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Guia de Investimentos Isto e 2017

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Dinheiro a4/01/z017 1 FOTO: WECKENDIMAGES INC38
l
economia. Mesmo assim, ele está se encerrando melhor do que
começou. Em janeiro, tudo indicava a catástrofe. Profissionais
do mercado previam um dólar chegando a R$ 6,00 e nnação a
logo. Em dezembro, os índices de preços fecharam dentro da
meta e o dólar não promete grandes sustos.
E agora? Ao longo de dezembro, DINHEIRO conversou com
alguns dos pronlssionais mais tarimbados do mercado financei-
ro. Duas dezenas de economistas e analistas foram ouvidos para
saber o que esperar. Economistas frequentemente discordam
entre si, mas foi possível pinçar algumas unanimidades. A prin.
cipal delas é que, embora o caminho à frente
seja difícil, há sinais positivos no horizonte.
O mais relevante deles é o desejo do governo
de arrumar a casa. Como escreveu o economista
Flrancisco Lopes: "a Proposta de Emenda
Constitucional(PEC) dos gastos públicos garan-
te os fundamentos fiscais da economia pelos
próximos dez, ou talvez vinte anos, e a sustenta-
bilidade õlscal é pré-requisito não sÓ para o cres-
cimento económico, mas também para políticas
sociais eficazes e duradouras." Além disso.
Brasília conseguiu melhorar sua comunicação
com o mercado e com a sociedade. "A adminis-
tração do Banco Central(BC) fez um excelente
trabalho na recuperação da connlança do merca.
do na política monetária", diz o economista
Edmar Bacha(Zela e/züwísfa àpag. ]8) TA equi-
pe conseguiu balizar as expectativas do mercado
para a convergência da inflação em relação à
meta, talvez em 2017, ou com certeza em 2018."
Nesse cenário, a melhor maneira de se pensar em 2017 é
como um recomeço. Um ano em que será preciso ter o olhar
de uma criança para encarar desafios e fazer acontecer. O
pior da crise já passou, mas a situação do País está longe de
estar controlada. Nesse cenári'o, tomar decisões de investi-
mento será difícil. Será preciso reaprender a caminhar
correr em busca dos maiores prêmios, saltar os obstáculos e
manter o equilíbrio. Cair, mas levantar logo em seguida e
continuar correndo, escolhendo as melhores alternativas
para fazer seu dinheiro render.
Como fazer isso? O primeiro passo é devorar o conteúdo das
paginas a seguir. Além das opiniões e sugestões dos especialis-
tas, mostramos o desempenho dos melhores fundos de investi-
mento nos últimos 12 meses, avaliados conforme a relação ris-
co-retorno, em parceria com a empresa de informações finan-
ceiras Economatica. Agora é com você. Bons investimentos! ÉI
U UNICO CONSENSO DE 2016 É O DESEJO
universal para que ele acabe o quanto antes. O ano
foi um dos mais tensos, incertos e imprevisíveis de
l que se tem memória, tanto na política quanto na
,:g
Depois de
muitos sustos e
solavancos, 2017
se inicia com
E
o que os
especialistas
recomendam
para seu
dinheiro
me
erspectivas
ords. Saiba
CÚUDIO GRADILONE
t
Em 2016, nenhuma das projeções económicas se
confirmou. Para os economistas, 2017 será difícil,
mas nem tanto. Confira as previsões para o ano
CIÃUDIOGPADILONE
IMPEACHMENT DE DILMA
Rousseff. Jogos Olímpicos.
Delações e condenações dos
maiores empreiteiros do País.
Crise nos Estados. Saída do Reino Unido da
União Europeia. Eleição de Donald Trump
nos Estados Unidos. O ano de 2016 será
memorável por vários motivos. Para os eco-
nomistas, porém, ele será lembrado como o
ano das surpresas. Basta olhar para a tabela
4s expecfaffvas e a reaZídade, ao lado, para
entender o porquê. No Him de 2015, a última
edição do relatório Focus, pesquisa realiza-
da pelo Banco Central(BC) junto a bancos e
consultorias, mostrava prognósticos tene-
brosos. O mercado esperava uma inflação
perto de 7qü(ficou em 6,58%o, pelo IPCA-15
de dezembro). Previa juros de 15,25% em
dezembro(terminaram em 13,75%o). E temia
um dólar a R$ 4,21 no apagar das luzes do
ano. A moeda americana, entretanto, ronda-
va cabalísticos R$ 3,33 às vésperas do Natal.
Já o lado real da economia foi desapontador.
A retração do Produto Interno Bruto deve
ficar em 3,5%, pior do que os 2,95% previs-
tos no início do ano. E, mais grave ainda, o
desemprego no trimestre encerrado em
outubro estava em 11,8%. O ano se encerra
com 12 milhões de brasileiros procurando
emprego. A turbulência política, os intermi-
náveis desdobramentos da Lava Jato e um
cenário internacional incerto compromete-
ram o crescimento em 2016, e provocaram
uma enorme oscilação nos indicadores(vda
quadro). O que esperar para 2017?
Os economistas ouvidos pelaDINHEIRO
são unânimes ao aHlrmar que será preciso
reaprender a caminhar, mas esse aprendiza-
do se dará com tombos e com um ou outro
arranhão. "Somos razoavelmente otimistas,
esperamos um crescimento zero em 2017'
diz Nilson Teixeira, economista-chefe do
Credit Suisse. Ele explica que, mesmo que a
economia se contraía 0,5%, será um resulta-
do bem melhor do que o de 2016. Zeina
Latif, economista-chefe da XP
Investimentos, avalia que, na melhor das
hipóteses, o crescimento será de 0,5%a. "Mas
para isso é preciso que tudo dê certo, que a
política se arrume e o governo coloque a
questão Hlscal nos trilhos", diz. A causa para
esses prognósticos pouco animadores são
as condições gerais da economia. Latif
recorre a uma metáfora hospitalar. "0
\
P
40 Dinheiro 04/0i/z017
4.90
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15.25 ]3.75
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DMdaLhuldadoSetorpúblto 40.00 45.20 Pior
1' 50,n
Melhor
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Melhor
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45,00
70,00
InvestimentoEstrangeíroDireto 5500 ' ÓZIÓ
Fonte: Relatórios focus de 3]/12/2015 e 16/12/2016 / Banco Central
L
U
Ü/b
+
la) em IZ meses. atê lg/lz/2016. Fonte: Economãtica
Dinheirooi/oi/zoar 41
ALIA VOLT\TILIDADE
(:} N:\13.10 M.\(:l OL:l(:ONOM1(:0 O dólar recuou...
(FEClIAMENTO - EMR$)
paciente está na terapia intensiva, seus
sinais vitais estão fracos, mas sua condi-
ção começa a se estabilizar", diz. Isso
não significa uma volta à saúde.
A razão é que o crescimento não é
fruto do acaso, mas depende de algumas
condições. A primeira é a confiança, que
leva os trabalhadores a consumir e os
empresários a reforçar a produção. Essa,
por enquanto, está escassa devido à baixa
do emprego. "0 desemprego deve conti-
nuar crescendo em meados de 2017,
podendo atingir um máximo de 13,5%,
diz Teixeira. É muito. "Saímos de taxas
de 8,5% em 2015 para 11,8% em 2016." E
sem a garantia do salário no fím do mês,
trabalhadores não gastam, o que mante-
rá o mercado interno sem combustível
para uma arrancada. "Os extremos e o
estresse profundo que ocorreram em
2016 não devem se repetir em 2017, mas
o cenário interno permanece desafia-
dos", diz Roberto Padovani, economista-
chefe do Banco Votorantim. Outro risco
a ser considerado é o político. A probabi-
lidade de a chapa Dilma-Temer ser
impugnada pelo Tribunal Superior
Eleitoral é pequena, mas tem de ser con-
siderada, e pode provocar muita turbu-
lência no mercado.
A demanda internacional, outro
fator que poderia estimular o cresci-
mento, também deverá desapontar.
'Começamos 2016 discutindo qual seria
a desaceleração da economia chinesa, e
essa discussão deve continuar em 2017
diz Latif. descartando a hipótese de uma
expansão do consumo por lá. Ao mesmo
tempo, o governo Trump deve começar
com um discurso protecionista, o que é
ruim para o Brasíl. "Haverá eleições na
Alemanha, na França e na Holanda, com
uma possibilidade razoável de vitória de
governos que defendem políticas mais
restritivas", diz Teixeira, do Credit
Suisse. Ele também adverte para a possi-
bilidade de aperto monetário nos
Estados Unidos. "Isso reduz a liquidez
global, tende a apreciar o dólar frente
outras moedas, etambém é desfavorá-
vel ao Brasil", diz ele.
Padovani, do Votorantim, descarta
uma grande volatilidade para o dólar. Os
investidores internacionais já se deram
conta de que as refomias estão avançan-
do, mas ainda levam em consideração
que o Brasil não é mais possuidor do grau
de investimento, o selo de bom pagador.
'0 fluxo de capital externo deve ser pon-
tual em 2017, sem grandes solavancos"
diz. "Por isso, a taxa de câmbio não deverá
ter grandes apreciações hem grandes
depreciações." O prognóstico do mercado
é de um câmbio levemente abaixo de R$
3,50 ao longo de todo o ano.
Apesar de todos os sinais negativos,
não há razão para desespero. Há um gran-
de ponto positivo: o governo demonstra
vontade de anumar a casa de maneira
estruturada. "A proposta de resolver a
questão fiscal deixou de ser um discurso
do ministro da Fazenda e passou a ser um
discurso do Presidente da República", diz
Latir. O fato de Michel Temer ter enfren-
tado o custo político de aprovar um paco-
te de corte de gastos e de enviar uma
proposta extremamente austera dei'efor-
ma da Previdência é uma boa notícia;
:'Arrumando a política ãscal será possível
reduzir os juros, voltando a fazer política
monetária", diz ela. "E política monetária
funciona" Na média, os economistas do
mercado esperam que a taxa Selim recue
3.9048
Dez/t5 luR/16 Deü6
os jugos caíram-.
(7:4XISm./C-EW%ÁOd/\©)
1415
Dez/]5 JuR/16 Dez/16
e a bolsa subiu
«NDICE B(}VESIU - Pedi/!UENTOXU PONTOS)
Ded15 jun/16
dos atuais 13,75qa para l0,5% no fim de
2017. No entanto, mais de um econo-
mista antecipa taxas de logo, ou, se o
clima ajudar, de um dígito. Pode pare-
cer pouco, mas a redução dos juros
representaria um enorme alívio finan-
ceiro para as empresas, que têm de
gastar muito com o serviço de suas
dívidas. Mais do que isso, baratearia o
crédito para o consumo. O efeito psico-
lógico também não seria desprezível.
Nesse cenário, o que fazer com ó seu
dinheiro? Saiba, nas páginas a seguir. ÊI
C) PRINCll)AI
1)0NTO
1)0SI'l 'lVO l l o
GOVERNO
IKRECER
DISPOSTO A
ARRUMAR A
CASA Co/aborouJWãrcfoKroe/ziz
42 Dinheiro 04/0t/zol
1!:
#
E«ÚÀ l@
COM A TAXA BÁSICA DE JUROS ACIMA DOS 14% EM BOA PARTE DO ANO.
muitos brasileiros preferiram brincar de esconde-esconde em vez de correr o risco de
investir na bolsa de valores. Não por acaso, o número de investidores registrados pela
BM&FBovespa encerrou novembro em 561.285 pessoas, em alta tímida de 0,7%o em rela-
ção ao Him de 2015, mas longe do ápice de 610.915 registrado em 2010. A expectativa de mais cortes na
Selic e a perspectiva de recuperação da economia deve atrair mais investidores em 2017. Pensando
neles, DINHEIRO solicitou sugestões de ações para analistas de dez bancos de investimento e correto-
ras. Eles indicaram nove papéis para 2017 - três de baixo risco, três de risco médio e três de alto risco.
Confira as recomendações, em ordem de preferência, e a valorização no ano, até 21 de dezembro:
Dinheiro 04/01/z017 FOTO:cuoncocnApn
2 TnANSM SSÃO PAUUna nPPLq
= DESEMPENHO NO ANO: 36,23%
'3AWBEV'(ABEV3)OANO:-õ.40U
Dinheiro OI/OI/zoil 45
1101 .S:'\ 1)}. \.',\l .ORt S :\(,IOl::lS RI i(:0 \'l ll\l).,\[),\S
nalização também vem ajudando o
ltaú a ficar menos exposto aos proble-
mas no País", diz Lenon Borges, ana-
lista chefe da Atava Corretora. "É uma
empresa com resultados muito con-
sistentes.'
a preferência das classes A e B como
seu público-alvo, e esses consumido-
res são mais resilientes à crise. "Esse
público é menos dependente do crédi-
to", diz Adeodato Netto, chefe de mer-
cado de capitais da Eleven.
vai se beneficiar da alta do preço dc
petróleo que deverá ocorrer em 2017
diz Samuel Torres, analista da Spinell
Cora'etora. Apesar do cenário positivo:
a petroleira continua muito exposta à
atual crise política.
CCR (CCR03)
SETOR: CONCESSÕES
DESEMPENHO NO ANO: 26,18%
A empresa de concessões CCR pode
se beneficiar, e muito, da retomada da
economia. A companhia explora aero-
portos, rodovias e linhas de metro.
Para os analistas, o lançamento de um
pacote de concessões pelo governo
federal, prometido para 2017, deve
proporcionar grandes oportunidades
de ganho. No entanto, a empresa ofe-
rece um risco. Dois de seus controla-
dores, as empreiteiras Andrade
Gutierrez e Camargo Corrêa, foram
envolvidas nas investigações da Lava
Jato, processo que ainda não está
concluído. O fato de a CCR estar pla-
nejando um aumento de capital para
2017 é mais uma incógnita. "Ela sem-
pre se mostrou independente e com
ótima governança", diz Marco
Saravalle, analista da XP
Investimentos. "Mas fica a dúvida se
os controladores serão capazes de
acompanhar o aumento de capital."
2 BANC000 BRASIL (BBAS3)SETOR: BANCOS
DESEMPENHO NO ANO: 86,34%
Assim como a Petrobras, o Banco do
Brasil também vem sofrendo com a
crise política. Para completar o quadro
adverso, a nova gestão vem enfrentan-
do um acentuado crescimento na
inadímplência. O índice de setembro
Hlcou em 3,51%, ante 2,09%o um ano
antes - foi o sexto trimestre consecuti-
vo de aumento. Apesar dos problemas,
os analistas ainda enxergam o banco
como uma empresa de bons resultados.
'Por ser do governo,' há a possibilidade
de se ter uma notícia negativa do banco,
o que até agora não aconteceu", diz
Leonardo Ziolli, analista da Magliano
Corretora. "Tirando isso, é uma com-
panhia bem estruturada:
2PRINCllZ©
RECOMENDACÃO
DOS /\NALISTAS
ENTRE AS ACHES
DE AH'O RISCO, A
PFTROBRAS VEM
BRILHANDO NOS
PREGÕES DE\'IDO
AO SANFAM[NTO
REALIZADO PELO
NOVO CFO, O
ECONOMistA
PEDRA FnRENTE
GEROAU (GGBR4)
SETOR: SIDERURGIA
DESEMPENHO NO ANO: 132.89%
A volatilidade no preço das ações da
siderúrgica Gerdau causa arrepios em
alguns investidores, mas analistas
colocam a siderúrgica como uma boa
opção de alto risco para 2017. Com o
retoi'no, mesmo que tímido, do cresci-
mento da economia e o aumento dos
investimentos em infraestrutura. a
empresa teria melhores resultados. O
efeito Donald Trump, que também
promete investimentos nos EUA, onde
a Gerdau tem boa parte de suas ativi-
dades, é outro possível benefício. "A
venda de aços é ligada à taxa de juros e
estamos observando as vendas do
setor caindo cada vez menos", diz
Borges, da Atava Corretora. Ég
3PETROBRAS (PETR4)
SETOR: ÓLEO E GÃS
DESEMPENHO NO ANO: 114.03%
Pedra Parente, que assumiu a presi-
dência da estatal no dia 30 de maio,
conseguiu reverter a visão do mercado
sobre a empresa, principal alvo das
investigações da operação Lava Jato.
Parente adotou medidas duras e ini-
ciou um programa ambicioso de desin-
vestimentos e venda de ativos. Já ven-
deu a distribuidora de gás Liquigás,
para o grupo Urra, por R$ 2,8 bilhões,
e 90%o do gasoduto NTS para a cana-
dense Brookfield por US$ 5,19 bilhões.
A BR Distribuidora está na lista, embo-
ra a venda tenha sido suspensa no dia
19 de dezembro. "A Petrobras também
l
IGUATEMI (IGTA3)
SETOR: SHOPPING CENTER
DESEMPENHO NO ANO: 38.29%
O ano de 2016 não deixará saudades
no varejo. Nos shopping centers, a
crescimento médio ficará aquém dos
resultados pujantes dos últimos anos.
Mesmo assim, os analistas enxergam
oportunidades nos centros de com-
pras devido às perspectivas de queda
nos juros. O preferido é o lguatemi,
devido à taxa elevada de ocupação, que
foi de 93,7% em setembro, dado mais
recente disponível. Outra vantagem é
3
46 Dinheiro 04/0í/zo
Aproveiteoveite que
chegou a epoca
de pensar no ano
que vem para
também pensar
proximosnos
Faça um plano de Previdên ia
lcatu Seguros.
Além de investir no seu futuro, você pode
abater até 12% da sua renda bruta anual
tributável no imposto de renda'
5='gg=HETR:S=Snh~;;.:
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Fale ConoscoSeguros e Pnvidência= 4002 0040 (capilaiB e legiões mebopolibnas) e 0800 2B5 3000
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,á
Aproveite que
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de pensar no ano
que vem para
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nos próximos.
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l L[NI)OS [)[ ,\ç:ol s
RUPTURA ESSAPALAVR
define 2016 para Robert
Padovani, economista-che
fe do Banco Votorantirr
Emjaneiro, as incertezas sobre o cresci
mento da economia chinesa derreteran
os preços das commodities e chacoalha
ram as bolsas. Depois, em junho, a deck
são inesperada do Reino Unido de sai
da União Europeia exerceu efeito geme
Ihante. E, para culminar, a eleição d
Donald Trump à presidência do
Estados Unidos, em novembro, ajudou
manter alta a volatilidade. "Ganhos
quem foi otimista e apostou na troca d
governo no Brasil", diz Padovani.
Ele avalia que a tradução deus
estratégia se deu, em um primein
momento, na proteção cambial. Atl
abril, ganhou quem adicionou ações di
empresas exportadoras ao portfólia
Depois, a partir do dia 12 de maio, com
posse da nova equipe económica do pre
sidente Michel Temer, lucrou quem
acreditou em maior responsabilidad
na condução da política macroeconâmi
ca, estabilidade cambial, inflação sol
controle e início do ciclo de corte dl
juros. E também lucrou quem adicionou
papéis de empresas que se beneficia
riam deste cenário na carteira dos fun
dos. Jogo Braga, gestor de renda varia
vel da XP Gestão, destaca, entre elas, a
estatais, que estavam com preços depri
medos, processo revertido com a troa:
de gestores. E também os bancos. "C
pior cenário para os bancos já passou (
às instituições financeiras se beneficia
ram por gerarem receitas com crédito
seguro e serviços."(Contra /zos qtzadro.
os melhores fundos de anões em 2016
pe/a re/anão entre risco e reforma.)
Apostar na mudança rendeu ganho:
generosos para a ACB Capital Gestão d(
Investimentos. Com dois fundos cria
dos em 2016, o antigo time da Petn
Capital, que formou a nova gestora
acumulou ganhos de 49,42% em sel
;..ii#:
usca
Diante de um cenário de incertezas externas.
a estratégia para os fundos é apostar em
ações defensivas no primeiro semestre
FLAVIA GALEMBECK
48 Dinheiro 04/01/zoil ro
l L \ l)OS l)l: .'\ç:01 's
COMlnNHHS
ELETRICAS E DE
SANEAMENTO E
EMPRESAS DE
SHOPPING
C[NT[RS ESTÃO
ENTRE AS
APOSTAS
Bradesco Prlvate FIC lbovespa Bradesco
Bradesca Primo FIC-Index : Brideico:
ltau Peísonnallte Ações Index lbovespa flC ltaú Uníbanüo
Péq$$gletflçjbjvêspq: .. "..: . . ,l; ;:ÊiâúésÓ
CalxaFIA Caixa
ltaúlndfceAçõeslbavespaFIC l ItaúUnibanm
BB Açóes lbovespa Indexado flC BB DTVM
:9ii!.EIA.Piõb Sim,QbÉõ0 dé Üiiái 1. .;} . : êaiü:.=;i
Bradesco H FIA lbovespa Bmdesco
Média da Subgrupo Indexados/ Indlte Atlvo
Méd18 doGrupoAções .
ja) posição em 30/1]/2016 + fundos com mais de 25 cotistas. PL superior
com taxa de administração maior que zero. fonte: Economatica
3699 1Z.15
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3S,63 ]0.7
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6. abertos
20.0
se.o
o.s.
o,s
0.2
1.0
Outras ações que ainda têm espaço
para a valorização são Petrobras, Banco
do Brasil e as elétricas. "A discussão
agora é a aceleração da economia que
virá com o corte das taxas de juros.
Depois de abril, quando os cenários
internos e externos estiverem mais cla-
ros, teremos como fazer novas previ-
sões", diz Braga. Ele recomenda Sabesp,
que pode se beneficiar de uma revisão
tarifária, assim como Cesp e a Copasa, e
também as companhias Sanepar,
Energisa, Vivo e bancos.
Padovani, do Banco Votorantim. faz
coro. "Para o primeiro semestre, reco-
mendo as ações de empresas que geram
receitas estáveis, lastreadas por contra-
tos de longo prazo, como as concessio-
nárias de energia, os shoppings centers e
as empresas de serviços como água e
telefonia, as chamadas utilities." O ges-
tor da XP também recomenda manter
ou incluir essas ações no portfólio. De
acordo com o Padovani, a previsão do
Banco Votorantim é de que o lbovespa
encerre o ano que vem a 65 mil pontos.
Com mais de R$ 7 milhões para
investir em ações, o time da ACB Capital
acredita que terá em janeiro uma jane-
la de oportunidades para comprar
papéis baratos. Para eles, o lbovespa
deve encerrar o ano por volta de 80 mil
pontos. Com um resultado expressivo
em seu primeiro ano, o time fez uma
estreia e tanto. "Não temos pressa", diz
o sócio João Piccíoni. ÉI
sem restrição e
;ltaúEfnpresaGóverf CarpAçõeiFIC:l :ltaüynihnc0 2B.ü4 : : Z.81 : a,êÍ: 1: F ]S
ltaúAçõesGovemançaCorporatlvaFIC ltaúUnfbanc0 28,76 2.06 0.67 4.0
leàúPíiiiEúêlêOtlal$otial;Açõe?flc! :i: , l .. ;:j:lüú:uülbanta ; 1716-. :';:iig. : '; ;ü.26"' " 't.j'
lva Bradesco 16.97 -4,35 0.23 3.0
llédla do Subltupo Sustentabilidade/ GovernançH
HédladoGrupoAçõos ZS.19 q48 0.56 2A8Z
(a[ posição em 30/1]/20]6 + Fundos com mais de 25 cotistas. PL superior a RS ] mi]hão ]? meses de histórico em ]0rjTr7nlA ,h«- - -"--..
[om taxa de administração maior que zero. fonte: Economatica ' "" ' "----- '"- -' "' --"- -'- -". ""- --"-çau c
o.s:
1.0
s.o
1.0
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GtIDlmonaBrasllflÀ.- : ' ::- := 1'
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ltaúUnlbanc0 39.47 20,53 1.16 3.0 Z.0
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HédladoGrupoAções 2S.19 q48 0J6 2.4B7 '
ca) posição em 30/11/2016 + Fundos com mais de 25 cot star. PL superior a RS ] milhão 12 meses de histórico em 30/]]/20]6. abertos. sem restrição e
50 Dinheiro 04/0i/zo
1' FUNDOS MUtlIMERCADOS
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Solavancos do mercado
foram superados
rHj:==\:-'
crédito privado,
driblmdb as oscilações
do câmbio e das ações
DE 2016 COBRARAM UM PREÇO ELEVADO DOS
multimercados. Na média, os 268 fundos analisados
13,259o em 12 meses até o dia 30 de novembro.
dos juros nesse período. A possibilidade de
beneficiou quem apostou nas ações e
à taxa de câmbio.(confira os melhores
categoria nas tabelas ao lado).
FLAVIA GALEMBECK
52
Dinheiro 04/0T/zolr l roto: SKYNESHEn
Não por acaso, três dos cinco fundos
ao time capitaneado por ele a escolha
das apostas dos 12 Fundos de Direitos
Creditórios (FDICs) que compõem o
l Dinheiro04/0i/zor 53 F
l 'LNI)OS MLI I'l\41 1{(:,\l)OS
OS MELHORES FUNDOS MUHIMERCADOS DO TIPO JUROS E MOEDAS
FUNOOS QUE OFERECERAM A MELHOR RELAÇÃO ENTRE Risco E pnoRiiÕ ilÕ$ ÚIÍiÜÓ$ 12 ÜÊSÊ$i=/\l.TA DA
INADIMPLENCH
TORNOU MAIS
DIFÍCIL LURA OS
GESTORES ESCOLHER
os Ti'NULOS EM
QUt INv[.SAIR
Bradesco Uppeí FIC Bradesco 14.50
IWi@ÍÃ$1?ii$ÉICI : . :ll :ll:::.T: : ' SàÚ-dm l- IK31
ltau Unlclass Fix Plus FIC ltaúUnibanco IS.83
11 p ii®:Fw-. .:''::. : lw".,«ü«' :l4ã'
InstltutionaIActiveFlxIBFIC ltaúUnibanco 14.24
lé Êàit«âiÊwiiij:: :! :l BB®® 1: 'õw
Santander Excellence FIC Santander 14.53
jpladelto@!jn!:glyeldGlobalnc nü$9 ; i;30l
Uniclass Moderado flC ltaúUnibanco IS.05
Média do Subgrupoforos e Hoedu IS.69
Hédlü do Grupo Hultlinerados 13,ZS
la) posição em 30/11/20}6 * fundos com mais de 25 cotistas. PL superior a RS l milhão IZ
com taxa de administração maior que zero. Fonte: EconomatÍca ND : Não Disponível
Zg.86 5,50 04 300.0
«- ';wL=l].j:{.: '::]j®]
Zg.87 .2.32 ],0 .'100.0
zg.ó9 ' :::;Zi$i i:::::l :l.:'ÜiS ;' '« :i ::l :810:1;1
Zg.OO l,BO 0,3 300,D
n.zg i]7i ' ] ]i ]: :ii j:: :'.:Z]$Í]
Zg.28 1,55 04 50.0
28,zz 1.43 ' : : :ogi;:::;::ii:]i:] i09D:]
H99 1.ZB 1.8 10.0
31.13 3.96 0,B95
Zg.43 4+38 1.782
meses de histórico em 30/11/20]6. abertos. sem restrição
inflação, que caiu para 19% da carteira,
mantendo o restante principalmente
em papéis li.gados aos juros de merca-
do, tanto pré quanto pós-fixados.
Já o fundo Valera Guardian, da
asset Valora, com R$ 2,7 bilhões sob
gestão, investe em operações pulveri-
zadas com garantias reforçadas.
"Eliminamos o risco binário de nossa
carteira", diz Diego Coelho, responsá-
vel pela área de crédito e de Renda
Fixa da Valora. "Esse foi um ano difícil
e adotamos uma postura ainda mais
conservadora dadas às incertezas da
recuperação da economia. Apesar das
perspectivas de melhora, as empresas
ainda seguem muito endividadas."
Os prognósticos para 2017 são incer-
tos e dependerão de fatores alheios ao
mercado. "0 caminho para o otimismo
passa pela estabilidade fiscal, o que
poderia elevar o lbovespa para perto
dos cem mil pontos nos próximos anos.
Mas o efeito inverso, a deterioração,
também poderia fazer o principal índi-
ce da bolsa brasileira despencar aos 30
mil pontos de 2008", diz João Braga,
gestor de renda vai'iável da XP
Investimentos. "Depois de abril, quan-
do os cenários internos e externos esti-
verem mais claros, teremos como fazer
novas previsões." Já Coelho, da Valora,
avalia que a economia real permanece-
rá na convalescença em 2017. Por isso,
sua estratégia de alocação segue defen-
siva. "Continuaremos a focar em ativos
mais resilientes às intempéries do
mercado", diz ele. É]
OS MELHORES FUNDOS MUUIMERCADOS DO TIPO LIVRE
FUNDOS QUE OFERECERAM A MELHOR REUÇÃO ENTRE RISCO E RnORNO NOS ÚLTIMOS IZ MESES *
RedPortfoliofl GPS iZ70 =.z1 278.35 0.1 25,0
i:J@4B'qglc - : 1 :.;: ; ;: 1: @ 'l:i:::lP.+ : I';lj iTI(@@;::i:=.Õ:l=.''l$iÜ
OuroPretoFIC OuroPreto ]g,81 43.03 t71.39 Z,0 25.0
[©$iwiab'ii.@ . ' .\ : ., : ] T] ]]]i«ürJ ': -: -:.:ii8t ; :i$:::1;]4i]:];=-õíb :'ãoo.o]
VlnqiSelectíonXPFI Venci 16,89 ND ZZ.Z1 2.0 25,0
[vlgüb$eõitü:,]] . : : ., . : w. : :]']õ.H71.':;'itl':] í]:]:Tiê]: :.'np]
CrêdltoUniversitãriofl GPS 16.g8 34.48 1S.71 0.1 1.0
[ÜêÜ;iBsetcêilii.;Mium+!Ç ÜÜ.nn®;i'.': 'iêlK: :=liÕln' :.: :'lü.13 .'::' ;oi' ::iiÜ
ltaúPrlvateActiveFlxPlusFIC ltaüUnibanco 14,59 30.47 g.19 0,5 300.0
HédlüdoSuü8rupollvre izWS 3&B 134l3S 0.968
HédladeGrupoHultlHeítados 13lZS 29143 4l3B t.IBZ
ja[ posição em 30/11/201ó * fundos [om mais de 2S cotistas, PL superior a RS ] mi]hão]2 meses de histórico em 30/11/2016, abertos. sem restrição
com taxa de administração maior que zelo. fonte: Economatica ND : Não Disponível
OS MELHORES FUNDOS MUUIMERCADOS DO TIPO MACRO
FUNOOS QUE OFERECERAM A MELHOR REUÇÃO ENTRE Risco E ÊÉTÕÊiiõ iiõS ün üõS líMÊ5ÊSi
VlntageMacrolVFIC Vintage 25.6S 3g,40 2.18 1.4 300.0
:iti üiE(=' ' '' :'::'J:9i@'l: @í.':l::i4;:!':@::: : :: $@
AlaskaRangeFI Alaska ZlgS 40.1Z 1.78 2.5 20.0
Í ci;i®liilitl;ã;írí '':': l.:'l: i; : ' ü®$ :: : ]slió : ; 3o4?:: : '':í.m T '::;llã;;;Ç= ü4TI
ArlaCapitaIHedgefl ÃriaCapital llZO ND 1,65 2,5 2S.0
IMaui®;iÜ:' ' :: ': : ' =':,::1.uwiT:'1 1: 8i©. ;;$ji Jl::.]1]::i1:18i]T!!=;]ã]]
AzQuestMultIFIC Quest 23.76 40.07 1.4g 2,S l0.0
ÍjlüFIÇ;:.:; J:l:. l::l .: l IÊ« :': :ziw:':l ã(:lTIÜ i )IÍ '11119H
ClaritasHedgeFIC Uarítas lg,29 34.6ó 1.29 2.s 'lo.o
MédladoSubgrapoHatn : i470 36,64 0.10 z,06s
HédlüdoGrwpeHultlniercados 13.25 29.43 4.3B 1.78Z
ja) posição em 30/1]/20]6 * Fundos com mais de 25 cotistas. PL superior a RS ] milhão ]Z meses de histórico em 30/1]/2016. abertos. sem regríçao
[om taxa de administração maior que zero. Fonte: EcDnomatica ND ; Não Disponível
54 Dinheiro 04/01/zolí
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FUNDO'S Dt RENDA FIXA
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56 Dinheiro 04/0i/zoar FOTO: BRAUNS
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Fundos de renda
fixa ainda oferecem
boas oporá,unidades
de ganho para
os investidores.
mesmo diante
de um cenário de
corte de juros
20.0
50,0
s.o
.Jiol0;ü
50,0
POR FLAVIA GALEMBECK
Dinheiro OI/oi/aGIr 57
ii
l:UNI)OS Dl:l RlINI).,\ l:'lX \
Apesar do cenário baixista, o merca-
do de renda Hua apresentou boas opor-
tunidades para os investidores em 2016
kveja nos quadros os melhores desempe-
zz/zos). "Fizemos uma leitura de que havia
prêmio nas curvas de juros nominais,
especialmente nos títulos públicos inde-
xados à inflação", diz Cáries André, dire-
tor executivo da BB DTVM. "Já os títulos
privados tiveram uma trajetória mais
conturbada, uma vez que entre o Him de
2015 e o primeiro semestre de 2016
houve uma intensa renegociação de dívi-
das das empresas e um número recorde
de pedidos de recuperaçãojudicial. Com
isso, o spread das etnissões privadas
aumentou muito e os preços caíram,
mas se recupei'aram ao longo do segun-
do semestre." Não por acaso, a estratégia
de boa parte dos gestores dos fundos
para proteger a rentabilidade incluiu os
títulos do tesouro da série B, chamados
de NTN-B, com vencimentos de médio e
longo prazos, e cuja remuneração com-
bina inflação e juros pré-suados.
O IPCA, que mede a inf]ação oficial,
pode fechar 2016 um pouco acima de 7%o.
"Isso pode beneficiar o investidor, pois
poderia levar o Copom a optar por um
corte maior da Selim. de meio ponto per-
centual na próxima reunião, em 22 de
fbveralro. A expectativa é de um corte da
taxa dejuros de 2,5 pontos percentuais no
ano que vem. Isso sigiiíica uma rentabili-
dade dois dígitos. 'vinda há muito espaço
para o investidor capturar ganhos", diz.
Carlos André, do BB, concorda com a
consultora da Órama. "0 mercado vem
ganhando convicção de que a queda de
juros deve se acentuar e a inflação, que
está convergindo para a meta, pode deixar
o BC mais confortável para intensificar o
corte de juros", diz André. Ele indica os
títulos públicos com vencimentos até
2021, ou seja, de curto e médio prazo. Esse
cenário de queda dejuros também benefi-
cia as empresas, que devem ter seu custo
financeiro reduzido, o que pode estimular
novas emissões de títulos privados. Ê]
:Biaú$stbll Rréêos fl'.l.:: :: : ; , üadesaü
JPM Brasll Ima BS+ FIC JP MotEan
Média do Siibgrapo Duraçie Alta
;©éd®tMe:
Soberano ZZS 28.ió
z0,3a ZI.oo 0#3
# $11Í! i$õo
0.4 ]0.0
o.no
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Safra Capital Market fl
[S;ha Eúí;Êiii:
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Safa
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Grau de Inmt.
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29,36 113]
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0,4 1.000,0
'üs'''. :.::''.'" '.~joóW
58 Dinheiro 04/0i/za 7
1)1-11 \,'ll)[ \qC],.\ PR]\,'AD/\
UM DOS TEMAS MAIS PRESENTES NAS CONVERSAS EM 2016 VAI
permanecer no topo da lista em 2017: a reforma da Previdência Social.
Há duas unanimidades nesse assunto.Aprimeira é que, sim, a Previdência
precisa urgentemente de uma reforma profunda que aumente a idade
mínima para a aposentadoria, resta'inja o teta pago e eleve o tempo de contribuição.
A segunda é que todos concordam com a aplicação imediata da reforma, desde que
para a família de outrem. No entanto, após vários anos se desviando do assunto, a
sociedade brasileira terá de enfrentar o fato de que a Previdência quebrou. E os repa-
ros serão amargos. E possível condensar as propostas em uma frase. Será preciso
trabalhar mais tempo e ficar mais velho antes de poder vestir o pijama.
Resumidamente,pela regra ainda
em vigor, é possível se aposentar segun-
do dois critérios. O primeiro é a idade.
Os brasileiros têm direito de se aposen-
tar aos 65 anos, e as brasileiras aos 60
anos, independentemente de por quan-
to tempo tenham contribuído. O outro
critério é o tempo de contribuição: 35
anos para homens e 30 anos para as
mulheres. A proposta em discussão
passa a exigir os dois critérios. É preciso
ter pelo menos 65 anos de idade e 25
anos de contribuição. A proposta elimi-
na diferenciações para gênero e tipo de
trabalho, e extingue as aposentadorias
especiais, exceto para os militares, por-
tadores de deficiência e trabalhadores
afetados por substâncias tóxicas.
Para os especialistas, quem ganha
mais será mais afetado. Os trabalhado-
res mais qualificados em geral permane-
cem mais tempo em empregos formais.
Por isso, eles atingem o tempo de contri-
buição antes dos trabalhadores sem
qualificação, que passam mais tempo na
informalidade. Com a reforma, quem
ganha mais perde essa vantagem. Além
disso, quem conhece o assunto avalia
que aposentadorias maiores tenderão a
sofrer mais perdas. Quem deveria rece-
ber um benefício próximo ao salário
mínimo não sentirá muita diferença.
A discussão sobre
a Reforma da
Previdência no
Congresso pode
ajudar a alavancas
a captação da
indústria em 2017
CÚUDIO GRADILONE
60 Dinheiro 04/01/zojl l FOTO; ANNAOMELCHENKO
P'
l R
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®
A reforma da Previdência val enfati-
zar a necessidade da o trabalhador qua
ganha mais se preparar melhor. Por isso
mesmo, quem vende planos de previ-
dência privada espera um período de
expansão dos negócios. "A indústria da
Previdência no Brasil ainda tem uma
penetração baixa, que corresponde a
10% do PIB. Em países de economia
desenvolvida, esse percentual é de 709o.
Em média, os recursos no Brasil cresce-
ram acima de 20%o ao ano, nos últimos
cinco anos. Nós crescemos acima de 30%
neste período", díz Paulo Vãlle, presi-
dente da BrasilPrev. ligada ao Banco do
l Dinheiro oó/oi/zoar 61 1
]
ÊI
}' l)RI .\''ll)l:: N(:l,\ PRlv\í),\
Brasil e líder do setor no País. O mesmo vale para as empresas
independentes, não vinculadas a grandes bancos. "Cada vez
que a imprensa fala da reforma da Previdência isso funciona
como uma propaganda, pois conscientiza os clientes da neces-
sidade de se preparar para o futuro", diz Felipe Bottino, supe-
rintendente de Produtos de Previdência da lcatu Seguros, líder
entre as empresas de previdência privada independentes, com
R$ 12 bilhões em recursos administrados. "0 debate sobre a
reforma da previdência, tanto federal quando nos Estados,
tem feito a sociedade buscar outras formas de garantir renda
na aposentadoria", diz Osmar Navarini, diretor Comercial da
Mongeral Aegon. A empresa cresceu 16,1qo entre janeiro e
setembro em relação ao mesmo período de 2015.
Além de poupar mais, o futuro aposentado vai enfrentar
um mercado mais diversificado na hora de escolher. Marcado
pela volatilidade, o ano de 2016 levou as gestoras a optar pel
conservadorismo e a depender mais pesadamente do desempc
nho dos juros(conHru nos quadros os melhores.»/idos lepra';
dêncía em 20]6, pe/a relação enü'e risco e reforma). Isso dev
mudar a partir de 2017, pela perspectiva de queda das taxas d
juros e com a retomada, ainda que tímida, do crescimento.
Para Marcelo Mello, vice-presidente de Vida, Previdênci
e Investimentos da Sul América, a alta volatilidade em 201
foi encarada como uma oportunidade de melhorar a rentabl
lidade dos fundos. "A valorização dos ativos, fruto da polític
monetária ortodoxa e o encaminhamento de políticas fiscal:
ajudou a impulsionar nosso resultado." Valle, da BrasilPre
afirma que o mantra de 2016 foi o alongamento de ativos, cor
títulos públicos com vencimentos mais longos, e a diversifl
cação dos investimentos. "Aproveitamos para travar noss
posição em títulos que oferecem un
rentabilidade superior, uma vez qii
prevemos uma inflação em torno d
4,5%o e Selic próxima a 10%, em 2017
diz. "0 CDI, que nos Últimos an(
dominou a alocação da indústria,
não será um diferencial na rentabil
dade dos fundos." Em média, 96% d
património dos fundos de previdêi
cia está avocado em títulos de Renal
Fixa, diz Mello, da Sul América. lss
vai ao encontro da demanda do cliei
te. "Devido às oscilações do mercad
e à turbulência política, a preferênc:
dos investidores em 2016 foi por pr(
dutos de risco baixo", diz Maristel
Gorayb, diretora de Vida Resgatável
Previdência na Mapfre.
1.:
FUNDOS COM ATÉ 15% DO IWRIMÕNIO INVmIDO EM AÇÕB QUE OFERECERAM A MELHOR
REU@O ENTRE RISCO E RHORNO EM IZ M5B *
MetllfePrevC15fl BNPParlbas 20.06 22,4g 1.01 1.9
[uo[medRV:]!fl : .: ::. , i: UnimedseÉy@üm . . :il9s.::- }].v!:. QW ]: Z.o.ll
ltauprevMasterV10FIC ltaüUnibanco 16,07 2S.72 0.67 1,1
l !!!iwl!!hi ;: ll l:;'.l::r$+y@- ., ::Tn!+'!:::õÁql:l,:l. . , ';l+:;:
ltaúflpxpCorpPlatinumRV10FIC ltaúUnibanco 15.88 ND 0.ó1 1.0
HédladoSubgrupoBalanceadoHoderado l&3S 2Z.6Z 0,54 1,917
HédladoGruÓOPrevldêntla 15,95 24171 -3,75 1.1SZ
jal posição em 30/11/20t6 ' Fundos com PL superior a RS ] mi]hão tZ meses de histórico em 30/1]/20]6. Os fundos são, em geral. vinculados a um
plano de previdência. e este calculo não inclui as tarifas e taxas cobradas pelo plano. Fonte: Economatica ND: Não Disponível
+
r
A NO\A
CON)UNTURA
DEVE AMPLHR
ALOCAÇOES DE
MAIORES
RIS(=OS [
PltF\elOS, DIZ
MAR(:ELO
\lEn.O, DA SUL
AM[RICA
FUNDOS COM MAIS DE 30% DO P©RIMÕNIO INVEgIDO EM AÇÕ5 QUE OFERECERAM A MELHOR REUÜO
ENTRE RISCO E RHORNO NOS ÜKIMOS IZ M55 *
ltauFlexprevMasterDlvldendosV4SFIC ltaüUnibanco 34,82 iló4 1.34 1.5
jlauÉ[bpn+D[v[deOdas-.v4SF]C. - l ;: :.]taúÚüiuanq- .. . 311óz' : ' ]4.4g : : i.ZI .l.'. : ::Z.5 .i
UniclassPreverRV491FIC ltaúDTVM 26.79 2Z.4g 0.g4 Z.0
[tiüPriváte.hevV4SF]t. s. : = ' ]taüüWM:;::: : 2S.8i. .= 2Z.9B : l 0.gO :].]]lj
ltauFlexprevXIAv40FIC ltaúUnlbanco 23.89 23.64 0.87 0,S
HêdladoSub8rupoBalBnceadoAnolãdo ZI,74 18.S2 .0166 Z.0B5
HêdladoGrupoProvldêntla IS.95 24,11 -3.75 1,1SZ
ja) posição em 30/1]/20]6 + Fundos [cm PL superior a RS ] mi]hão ]2 meses de histórico em 30/11/2016. Os fundos são. em geral, vinculados a um
plano de previdência, e este calculo não inclui as tarifas e taxas cobradas pelo plano. Fonte: Economatlca ND : Não Disponível
62 Dinheiro oi/OI/zoll
FM UM CENÁRIO
DE (}UFDA DE
JUROS, 0
]NV[STIDOR [M
FUNDOS Dt
PR[VJDÊNCH
DEVE FICAR
MAIS zWENTO À
RENTABILIDADE
Para Melão, a nova
levar os gestores a fazer
maior risco que, consequentemente
pagam prêmios maiores. "Uma coisa é
você ter uma gestão passiva com uma
taxa de juros a 14%o ao ano. Outra coisa é
entregar resultado com a Selic em
de 10%o", diz ele. Assim. o
de, cada vez mais, ficar atento à
cação e ao risco. Como previdência é um
assunto de longo prazo, será necessário
aceitar uma fatia maior de volatilidade
para aumentar as probabilidades de obter
um bom desempenho no longo
A mudança mais
vem da cabalística
Banco Central. Publicada
de 2015 e ainda não
vai oferecer mais liberdade aos
Sua regulamentação, prevista
melro trimestre de 2017, deverá
que os gestores de fundos de previdência
invistam em ativos
vem a fatia do património
renda variável e em fundos de
negociados em bolsa, e possam aplicar
em ativos mais Sofisticados. como
Certificados de
(COE). ':A tendência é
ticação maior da indústria
que o investidor âque mais atento à
tabilidade, em meio à tendência de
de juros. Os gestores terão que
ativos", diz Vãlle. ÉI
plano deprevldência.eeste
ltaú
pta!@®:Pét®ãããÜ'
ltaú Prlvate Prev Urra NTN-B 20z3 RF FIC
ltiú Prfv?tà PtefUltra útil:B 20z4
Dinheíro04/0i/z017 l
''1
'1
63