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RECUPERAÇÃO JUDICIAL - DIREITO EMPRESARIAL

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Aula: 17 
Recuperação Judicial. 
ROFª MARIA ELCI MOREIRA GALVÃO 
DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II 
 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO 
 UNIDADE VIII - 
 
Dos arts. 47 até o art. 74 da Lei nº 11.101, de 09/02/2005 
 
8. Recuperação Judicial 
8.1.Conceito. Pressupostos. Meios de Recuperação; 
8.2.Do Pedido e do Processamento da Recuperação Judicial: 
8.2.1. Petição Inicial; 
8.2.2. Do Plano de Recuperação Judicial; 
8.3. Do Plano de Recuperação Judicial para Microempresas 
e Empresas de Pequeno Porte; 
8.4. Da Convolação da Recuperação Judicial em Falência. 
 
Recuperação judicial 
 
 O instituto da recuperação de empresas ingressou no 
direito brasileiro mediante a Lei nº 11.101/2005, pois o 
Decreto-lei nº 7.661/1945 (antiga Lei da Falências) não 
fazia qualquer referência à recuperação em evidência, 
apesar de disciplinar o instituto da concordata que 
também se prestava a possibilitar ao empresário o retorno 
à normalidade via intervenção judicial em seu 
empreendimento. Existia dois tipos de concordata, uma 
preventiva - que era decretada (quando cabível) antes da 
falência, propiciando ao empresário evitar a quebra; e a 
concordata suspensiva que era decretada, quando já em 
curso o processo falimentar, e que visava sustá-lo, 
fazendo o empresário retornar ao comando de sua 
atividade econômica. 
 Recuperação Judicial 
 
Objetivos da recuperação judicial/extrajudicial 
 
Com a publicação da Lei 11.101/2005, a figura da 
concordata desapareceu do nosso sistema falimentar e 
temos agora a recuperação judicial/extrajudicial, a qual 
visa superar a situação de crise econômica financeira 
da empresa, a fim de permitir a manutenção da fonte 
produtora do empregado e dos interesses dos 
credores, promovendo a preservação da empresa, sua 
função social e o estímulo à atividade econômica. 
 Recuperação Judicial 
 
Conceito 
 
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a 
superação da situação de crise econômico-financeira do 
devedor, a fim de permitir manutenção da fonte produtora, 
do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos 
credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, 
sua função social e o estímulo à atividade econômica (Art. 
47, da Lei 11.101/05) 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
FUNDAMENTOS 
DIREITO EMPRESARIAL 
 Recuperação Judicial 
 
Princípios que regem a Recuperação judicial 
a) Função Social da Empresa: a função social é inerente a 
exploração da atividade empresarial. Deste modo, a 
empresa deve ser exercida em atenção aos demais 
interesses que a circundam, como os interesses dos 
empregados, fisco e comunidade 
b) Preservação da Empresa: é o principio mais importante 
na interpretação da recuperação judicial. Arts. 3,II, 23,X, 
170, VII e VIII, 174, caput e §1º e 192 (CF). 
O STJ, já determinou que ação continuasse suspensa 
mesmo apos o prazo de 180 dias estipulado na Lei n. 
11.101 (Resp. 399.644/SP). Analisar, caso INFRAERO x 
VASP – STJ – CC 79.170. 
c) Dignidade da Pessoa Humana: art. 54, Lei n. 11.101. 
 
 Recuperação Judicial 
 
 NATUREZA: 
Divergência doutrinaria, para doutrina majoritária, a 
natureza jurídica da recuperação judicial é contratual, 
sendo negocio de cooperação celebrado entre devedor e 
credores, homologado pelo juiz, assemelhando-se a um 
contrato plurilateral. 
 
Há que se falar na corrente dicotômica, na medida em que 
haveria duas possibilidades de concessão para o juiz. Na 
primeira, concedida a partir do consentimento da massa de 
credores na forma do art. 45, haveria a natureza contratual 
em razão do encontro das vontades; na segunda, art. 58, 
§1º, juiz concede sem consentimento da maioria das 
classes de credores, o que traria a natureza mandamental. 
Requisitos para requerer 
Recuperação Judicial 
 Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, 
no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades 
há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes 
requisitos, cumulativamente: 
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por 
sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí 
decorrentes; 
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de 
recuperação judicial; 
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de 
recuperação judicial com base no plano especial de que trata 
a Seção V deste Capítulo; 
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador 
ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos 
crimes previstos nesta Lei. 
 
 
 
 
RECUP. JUDICIAL : PROCESSAMENTO 
Fase Postulatória –Inicia: petição inicial- termina: despacho para 
processar o pedido 
Fase Deliberativa – verificação dos créditos – discussão e aprovação 
dos créditos – decisão e concessiva do benefício 
Fase de Execução: execução do plano – sentença final da recuperação 
Postulatória Execução Deliberativa 
Quadro Geral de Cred. Deliberação do plano 
OBS: RECUPERAÇÃO PARA ME E EPP 
AULA 11 
 Recuperação Judicial – Petição Inicial 
O que deve conter na Petição Inicial 
Art. 51.A petição inicial de recuperação judicial será instruída 
com: 
 • I– a exposição das causas concretas da situação 
patrimonial do devedor e das razões da crise econômico-
financeira; 
 • II– as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) 
últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para 
instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da 
legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente 
de: 
a) balanço patrimonial; 
b) demonstração de resultados acumulados; 
c) demonstração do resultado desde o último exercício social; 
d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção; 
 
 
 Recuperação Judicial- Petição Inicial 
O que deve conter na Petição Inicial - Art. 51. 
 • III – a relação nominal completa dos credores, inclusive 
aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação 
do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o 
valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, o 
regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos 
registros contábeis de cada transação pendente; 
 
• IV – a relação integral dos empregados, em que constem 
as respectivas funções, salários, indenizações e outras 
parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de 
competência, e a discriminação dos valores pendentes de 
pagamento 
 Recuperação Judicial – Petição Inicial 
 
O que deve conter na Petição Inicial - Art. 51 
 
• V – certidão de regularidade do devedor no Registro 
Público de Empresas, o ato constitutivo atualizado e as atas 
de nomeação dos atuais administradores; 
 • VI – a relação dos bens particulares dos sócios 
controladores e dos administradores do devedor; 
• VII – os extratos atualizados das contas bancárias do 
devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de 
qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento 
ou em bolsas de valores, emitidos pelas respectivas 
instituições financeiras; 
 
 Recuperação Judicial 
 
O que deve conter na Petição Inicial – Art . 51: 
 
• VIII – certidões dos cartórios de protestos situados na 
comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas onde 
possui filial; 
 
 • IX – a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações 
judiciais em que este figure como parte, inclusive as de 
natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos 
valores demandados 
 
 Recuperação Judicial 
 
O que deve conter na Petição Inicial – Art . 51: 
 
§ 1o Os documentos de escrituração contábil e demais 
relatórios auxiliares, na forma e no suporte previstosem lei, 
permanecerão à disposição do juízo, do administrador 
judicial e, mediante autorização judicial, de qualquer 
interessado. 
§ 2o Com relação à exigência prevista no inciso II 
do caput deste artigo, as microempresas e empresas de 
pequeno porte poderão apresentar livros e escrituração 
contábil simplificados nos termos da legislação específica. 
§ 3o O juiz poderá determinar o depósito em cartório dos 
documentos a que se referem os §§ 1o e 2o deste artigo ou 
de cópia destes. 
 
 Recuperação Judicial 
 
Despacho de Processamento da Recuperação Judicial 
• Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 
51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação 
judicial e, no mesmo ato: 
 
• I – nomeará o administrador judicial, observado o disposto 
no art. 21 desta Lei; 
 
 • II – determinará a dispensa da apresentação de certidões 
negativas para que o devedor exerça suas atividades, exceto 
para contratação com o Poder Público ou para recebimento 
de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, observando 
o disposto no art. 69 desta Lei; 
 Recuperação Judicial 
 
Despacho de Processamento da Recuperação Judicial 
Art. 52 
• III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções 
contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, permanecendo 
os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas 
as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o do art. 6o desta Lei e as 
relativas a créditos excetuados na forma dos §§ 3o e 4o do art. 
49 desta Lei; 
• IV – determinará ao devedor a apresentação de contas 
demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação 
judicial, sob pena de destituição de seus administradores; 
• V – ordenará a intimação do Ministério Público e a 
comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de 
todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver 
estabelecimento 
 Recuperação Judicial 
 
O plano de recuperação judicial é o instrumento mais 
importante, será apresentado pelo devedor em juízo no 
prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da 
publicação da decisão que deferir o procedimento da 
recuperação judicial, sob pena de convolação em 
falência. 
Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo 
devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) 
dias da publicação da decisão que deferir o processamento 
da recuperação judicial, sob pena de convolação em 
falência, e deverá conter 
 O PLANO DE RECUPARAÇÃO JUDICIAL 
 
 Art. 53. O plano de recuperação, deverá conter: 
I – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a 
ser empregados, conforme o art. 50 desta Lei, e seu resumo; 
II – demonstração de sua viabilidade econômica; e 
III – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e 
ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente 
habilitado ou empresa especializada. 
 
Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital 
contendo aviso aos credores sobre o recebimento do plano 
de recuperação e fixando o prazo para a manifestação de 
eventuais objeções, 
 
 
Procedimentos do Plano de Recuperação 
Judicial 
 O Plano de Recuperação Judicial pode ser ou não objetado 
Plano Objetado - (art. 56), consequência: Assembleia Geral 
de Credores. 
•Prazo para instalação – 150 dias, do deferimento de 
processamento (56, § 1º) 
•Comitê de Credores– Poderá ser constituído na Assembleia. 
Geral (56,§ 2º) 
•Alteração de conteúdo - É possível, mas há necessidade de 
concordância do devedor e não implicar em prejuízo de credor 
ausente (56, § 3º). 
• Rejeição do plano - juiz decretará a falência (art.56,§4º) 
•Obs. A respeito da regra do art. 56, § 4º, segundo a qual o juiz 
decretará a falência na hipótese de rejeição do plano, há que 
se considerar a possibilidade de concessão especial de 
recuperação, conforme art. 58, § 1º. 
. 
Se o plano for objetado, há necessidade 
de convocação de Ass. Geral de Credores. 
Em sentido contrário, se não houver 
objeção, não haverá Assembléia. Isso não 
quer dizer que, por outros motivos, não 
possa o Administrador Judicial, credores 
ou o Ministério Público, requerer a 
instalação de Assembléia Geral 
Extraordinária. 
Importante é mencionar que 3 classes de 
credores votam nas Assembléias: 
trabalhistas, com garantia real e 
quirografários. 
21 
A A. G. C. é composta de credores trabalhistas, com garantia real e 
quirografários (41). 
Votam os credores mencionados nas relações A, B, ou C (39). 
Poderão participar também as pessoas mencionadas no art. 43. 
 Recuperação Judicial 
 
Art 58. cumpridas as exigências desta lei, o juiz concederá 
a recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha 
sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta lei ou 
tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores na 
forma do art. 45 desta lei. 
§ 1o o juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano 
que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta lei, desde que, na 
mesma assembleia, tenha obtido, de forma cumulativa: 
i – o voto favorável de credores que representem mais da metade do 
valor de todos os créditos presentes à assembleia, independentemente 
de classes; 
 ii – a aprovação de 2 (duas) das classes de credores nos termos do art. 
45 desta lei ou, caso haja somente 2 (duas) classes com credores 
votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas; 
 iii – na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 
(um terço) dos credores, computados na forma dos §§ 1o e 2o do art. 45 
desta lei. 
 § 2o a recuperação judicial somente poderá ser concedida com base no 
§ 1o deste artigo se o plano não implicar tratamento diferenciado entre 
os credores da classe que o houver rejeitado 
 
 Recuperação Judicial 
 
EFEITOS DA CONCESSÃO DA RECUPERAÇÃO 
 
Todos os credores anteriores ao pedido de recuperação 
estão sujeitos aos seus efeitos, isto é, o plano de 
recuperação judicial implica a novação dos créditos 
anteriores ao pedido e obriga o devedor e todos os 
credores a ele sujeitos, sem prejuízo das demais garantias. 
 Recuperação Judicial 
 
EFEITOS DA CONCESSÃO DA RECUPERAÇÃO 
 
Efeitos da recuperação em relação à administração da 
sociedade - Durante o procedimento de recuperação 
judicial, o devedor ou seus administradores serão mantidos 
na administração da sociedade, sob fiscalização do Comitê 
de Credores, se houver, e do administrador judicial. 
 
No entanto, se o devedor ou seus administradores não 
forem pessoas idôneas, tiver praticado quaisquer dos atos 
mencionados nos incisos (I ao VI) do art. 64 da Lei n° 
11.101/2005, o juiz poderá afastá-los. 
 
 Recuperação Judicial 
 
Efeitos da recuperação em relação aos bens do 
devedor 
 
Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, o 
devedor não poderá alienar ou onerar seus bens ou 
direitos de seu ativo permanente, salvo se evidente 
utilidade reconhecida pelo juiz e depois de ouvido o Comitê 
de Credores, com exceção daqueles previamente 
relacionados no plano de recuperação judicial. (art.66) 
 Recuperação Judicial 
 
Descumprimento do plano de recuperação 
 
Se durante o prazo de dois anos o devedor descumprir 
qualquer uma de suas obrigações, o credor requererá a 
convolação em falência. (art. 61) 
 
Após o referido prazo, qualquer credor poderá com base no 
art. 94 da lei nº 11.101/2005, requerer a execução 
específica ou falência do devedor. (art.62) 
 
Encerramento da recuperação judicial - Como regra, 
cumpridas as obrigações no prazo de até dois anos, o juiz 
decretará por sentença o encerramento da recuperação 
judicial 
 Recuperação JudicialEfeitos da homologação - O plano de recuperação 
produz efeitos após a sua homologação judicial, podendo, 
contudo, produzir efeitos anteriores à homologação, desde 
que se refira exclusivamente à modificação do valor ou da 
forma de pagamento dos credores signatários (art. 165). 
 
Rejeitado o plano pelo juiz, devolve-se aos credores 
signatários o direito de exigir seus créditos nas condições 
originais, deduzidos os valores efetivamente realizados 
Plano Especial de Recuperação Judicial - 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte 
É Importante frisar que a Lei nº 11.101/2005, trata do Plano 
Especial de Recuperação Judicial que poderá ser apresentado 
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, (arts. 70, 
71 e 72). 
As ME e as EPP, tem um sistema bem mais simples para 
valerem-se da recuperação judicial, basta observar as 
seguintes regras: 
I- independe de concordância dos credores, dispensando 
convocação de assembleia geral destes; 
II- o juiz pode, de plano, conceder a recuperação, se atendidas 
as exigências legais, ou decretar a falência se houver objeção 
de credores titulares de mais da metade dos créditos 
quirografários.(art.72) 
III- a contratação de empregados e aumento das despesas 
dependem de autorização do juiz, ouvido, previamente, o 
administrador judicial. 
 
 
 
Plano Especial de Recuperação Judicial - 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte 
As ME e as EPP, tem um sistema bem mais simples para 
valerem-se da recuperação judicial, basta observar as 
seguintes regras: 
 
IV – faculta o pagamento do débito em até 36 (trinta e seis) 
parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas 
monetariamente com juros de 12% ao ano, podendo conter 
ainda a proposta de abatimento do valor das dívidas, além 
do pagamento da 1a (primeira) parcela no prazo máximo de 
180 (cento e oitenta) dias, contado da distribuição do 
pedido de recuperação judicial; 
 
 
 
Fases do Processo de Recuperação Judicial – ME e EPP 
• Três fases bem distintas 
• Fase Postulatória – requerimento do benefício – início – 
petição inicial – término – despacho judicial processamento 
do pedido 
• Fase Deliberativa – despacho de concessão – decisão de 
concessão da recuperação 
• Fase de Execução – sentença de concessão – sentença de 
encerramento da recuperação 
PROCESSAMENTO DO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL da ME e da EPPEMPRESARIAL 
PROCESSAMENTO DO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL da ME e da EPPEMPRESARIAL 
APROVAÇÃO DO PLANO 
Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei 
opte pelo pedido de recuperação judicial com base no 
plano especial disciplinado nesta Seção, não será 
convocada assembleia-geral de credores para deliberar 
sobre o plano, e o juiz concederá a recuperação judicial se 
atendidas as demais exigências desta Lei. 
 
Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o 
pedido de recuperação judicial e decretará a falência do 
devedor se houver objeções, nos termos do art. 55, de 
credores titulares de mais da metade de qualquer uma 
das classes de créditos previstos no art. 83, computados 
na forma do art. 45, todos desta Lei. (Redação dada pela 
Lei Complementar nº 147, de 2014) 
REFLEXÃOPRESARIAL 
Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do 
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Juntas representam no país 
27% do PIB. • As ME e EPP são as principais geradoras de riqueza 
no Comércio no Brasil, pois respondem por 53,4% do PIB deste 
setor. No PIB da Indústria, a participação das micro e pequenas 
(22,5%) já se aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor 
de Serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) têm 
origem nos pequenos negócios. Pequenos negócios na economia 
brasileira: 
• 27% do PIB 
• 52% dos empregos com carteira assinada 
• 40% dos salários pagos 
• De acordo com o levantamento do Sebrae, são mais de 8,9 
milhões de micro e pequenas empresas no Brasil. IBGE, (Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística) indicou que os pequenos 
negócios representam 99% dos estabelecimentos formais do País. 
CONVOLAÇÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL EM 
FALÊNCIA 
Quem pede recuperação judicial reconhece que se encontra 
em processo de crise econômico-financeira. Para superar tal 
crise, o devedor deverá atender as determinações legais, 
como o prazo de apresentação do plano. 
A desobediência a essas determinações conduz à decretação 
da falência. 
Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de 
recuperação judicial: 
 I – por deliberação da assembléia-geral de credores, na 
forma do art. 42 desta Lei; 
II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de 
recuperação no prazo do art. 53 desta Lei; 
 III – quando houver sido rejeitado o plano de recuperação, 
nos termos do § 4o do art. 56 desta Lei; 
CONVOLAÇÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL EM 
FALÊNCIA 
A desobediência a essas determinações conduz à decretação 
da falência. Art. 73. 
IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no 
plano de recuperação, na forma do § 1o do art. 61 desta Lei. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impede a 
decretação da falência por inadimplemento de obrigação não 
sujeita à recuperação judicial, nos termos dos incisos I ou II 
do caput do art. 94 desta Lei, ou por prática de ato previsto no 
inciso III do caput do art. 94 desta Lei. 
 
Art. 74. Na convolação da recuperação em falência, os atos 
de administração, endividamento, oneração ou alienação 
praticados durante a recuperação judicial presumem-se 
válidos, desde que realizados na forma desta Lei. 
REFLEXÃO 
DADOS SERASA EXPERIAN -2016 
• No acumulado do ano, já são mais de 1.000 pedidos de 
recuperação judicial. De fato, de janeiro a julho de 2016, 
ocorreram 1.098 pedidos de recuperações judiciais, 75,1% 
a mais do que o registrado no mesmo período em 2015. 
De janeiro a julho de 2015, foram 627 ocorrências contra 
476 em 2014. 
• No acumulado de 2016, as micro e pequenas empresas 
tiveram 657 pedidos (aproximadamente 60%), seguidas 
pelas médias (282) e pelas grandes empresas (159). 
• As micro e pequenas empresas foram responsáveis pelo 
maior número de pedidos de falência em abril/2016: 79. 
Em seguida, as médias, com 32, e grandes, com 21. 
CASO CONCRETO: 
 (TJRJ – Juiz - 2013) Determinada empresa ingressa com 
pedido de recuperação judicial perante uma das Varas 
Empresarias do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo 
o juiz deferido seu processamento. 
 
a) Discorra sobre a possibilidade, ou não, da prorrogação 
do prazo de 180 dias previsto no art. 6º, parágrafo 4º da Lei 
nº 11.101/2005. 
 
b) Responda, de forma fundamentada, se o crédito 
decorrente de adiantamento de 
contrato de câmbio se sujeita à recuperação judicial. 
 
CASO CONCRETO 
TJDFT – Juiz Substituto/2005) Assinale a alternativa 
incorreta. 
Nos termos da Lei nº 11.101/2005, na hipótese de 
recuperação judicial, pode-se afirmar que: 
a)( ) não tem legitimidade para obter o benefício quem já o 
obteve há menos de 5 anos; 
b)( )se o sócio controlador tiver sido condenado por crime 
falimentar. 
c)( )pode ser requerida pelos herdeiros do devedor. 
d)( )que são legitimados para o pedido apenas as 
sociedades empresárias e não o empresário individual. 
QUESTÕES OBJETIVA 
(FCC – TRT 6ª Região/PE – Juiz do Trabalho – 2013) O 
plano de recuperação judicial poderá prever, observada a 
legislação pertinente a cada caso, dentre outros meios de 
recuperação. 
a)( ) a ineficácia dos contratos de alienação fiduciária. 
b)( ) a alienação de bem objetode garantia real, com a 
supressão da garantia, independente de aprovação 
expressa do credor titular da respectiva garantia. 
c)( ) nos créditos em moeda estrangeira, o afastamento da 
variação cambial, independentemente de aprovação 
expressa do credor titular do respectivo crédito 
d)( ) a redução salarial e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva 
e)( ) o parcelamento dos créditos tributários no prazo 
máximo de quinze anos. 
QUESTÕES OBJETIVA

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