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Artigo efeitos da drenagem linfática

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1	
  
1Pós-graduando em Dermato-Funcional 
2Orientadora, Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito em 
Saúde 
 	
  
Efeitos sistêmicos da drenagem linfática 
 
Lohaina Benson C. A. de Melo Cortez1 
lohaina@gmail.com 
Dayana Priscila Maia Mejia2 
Pós-graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional – Faculdade Ávila 
 
 
 
Resumo 
O corpo humano é composto por sistemas que trabalham em conjunto para garantir o seu 
correto funcionamento, bem como a total utilização em diversas tarefas diárias. Neste trabalho 
focamos no sistema linfático que faz parte do sistema imunológico. Este sistema possui inúmeras 
funções, entre as quais destacam-se: remoção dos fluidos dos tecidos corporais, absorção dos 
ácidos graxos e produção de células imunes, tais como: linfócitos, monócitos e plasmócitos. 
Para o melhor funcionamento deste sistema e a otimização de suas atividades é possível a 
utilização de técnicas manuais. A técnica manual mais popular é a drenagem linfática que é 
uma técnica de massagem composta por manobras suaves, lentas, monótonas e rítmicas, feita 
com as mãos, que obedecem ao trajeto do sistema linfático superficial e que tem por objetivos a 
redução de edemas e linfedemas. Neste trabalho apresentamos um estudo sobre a técnica de 
drenagem linfática e os efeitos sistêmicos causados pela mesma. Além disso, foi realizado um 
extenso levantamento bibliográfico comparando todas as diferentes abordagens recentemente 
publicadas na literatura. Através deste estudo é possível concluir que a utilização de drenagem 
linfática é capaz de promover recuperação clínicas com menos complicações e mais rápida se 
aplicada a diferentes pacientes. 
Palavras-chave: Fisioterapia; Sistema Linfático; Drenagem Linfática; Sistema Imunológico. 
 
 
 
1. Introdução 
Diferentes sistemas existentes no corpo humano são responsáveis por regular as funções vitais do 
organismo. O bom funcionamento individual de cada sistema, assim como o seu funcionamento 
em conjunto é essencial para a realização das mais simples atividades na qual o corpo humano 
possa ser submetido. Dentre estes sistemas existentes, destaca-se o sistema imunológico, que 
como o próprio nome já explica, é responsável pela imunização do organismo. De forma 
genérica, as células que compõem o sistema imunológico podem ser vistas como um exército, 
dado que cada tipo de célula é responsável por exercer uma determinada função para proteger e 
imunizar o organismo. 
Um dos principais componentes do sistema imunológico é o sistema linfático que é o sistema de 
drenagem do organismo. O sistema linfático exerce as seguintes funções: remover fluidos dos 
tecidos corporais, absorver ácidos graxos e levá-los para o sistema respiratório e produzir 
células imunes. Para exercer estas importantes funções o sistema linfático é formado por órgãos 
linfáticos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, linfoides, capilares linfáticos e vasos linfáticos. 
Cada uma das partes que forma o sistema linfático é responsável por diferentes tarefas que visam 
exercer a drenagem e a manter o organismo regulado. A Figura 1 apresenta o sistema linfático. 
	
   2	
  
Drenagem é uma palavra de origem inglesa e pertence ao léxico da hidrologia: consiste em 
evacuar um pântano do seu excesso de água por meio de caneletas que desembocam em um poço 
ou em um curso de água. A analogia é clara. Na drenagem linfática manual, as manobras são 
suaves e superficiais, não necessitando comprimir os músculos, e sim mobilizar uma corrente de 
líquido que está dentro de um vazo linfático em nível superficial e acima da aponeurose 
(GODOY, BELCZAK, GODOY, 2005, 110). 
 
 
Fonte: http://esteticangelaseixas.blogspot.com.br/2011/01/sistema-linfatico.html 
Figura 1 - Ilustração do sistema linfático 
	
   3	
  
 
Dentro das fundamentações gerais sobre a drenagem linfática manual, para a aplicação desse 
recurso de maneira adequada, deve-se respeitar a anatomia e a fisiologia do sistema linfático, 
além da integridade dos tecidos superficiais. Para tanto, a drenagem linfática manual precisa ser 
realizada de forma suave, lenta e rítmica, sem causar dor, danos ou lesões aos tecidos do paciente 
(TACANI & TACANI, 2008). 
Para Godoy (2004), o objetivo da drenagem linfática é criar diferenciais de pressão para 
promover o deslocamento da linfa e do fluido intersticial, visando à sua recolocação na corrente 
sanguínea. 
Segundo Soares et al (2005), o efeito sistêmico da drenagem linfática pode ser observado em um 
pós-operatório em que os sintomas podem ser reduzidos pelo atendimento da fisioterapia através 
da drenagem linfática manual ou mecânica. Observa-se rapidamente diminuição do edema e 
hematomas, com favorecimento da neoformação vascular e nervosa, além de prevenir ou 
minimizar a formação de cicatrizes hipertróficas, retrações e queloides. 
Fonseca et al (2009), cita como principais benefícios da drenagem linfática manual e atividade 
física, conjunta ou isolada, em mulheres no terceiro trimestre de gravidez a melhora da 
circulação, alívio da dor, diminuição de edemas, melhora da postura, melhora da autoestima, 
diminuição de ganho de peso corporal extra, melhor disposição e relaxamento. 
Fisioterapia tem um papel importante no manejo do linfedema, tanto na prevenção quanto no 
tratamento (MARUCCI, 2004). A importância da Fisioterapia Dermato-Funcional na prevenção 
e reabilitação funcional, como bem citado por Borges (2006,) descreve a Fisioterapia Dermato- 
Funcional como a área que tem o objetivo de prover a recuperação físico- funcional dos 
distúrbios endócrino/ metabólitos, dermatológicos e músculo-esqueléticos. 
 
 
2. Contextualização geral sobre anatomia e fisiologia do sistema linfático 
Como é possível notar na Figura 1, o corpo humano é formado por inúmeras linfas. A formação 
da linfa descrita por Leduc & Leduc (2006), indica que a hipótese de Sterling explica o 
equilíbrio existente entre os fenômenos de filtragem e de reabsorção no nível das terminações 
capilares. A água carregada de elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas deixa a luz do 
capilar arterial, chega ao meio intersticial e banha as células. Estas retiram desse líquido os 
elementos necessários a seu metabolismo e eliminam os produtos de degradação celular. Em 
seguida, o líquido intersticial é, pelo jogo sutil das pressões, retomado pela rede de capilares 
venosos. 
Dentre as pressões existentes que são responsáveis pela troca através do capilar sanguíneo, 
Guirro e Guirro (2002),cita a pressão hidrostática e oncótica que em estados fisiológicos tais 
pressões do liquido intersticial são relativamente constantes, quando o volume de líquido 
intersticial excede a capacidade de drenagem dos linfonodos, haverá um excesso de líquido 
intersticial nos tecidos subcutâneos sendo denominado edema. 
Canais linfáticos do corpo: Quase todos os tecidos corporais têm canais linfáticos especiais que 
drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais. As exceções incluem as 
porções superficiais da pele, o sistema nervoso central, o endomísio dos músculos e os ossos 
(GUYTON & HALL, 2006). 
Capilares linfáticos: Formam uma rede coletora de líquidos carregados de dejetos do 
metabolismo celular. Em caso de edema, o capilar linfático se dilata favorecendo a passagem da 
linfa por meio de pressão da pulsação de uma artéria ou a contração muscular. O fluxo sanguíneo 
	
   4	
  
se dá de forma intermitente, por isso é chamado de vasomotilidade. Possui células endoteliais e 
pode ser encontrada em quase todos os órgãos do corpo. 
Pré-coletores e coletores: Os vasos linfáticos pré-coletores recebem a linfa coletada pelos 
capilares para levá-la à rede dos coletores. Os pré-coletores são valvulados: a porção situada 
entre duas válvulas é denominada linfângio e seu percurso é sinuoso. Eles desembocam noscoletores, onde uma válvula impede qualquer possibilidade de refluxo (LEDUC & LEDUC, 
2007). 
Os capilares linfáticos drenam para os coletores linfáticos, onde as junções abertas diminuem até 
desaparecer, a camada muscular média aparece e as valvas intralinfáticas ficam mais frequentes. 
Surge também a camada adventícia. Dos coletores linfáticos, a linfa vai para os ductos linfáticos 
e retorna à circulação sangüínea (NETO et al, 2004). 
 
 
3. Drenagem linfática 
Desde a criação da técnica de drenagem linfática manual pelo biólogo dinamarquês Emil Vodder 
e sua esposa Estrid Vodder, em 1936, vários adeptos passaram a difundi-la, tornando-a um dos 
principais pilares no tratamento do linfedema (GODOY & GODOY, 2004). 
A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem composta por manobras suaves, lentas, 
monótonas e rítmicas, feita com as mãos, que obedecem ao trajeto do sistema linfático 
superficial e que tem por objetivos a redução de edemas e linfedemas (de causas pós-traumáticas, 
pós-operatórias, de distúrbios circulatórios venosos e linfáticos de diversas naturezas, dentre 
outras) e a prevenção ou melhoria de algumas de suas consequências (TACANI, 2003; GODOY, 
BELCZACK & GODOY, 2005). 
As Figuras 2, 3 e 4 demonstram a utilização da técnica de drenagem linfática manual em 
diferentes partes do corpo humano. A Figura 2 demonstra o tratamento sendo utilizado na região 
das costas. A Figura 3 mostra que a drenagem linfática também pode ser aplicada a região facial. 
Por fim, a Figura 4 ilustra a utilização da drenagem linfática em grávidas. Com estas figuras é 
possível notar que a drenagem linfática manual é um tratamento genérico e eficaz dado que a 
mesma é capaz de alcançar todas as regiões linfáticas do corpo humano se adequando a 
diferentes necessidades de cada paciente. 
Segundo Elwing e Sanches (2010), a drenagem linfática manual se destaca sobre outros tipos de 
terapias, é indicada principalmente, como já se sabe, para os efeitos antiedema e a terapêutica 
antilinfedemas. As ações, ou efeitos que a drenagem linfática manual exerce sobre o organismo 
humano são amplos e variados: Efeito drenante, efeito neural, efeito muscular, efeito defensivo. 
EFEITO DRENANTE: Na drenagem linfática, realiza-se a drenagem da linfa, que está dentro do 
linfático; assim, facilita-se a entrada do fluido intersticial por meio do desenvolvimento de 
diferentes pressões (GODOY & GODOY, 2004). 
EFEITO NEURAL: Para Soares (2005), um grupo de pacientes submetidos a DLM obteve maior 
satisfação promovido principalmente pelo toque que trouxe melhoras do aspecto clínico, não 
relacionados com a cirurgia como é o caso da diminuição da ansiedade e a melhora na qualidade 
do sono. Esses achados confirmam dados da literatura que mostram outras indicações além da 
contenção do edema, na redução da dor, fibrose, e para realçar o relaxamento, e os sentimentos 
de bem estar, tudo isso devido ao toque proporcionado pela DLM. 
EFEITO MUSCULAR: As manobras de drenagem linfática manual, não visam especificamente 
a musculatura esquelética, mas, a exemplo de outros tipos de massagem, tem influência sobre a 
capacidade funcional do músculo ( RIBEIRO, 2006). 
	
   5	
  
 
 
Fonte: http://www.brasilescola.com/saude/drenagem-linfatica.htm 
Figura 2 – Foto da aplicação da drenagem linfática manual as costas 
	
  
Fonte: http://esteticalealjardins.com.br/?page_id=63 
Figura 3 - Foto da aplicação da drenagem linfática manual ao resto 
	
   6	
  
	
  
 
 
Fonte: http://www.esteticapulse.com.br/drenagem-linfatica-gestante-copacabana-rj 
Figura 4 - Foto da aplicação da drenagem linfática manual em grávidas 
 
 
4. Metodologia 
Este trabalho trata-se de uma revisão da literatura existente. Para a realização desta revisão, foi 
consultada a literatura especializada em drenagem linfática, mais especificamente: Drenagem 
Linfática Manual Corporal, Drenagem Linfática Teoria & Prática e artigos científicos nos bancos 
de dados da biblioteca digital Scielo, Portal Biocursos e Google acadêmico, dentre outros 
trabalhos publicados entre 2003 a 2013. 
As palavras-chave utilizadas na busca foram: Drenagem Linfática, drenagem linfática no pós 
operatório, benefícios da drenagem linfática, dermato-funcional, linfedema. Todos os artigos 
encontrados e utilizados aqui neste trabalho estão em Português. 
Os dados encontrados foram criteriosamente analisados e estudados para servir como base para 
este trabalho com formato de artigo que está organizado da seguinte forma: título do artigo, 
metodologia do trabalho, anatomia e fisiologia do sistema linfático, drenagem linfática, 
resultados obtidos e discussão e por fim, conclusão e referências bibliográficas. 
 
 
5. Resultados e Discussão 
A Tabela 1, apresentada a seguir, contempla os principais trabalhos publicados na literatura 
recente que abordam os efeitos sistêmicos da drenagem linfática. É importante salientar que 
	
   7	
  
tabela pode ser vista como um quadro resumo, dado que a mesma não só lista os trabalhos mais 
relevantes, como inclui uma breve descrição de cada trabalho. 
 
Autores Título Descrição Ano 
RIBEIRO, D. R. 
Drenagem Linfática 
Manual e Corporal 
Descreve os 
aspectos gerais 
sobre as funções 
fisiológicas e a 
prática manual da 
Drenagem Linfática 
facial e corporal. 
2004 
GUYTON, A. C., 
HALL, J. E. 
Tratado de 
Fisiologia Médica 
Trata da fisiologia 
humana de forma 
geral. 
2006 
ELWING A. , 
SANCHES O. 
Drenagem Linfática 
Manual – Teoria e 
prática 
Faz uma 
abordagem geral 
sobre o sistema 
linfático e aborda a 
prática da 
drenagem linfática 
global. 
2010 
LEDUC A. , 
LEDUC O. 
Drenagem Linfática 
– Teoria e Prática 
Descreve a 
anatomia e 
fisiologia do 
sistema linfático e a 
prática da 
Drenagem linfática. 
2007 
GODOY, J.M.P. , 
GODOY, M.F.G. 
Drenagem Linfática 
Manual: Um novo 
Um novo conceito 
do método da 
2004 
	
   8	
  
conceito. drenagem linfática 
manual. 
FERREIRA, J. J. , 
MACHADO, A. F. 
P. , TACANI, R. 
,SALDANHA, M. 
E. S. , TACANI, P. 
M. , LIEBANO, R. 
E. 
Drenagem Linfática 
Manual nos 
sintomas da 
síndrome pré- 
menstrual: estudo 
piloto. 
Estudo de caso 
relatando a 
efetividade da 
drenagem linfática 
manual na 
diminuição dos 
sintomas pré-
menstruais. 
2010 
NETO, H. J. G. 
,NETO, F. T. S. , 
JUNIOR, R. F. 
,JUNIOR, V. C. , 
CAFFARO, R. A. 
Estudo etiológico 
dos linfedemas 
baseado na 
classificação de 
Kinmonth, 
modificada por 
Cordeiro. 
Estudo sobre as 
formas mais 
comuns de 
linfedema 
2004 
GODOY, J. M. P. , 
BELCZAK, C. E. Q. 
, GODOY, M. F. G. 
 
Reabilitação 
linfovenosa. 
Explica sobre as 
doenças 
linfovenosas e sua 
reabilitação, 
inclusive com o 
método de 
drenagem linfática. 
2005 
TACANI, R. , 
TACANI, P. 
Drenagem linfática 
manual terapêutica 
ou estética: existe 
diferença? 
Fundamentações 
gerais da drenagem 
linfática e diferença 
nos parâmetros de 
aplicação da 
2008 
	
   9	
  
técnica. 
SOARES, L. M. A., 
SOARES, S. M. B. 
,SOARES, A. K. A. 
Estudo comparativo 
da eficácia da 
drenagem linfática 
manual e mecânica 
no pós –operatório 
de 
dermolipectomia. 
Fez um estudo de 
caso comparando o 
uso da drenagem 
linfática manual e 
mecânica, sendo os 
dois eficientes, no 
pós-operatório de 
dermolipectomia. 
2005 
FONSECA, F. M. 
,PIRES, J. L. V. R. , 
MAGALHÃES, G. 
M. , PAIVA, F. A. , 
SOUSA, C. T. , 
BASTOS, V. P. D. 
Estudo comparativo 
entre a drenagem 
linfática manual e 
atividade física em 
mulheres no 
terceiro trimestre degestação. 
Comparou os 
benefícios e a 
eficácia de cada 
método, sendo que 
o uso da drenagem 
linfática com a 
atividade física em 
conjunto foi o que 
proporcionou 
melhores resultados 
nas mulheres no 
terceiro trimestre de 
gravidez. 
2009 
 
Tabela 1 - Pesquisa comparativa entre diversos trabalhos existentes na literatura 
	
  
O linfedema é um edema difuso de uma determinada região do corpo que tem como etiologia 
uma disfunção do sistema linfático superficial e, apenas em raras ocasiões, atinge o sistema 
linfático profundo (NETO et al, 2004). 
Os edemas podem surgir de forma funcional ou orgânico, sendo que o funcional se dá por passar 
muito tempo sem movimentar a área afetada, temperaturas elevadas e transtornos reversíveis no 
sistema linfático, portanto, o edema desaparece quando o sistema linfático retorna a normalidade. 
E o orgânico é uma alteração anatômica do sistema linfático, podendo ser congênito, ou seja, 
	
   10	
  
desde o nascimento, pós-infecção por bactérias ou vírus, neoplásicos, pós-cirúrgico, pós-
radioterapia. 
Elwing (2010) cita que o organismo responde à formação de edemas com mecanismos 
compensatórios: neoformação de vasos linfáticos; formação de anastomoses linfático-venosas; 
aumento de absorção pelo capilar sanguíneo, levando proteínas pelo aumento da pressão tissular; 
mantém a difusão através da membrana do capilar sanguíneo, dificultando o aparecimentos de 
úlceras ou necrose. 
A drenagem linfática manual faz parte das técnicas utilizadas para favorecer a circulação dita "de 
retorno". Se somos levados, por dados laboratoriais e resultados clínicos, a mostrar a 
legitimidade de nossas técnicas, é lógico acreditar que a drenagem linfática manual poderá 
encontrar um campo de aplicação nas muitas áreas onde a circulação "de retorno" encontra-se 
impedida ou alentecida (LEDUC & LEDUC, 2007). 
Pode-se fazer uma analogia com a drenagem linfática manual, onde as manobras são suaves e 
superficiais, sem necessidade de comprimir os músculos, mobilizando apenas uma corrente de 
líquido que está nos tecidos mais superficiais e nos vasos linfáticos localizados entre a pele e a 
aponeurose (camada que recobre os músculos) (GODOY, BELCZAK & GODOY, 2005). 
Para Ribeiro (2004), os principais efeitos das manobras da drenagem linfática manual estão 
fundamentados no aumento circulatório provocado pela compressão externa dos tecidos. 
Segundo Lacerda (2007), uma drenagem linfática bem feita é capaz de alcançar os mais diversos 
resultados que vão de estéticos como cura anti-estresse, anti-celulite, anti-envelhecimento, pré e 
pós-parto a terapêuticos como otimização dos resultados pós-operatórios, tratamentos e 
preparação para todas as cirurgias estéticas, tratamento de cicatrizes recentes, retenção de 
líquido, linfedema, má circulação e dismenorreia. 
Ferreira (2010), usou a drenagem linfática no tratamento dos sintomas pré-menstruais como 
sensibilidade mamária, enxaqueca e dor pélvica, dizem respeito à retenção hídrica5. A técnica de 
DLM consiste em direcionar o líquido do espaço intersticial para os centros de drenagem 
mediante manobras especializadas, estimulando a drenagem do local afetado15. Assim, a 
hipótese inicial era de que a DLM auxiliaria a melhora da sintomatologia física e somática da 
SPM. 
Para Salvalagio & Rosas (2006) O protocolo curto (7 dias) adotado para um tratamento com 
drenagem linfática manual facial no P.O. de rinoplastia em dias consecutivos mostrou que, em 
poucas sessões realizadas, foi eficaz nos transtornos causados pela cirurgia. 
Ceolin (2006), relata que após os 15 atendimentos de DLM no abdome, mostrou-se que houve 
diminuição significativa do edema e do hematoma, assim como redução da dor no local 
lipoaspirado. A fisioterapia através da drenagem linfática manual tende a prevenir e diminuir o 
edema, melhorando o efeito estético, aumentando a satisfação dos pacientes quanto ao resultado 
do procedimento cirúrgico. 
 
 
6. Conclusão 
Através deste estudo, vimos que o sistema imunológico e o sistema linfático possuem papel 
importantíssimo no organismos humano. Por isso, manter o bom funcionamento do sistema 
linfático é uma tarefa muito importante para a garantia do bem estar. A técnica manual mais 
eficaz no auxílio das função do sistema linfático é a drenagem Linfática. 
A drenagem linfática é um recursos bastante utilizado na fisioterapia em uma série de patologias, 
pois tem efeitos, por exemplo, relaxante, analgésico, redução de edemas. A literatura é vasta 
	
   11	
  
quanto ao uso da Drenagem Linfática Manual, explorando seus benefícios no tratamento pós 
operatório de cirurgias plástica, doenças do sistema linfático, gravidez, podendo ser usada 
unicamente ou associada ao exercício físico, por exemplo. 
A fisioterapia dermato-funcional, através da drenagem linfática, pode promover ao paciente uma 
recuperação com menos complicações e mais rápida, uma diminuição do quadro álgico. Sendo 
assim, a drenagem linfática é uma área com muitas possibilidades para estudos futuros. 
 
 
Referências 
 
ALENCAR, Tatiana P., MEJIA, Dayana P. M. A influência da drenagem linfática manual no pós-operatório 
imediato de cirurgia vascular de membros inferiores. Amazonas, 2009. 
 
BORGES, Fábio S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 
2006. 
 
CEOLIN, Mariana M. Efeitos da drenagem linfática manual no pós-operatório imediato de lipoaspiração no 
abdome. Santa Catarina, 2006. 
 
ELWING, Ari, SANCHES, Orlando C. Drenagem linfática manual – teoria e prática. São Paulo: Senac, 2010. 
 
FERREIRA, Juliana J. F. et al, Drenagem linfática manual nos sintomas da síndrome pré-menstrual: estudo 
piloto. São Paulo, 2010. 
 
FONSECA, Floripes M. et al. Estudo comparativo entre a drenagem linfática manual e atividade física em 
mulheres no terceiro trimestre de gestação. Ceará, 2009. 
 
GODOY, José M. P., GODOY, Maria F. G., Drenagem linfática manual: um novo conceito. São Paulo, 2004. 
 
GODOY, José Maria P.; BELCZACK, Cleusa E. Q. & GODOY, Maria de Fátima G. Reabilitação linfovenosa. Rio 
de Janeiro: Dilivros, 2005. 
 
GOMES, Claudia S. et al. Demonstração de um protocolo para o estudo anatomopatológico dos vasos linfáticos 
no linfedema. Paraná, 2003. 
 
GUIRRO, Elaine C. O. & GUIRRO, Rinaldo R. J. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e 
patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2002. 
 
GUYTON, Arthur C.,HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 
 
LEDUC, Albert, LEDUC, Oliver. Drenagem linfática – teoria e prática. 3ª Ed. São Paulo: Manole, 2007 
 
MARCUCCI, Fernando C. I. O papel da fisioterapia nos cuidados paliativos a pacientes com câncer. Paraná, 
2004. 
 
NETO, Henrique J. G. et al. Estudo etiológico dos linfedemas baseado na classificação de Kinmonth, 
modificada por Cordeiro. São Paulo, 2004. 
 
RIBEIRO, Denise R. Drenagem linfática manual. 6ª Ed. São Paulo: Senac, 2004. 
 
SALVALAGIO, Sara, ROSAS, Ralph F. Drenagem linfática manual no pós-operatório de rinoplastia: estudo 
de caso. Santa Catarina, 2006. 
 
SILVA, Maria L. S., MEJIA, Dayana P. M. Eficácia da drenagem linfática manual no pós-operatório de 
abdominoplastia. Amazonas, 2012. 
 
SOARES, Lúcia M. A. S., SOARES, Sandra M. B., SOARES, Aline K. A. Estudo comparativo da eficácia da 
drenagem linfática manual e mecânica no pós-operatório de dermolipectomia. Ceará, 2005. 
 
TACANI, Rogério, TACANI, Pascali. Drenagem linfática manual terapêutica ou estética: existe diferença? São 
Paulo, 2008. 
	
   12	
  
 
VERNER, Renatha M. P. M., SOUZA, Alison. Drenagem linfática manual pós mamoplastia de aumento. 
Paraná, 2010.

Outros materiais