difícil pois requer organização do material obtido na coleta, relacionado com discussões pautadas em aportes teóricos que sustentam o trabalho. 
Abaixo uma apresentação dos resultados da pesquisa sobre os TCCs.
Tabela1. Consolidação dos Dados da Pesquisa dos TCCs sobre lkudicidade
	
Ano
	
Titulo
	2008
	A importância do lúdico na Educação Fundamental: o xadrez educativo
	2008
	O Lúdico na Educação Infantil erro construtivo no processo ensino aprendizagem
	2008
	Brincar na Educação Infantil Para o Desenvolvimento da identidade e autonomia
	2008
	O Ludico na Educação Infantil: O erro construtivo no processo ensino aprendizagem
	2008
	Jogos lúdicos: criar, desenvolver e aprender
	2008
	Brincar na Educação Infantil para o desenvolvimento da Identidade e autonomia
	2008
	A importância do Brincar na Educação Infantil
	2009
	Como trabalhar a Literatura e a ludicidade no Ensino
	2009
	A importância das Brincadeiras na Educação Infantil
	2009
	Importância do Brincar na Educação Infantil
	2009
	A ludicidade e a prática da matemática no 4” ano do Ensino Fundamental
	2009
	A importância do Brincar na Educação Infantil
	2009
	A importância das Brincadeiras na Educação Infantil
	2010
	Como Trabalhara Literatura e a ludicidade no Ensino Fundamental
	2014
	A Importância dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil
	2014
	O Ensino da Matemática através do Lúdico: uma análise de como o lúdico é utilizado nas turmas de Primeiro ano do Ensino Fundamental da Escola Bom Sucesso
	2014
	O uso do lúdico na pré alfabetização: utilizando o brinquedo sucata no processo de ensino e aprendizagem
Na pesquisa de campo, através dos TCC supracitados, pode-se analisar, refletir e perceber que todos os professores sabem da importância do lúdico para o aprendizado dos alunos, para a autonomia. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a pesquisamostrou-se que a ludicidade é um objeto que deve servir como facilitador da aprendizagem. Além disso deve favorecer a imaginação, a criatividade, a autonomia. No decorrer da pesquisa ressaltou que o brinquedo e um material que a criança manipula livremente, sem estar condicionada a regras, desperta a curiosidade, exercita a inteligência.
Com a pesquisa bibliográfica pode-se constatar através dos autores a importância que tem o lúdico no processo ensino-aprendizagem, pois os alunos se sentem motivados a aprender, seu senso crítico e reflexivo aflora mais e com mais intensidade. As crianças aprendem brincando, pois são uma fonte de prazer e descoberta para os mesmos.
Faz-se necessário que os professores verifiquem se está dedicando tempo para a brincadeira, valorizando a ludicidade como um instrumento de apropriação do conhecimento na formação da criança. Orienta-se cada vez mais proporcionar o brincar no espaço escolar e, também, proporcionar os profissionais de formação e orientação para que possam aplicar o “Brincar” em suas aulas, assim como utilizá-lo para que contribua no desenvolvimento da criança e na construção do aprendizado. 
Durante as leituras percebe-se que a maioria dos professores utilizam as mesmas brincadeiras e jogos, como por exemplo, jogo da memória, quebra-cabeça, bingo de letras, dominó, amarelinha, brincadeira de roda, música, teatro, trava línguas.
Conclui-se então, que esta pesquisa contribuiu no sentido de entender melhor a prática do professor que oportuniza aos alunos através da ludicidade alternativas que proporcionem uma aprendizagem, mais prazerosa, dinâmica e significativa, e uma educação de qualidade. Para nós, enquanto acadêmicos de Pedagogia, os resultados para a formação inicial foram significativos e nos proporcionaram um sentimento de realização, e até mesmo de preocupação com o saber pois considerando que esta pesquisa pode provocar o desejo de querer buscar um conhecimento maior na área.
REFERENCIAS 
ALVES, Eva Maria Siqueira. A ludicidade e o Ensino de Matemática. Uma pratica possível. Campinas:Papirus,200’1 (Coleção Papirus Educação)
BANDEIRA, Pedro. Vai já para dentro menino! In: BANDEIRA, Pedro. Mais respeito que eu sou criança. São Paulo: moderna, 2002: pp14 e 15.
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_____. Estatuto da Criança e do Adolescente. Diário Oficial da União, 1990.
_____. Referencial curricular nacional para educação infantil. Ministério de Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SET, 1998.
FRIEDMANN, Adriana. O direito de brincar: a brinquedoteca. 4. Ed. São Paulo: Scritta: Abrinq, 1992.
KAMII Constance, DECLARK, Geórgia. Reinventando a aritmética: implicações da teoria de Piaget. Tradução de Marina Célia Dias Carrasqueira. São Paulo: Trajetória cultural,1991.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 10. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2007
. ______. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1994.
 ______. O jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2008.
_____; DEVRIES, Retha. Jogos em grupo na Educação Infantil: implicações da teoria de Piaget. Tradução de Marina Célia Dias Carrasqueira. São Paulo: Trajetória cultural,1991.
MARINHO, Hermínia R. B. et al. Pedagogia do movimento: Universo lúdico e psicomotricidade. 2 ed. Curitiba: Ibepex, 2007.
OLIVEIRA, Vera Barros de. O Brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar,1976.
SANTOS, Santa Marli Pires dos.Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis: Vozes, 2000.
TEIXEIRA, Sirlândia Reis de Oliveira. Jogos, brinquedos, brincadeiras e brinquedoteca: Implicações no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Wak, 2010.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Fontes, 2007

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