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SISTEMAS ESTRUTURAIS II AULA 02 | SISTEMAS ESTRUTURAIS BÁSICOS: CABO PROFESSOR FELIPE LANDIM https://sites.google.com/view/felipelandim INTRODUÇÃO �Abordaremos uma série de sistemas estruturais básicos compostos por barras, a partir dos quais, por meio de associações adequadas, pode-se criar uma quantidade quase infinita de possibilidades estruturais. �O pré-dimensionamento dos sistemas estruturais é feito recorrendo a gráficos que foram elaborados pelo prof. Philip A. Corkill da Universidade de Nebraska e traduzidos e adaptados pelos professores Yopanan C. P. Rebello e Walter Luiz Junc com a colaboração da arquiteta Luciane Amante. INTRODUÇÃO �Os gráficos apresentam uma região como resposta, contida entre duas linhas, uma superior para os valores máximos (estrutura bastante carregada) e outra inferior para os valores mínimos de pré- dimensionamento (estrutura pouco carregada). O CABO Pavilhão Quadracci do Museu de Arte de Milwaukee | Santiago Calatrava Cidade das Artes e Ciências | Valência, Espanha | Santiago Calatrava Estádio Olímpico de Munique | Frei Otto | 1972 Ponte Golden Gate | São Francisco, EUA Ponte Akashi-Kaikyo| Akashi, Japão Ponte Estaiada | São Paulo, Brasil Ponte del Alamillo | Sevilha, Espanha | Santiago Calatrava COMPORTAMENTO �Cabo – barra cujo comprimento é tão predominante em relação a sua seção transversal que se torna flexível. �COMPRESSÃO e FLEXÃO – não apresenta qualquer resistência, deformando-se totalmente. � TRAÇÃO – resistência apenas a esse esforço. �Grandes vãos com pequeno consumo de material. COMPORTAMENTO � FLECHA – altura do triângulo formado pela posição do cabo fixado em suas extremidades e carregado por um peso em seu ponto médio. � Forma do cabo – resultante da posição e/ou a quantidade de cargas. Aumentando o número de cargas, o cabo apresentará uma forma de equilíbrio diferente. COMPORTAMENTO � FUNICULARES – formas que o cabo adquire em função do carregamento. �CATENÁRIA – forma apresentada pelo cabo solicitado por cargas iguais e igualmente espaçadas ao longo de seu comprimento, como acontece com seu próprio peso. � PARÁBOLA – forma apresentada pelo cabo solicitado por cargas iguais e igualmente espaçadas em relação à horizontal. COMPORTAMENTO �As forças ao longo do comprimento do cabo são sempre de tração simples e variam de intensidade toda vez que mudam de direção, aumentando do meio do vão para o apoio. � Existe uma relação inversa entre flecha do cabo e a reação horizontal nos apoios, com a reação vertical mantendo-se constante (peso aplicado). � Para dado carregamento e vão, a solicitação do cabo depende da variação da força horizontal, portanto, do valor da flecha. �Conclui-se daí que quanto menor a flecha maior será a solicitação do cabo. COMPORTAMENTO Surge um problema: � Flecha pequena – mais solicitado, requer maior seção mas com um comprimento menor, resultando em um determinado volume de material; � Flecha grande – menos solicitado, requer menor seção mas um comprimento maior, resultando em outro volume de material; �Relação entre a flecha e o vão que resulta no menor volume de material: � �� < � � < � � COMPORTAMENTO � Variações de carregamento: � Estrutura pouco estável; �Cargas acidentais, como os ventos; � Fadiga provocada pela vibração no cabo – rompimento. � Enrijecimento – associação com outros elementos estruturais. �Conclui-se que o cabo é um sistema estrutural que, para ser estável, deverá estar sempre associado a outros sistemas estruturais. MATERIAIS E SEÇÕES USUAIS �Material – qualquer material que apresente boa resistência à tração pode ser utilizado. �Dos materiais que apresentam essa característica, o aço é o mais indicado. MATERIAIS E SEÇÕES USUAIS � Tração – qualquer forma de seção. � Seção circular cheia – massa junto ao centro de gravidade e ocupam menores espaços. APLICAÇÕES E LIMITES DE UTILIZAÇÃO �Apenas ao próprio peso – vãos de aproximadamente 30 km (superior a qualquer outro sistemas estrutural). �Desvantagens: �Absorção do empuxo horizontal; � Instabilidade de forma quando submetido a variações de carregamento. APLICAÇÕES E LIMITES DE UTILIZAÇÃO � Pilares livres – esforço de compressão e esforço de flexão, o pilar passa a ter dimensões muito grandes. � Pilares atirantados – o esforço do empuxo é absorvido por outro cabo, o tirante, que liga a cabeça do pilar à fundação, resulta em um pilar mais econômico. APLICAÇÕES E LIMITES DE UTILIZAÇÃO � Estruturas de pequeno porte – não é muito frequente, em virtude da sua característica de instabilidade sob cargas variáveis, exigindo composições com outros elementos estruturais que lhe garantam esta estabilidade. �Grandes vãos – a maior complexidade da estrutura das composições é facilmente absorvida pelas vantagens econômicas e estéticas apresentadas pelo uso do cabo. �Com os tipos de aço disponíveis, pode-se atingir limites de vãos em torno de 3.300 m para pontes, como a do estreito de Messina, ou em torno de 5.500 m, para linhas de transmissão, como algumas linhas de transmissão de energia na Noruega. APLICAÇÕES E LIMITES DE UTILIZAÇÃO Golden Gate | 1937 | São Francisco, Estados Unidos Ponte dobre o estrito de Messina | 2016 | Itália MATERIAL DE APOIO �REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. A concepção estrutural e a A concepção estrutural e a A concepção estrutural e a A concepção estrutural e a arquiteturaarquiteturaarquiteturaarquitetura. 10. ed. São Paulo: Editora Zigurate, 2000. p. 85-97. � ENGEL, Heino. Sistemas estruturaisSistemas estruturaisSistemas estruturaisSistemas estruturais. Barcelona: Gustavo Gili, 2009. p. 63, 64, 112-117. � https://vimeo.com/147656245 � https://vimeo.com/147656244 � https://vimeo.com/147656246 MATERIAL DE APOIO � https://vimeo.com/147656248 � https://vimeo.com/147656247 � https://vimeo.com/147656249 � https://vimeo.com/147656250 � https://vimeo.com/147656251 � https://vimeo.com/147656252 � https://vimeo.com/147656253
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