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Aula 2 tanatologia

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Aula 
MORTE E MORRER NA HISTÓRIA
A MORTE ATRAVÉS DA HISTÓRIA
1) A morte através da história
a) A Morte Domada – IDADE MÉDIA;
b) A Morte de si mesmo - Início do séc XIV/XV; 
c) Vida no cadáver,vida na morte – RENASCIMENTO- Séc XVII/XVIII;
d) A Morte do Outro –Séc XIX - ROMANTISMO 
e) A Morte Invertida - Séc XX
2) Concepção de Morte do Oriente e no Ocidente
Edgard Morin: é nas atitudes e crenças diante da morte que o homem exprime o que a sua vida tem de mais fundamental.
Tanatologia: “É o estudo da morte e dos processos emocionais e psicológicos que envolvem a reação à morte, incluindo o luto e a perda”
Vida:
É o equilíbrio, a homeostasia das funções vitais, funcionamento orgânico ideal.
VIDA: amor, solidariedade, vigor, dignidade, construção de si mesmo e do mundo, criatividade, preocupação com o bem de si e dos outros, aproveitar e tornar a vida o mais rica possível para todos.
Morte:
É a parada das funções vitais, que se instala com uma velocidade variável, não sendo um fenômeno momentâneo, súbito ou abrupto (não acontece no momento da parada cardíaca, já que pode ser revertida). O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições conferidas pela lei nº3.268 de 30/09/1957, define morte como parada total e irreversível das funções encefálicas.
MORTE: ódio, destrutividade, inveja, competição ambiciosa, desrespeito, indignidade, corrupção, desumanidade, guerra.
Divisões didáticas da morte:
Morte aparente: parece que a pessoa está morta, são quadros diversos que aparentam ou simulam a morte; era o estado conhecido como catalepsia, atualmente, com os aparelhos existentes, consegue-se detectar este estado e raramente acontece a catalepsia.
Morte relativa: parada das funções respiratórias, circulatória e/ou nervosa, pode ser feita a reanimação (pode haver a reversão do quadro).
Morte absoluta: desaparecimento definitivo das atividades biológicas (não tem como reverter esse processo).
Alguns autores falam de:
Morte clínica: momento em que ocorre a parada cardiorespiratória, quando se pode intervir a modo de restabelecer as funções vitais.
Morte cerebral: é a ausência total e irreversível da função do córtex e do tronco cerebral. A avaliação de morte cerebral está normatizada pela Resolução 1.346 do Conselho Federal de Medicina de 08 de agosto de 1991.
Morte cerebral como a definição biológica de morte. A anóxia pode levar a uma lesão das células cerebrais em que a pessoa não mais responde à estimulação eficiente, apesar de manter seu coração e pulmões em funcionamento.
Determinação da morte cerebral pela interrupção irreversível de:
Funções circulatória e respiratória – é o critério cardiopulmonar
Todas as funções do cérebro, inclusive tronco cerebral – é o critério cerebral.
Morte real: parada da atividade biológica de todas as células que ocorre em média, oito horas após a parada cardiorrespiratória (sem possibilidade de reanimação).
Morte pode ser definida como sendo o cessar irreversível do:
Funcionamento de todas as células, tecidos e órgãos
Fluxo espontâneo de todos os fluidos, incluindo o ar (último suspiro) e o sangue
Funcionamento espontâneo de coração e pulmões
Funcionamento espontâneo de todo o cérebro, incluindo o tronco cerebral (morte encefálica)
Capacidade corporal da consciência
PRIMITIVOS
Homem de Neanderthal
 A partir deles foram dadas sepulturas aos mortos. O sepultamento era feito em cavidades de rochas.
Os corpos eram colocados em posição fetal ou de cócoras e recobertos de pedras.
Disposição de objetos de uso cotidiano a volta do corpo e oferendas de alimentos.
 A crença na IMORTALIDADE sempre acompanhou o homem.
 NENHUM GRUPO ABANDONA SEUS MORTOS.
ANTIGUIDADE - MORTE DOMADA
Morte presente no cotidiano.
Atitude familiar próxima com a morte.
Morriam na guerra ou de doenças, portanto conheciam a trajetória de sua morte.
As cerimônias eram importantes.
MORTE DOMADA: RITOS E CERIMONIAIS
A morte era esperada no leito (cerimônia pública);
Todos podiam entrar no quarto;
A tristeza e a dor era manifestada com discrição;
O maior temor das pessoas era morrer repentinamente, anonimamente, sem as homenagens cabidas.
O local da sepultura na Idade Média, em determinado período, era nas Igrejas, perto dos santos - PROTEÇÃO.
Divisão entre pobres e ricos.
Pobres – afastados do altar (nos cemitérios)
Ricos – próximos aos altares.
Os homens temiam a proximidade com os mortos e os mantinham a distância, temendo contaminação e visita dos mortos.
“A morte é o inimigo.... Todas as culturas personificam a morte de forma diferente e elaboram variadas magias contra a sua intrusão. Combate-se a morte com linguagem, amuletos, talismã.”
O papel da religião é em parte o de socializar e dirigir os ritos da morte, como forma de lidar com o terror.
IDADE MÉDIA
MORTE DE SI MESMO
A partir do século XIV/XV o homem começa a se preocupar com o que vem depois da morte.
Racionalização do processo de perda.
Medo do julgamento: Céu e inferno.
Surge o TESTAMENTO: Fórmulas piedosas e Distribuição de fortuna: importante deixar p/ igreja
O corpo passa a ser escondido através de caixões.
Embalsamento continua: conservação da imagem, negação da MORTE.
VIDA NO CADÁVER, VIDA NA MORTE
O medo de ser enterrado vivo trouxe os VELÓRIOS de até 48hs.
Uso de amuletos p/ proteção ficou popular;
Período do RENASCENTISMO - mundo regido pela razão.
Conferência de vida, passando a pena no nariz do morto.
ACREDITAVAM QUE:
Até o 7º dia: o morto alternava do túmulo à sua casa;
Por isso 10 homens iam rezar por 7 dias na casa do morto. 
Mantêm-se uma lamparina acesa, um copo d’água e uma toalha;
Só após o 1º ano ela se estabelece no céu.
MORTE DO OUTRO
Morte Romântica- morte desejada enquanto libertação e possibilidade de reencontro entre os amores, permitindo o encontro dos que se amam. O suicídio é romantizado, como o traduzem histórias como de Romeu e Julieta e a Dama das Camélias.
Estudos sobre morte e comunicação entre os que se foram.
Prevalência da crença da vida futura.
Havia um medo do retorno do morto para perturbar; surgem superstições como:
Abrir janela ou porta para facilitar a saída da alma, 
Param relógios,
Cobrem espelhos,
Silenciam sinos,
Jogam sal,
Acendem velas
CONTEMPORANEIDADE
MORTE INVERTIDA/SÉC XX
 -No século XX, a morte se esconde, tem caráter de vergonha, de fracasso. 
-A morte é negada, banida do discurso cotidiano, ocultada e temida.
- Adota-se a mentira sistemática, o silêncio - marcada pela negação e interdição.
- O homem está desaparelhado para enfrentar a morte como uma contingência, uma vez que vem sempre acompanhada da ideia de fracasso do corpo, do sistema de atenção médica, da sociedade, das relações com Deus e com os homens, etc;
Imperialismo médico;
Capitalismo X morte;
Poder: transferido da Igreja para a Medicina;
Hoje 80% das mortes ocorrem no hospital.
 Por que?
Na IDADE MÉDIA a morte desejada era a esperada. A morte repentina era temida. Hoje, desejamos esta morte, repentina.
 Não sofrer?
Ocultar
DIFERENÇAS HISTÓRICAS
CONCEPÇÃO DE MORTE NO OCIDENTE
A morte vem quase em surdina com uma cumplicidade dos amigos e familiares que, por amarem o doente e não querendo vê-lo partir, negam-lhe a morte, e dos profissionais obstinados pela cura da doença, estão sempre lançando mão de suas onipotências e de uma “ última medida terapêutica eficaz” para prolongar-lhe a vida – o médico é o profissional que define a questão da vida e da morte.
Há uma mudança radical na visão da morte: A ilusão da eternidade dá ao homem a sensação poder dominar e controlar as coisas, as pessoas e conservar o que tem. Assim a possibilidade de morte é “ afastada”.
Apesar de buscar a negação enquanto uma defesa frente a morte, o homem angustia-se frente ao seu ser mortal. Adoecer e morrer são então, suas preocupações permanentes.
CONCEPÇÃO DE MORTE NO ORIENTE
Crença na possibilidade de libertação do sofrimento, mas que parte da aceitação do sofrimento como um fato naturalda existência humana.
Enfrentamento + Naturalidade + Coragem
A Arte de Morrer 
Enfrentamento da morte não só lúcida, calma e heroica, mas com o intelecto corretamente dirigido para a superação e sublimação mental da dor e do sofrimento proporcionados pela enfermidade do corpo, como se praticado corretamente a Arte de Viver.
Arte de Viver: Três estágios de disciplina: Escuta, Reflexão e Meditação, levando ao autoconhecimento.
Vivência pacífica da morte: através da correta prática de uma fidedigna Arte de Morrer, morte perde seu estado negativo e redundará em vitória.
OCIDENTE	
fim, 
ruptura, 
fracasso, 
oculta, 
vergonhosa, 
São procedimentos de ocultamento, vergonha, raiva, temor. 
ORIENTE
estado de transição e principalmente de evolução, para a qual deve haver um preparo:
 a morte é apenas uma iniciação numa outra vida.
“Embora o homem seja o único ser consciente de sua MORTALIDADE e FINITUDE , a sociedade Ocidental com toda sua tecnologia está tornando o homem inconsciente e privado de sua própria morte.” KÒVACS.

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