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Exercício de Gestão de Contratos - Exercício de Fixação 3 Questão 1 de 10 O Ministério Público é o guardião dos direitos da sociedade, servindo como órgão legalmente constituído para, com autonomia administrativa, operacional e financeira, trabalhar em busca dos interesses coletivos e garantir a boa aplicação dos recursos públicos. Esta atividade, naturalmente, é limitada e possui o aspecto legal que regula até que ponto o Ministério Público pode ir e que áreas ele pode representar. O objetivo principal é evitar a ocorrência de atos de improbidade administrativa, tão lesivos e recorrentes dentre os entes públicos, fato que pode ser observado pela quantidade de escândalos de corrupção que assolam o país, tomando como exemplo principalmente os que vieram à tona desde a década de 2000 até meados de 2016. A atuação do Ministério Público (MP) é consequente de determinação constitucional e a Carta Magna designa ao MP a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, dentre outras prerrogativas legais. De acordo com a Carta Constituinte, o artigo 129 define as atribuições do Ministério Público, dentre outras, que serão contempladas por legislação ordinária específica. Sobre as funções institucionais do Ministério Público, analise as afirmações e assinale a alternativa correta: I. Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia. II. Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. III. Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição. IV. Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. Assinale a alternativa correta: A - Todas as afirmativas estão corretas. check_circleResposta correta B - As afirmativas III e IV estão corretas. C - As afirmativas II, III e IV estão corretas. D - As afirmativas I, II e IV estão corretas. E - As afirmativas I, II e III estão corretas. Questão 2 de 10 Conceitualmente, os contratos administrativos estão ligados à Administração Pública e partem do princípio de que a coisa pública se sobrepõe às coisas particulares. Já os contratos de Direito Privado envolvem entes privados, mas isso não é uma exclusividade. No entanto, ambos estão classificados no Direito comum, o contrato também serve para igualar os valores das partes, quando necessário e identificado que as coisas a serem trocadas não possuam exatamente o mesmo valor. Obviamente, o valor do dinheiro deverá ser apenas esta diferença para que o contrato seja válido. É em um contrato em que duas partes equivalentes criam a obrigação entre si de entregar uma coisa qualquer para a outra e essa coisa não é dinheiro. O próprio Código Comercial não define de forma mais objetiva o que é o contrato, apenas especificando que é um instrumento de troca ou escambo mercantil que opera simultaneamente duas vendas, podendo ser verbal ou formal, fazendo as coisas trocadas as vezes de pagamento recíproco às partes interessadas. Em tese, tudo o que pode ser vendido pode ser trocado. Com base nas informações sobre contratos, para que o mesmo seja formalizado é necessário que o mesmo apresente: A - Cláusulascheck_circleResposta correta B - Colunas C - Linhas D - Páginas E - Tabelas Questão 3 de 10 A Constituição do Brasil estabelece em seu artigo 5.º, inciso LXVIII, o direito ao habeas corpus. Mesmo na Constituição de 1946, tida como ditatorial pelos historiadores, o direito habeas corpus já estava previsto. Esta garantia constitucional se apresenta disponível aos cidadãos desde a Constituição de 1891, sendo retirada da pauta constitucional na Carta de 1926, mas retornando em 1946 e permanecendo até então. Há dois tipos de habeas corpus: o preventivo e o repressivo. O primeiro é para evitar, por exemplo, que uma pessoa vá presa, estando ela livre no momento do pedido. O segundo, o repressivo, é utilizado para libertar um indivíduo que já está preso. O mandado de segurança é uma inovação brasileira para os atos de qualquer natureza. Teve sua origem na Carta Constituinte de 1934 e permaneceu em todas as Constituições seguintes, exceto na de 1937. Nos dias atuais, possui legislação específica, que é a Lei 12.016 de 2009, e na Constituição atual está no artigo 5.º, LXIX, servindo para proteger o direito líquido e certo dos cidadãos, isso quando o responsável pela ilegalidade ou abuso for uma autoridade pública ou um agente público. Utiliza-se o mandado de segurança quando os direitos em voga não podem ser amparados por habeas corpus, podendo ser destinado qualquer pessoa, brasileira ou não, residente no Brasil ou não, pessoas jurídicas e até o próprio Ministério Público, por exemplo. É um direito constitucional amplo para todos os agentes brasileiros ou apenas estabelecidos, mesmo que temporariamente, em território nacional. Do outro lado do mandado de segurança está obrigatoriamente uma entidade pública e sua sede funcional. A atitude tomada pode ser repressiva ou ameaçar direitos líquidos e certos do impetrante e, dependendo do que seja pleiteado, cabe a concessão de liminar para que o objeto do mandado de segurança não pereça com o tempo. Com base nas informações, qual o prazo decadencial para que seja impetrado o mandado de segurança, sendo contados a partir do momento da ciência do ato que se pleiteie que seja impugnado? A - 120 diascheck_circleResposta correta B - 150 dias C - 30 dias D - 60 dias E - 90 dias Questão 4 de 10 Na Administração pública, quando identificados desvios no cumprimento contratual por parte dos terceiros para com a mesma, as penalidades não poderão ser aplicadas de maneira automática ou de maneira unilateral por parte do governo. Para que seja aplicada qualquer penalidade, é necessário que haja um ato administrativo punitivo formalizado. Não se trata de punição padronizada, como é o estabelecido pelo Código Penal Brasileiro. Não há uma tipicidade definida, ou seja, não são elencadas as diversas formas de infrações passíveis de punição. O Poder Público tem certa liberdade para, com base no ocorrido e no desvio contratual identificado, definir a penalidade que mais se ajuste à infração cometida pelo contratado. Podemos verificar que a Administração Pública, no momento da aplicação destas penalidades, deve manter a proporcionalidade e a razoabilidade no ato punitivo, deixando a pena proporcional ao ato infracional ocorrido e seguindo o que foi previamente estabelecido em contrato. Por mais grave que tenha sido a falha cometida pelo agente terceiro contratado, não é facultada à Administração Pública inovar em qualquer uma Das modalidades punitivas, quer seja criando penalidades não previstas ou aplicando múltiplas penalidades de maneira desproporcional. Quando um contrato celebrado com a Administração Pública é executado de maneira ineficiente ou simplesmente não é executado, o Poder Público tem o poder de aplicar uma ou mais penalidades administrativas, estabelecidas na Lei das Licitações, no seu artigo 87. Acerca das penalidades previstas para os contratos administrativos celebrados entre a Administração Pública e terceiros: “ O último item relacionado à sanção de empresas, aplicada no caso de faltas mais graves, consideradas gravíssimas, que ocasionaram não somente a inexecução total ou parcial do contrato, mas também prejuízos diretos ou indiretos para o Poder Público. Pelo nível elevadíssimo de gravidade, esta declaração impede que a empresa punida volte a contratar com qualquer ente da AdministraçãoPública por prazo indeterminado, embora esse prazo possa ser alterado para um intervalo determinado de tempo sempre que houver conveniência para a Administração Pública. Com relação à aplicação desta sanção em específico, ela só poderá ser aplicada pelos Chefes do Executivo de cada esfera governamental ou, alternativamente, pelos Ministros de Estado, representando a chefia do executivo de cada pasta ministerial”. Com base no conteúdo citado acima, a descrição refere- se a: A - Advertência B - Cláusula C - Declaração de Idoneidadecheck_circleResposta correta D - Multa E - Suspenção temporária Questão 5 de 10 Dos males que assolam o Poder Público, a improbidade administrativa é um dos piores conceitos a serem citados. Ela também é a justificativa para a grande variedade de controles sociais existentes no país, pois estes buscam fiscalizar a atividade do Poder Público. O conceito de improbidade administrativa está ligado ao conceito de corrupção administrativa, que enaltece o desvirtuamento do Poder Público dos fundamentos básicos, sendo que a moralidade e outros princípios, como a legalidade, a impessoalidade, a publicidade e a eficiência, garantem a ordem jurídica e o Estado Democrático de Direito. I. Os atos de improbidade administrativa são cometidos por agentes públicos. II. O enriquecimento ilícito, é um exemplo de ato que caracteriza a improbidade administrativa. III. A probidade tem relação com a virtude de quem é probo, ou seja, íntegro de caráter e de honradez. IV. Perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado. Assinale a alternativa correta: A - Todas as afirmativas estão corretas.check_circleResposta correta B - Apenas a afirmativa IV está correta. C - Apenas as afirmativas III e II estão corretas. D - Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. E - Apenas a afirmativa I está correta. Questão 6 de 10 Ao analisar uma relação contratual embasada no Direito Privado, ambas as partes devem ter o mesmo nível de privilégio, ou seja, nenhuma delas pode ser beneficiada ou prejudicada para que a outra tenha seu status contratual alterado. Na Administração Pública e nos contratos administrativos, há algumas cláusulas que, se comparadas com o Direito Privado, poderiam ser consideradas ilícitas ou que colocam uma parte, neste caso a Administração Pública, em vantagem em relação ao terceiro. Essas cláusulas, decorrentes da supremacia da Administração Pública, pois esta administra a coisa comum, o interesse coletivo, estão completamente amparadas juridicamente pelo Princípio da Supremacia do Interesse Público e, em consequência disso, contém as mais diferentes prerrogativas favorecendo a Administração Pública. Há a possibilidade de alterar ou rescindir unilateralmente um contrato, além de desapropriar particulares, sempre que as consequências destas ações beneficiarem a coletividade e não apenas um particular. Com base nas informações, assinale a denominação da cláusula citada acima: A - Comodante B - Eleitoral C - Exorbitantescheck_circleResposta correta D - Mutuante E - Mutuário Questão 7 de 10 A própria Constituição de 1988 atribuiu funções estatais para os tradicionais Poderes e também instituiu o MP, que deve zelar pelo equilíbrio entre os Poderes, garantindo que sejam respeitados os direitos fundamentais. Essa atuação autônoma faz com que o MP seja tratado como se fosse um quarto poder, mas sem de fato representar uma autarquia autônoma. Apenas as suas atividades possuem autonomia completa. O papel do Ministério Público é justificado e conceituado como sendo o patrocínio dos interesses públicos sem viés definido, além de proteção preparada e imparcial, mesmo em se tratando de interesses privados, provendo proteção especial deles. Entende-se o patrocínio dos interesses públicos como o conjunto de tarefas e ações que buscam não somente a correta aplicação dos recursos públicos, mas a satisfação plena por parte da sociedade. Ainda de acordo com a Carta Constituinte, o artigo 129 define as atribuições do Ministério Público, dentre outras, que serão contempladas por legislação ordinária específica. A Constituição Federal é peça importante em relação aos limites impostos na investigação criminal do Ministério Público, sendo considerada a lei máxima em vigência no Brasil, na qual devem se basear todas as demais legislações. Esta limitação tem maior polêmica com relação à polícia judiciária – tanto a civil quanto a federal – sendo esta um órgão do Estado que apura as infrações penais nas ações de iniciativa do Ministério Público. A Carta Constitucional estabeleceu como função específica do Ministério Público o controle da atividade policial. Por meio deste dispositivo, o entendimento maior de polícia judiciária manifesta-se por meio de seus órgãos de classe, estabelecendo que o Ministério Público apenas pode exercer o controle externo, não tendo poder próprio investigatório relacionado à atividade policial. A Constituição Federal estabeleceu algumas proibições à atuação do Ministério Público. No tocante a essas proibições, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: I. Receber, a qualquer título, honorários, percentagens ou quaisquer custas processuais. II. Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. III. Exercer qualquer outra função pública, com exceção sendo dada ao magistério. IV. Receber auxílios ou contribuições de pessoas físicas ou qualquer entidade pública ou privada, com exceção dada apenas Gestão de Contratos para o que estiver previsto em lei e exercer advocacia em tempo inferior a três anos após exoneração, aposentadoria ou afastamento. V. Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior... Assinale a alternativa correta: A - Todas as afirmativas estão corretas. B - As afirmativas III, IV e V estão corretas. C - As afirmativas II, III e IV estão corretas. D - As afirmativas I, III e IV estão corretas. check_circleResposta correta E - As afirmativas I e IV estão corretas. Questão 8 de 10 Do ponto de vista legal, um contrato administrativo só pode ser extinto em decorrência de fatos ou de atos jurídicos que motive e justifique. Quer seja quando o contratado tem problemas com a Administração Pública ou por finalização do prazo para prestação do serviço, o Poder Público pode extinguir o contrato com o terceiro. Adicionalmente, se o objeto ou o contratado desaparecerem. Para que não ocorra o estímulo para a extinção do contrato, a Administração Pública apenas precisa do cumprimento do objeto contratado, da conclusão dos trabalhos e do recebimento integral para que a avença seja acabada. A extinção de um contrato administrativo independe da ação de qualquer uma das partes, desde que tais fatos jurídicos ocorram, como o não cumprimento de prazos, do cronograma de entregas ou do objeto contratado. Agora, vejamos a seguinte e situação: houve um descumprimento contratual de natureza apenas eventual e o mesmo foi imediatamente avaliado pelo Poder Público competente. Não é obrigatório que o contrato seja extinto, desde que seja identificada a real possibilidade de cumprimento do que foi estabelecido inicialmente, depois de identificados os problemas e de tomadas todas as providências cabíveis para saná-las. Se houver qualquer problema de ordem operacional, a Administração Pública não pode receber o objeto contratual nem proceder ao respectivo pagamento. No caso de ocorrências como estas, o Poder Público deve definir novo prazo para que ascorreções sejam feitas ou para que o serviço completo seja prestado por parte da contratada. No caso de multa moratória, uma coisa não excluirá a outra, ou seja, a dilação do prazo não quer dizer que se for realizada a entrega integral do serviço em data futura, a mora será desconsiderada no contrato. Para isso, deve ser seguido o que está estabelecido no artigo 86 da Lei das Licitações, o qual trata sobre a eventual multa moratória. Há três atos jurídicos que podem levar à extinção de um contrato administrativo, são eles: A - Advertência, Multa, Suspenção temporária B - Cláusula, Advertência, Execução C - Declaração de Idoneidade, Execução, Fiscalização D - Oneroso, Quantitativo, Qualitativo E - Rescisão administrativa; Rescisão judicial, Rescisão Consensualcheck_circleResposta correta Questão 9 de 10 O papel do Ministério Público é justificado e conceituado como sendo o patrocínio dos interesses públicos sem viés definido, além de proteção preparada e imparcial, mesmo em se tratando de interesses privados, provendo proteção especial deles. De acordo com a Constituição, o artigo 129 define as atribuições do Ministério Público, dentre outras, que serão contempladas por legislação ordinária específica. Sobre as funções institucionais do Ministério Público, analise as afirmativas, julgue se são verdadeiras ou falsas e assinale a alternativa que contém a sequência correta: Sendo assim, analise as sentenças a seguir e assinale V se a sentença for verdadeira e F se a sentença for falsa: ( )Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia. • ( )Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição. • ( )Processar e julgar as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País. • ( )Realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. • ( )Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. A sequência correta é: A - V, V, F, V, F B - V, V, F, F, V check_circleResposta correta C - F, V, V, F, V D - F, F, V, V, F E - F, F, F, V, V Questão 10 de 10 Os atos de improbidade administrativa são cometidos por agentes públicos; são contrários à moral e aos bons costumes, evidenciando falta de honradez e de retidão de conduta da Administração Pública direta ou indireta envolvida pelos Três Poderes. O crime de improbidade administrativa ocorre quando o sujeito ativo, dotado dos poderes da função pública temporária ou efetiva, é o responsável pelo gerenciamento, pela destinação ou pela aplicação de valores que sejam desviados da sua função original. Há casos de enriquecimento ilícito, lesão ao erário por ação ou omissão, imparcialidade, desonestidade, ilegalidade e deslealdade em relação às instituições. De acordo com o art. 11 da Lei 8429/92, constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições. Com base no artigo da lei acima citada, analise as afirmativas e posteriormente assinale a resposta correta: I. Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência. II. Representar à autoridade competente pela adoção de providências para sanar a omissão indevida, ou para prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder. III. Negar publicidade aos atos oficiais. IV. Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. Assinale a alternativa correta: A - I e II estão corretas. B - I e III estão corretas. C - Apenas III está correta. D - I, III e IV estão corretas. check_circleResposta correta E - II, III e IV estão corretas.
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