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Direito Civil 1
Caso Concreto 1
a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria pertence à boa-fé objetiva.
R: Sim, a boa-fé objetiva é uma cláusula geral incluída no princípio da eticidade que o legislador leva em consideração na construção e na interpretação do Código Civil. O código se preocupa com a “proteção dos direitos de terceiros de boa-fé em face dos contratantes do negócio jurídico simulado” – Tartuce. Essa cláusula geral está intimamente ligada, quase de forma simbiótica, com o princípio da socialidade “reconhecendo expressamente que os princípios da probidade e da confiança, anexos à boa-fé objetiva, são preceitos de ordem pública” - Tartuce. Além disso, o art. 113 do CC nos apresenta a função interpretativa da boa-fé objetiva, permitindo ao operador do direito interpretar a norma levando em conta a conduta das partes e a cultura local. O art. 422 confirma a boa-fé como princípio obrigatório aos contratantes em todas as etapas do contrato.
Qual(is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi(ram) levado(s) em consideração para que o magistrado interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique.
R: O princípio da operabilidade, que significa que o legislador, quando possível, faz uso de conceitos genéricos, indeterminados, abstratos por uma técnica legislativa com o objetivo de conferir uma maior sobrevida à norma. A operabilidade traz simplicidade visando facilitar a interpretação e inclusão de situações diversas dentro de conceitos genéricos. Esse princípio é extremamente relevante quando levamos em conta casos onde se deve considerar a boa-fé e/ou probidade, algo muito difícil de alcançar com a regra jurídica fria. A simplicidade que o princípio da operabilidade converge confere, segundo Miguel Reale, efetividade e concretude à prática do direito civil.

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