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RECUPERAÇÃO JUDICIAL - RESUMO (2)

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PROFESSOR BRUNA CAMPOS – DIREITO FALIMENTAR 
Recuperação Judicial 
 
1 
 
1 Poliana Beatriz Gouveia Castro | 7º Semestre | 2021.2 | @direitocompolis 
Introdução 
O devedor deverá demonstrar capacidade real de 
recuperação, caso contrário, terá sua falência 
decretada. 
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo 
viabilizar a superação da situação de crise 
econômico-financeira do devedor, a fim de permitir 
a manutenção da fonte produtora, do emprego dos 
trabalhadores e dos interesses dos credores, 
promovendo, assim, a preservação da empresa, sua 
função social e o estímulo à atividade econômica. 
NOTA: Equilíbrio entre a tutela do direito dos 
credores e a função social da empresa – Harmonia 
com os preceitos constitucionais 
Na recuperação judicial há intensa participação dos 
credores, responsáveis pela aprovação ou rejeição do 
plano de recuperação escolhido pelo devedor, bem 
como pela fiscalização do seu cumprimento. 
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o 
devedor que, no momento do pedido, exerça 
regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) 
anos e que atenda aos seguintes requisitos, 
cumulativamente: 
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas 
extintas, por sentença transitada em julgado, as 
responsabilidades daí decorrentes; 
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido 
concessão de recuperação judicial; 
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido 
concessão de recuperação judicial com base no plano 
especial de que trata a Seção V deste Capítulo; 
DEVEDOR ME E EPP (LC 123/2006). 
IV – não ter sido condenado ou não ter, como 
administrador ou sócio controlador, pessoa 
condenada por qualquer dos crimes previstos nesta 
Lei. 
 As obrigações gerais do empresário 
- Registrar-se antes mesmo do exercício das suas 
atividades. 
- Manter regular a escrituração dos seus negócios 
Fazer os levantamentos contábeis periódicos, num 
interstício máximo anual. 
No caso concreto tem de observar se aquele 
empresário está exercendo a mais de 2 anos as suas 
atividades de maneira regular, se sim, vai verificar 
todos os demais requisitos estão sendo cumprindo 
ao mesmo tempo, concomitantemente. Se UM dos 
requisitos não for cumprido, não vai haver a 
recuperação judicial. 
Se a pessoa jurídica foi falida é preciso que no 
processo de falência da outra pessoa jurídica por 
sentença, o juiz já tenha declarado extinta todas as 
obrigações e responsabilidades decorrentes da 
falência. 
Esses são os requisitos que devem ser cumpridos 
concomitantemente pelo devedor e se ele cumpre 
cumulativamente esses requisitos, ele pode requerer 
a sua recuperação judicial. 
 
 Exercício Regular das Atividades 
SOCIEDADE DOCES E TRAVESSURAS LTDA 
O CONTRATO FOI ASSINADO NO DIA 
20/11/2015 
REGISTRADO NO RPEM NO DIA 01/12/2015. 
NÃO AVERBOU A 2ª ALTERAÇÃO DO 
CONTRATO SOCIAL EM 2016 
NÃO REALIZOU A DECLARAÇÃO DE IRPJ EM 
2019 (REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2018) 
 
 
 
 
 
OBRIGAÇÕES GERAIS DO EMPRESÁRIO: 
1. registrar-se antes mesmo de suas 
atividades 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ 1º A recuperação judicial também poderá ser 
requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do 
devedor, inventariante ou sócio remanescente. 
§ 2º Tratando-se de exercício de atividade rural por 
pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo 
estabelecido no caput deste artigo por meio da 
Declaração de Informações Econômico-fiscais da 
Pessoa Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue 
tempestivamente. 
§ 3º Para a comprovação do prazo estabelecido 
no caput deste artigo, o cálculo do período de 
exercício de atividade rural por pessoa física é feito 
com base no Livro Caixa Digital do Produtor Rural 
(LCDPR), ou por meio de obrigação legal de 
registros contábeis que venha a substituir o 
LCDPR, e pela Declaração do Imposto sobre a 
Renda da Pessoa Física (DIRPF) e balanço 
patrimonial, todos entregues tempestivamente. 
§ 4º Para efeito do disposto no § 3º deste artigo, no 
que diz respeito ao período em que não for exigível 
a entrega do LCDPR, admitir-se-á a entrega do 
livro-caixa utilizado para a elaboração da DIRPF. 
§ 5º Para os fins de atendimento ao disposto nos §§ 
2º e 3º deste artigo, as informações contábeis 
relativas a receitas, a bens, a despesas, a custos e a 
dívidas deverão estar organizadas de acordo com a 
legislação e com o padrão contábil da legislação 
correlata vigente, bem como guardar obediência ao 
regime de competência e de elaboração de balanço 
patrimonial por contador habilitado. 
 
Art. 48-A. Na recuperação judicial de companhia 
aberta, serão obrigatórios a formação e o 
funcionamento do conselho fiscal, nos termos da Lei 
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, enquanto durar 
a fase da recuperação judicial, incluído o período de 
cumprimento das obrigações assumidas pelo plano 
de recuperação. 
 
 Quais são os créditos que estão submetidos 
a recuperação judicial? 
Quem responde isto é o art. 49. Estão submetidos a 
recuperação judicial as obrigações existentes na data 
do pedido ainda que vencendo. 
Todas as obrigações vencidas ou a vencer são 
computadas para fim de recuperação judicial. 
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os 
créditos existentes na data do pedido, ainda que não 
vencidos. CRÉDITOS CONCURSAIS. 
§ 1º Os credores do devedor em recuperação judicial 
conservam seus direitos e privilégios contra os 
coobrigados, fiadores e obrigados de regresso. 
§ 2º As obrigações anteriores à recuperação judicial 
observarão as condições originalmente contratadas 
ou definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos 
encargos, salvo se de modo diverso ficar estabelecido 
no plano de recuperação judicial. 
- Créditos concursais: são os créditos submetidos ao 
processo de recuperação. São os créditos 
decorrentes das obrigações existentes na data da 
petição inicial protocolada. 
- Créditos extraconcursais: são os créditos 
decorrentes de contratos posteriores ao pedido de 
recuperação que por ventura não se inserem nesse 
processo de recuperação judicial. 
Exemplos concretos 
CASO 01 ALEXANDRE É CREDOR CONCURSAL 
NEGATIVAÇÃO INDEVIDA EM 2014 
AUTOR AJUIZOU AÇÃO EM 01/10/2015 
EM MAIO DE 2016 SENTENÇA DM= 8.000,00 
ESSE CRÉDITO SE SUBMETERÁ AO PROC DE RJ 
OI AJUIZOU PROCESSO DE RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL EM JUDICIAL 20/06/2016 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm
3 
 
TEVE DEFERIMENTO DO PROCESSAMENTO EM 
OUTUBRO DE 2016 
R: credito concursal 
CASO 02 ROBERTO É CREDOR 
EXTRACONCURSAL 
NEGATIVAÇÃO INDEVIDA EM DEZEMBRO DE 
2016 
AUTOR AJUIZOU AÇÃO M 01/02/2020 
EM MAIO DE 2020 SENTENÇA DM= 8.000,00 
ESSE CRÉDITO NÃO SE SUBMETERÁ AO PROC 
DE RJ 
RI REQUERENDO A SUSPENSÃO DO CURSO DO 
PROCESSO EM FACE DA RECU.JUD. DA OI 
OI AJUIZOU PROCESSO DE RECUPERAÇÃO 
JUDICIAL EM JUDICIAL 20/06/2016 
R: crédito extraconcursal 
CASO 3 
A SAMSUNG VENDEU 2 MILHÕES EM 
APARELHOS CELULARES PARA A OI 
DATA DA COMPRA E VENDA: 10/03/2016 
FORMA DE PAGAMENTO: 10 PARCELAS DE R$ 
200.000,00 
1ª PARCELA EM 30/04/2016 
AS DEMAIS TODO DIA 30. 
A OI PAGOU APENAS A 1ª PARCELA 
TEM UMA DÍVIDA DE 1.800.000,00 + JUROS / 
MORA 
20/06/2020 A OI PEDIU RJ 
A SAMSUNG É CREDORA NESTE PROCESSO DE 
RJ = R$ 1.800.000,00 + JUROS / MORA 
 
TEMA 1051 DO STJ – DECISÃO PUBLICADA EM 
17/12/2020 
Interpretação do artigo 49, caput, da Lei n. 
11.101/2005, de modo a definir se a existência do 
crédito é determinada pela data de seu fato 
gerador ou pelo trânsito em julgado da sentença 
que o reconhece. 
 Tese Firmada: 
Para o fim de submissão aos efeitos da recuperação 
judicial, considera-se que a existência do crédito é 
determinada pela data em que ocorreu o seu fato 
gerador. 
§ 3º Tratando-se de credor titular da posição de 
proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, 
de arrendadormercantil, de proprietário ou 
promitente vendedor de imóvel cujos respectivos 
contratos contenham cláusula de irrevogabilidade 
ou irretratabilidade, inclusive em incorporações 
imobiliárias, ou de proprietário em contrato de 
venda com reserva de domínio, seu crédito não se 
submeterá aos efeitos da recuperação judicial e 
prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa 
e as condições contratuais, observada a legislação 
respectiva, não se permitindo, contudo, durante o 
prazo de suspensão a que se refere o § 4º do art. 6º 
desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento 
do devedor dos bens de capital essenciais a sua 
atividade empresarial. 
 
A petição inicial precisa estar instrumentalizada de 
acordo com as exigências do artigo 51 e só se essa 
petição inicial efetivamente estiver 
instrumentalizada com esses requisitos é que o juiz 
defere esse processamento da recuperação judicial e 
nessa decisão acontece a nomeação do adm. judicial. 
Do Pedido e do 
Processamento da 
Recuperação Judicial 
 
Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será 
instruída com: 
I – a exposição das causas concretas da situação 
patrimonial do devedor e das razões da crise 
econômico-financeira; 
4 
 
II – as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) 
últimos exercícios sociais e as levantadas 
especialmente para instruir o pedido, confeccionadas 
com estrita observância da legislação societária 
aplicável e compostas obrigatoriamente de: 
a) balanço patrimonial; 
b) demonstração de resultados acumulados; 
c) demonstração do resultado desde o último 
exercício social; 
d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua 
projeção; 
e) descrição das sociedades de grupo societário, de 
fato ou de direito; 
III – a relação nominal completa dos credores, 
sujeitos ou não à recuperação judicial, inclusive 
aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a 
indicação do endereço físico e eletrônico de cada 
um, a natureza, conforme estabelecido nos arts. 83 
e 84 desta Lei, e o valor atualizado do crédito, com 
a discriminação de sua origem, e o regime dos 
vencimentos; 
IV – a relação integral dos empregados, em que 
constem as respectivas funções, salários, 
indenizações e outras parcelas a que têm direito, com 
o correspondente mês de competência, e a 
discriminação dos valores pendentes de pagamento; 
V – certidão de regularidade do devedor no Registro 
Público de Empresas, o ato constitutivo atualizado e 
as atas de nomeação dos atuais administradores; 
VI – a relação dos bens particulares dos sócios 
controladores e dos administradores do devedor; 
VII – os extratos atualizados das contas bancárias do 
devedor e de suas eventuais aplicações financeiras 
de qualquer modalidade, inclusive em fundos de 
investimento ou em bolsas de valores, emitidos pelas 
respectivas instituições financeiras; 
VIII – certidões dos cartórios de protestos situados na 
comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas 
onde possui filial; 
IX - a relação, subscrita pelo devedor, de todas as 
ações judiciais e procedimentos arbitrais em que 
este figure como parte, inclusive as de natureza 
trabalhista, com a estimativa dos respectivos 
valores demandados; 
X - o relatório detalhado do passivo fiscal; e 
XI - a relação de bens e direitos integrantes do ativo 
não circulante, incluídos aqueles não sujeitos à 
recuperação judicial, acompanhada dos negócios 
jurídicos celebrados com os credores de que trata o 
§ 3º do art. 49 desta Lei. 
§ 1º Os documentos de escrituração contábil e demais 
relatórios auxiliares, na forma e no suporte previstos 
em lei, permanecerão à disposição do juízo, do 
administrador judicial e, mediante autorização 
judicial, de qualquer interessado. 
§ 2º Com relação à exigência prevista no inciso II do 
caput deste artigo, as microempresas e empresas de 
pequeno porte poderão apresentar livros e 
escrituração contábil simplificados nos termos da 
legislação específica. 
§ 3º O juiz poderá determinar o depósito em cartório 
dos documentos a que se referem os §§ 1º e 2º deste 
artigo ou de cópia destes. 
 
 
§ 4º Na hipótese de o ajuizamento da recuperação 
judicial ocorrer antes da data final de entrega do 
balanço correspondente ao exercício anterior, o 
devedor apresentará balanço prévio e juntará o 
balanço definitivo no prazo da lei societária 
aplicável. 
§ 5º O valor da causa corresponderá ao montante 
total dos créditos sujeitos à recuperação 
judicial. 
§ 6º Em relação ao período de que trata o § 3º do art. 
48 desta Lei: 
I - a exposição referida no inciso I do caput deste 
artigo deverá comprovar a crise de insolvência, 
caracterizada pela insuficiência de recursos 
financeiros ou patrimoniais com liquidez 
suficiente para saldar suas dívidas; 
II - os requisitos do inciso II do caput deste artigo 
serão substituídos pelos documentos mencionados 
no § 3º do art. 48 desta Lei relativos aos últimos 2 
(dois) anos. 
5 
 
Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, 
observada a legislação pertinente a cada caso, dentre 
outros: 
I – concessão de prazos e condições especiais para 
pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; 
II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de 
sociedade, constituição de subsidiária integral, ou 
cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos 
sócios, nos termos da legislação vigente; 
III – alteração do controle societário; 
IV – substituição total ou parcial dos 
administradores do devedor ou modificação de seus 
órgãos administrativos; 
V – concessão aos credores de direito de eleição em 
separado de administradores e de poder de veto em 
relação às matérias que o plano especificar; 
VI – aumento de capital social; 
VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, 
inclusive à sociedade constituída pelos próprios 
empregados; 
VIII – redução salarial, compensação de horários e 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva; 
IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do 
passivo, com ou sem constituição de garantia própria 
ou de terceiro; 
X – constituição de sociedade de credores; 
XI – venda parcial dos bens; 
XII – equalização de encargos financeiros relativos a 
débitos de qualquer natureza, tendo como termo 
inicial a data da distribuição do pedido de 
recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos 
contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto 
em legislação específica; 
XIII – usufruto da empresa; 
XIV – administração compartilhada; 
XV – emissão de valores mobiliários; 
XVI – constituição de sociedade de propósito 
específico para adjudicar, em pagamento dos 
créditos, os ativos do devedor. 
XVII - conversão de dívida em capital social; 
XVIII - venda integral da devedora, desde que 
garantidas aos credores não submetidos ou não 
aderentes condições, no mínimo, equivalentes 
àquelas que teriam na falência, hipótese em que 
será, para todos os fins, considerada unidade 
produtiva isolada. 
O art. 50, são estratégias que podem ser utilizadas 
na recuperação judicial. 
Art. 52. Estando em termos a documentação exigida 
no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento 
da recuperação judicial e, no mesmo ato: 
I – nomeará o administrador judicial, observado o 
disposto no art. 21 desta Lei; 
II - determinará a dispensa da apresentação de 
certidões negativas para que o devedor exerça suas 
atividades, observado o disposto no § 3º do art. 195 
da Constituição Federal e no art. 69 desta Lei; 
III – ordenará a suspensão de todas as ações ou 
execuções contra o devedor, na forma do art. 6º desta 
Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo 
onde se processam, ressalvadas as ações previstas 
nos §§ 1º , 2º e 7º do art. 6º desta Lei e as relativas a 
créditos excetuados na forma dos §§ 3º e 4º do art. 49 
desta Lei;IV – determinará ao devedor a apresentação de 
contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a 
recuperação judicial, sob pena de destituição de seus 
administradores; 
As exceções do art. 6º dizem respeito às ações e 
execuções trabalhistas, fiscais e tributárias. 
V - ordenará a intimação eletrônica do Ministério 
Público e das Fazendas Públicas federal e de todos os 
Estados, Distrito Federal e Municípios em que o 
devedor tiver estabelecimento, a fim de que tomem 
conhecimento da recuperação judicial e informem 
eventuais créditos perante o devedor, para 
divulgação aos demais interessados. 
§ 1º O juiz ordenará a expedição de edital, para 
publicação no órgão oficial, que conterá: 
I – o resumo do pedido do devedor e da decisão que 
defere o processamento da recuperação judicial; 
II – a relação nominal de credores, em que se 
discrimine o valor atualizado e a classificação de 
cada crédito; 
III – a advertência acerca dos prazos para habilitação 
dos créditos, na forma do art. 7º , § 1º , desta Lei, e 
para que os credores apresentem objeção ao plano de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
6 
 
recuperação judicial apresentado pelo devedor nos 
termos do art. 55 desta Lei. 
§ 2º Deferido o processamento da recuperação 
judicial, os credores poderão, a qualquer tempo, 
requerer a convocação de assembléia-geral para a 
constituição do Comitê de Credores ou substituição 
de seus membros, observado o disposto no § 2º do 
art. 36 desta Lei. 
§ 3º No caso do inciso III do caput deste artigo, 
caberá ao devedor comunicar a suspensão aos juízos 
competentes. 
§ 4º O devedor não poderá desistir do pedido de 
recuperação judicial após o deferimento de seu 
processamento, salvo se obtiver aprovação da 
desistência na assembléia-geral de credores. 
Art. 53. O plano de recuperação será apresentado 
pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 
(sessenta) dias da publicação da decisão que deferir 
o processamento da recuperação judicial, sob pena 
de convolação em falência, e deverá conter: 
I – discriminação pormenorizada dos meios de 
recuperação a ser empregados, conforme o art. 50 
desta Lei, e seu resumo; 
II – demonstração de sua viabilidade econômica; e 
III – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos 
bens e ativos do devedor, subscrito por profissional 
legalmente habilitado ou empresa especializada. 
Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de 
edital contendo aviso aos credores sobre o 
recebimento do plano de recuperação e fixando o 
prazo para a manifestação de eventuais objeções, 
observado o art. 55 desta Lei. 
Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá 
prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento 
dos créditos derivados da legislação do trabalho ou 
decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a 
data do pedido de recuperação judicial. 
§ 1º. O plano não poderá, ainda, prever prazo 
superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o 
limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, 
dos créditos de natureza estritamente salarial 
vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de 
recuperação judicial. 
§ 2º O prazo estabelecido no caput deste artigo 
poderá ser estendido em até 2 (dois) anos , se o 
plano de recuperação judicial atender aos seguintes 
requisitos, cumulativamente: 
I - apresentação de garantias julgadas suficientes 
pelo juiz; 
II - aprovação pelos credores titulares de créditos 
derivados da legislação trabalhista ou decorrentes 
de acidentes de trabalho, na forma do § 2º do art. 
45 desta Lei; e 
III - garantia da integralidade do pagamento dos 
créditos trabalhistas. 
 
 
 
Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz 
concederá a recuperação judicial do devedor cujo 
plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos 
7 
 
do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela 
assembleia-geral de credores na forma dos arts. 45 ou 
56-A desta Lei. (CRAMDAWN) 
§ 1º O juiz poderá conceder a recuperação judicial 
com base em plano que não obteve aprovação na 
forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma 
assembléia, tenha obtido, de forma cumulativa: 
I – o voto favorável de credores que representem 
mais da metade do valor de todos os créditos 
presentes à assembléia, independentemente de 
classes; 
II - a aprovação de 3 (três) das classes de credores ou, 
caso haja somente 3 (três) classes com credores 
votantes, a aprovação de pelo menos 2 (duas) das 
classes ou, caso haja somente 2 (duas) classes com 
credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 
(uma) delas, sempre nos termos do art. 45 desta Lei; 
O juiz poderá conceder a recuperação judicial com 
base em plano que não obteve aprovação na forma 
do art. 45 desta lei, desde que naquela mesma 
assembleia tenha-se alcançados outros quóruns. 
III – na classe que o houver rejeitado, o voto 
favorável de mais de 1/3 (um terço) dos credores, 
computados na forma dos §§ 1º e 2º do art. 45 desta 
Lei. 
§ 2º A recuperação judicial somente poderá ser 
concedida com base no § 1º deste artigo se o plano 
não implicar tratamento diferenciado entre os 
credores da classe que o houver rejeitado. 
§ 3º Da decisão que conceder a recuperação judicial 
serão intimados eletronicamente o Ministério 
Público e as Fazendas Públicas federal e de todos os 
Estados, Distrito Federal e Municípios em que o 
devedor tiver estabelecimento. 
Art. 58-A. Rejeitado o plano de recuperação proposto 
pelo devedor ou pelos credores e não preenchidos os 
requisitos estabelecidos no § 1º do art. 58 desta Lei, o 
juiz convolará a recuperação judicial em falência. 
Parágrafo único. Da sentença prevista no caput deste 
artigo caberá agravo de instrumento. 
Art. 59. O plano de recuperação judicial implica 
novação dos créditos anteriores ao pedido, e obriga 
o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem 
prejuízo das garantias, observado o disposto no § 1º 
do art. 50 desta Lei. 
 
 
Para além dos 2 anos se esse devedor cumprir todas 
as obrigações que ele se comprometeu, passados os 
2 anos, o juiz vai proferir uma sentença, essa decisão 
vai encerrar a recuperação judicial. Mas se o juiz de 
oficio perceber que o devedor descumpriu ou se o 
próprio credor apontar o descumprimento do 
plano, se houver um diagnostico de que houve um 
descumprimento no plano de recuperação judicial 
dentro desses 2 anos, o juiz vai convolar 
recuperação em falência. 
 Se o plano de recuperação for descumprido 
após os 2 anos? (encerramento da RJ) 
O credor poderá: 
1. requerer a execução desta parcela descumprida 
Ou 
2. Requerer, em processo autônomo, a falência do 
devedor. 
Art. 61. Proferida a decisão prevista no art. 58 desta 
Lei, o juiz poderá determinar a manutenção do 
devedor em recuperação judicial até que sejam 
cumpridas todas as obrigações previstas no plano 
que vencerem até, no máximo, 2 (dois) anos depois 
da concessão da recuperação judicial, 
independentemente do eventual período de 
carência. 
§ 1º Durante o período estabelecido no caput deste 
artigo, o descumprimento de qualquer obrigação 
prevista no plano acarretará a convolação da 
recuperação em falência, nos termos do art. 73 desta 
Lei. 
§ 2º Decretada a falência, os credores terão 
reconstituídos seus direitos e garantias nas condições 
originalmente contratadas, deduzidos os valores 
eventualmente pagos e ressalvados os atos 
validamente praticados no âmbito da recuperação 
judicial. 
8 
 
Art. 62. Após o período previsto no art. 61 desta Lei, 
no caso de descumprimento de qualquer obrigação 
prevista no plano de recuperação judicial, qualquer 
credor poderá requerer a execução específica ou a 
falência com base no art. 94 desta Lei. 
Art. 63. Cumpridas as obrigações vencidas no prazo 
previsto no caputdo art. 61 desta Lei, o juiz decretará 
por sentença o encerramento da recuperação judicial 
e determinará: 
I – o pagamento do saldo de honorários ao 
administrador judicial, somente podendo efetuar a 
quitação dessas obrigações mediante prestação de 
contas, no prazo de 30 (trinta) dias, e aprovação do 
relatório previsto no inciso III do caput deste artigo; 
II – a apuração do saldo das custas judiciais a serem 
recolhidas; 
III – a apresentação de relatório circunstanciado do 
administrador judicial, no prazo máximo de 15 
(quinze) dias, versando sobre a execução do plano de 
recuperação pelo devedor; 
IV – a dissolução do Comitê de Credores e a 
exoneração do administrador judicial; 
V - a comunicação ao Registro Público de Empresas 
e à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do 
Ministério da Economia para as providências 
cabíveis. 
Parágrafo único. O encerramento da recuperação 
judicial não dependerá da consolidação do quadro-
geral de credores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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