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Disciplina: Direito Administrativo II Modelo de Prova: INTERATIVAS Tipo de Prova: EX Versão da Prova: 2 Código da Prova: 65514 Questão Respostacorreta Gabarito Comentado 1 E A afirmativa I está errada porque para os atos de improbidade de dano ao erário a suspensão dos direitos políticos será de 5 a 8 anos. A afirmativa II está correta, vez que a perda da função pública ocorre apenas após o trânsito em julgado da decisão. A afirmativa III está correta, pois a suspensão dos direitos políticos será de 3 a 5 anos nos casos de atos de improbidade de violação aos princípios da Administração Pública. A alternativa IV está errada, pois tanto a perda da função pública quanto a suspensão só ocorrem após o trânsito em julgado. Portanto, estão corretas as alternativas II e III. 2 A A requisição administrativa ora se assemelha com a ocupação temporária, ora se assemelha com a desapropriação. É a intervenção do Estado no domínio econômico, como forma de limitação à propriedade privada, incidindo sobre bens móveis ou imóveis e serviços, e justifica-se em tempos de paz e de guerra. Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2016, ed. 29ª, p. 176) “pode-se conceituar a requisição como ato administrativo unilateral, autoexecutório e oneroso, consistente na utilização de bens ou serviços particulares pela Administração, para atender a necessidades coletivas em tempo de guerra ou em caso de perigo público iminente”. 3 A A permissão de uso é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta a utilização privativa do bem público para fins de interesse público. A concessão de uso é um contrato administrativo pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a utilização privativa de bem público, para que exerça conforme a sua destinação. A Autorização de uso é o ato administrativo unilateral e discricionário, pelo qual a Administração consente, a título precário, que o particular se utilize de bem público com exclusividade, mas se diferencia da permissão por ser mais precária, conferindo menos poderes aos usuários, e geralmente é uma outorga provisória. Portanto, a sequência correta é (3), (2), (1), (3). 4 E Para o art. 10 (regra expressa) que trata sobre o dano ao erário, ocorre ato de improbidade em razão de uma conduta culposa ou dolosa, mas para atos do art. 9º (enriquecimento) e 11 (violação a princípios) a lei não estabelece o elemento culpa. Como não há previsão expressa, só pode ser configurado na modalidade: DOLOSA, não sendo necessária comprovar a conduta dolosa do agente de forma subjetiva, basta que se faça de forma genérica (dolo genérico), conforme a jurisprudência. Portanto, a alternativa correta é a que fala que para os atos de improbidade de enriquecimento ilícito somente é admitida a figura dolosa. O convênio não é uma modalidade de contrato administrativo, sendo conceituado como “forma de ajuste entre o Poder Público e 5 B conceituado como “forma de ajuste entre o Poder Público e entidades privadas ou públicas para a realização de objetivos de interesse comum, mediante colaboração.” (Di Pietro, 2016, p. 390). Para Marçal Justen Filho (2014) não existe intento de cunho lucrativo, sendo diferente dos contratos administrativos, vez que é um ajuste associativo, de cunho organizacional, no qual as partes não recebem remunerações por sua atuação e todos os recursos são aplicados na atividade de relevância coletiva, e que podem ser integrados por um número superior de partes. Em outras palavras, é uma associação visando um resultado comum, com mútua colaboração tendo de um lado a Administração e do outro dois ou mais sujeitos, podendo ser entidades públicas ou privadas. Portanto, a alternativa correta é V, F, V e V, vez que a única afirmação de que não se trata de contrato administrativo é o convênio. 6 D Segundo o art. 20 da Constituição Federal são bens da União as terras devolutas (inciso II), e os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais (inciso III). Já o artigo 26 da Constituição estabelece os bens que pertencem aos estados, como as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros e as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União. Portanto, as alternativas corretas são I e II. 7 E A Lei 8.429/92 em seu artigo 1º indica as entidades que podem ser atingidas por atos de improbidade administrativa, e abrange “a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual”. A afirmativa I está errada porque as empresas privadas somente poderão ser enquadradas como sujeito passivos no caso de terem recebido subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual. A afirmativa III está errada, pois não é preciso ter dano ao patrimônio público, e ter as contas aprovadas ou rejeitadas não é parâmetro para a improbidade administrativa. As afirmativas II e IV estão corretas, vez que sujeito ativo na improbidade pode ser o agente público e terceiros que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade, ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta, e portanto não é apenas servidor público que se enquadra como sujeito ativo na improbidade. 8 D Terminada a defesa será apresentado o relatório pela Comissão, devendo indicar a absolvição ou a aplicação de determinada penalidade, fundamentando o relatório nas provas que se baseiam a conclusão. A Autoridade julgadora, em sua decisão, poderá aceitar ou não as indicações feitas no relatório da comissão processante. No caso de não aceitar as indicações da comissão, terá que motivar adequadamente a sua decisão, apontando os elementos e provas do processo em que se baseia. É permitido ao indiciado assistir a inquirição de testemunhas e reperguntar às mesmas, por intermédio da comissão, devendo comparecer acompanhado do seu defensor. Após a instrução, abre-se vista para a apresentação de defesa, ou seja, o princípio é assegurado em toda a sua extensão. O processo administrativo disciplinar é obrigatório, de acordo com o artigo 41 da Constituição Federal, para a aplicação das penas que impliquem perda de cargo para funcionário estável. Finalizado o processo, cabem ainda o pedido de reconsideração, os recursos hierárquicos e revisão quando admitida na legislação estatutária. 9 C A teoria criada na França, chamada de “faute du service” não é imputada pessoalmente ao funcionário, mas sim na falha do serviço público prestado. O serviço não foi prestado ou foi prestado de forma ineficiente, atrasada, bastando à vítima provar qualquer uma dessas situações, para completar o elemento subjetivo. A vítima não necessitava mais apontar o agente culpado. 10 B As duas afirmativas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si. Pelo contrário, uma das cláusulas exorbitantes, que coloca a Administração em uma posição de supremacia perante o particular, é a exigência de garantia. Por outro lado, a exigência de garantia pela Administração Pública nos contratos de concessão patrocinada ou administrativa faz com que deixe de ser um ônus apenaspara o particular, perdendo então a natureza de cláusula exorbitante.
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