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TRABALHO NOS MOLDES TCC PROJETOS INTEGRADOS

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UNIVERSIDADE DE UBERABA
Ana Flávia Silva Santos - 5135084
Fábila Matos Martins - 5135539
Vitor Hugo de Souza Nogueira - 5128833
AÇO ESTRUTURAL
PROCESSO DE MONTAGEM
UBERABA
ix
2017
Ana Flávia Silva Santos - 5135084
Fábila Matos Martins - 5135539
Vitor Hugo de Souza Nogueira - 5128833
AÇO ESTRUTURAL
PROCESSO DE MONTAGEM
Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba, como partes das exigências à conclusão da disciplina Projetos Integrados, do quarto semestre do curso de engenharia civil. 
Orientador: Profª. Ms. Carlos Roberto Mangussi
UBERABA
05 / 2017
"O melhor aço tem que passar pelo fogo mais quente.”
Richard Nixon.
À Deus pela força.
À minha família pelo apoio.
Aos colegas pelo incentivo e cumplicidade. 
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida, o amor eterno pela força para vencer mais esse desafio e por sempre ter nos amparado.
Ao professor Mangussi pelo desafio proposto, pela paciência e orientação.
Aos nossos país pela dedicação e zelo dado a nós, que contribui diretamente para nosso sucesso. 
Aos engenheiros que nos recepcionaram na obra visitada e sanaram todas nossas dúvidas sobre o tema em questão.
Novamente a Deus por nos amar incondicionalmente e nos dar o privilégio de viver a vida de uma forma tão prazerosa.
RESUMO
Este trabalho apresenta os principais meios pelos quais são montadas estruturas em aço e as características deste material, mostrando as qualidades e defeitos desse sistema construtivo.
Com busca bibliográfica em livros e sites especializados no assunto, apresenta-se um pequeno resumo das principais características do aço estrutural e a técnica construtivas de estruturas metálicas “in loco”.
Para resultados desse trabalho, foi feita visita a uma obra de aplicação do aço estrutural, buscando aliar dados teóricos com a prática, observando-se assim a racionalidade desse sistema construtivo. 
Palavras chave: Aço Estrutural, Estruturas Metálicas, Racionalização da obra
ABSTRACT
This work presents the main means by which steel structures are assembled and the characteristics of this material, showing the qualities and defects of this constructive system.
With a bibliographical search in books and websites specialized in the subject, a brief summary of the main characteristics of structural steel and the technique of constructing metallic structures "in loco" is presented.
For the results of this work, a visit was made to a structural steel application, seeking to combine theoretical data with practice, thus observing the rationality of this constructive system. 
 Keywords: Structural Steel, Metal Structures, Rationalization of the work 
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Visão aérea do estadio do Maracanã	16
Figura 2 – Visão interna do estadio do Maracanã	16
Figura 3 – Ponte Rio-Niterói	17
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	130
2	O AÇO NA CONSTRUÇÃO	141
3	COMPONENTES QUÍMICOS DO AÇO	175
4	ALGUMAS APLICAÇÕES DO AÇO SEM FINS ESTRUTURAIS	18
5	VANTAGENS E DESVANTAGENS DO AÇO ESTRUTURAL	17
5.1	VANTAGENS	19
5.2	DESVANTAGENS	19
6	MONTAGEM	21
6.1	CUIDADOS NA MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS	19
7	IMPACTOS AMBIENTAIS DO AÇO	21
8	DESCARTE DO AÇO	21
9	CONCLUSÃO PARCIAL	21
REFERÊNCIAS	266
INTRODUÇÃO 
A construção civil está em constante processo de mudança. Novos materiais e novas tecnologias surgem a cada dia propondo-se a resolver melhor e mais rápido as questões que se apresentam nos canteiros de obras.
Sabemos que o mundo moderno pede facilidades para realização de trabalho bem feito é em menos tempo possível, assim, a construção civil se renova de acordo com a necessidade de atender o mercado e resolver possíveis problemas; foi com esse intuito que o aço passou a ser um material muito utilizado na construção civil, principalmente em grandes obras como estádios, pontes, prédios entre outros.
Este trabalho tem o objetivo de apresentar o aço na construção civil; relatando sua história inicial como um material de construção no Brasil; seus componentes químicos, ou seja, seus ligantes; suas vantagens e desvantagens na construção levando em consideração todos os fatores como: preço, mão de obra qualificada e tempo gasto; todo o seu processo de montagem e finalmente a maneira como é realizado o seu descarte. Além de demonstrar como a Engenharia sendo uma ciência exata influi positivamente em novas descobertas e aplicações melhorando o desempenho construtivo no Brasil.
O AÇO NA CONSTRUÇÃO 
O uso do aço proporcionou uma revolução nos padrões arquitetônicos, não só pelo tamanho das estruturas que agora eram possíveis, mas principalmente pelo melhor aproveitamento do espaço.
A construção em aço surgiu inicialmente na Inglaterra – há cerca de 200 anos – e desde então vem aprimorando sua tecnologia e contribuindo para o desenvolvimento do setor em todo o mundo. No Brasil, a história é mais recente. Foi no final do século XIX e início do século XX que o aço começou a ser utilizado, mas ainda na forma de estruturas pré-fabricadas importadas para atender à demanda crescente por pontes e edifícios. Apenas a partir do início de operação da Companhia Siderúrgica Nacional, CSN, a primeira siderúrgica integrada instalada no país, em 1946, é que o aço importado passou a ser substituído pelo produto de fabricação nacional.
De lá para cá muita coisa mudou nesse cenário. A partir de 2003 a construção encontrou um novo ritmo de crescimento. A expansão também trouxe grandes alterações qualitativas e um crescente amadurecimento do mercado, que passou a exigir obras cada vez mais rápidas e com maior qualidade. A elevação do custo da mão de obra tornou indispensáveis a racionalização de processos e a busca por maior produtividade e com melhor qualificação dos trabalhadores. O bom desempenho das edificações tornou-se um requisito obrigatório, incorporando também a preocupação com a sustentabilidade dos materiais e da obra como um todo, o que é uma exigência cada vez mais importante para os clientes e para a sociedade. Essas demandas encontraram a resposta adequada nos sistemas construtivos industrializados, entre os quais se destacam os sistemas construtivos em aço.
É neste contexto, de mudanças e oportunidades, que surgiu uma iniciativa que trouxe contribuição essencial para que o setor da construção metálica pudesse realizar os avanços que se verificariam a seguir. Foi criado, em 2002, o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) com a missão de atuar junto a cada elo da cadeia produtiva – empreendedores e construtoras, arquitetos, engenheiros estruturais e fabricantes de estruturas e componentes – para difundir a construção metálica e apoiar o desenvolvimento desse mercado. O trabalho efetuado permitiu a análise correta das potencialidades das estruturas em aço, assim como dos sistemas mistos e híbridos, sem a influência de paradigmas e preconceitos.
Dentre as várias ações empreendidas pelo CBCA, destacam-se a publicação do Guia Brasil da Construção em Aço, facilitando a divulgação de
empresas, produtos e serviços da construção metálica; a criação de um Banco de Obras.
para livre consulta, reunindo projetos de referência realizados em aço e suas respectivas fichas técnicas; e o lançamento da revista Arquitetura & Aço, que rapidamente tornou-se uma referência no mercado para todos os interessados na construção em aço, em especial os arquitetos. Criou, ainda, a série Manuais de Construção em Aço, excelente fonte de informação e orientação,sempre elaborados por renomados profissionais, e as vídeo aulas, ferramenta de apoio aos docentes de arquitetura e engenharia.
A construção civil é o setor que mais consome produtos siderúrgicos no Brasil, assim como no mundo todo. Atualmente, responde por 37% do total do consumo aparente de aço no país. E a Pesquisa Industrial Anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que a construção em aço no Brasil cresceu ao ritmo de 11% ao ano, em média, no período entre 2002 e 2012, atingindo o consumo de 1,7 milhão de toneladas. Enquanto isso, a construção civil como um todo crescia 4,3% ao ano e o PIB nacional registrou média de apenas 3,9% no mesmo período.
Nosso mercado já oferece aos interessados nos sistemas construtivos em aço uma ampla série de produtos e soluções, além de empresas e profissionais especializados, consultorias, montadoras e equipamentos para montagem.
O uso do aço em obras recentes, como estádios para a Copa do Mundo de Futebol em 2014, aeroportos, edifícios corporativos, hotéis e até edifícios do Minha Casa Minha Vida, atestam a enorme contribuição que a construção em aço oferece para que tenhamos obras cada vez mais rápidas, eficientes, bonitas e sustentáveis. [1]
Figura 1 – Reforma do Estádio Maracanã 2014 - Cobertura 
Fonte: mundo/noticia/2013/08/responsavel-pela-obra-do-maracana-desabafachorei-muitas-vezes.html
Os materiais apresentam características e propriedades que os tornam de grande importância nos projetos de engenharia e como parte integrante da vida dos seres humanos na atualidade. Algumas propriedades merecem destaque especial pela importância nos projetos de engenharia, quais sejam a resistência mecânica, resistência a corrosão, resistência a fadiga, resistência a fluência, soldabilidade e a resistência a raios ultravioleta. [ 9 ] 
Figura 2 –Reforma da cobertura completa do Estádio Maracanã 2014 Fonte: mundo/noticia/2013/08/responsavel-pela-obra-do-maracana-desabafachorei- muitas-vezes.html
Alguns elementos de liga atuam na resistência mecânica e na resistência à corrosão das ligas ferrosas tanto na baixa como na alta temperatura. Estes elementos são basicamente o cromo, o vanádio e o tungstênio. [9] 
Figura 3 –Vista aérea do vão central da Ponte Rio-Niterói, Brasil.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Rio%E2%80%93Niter%C3%B3i#/media/File:Rio_de_Janeiro_Ponte_
Niteroi_Aerea_104_Feb_2006.JPG
COMPONENTES QUÍMICOS DO AÇO
A ligação metálica é a que se estabelece entre os metais. Os átomos metálicos possuem baixa eletronegatividade, e grande tendência a perderem elétrons da última camada, transformando-se em cátions. Em um sólido metálico, os átomos estão agrupados geometricamente ordenados, por células unitárias que se repetem ao longo da cadeia formando um retículo cristalino.
Os elétrons mais externos de um átomo, por estarem longe do núcleo, movimentam-se livremente, formando uma nuvem eletrônica dentro do retículo.
A ligação metálica é o resultado da interação entre esses elétrons livres e os cátions fixos, ou seja, um aglomerado de cátions mergulhados em um mar de elétrons. A existência de elétrons livres confere à estrutura cristalina dos metais, propriedades características como: boa condutibilidade elétrica e
térmica; maleabilidade; ductibilidade (grau de deformação que um material suporta até o momento de sua fratura); altos pontos de fusão e ebulição; resistência à tração e brilho metálico.
Os aços podem ser definidos como um tipo de liga metálica ferro-carbono com teor de carbono até cerca de 2.1% (mas em geral bem menos), além de outros elementos resultantes do processo de fabricação (como Mn, Si, P, e S) e, eventualmente, adicionados propositalmente (por exemplo, Cu, Cr, Ni, Mo e Nb) para melhoria de suas propriedades (por exemplo, resistência mecânica e resistência á corrosão). Existem diferentes tipos de aços que podem ser classificados de acordo com a sua composição química, microestrutura, propriedades mecânicas ou características de fabricação. [2] 
ALGUMAS APLICAÇÕES DO AÇO SEM FINS ESTRUTURAIS
Além das aplicações para fins estruturais, os aços carbono comuns também são utilizados na construção civil em situações que não envolvem diretamente função estrutural. Dependendo da aplicação, podem ser revestidos superficialmente (por exemplo, por zinco, estanho, fósforo e materiais poliméricos orgânicos, como as tintas e vernizes) para uma melhor proteção contra a corrosão. Entre as principais aplicações e usos não estruturais, podem ser relacionados: arames recozidos (para fixação de barras e fios de aço para concreto armado), telas de gabiões, telas soldadas para cercamentos e alambrados, elementos de ligação (pregos, parafusos e seus complementos e rebites), chapas lisas ou corrugadas para revestimento de pisos e paredes, tubos (com ou sem costura longitudinal) para encanamentos e seus acessórios, painéis de andaimes, telhas e tapamentos laterais, painéis arquitetônicos e termo acústicos, forros, esquadrias (portas, portões, janelas e grades) e seus acessórios, calhas, rufos, condutores verticais de águas pluviais, eletrocalhas, entre outros.
Dentre as principais aplicações não estruturais dos aços inoxidáveis na construção civil, podem ser relacionadas: revestimento de fachadas (revestimento de superfícies planas ou não planas com chapas finas de aço inoxidável com acabamento espelhado, lixado, escovado ou colorido), revestimento de interiores (corrimãos, divisórias, revestimento interno de elevadores, etc.), mobiliário urbano (sinalização, bancos, abrigos, lixeiras, etc.), caixas d’ água, cubas, revestimento de pias, válvulas, metais sanitários, coifas, ralos, etc. [2] 
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO AÇO ESTRUTURAL 
Como qualquer material, o aço estrutural possui vantagens e desvantagens frente a outros materiais. No entanto, cabe ao engenheiro saber se as vantagens superam as desvantagens nas suas obras.
VANTAGENS
Apesar das suas dimensões serem relativamente pequenas, ou estreitas, o aço possui uma alta resistência a tração, flexão e compressão.
Mesmo sendo um material com alta massa especifica, próximo a 78,5 kN/m³, as estruturas feitas de aço são mais leves que as convencionais (concreto armado). Logo as fundações suportam menos peso, portanto são mais baratas.
Por se tratar de um material homogêneo, com limites de escoamento, ruptura e módulo de elasticidade bem definidos, o aço se apresenta como um material com alta margem de segurança.
Como as peças são pré-fabricadas e montadas “in loco”, essas peças também podem ser desmontadas e reaproveitadas em outro local.
Apresenta possibilidade de substituição de perfis componentes da estrutura com facilidade, o que permite a realização de eventuais reforços de ordem estrutural, caso se necessite estruturas com maior capacidade de suporte de cargas.
Apresenta possibilidade de maior reaproveitamento de material em estoque, ou mesmo, sobras de obra, permitindo emendas devidamente Dimensionadas, que diminuem as perdas de materiais, em geral corrente em obras.
Possui um menor tempo de execução. A estrutura metálica é projetada para fabricação industrial e seriada, de preferência, levando a um menor tempo de fabricação e montagem.
Maior limpeza de obra. Devido à ausência de entulhos, como escoramento e fôrmas.
Maior facilidade de transporte e manuseio. Em função da maior resistência do material, as peças de aço são menores, com menor peso relativo, facilitando assim o carregamento, transporte e manipulação.
Maior facilidade de ampliação. É bastante frequente a necessidade de ampliação de estruturas industriais, ocasião em que a expansão deve ser executada sem interferir nas outras atividades: isto só é possível devido à precisão e menores dimensões das peças e à fabricação fora do local da obra.
Maior facilidade de montagem. Sendo a estrutura de aço feita em regime de fabricação industrial, a equipe montadora já recebe as peças nos tamanhos definidos, comas extremidades preparadas para soldagem ou aparafusamento durante a montagem; esta é rápida e eficiente, feita com mão de obra qualificada e equipamentos leves.
Facilidade de desmontagem e reaproveitamento. A estrutura de aço tem a seu crédito o valor residual que não é perdido com a execução da obra, pois ela pode ser desmontada e transferida para outro local sem maiores problemas.
Facilidade de vencer grandes vãos. A maior resistência do aço, conduz à melhoria das condições para vencer grandes vãos, com menores dimensões das peças e menores pesos.
Precisão das dimensões dos componentes estruturais. Como a fabricação obedece a rigorosas especificações dimensionais, pode-se encomendar todos os acessórios antecipadamente, sejam portas, janelas, basculantes e outros. Menores são também os gastos com alvenarias e argamassas; no caso de prédios, após a montagem da estrutura, ela está totalmente nivelada e aprumada, o que serve de guia para as demais etapas.
Maior facilidade de reforço. Quando houver necessidade de aumento de carga, a estrutura pode ser facilmente reforçada, em alguns casos com a colocação apenas de uma chapa numa viga ou coluna.
Resistência à corrosão. O aço apresenta excelente resistência à corrosão atmosférica desde que determinados cuidados sejam tomados. Para melhorar ainda mais a resistência do aço à corrosão, protege-se a estrutura com pintura e/ou galvanização; pode-se ainda trabalhar com aços de alta resistência à corrosão atmosférica, que são capazes de durar quatro vezes mais que os aços comuns.
Redução da carga nas fundações. A grande consequência da alta resistência do aço aos esforços de tração, compressão e cisalhamento é o enorme alivio de cargas para as fundações. As estruturas em aço são cerca de 6 vezes menos pesadas que as estruturas em concreto.
Menores dimensões das peças. A elevada resistência das peças executadas em aço, leva automaticamente, a menores dimensões. No caso de colunas, obtêm-se maior área útil e menores pesos; no de vigas, menores alturas (metade das do concreto) e menores pesos. [7]
 DESVANTAGENS
Limitação de fabricação em função do transporte até o local da montagem final, assim como custo desse mesmo transporte, em geral bastante oneroso.
Necessidade de tratamento superficial das peças estruturais contra oxidação devido ao contato com o ar, sendo que esse ponto tem sido minorado através da utilização de perfis de alta resistência à corrosão atmosférica, cuja capacidade está na ordem de quatro vezes superior aos perfis de aço carbono convencionais.
Mão-de-obra qualificada e equipamentos específicos.
Limitação, em algumas ocasiões, na disponibilidade de perfis estruturais, sendo sempre aconselhável antes do início de projetos estruturais, verificar junto ao mercado fornecedor, os perfis que possam estar em falta nesse mercado. [3]
MONTAGEM
A montagem das estruturas em aço, estruturas metálicas, requer alguns cuidados especiais justamente por ser um serviço bem especifico. Essa montagem necessita de mão-de-obra especializada e ferramentas especificas (gruas e guindastes por exemplo), além das peças serem montadas dentro do canteiro de obra (montagem in loco).
Apesar de ser um serviço especializado, a montagem pode ser rápida, dependendo da complexidade da estrutura e dos profissionais que executaram essa montagem.
 CUIDADOS NA MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS
Transporte: como as peças são fabricadas não necessariamente perto do canteiro de obra, é necessária atenção com o transporte dessas peças. É preciso considerar os veículos que irão transportar esse material; onde esses veículos irão passar; quanto tempo gastará, e quanto custará.
Armazenagem das peças: primeiramente deve-se observar que o espaço destinado ao armazenamento seja bom para manejo e não vá atrapalhar o andamento da obra.
Cuidados com a umidade e a corrosão galvânica (corrosão do aço com outros metais) também são necessários visto que o material utilizado é sujeito a essas “intemperes”.
As peças devem ser armazenadas separadas por pontaletes de madeira, afim de facilitar a utilização das cintas para içamento das vigas e pilares.
Algumas peças metálicas possuem limites de peso para armazenamento, como as lajes steel deck, para este tipo de elemento deve ser respeitado o número máximo de placas empilhadas indicado pelo fabricante.[4]
 Equipamentos: as construções metálicas envolvem utilização de maquinas pesada como o guindaste a grua. É necessário definir quais serão os melhores materiais a serem utilizado em cada obra, levando em consideração até a disponibilidade desse material aonde estamos trabalhando.
Técnicas de içamento: O içamento é uma das atividades que devem ser realizadas com muito cuidado, pois podem provocar acidentes graves, caso seja feito de forma incorreta ou imprudente.
Para um içamento seguro é importante a determinação de dois pontos importantes: a carga útil da peça e o centro de gravidade da peça. A definição da carga útil da peça pode ser feita de duas formas. A forma mais simples é consultar o projeto e a lista de materiais e averiguando lá qual o peso total da peça com acessórios. Outra forma é calcular o peso da peça in loco a partir de cada elemento constituinte. A forma ideal é utilizar as duas paralelamente, afim de evitar erros e aferir o peso das peças.
A definição do centro de gravidade da peça será essencial para um içamento estável. Para peças simétricas o centro de gravidade estará no meio da peça. Içar uma peça sem o correto posicionamento do gancho no centro de gravidade pode provocar movimentos indesejados na peça. O risco de acidentes neste caso é muito grande, podendo atingir o próprio equipamento ou as pessoas envolvidas na operação.
Além disso para um içamento seguro são necessários diversos acessórios e equipamentos de apoio. Em alguns casos são montadas verdadeiras estruturas auxiliares para içamento de peças mais pesadas e complexas.[4]
Ligações soldadas: é muito importante a fiscalização por parte do engenheiro sobre as ligações soldadas, que apesar de essas serem de responsabilidade do soldador, coloca em risco todo o trabalho.
Ligações parafusadas: assim como as ligações soldadas, as parafusadas devem estar sob a mira do engenheiro e responsável. Em uma obra de estruturas metálicas, existem inúmeros modelos de porcas e parafusos, logo devem estar atentos as indicações do projeto para cada montagem.
Tolerância da estrutura: toda peça ou equipamento tem um limite de tolerância especificado pelo projeto ou fabricante. Logo esse limite sempre deve ser respeitado.
Estabilidade estrutural durante a montagem: Outro ponto importante é o cuidado com a estabilidade de toda a estrutura durante a montagem.
Para isto é elaborado um plano de montagem que leva em consideração as cargas acrescidas progressivamente e o funcionamento das peças já instaladas durante este acréscimo de cargas.
É essencial obedecer ao plano de montagem, assim será garantido o funcionamento adequado da estrutura em cada fase da construção e não somente na fase final.
O plano de montagem é muitas vezes um fator determinante no custo da montagem de estruturas metálicas. Por isso, a determinação deste plano é usualmente realizada pela empresa já contratada para a montagem. [4]
Equipamentos de segurança: O último cuidado indicado para a montagem de estruturas metálicas é a utilização de equipamentos de proteção individual e coletivos.
O grande risco na montagem de estruturas metálicas é o risco de quedas. Para evitar este tipo de acidente é importante que a montagem seja planejada com a utilização de equipamentos como: Escadas permanentes ou temporárias; Pisos metálicos ou pranchas no andar inferior; Plataformas modulares temporárias: Guarda-corpos, barreiras e sistemas de proteção de quedas; Pontos de ancoragem; Cabos guia; Redes de segurança. [4]
IMPACTOS AMBIENTAIS DO AÇO
Assim como o cimento, o aço é imprescindível para a construção civil, especialmente como componente da estrutura das edificações emconcreto armado ou somente em aço. No mercado da construção civil, o aço está em toda a parte. E as vantagens na sua utilização são diversas, como pode ser conferido aqui. Mas, se por um lado as vantagens são muitas, por outro lado os impactos ambientais negativos oriundos da fabricação deste insumo são diversos.
A energia utilizada na produção siderúrgica, mais precisamente na produção de ferro-gusa, vem da queima de carvão vegetal, que é produzido muitas vezes a partir da extração ilegal de mata nativa. Poderia haver o uso de madeira plantada para este fim, mas a monocultura está relacionada com uso de agrotóxico e redução de biodiversidade, dentre outros problemas ambientais.
As siderúrgicas emitem CO2 (dióxido de carbono) e CH4 (metano) na atmosfera, contribuindo para agravar o efeito estufa. Óxidos de enxofre (SOx) e óxidos de nitrogênio (NOx) também são emitidos. Estes reagem com a umidade presente no ar e constituindo assim a chamada “chuva ácida”. O uso de filtros adequados é a solução mais adequada para minimizar este impacto.
As siderúrgicas, no processo de fabricação do aço emitem efluentes líquidos altamente poluentes em corpos d’água próximos à unidade fabril. Esses efluentes contêm hidrocarbonetos, cobre, níquel, chumbo, amônia e outros elementos químicos, altamente nocivos aos ecossistemas locais. Para mitigar este problema, os efluentes devem passar por estações de tratamento antes de serem descartados.
Bom, como podemos ver, até as barras de aço chegarem aos canteiros de obra para a confecção dos elementos estruturais, muitas etapas colocam em risco o meio ambiente. Os organismos fiscalizadores estão constantemente realizando auditorias e multando as siderúrgicas descomprometidas com a sustentabilidade, sendo grande parte delas multinacionais de grande porte de intenso marketing ambiental. Fiquemos de olho. [8]
DESCARTE DO AÇO
O aço é um dos metais mais antigos da civilização humana e sua reciclagem é igualmente remota, 100% reciclável. Sua sucata pode ser transformada infinitas vezes em um novo aço sem perda de qualidade. [5] O descarte do aço se dá através da reciclagem. A reciclagem do aço remonta à própria história de utilização do metal. Reciclado, mantém suas propriedades como dureza, resistência e versatilidade. As latas normalmente jogadas no lixo podem retornar a nós em forma de novas latas, ou como vários utensílios – arames, partes de automóvel, dobradiças, maçanetas e muitos outros.
Nas áreas de armazenamento, as latas são prensadas para aumentar sua densidade e melhorar as condições de transporte. São enviadas às indústrias siderúrgicas junto com as demais sucatas metálicas, para se transformarem em tarugos ou folhas de flandres.
As latas de aço lançadas na natureza sofrem oxidação num prazo médio de 3 anos, transformando-se em óxidos ou hidróxidos de ferro. Se recuperadas, podem ser recicladas infinitamente. [6]
CONCLUSÃO PARCIAL
Amplamente utilizado desde o século XVIII, o aço é referência de leveza de simplicidade na construção. Associado à ideia de modernidade e inovação, as estruturas metálicas possuem a rapidez como grande diferencial, tendo como característica a agilidade, racionalização de materiais e aumento da produtividade.
A estrutura metálica também permite que várias frentes de trabalho sejam abertas simultaneamente, (instalações, lajes, fechamentos, etc). Podendo pesar de 6 a 10 vezes menos do que as estruturas de concreto (sem as lajes). Considerando todos os elementos da edificação, pode-se obter uma redução de até 20% das cargas transmitidas às fundações.
Dentre todas essas características é o mais requisitado para grandes construções ou construções convencionais por reduzir o custo e o tempo de execução. 
REFERÊNCIAS
Revista Arquitetura & Aço – Nº 42, A Evolução da Construção em aço no Brasil, 2015. [1]
Materiais de construção civil. 2.ed.- editor: Geraldo C. Isaía [2]
Premonta. Vantagens e desvantagens da utilização do aço estrutural. [3]
Engenharia Concreta. Montagem de Estruturas Metálicas: 10 Cuidados Essenciais. [4]
Setor de Reciclagem. Aço, o material mais reciclado do mundo. [5]
RECICLOTECA- Centro de informações sobre reciclagm e Meio Ambiente. Metal: história, composição, tipos, produção e reciclagem. [6]
Portal Met@lica-Construção Civil. Vantagens da Construção em Aço. [7]
Ivana Jatoba. Impactos Ambientais das Siderúrgicas. 2013 [8]
Nunes, Laerce de Paula. MATERIAIS: aplicações de Engenharia, Seleção e Integridade. Rio de Janeiro, 2012. [9]

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