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AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal! Vamos para a nossa terceira aula de Conhecimentos Bancários. Recebi um mail de um aluno dizendo que alguns pontos não estavam no Edital. Entretanto, eu acho importante falar de todas os Conselhos e órgãos normativos, dado que os produtos fazem parte do edital (de forma literal) e a banca pode cobrar de forma indireta alguns pontos mais genéricos. O melhor é estarmos afiados para o que der e vier, dado que essa matéria representa 140 de 190 pontos. Concordam? Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. Prof. César Frade JANEIRO/2014 AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 2 8. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda criada pelo Decreto-Lei 73/66 e que é responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. A autarquia tem como atribuições: • Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; • Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; • Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; • Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; • Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem; • Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; • Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; • Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; • Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. A SUSEP é administrada por um Conselho Diretor, composto pelo Superintendente e por quatro Diretores. Também integram o Colegiado, sem direito a voto, o Secretário-Geral e Procurador-Geral. Compete ao Colegiado fixar as políticas gerais da Autarquia, com vistas à ordenação das atividades do mercado, cumprir e fazer cumprir as deliberações AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 3 do CNSP e aprovar instruções, circulares e pareceres de orientação em matérias de sua competência. A presidência do Colegiado cabe ao Superintendente que tem, ainda, como atribuições, promover os atos de gestão da Autarquia e sua representação perante o Governo e à sociedade. Clique no Organograma para visualização da composição. O Decreto-Lei que criou a Autarquia, dispõe como competências da SUSEP: “Art 36. Compete à SUSEP, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP, como órgão fiscalizador da constituição, organização, funcionamento e operações das Sociedades Seguradoras: a) processar os pedidos de autorização, para constituição, organização, funcionamento, fusão, encampação, grupamento, transferência de contrôle acionário e reforma dos Estatutos das Sociedades Seguradoras, opinar sôbre os mesmos e encaminhá-los ao CNSP; b) baixar instruções e expedir circulares relativas à regulamentação das operações de seguro, de acôrdo com as diretrizes do CNSP; c) fixar condições de apólices, planos de operações e tarifas a serem utilizadas obrigatòriamente pelo mercado segurador nacional; d) aprovar os limites de operações das Sociedades Seguradoras, de conformidade com o critério fixado pelo CNSP; e) examinar e aprovar as condições de coberturas especiais, bem como fixas as taxas aplicáveis; f) autorizar a movimentação e liberação dos bens e valôres obrigatòriamente inscritos em garantia das reservas técnicas e do capital vinculado; AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 4 g) fiscalizar a execução das normas gerais de contabilidade e estatística fixadas pelo CNSP para as Sociedades Seguradoras; h) fiscalizar as operações das Sociedades Seguradoras, inclusive o exato cumprimento dêste Decreto-lei, de outras leis pertinentes, disposições regulamentares em geral, resoluções do CNSP e aplicar as penalidades cabíveis; i) proceder à liquidação das Sociedades Seguradoras que tiverem cassada a autorização para funcionar no País; j) organizar seus serviços, elaborar e executar seu orçamento. k) fiscalizar as operações das entidades autorreguladoras do mercado de corretagem, inclusive o exato cumprimento deste Decreto-Lei, de outras leis pertinentes, de disposições regulamentares em geral e de resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), e aplicar as penalidades cabíveis; e l) celebrar convênios para a execução dos serviços de sua competência em qualquer parte do território nacional, observadas as normas da legislação em vigor.” A mesma legislação pautou os objetivos da política de seguros privados no País: “Art 5º A política de seguros privados objetivará: I - Promover a expansão do mercado de seguros e propiciar condições operacionais necessárias para sua integração no processo econômico e social do País; II - Evitar evasão de divisas, pelo equilíbrio do balanço dos resultados do intercâmbio, de negócios com o exterior; III - Firmar o princípio da reciprocidade em operações de seguro, condicionando a autorização para o funcionamento de emprêsas e firmas estrangeiras e igualdades de condições no país de origem; AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 5 III - Firmar o princípio da reciprocidade em operações de seguro, condicionando a autorização para o funcionamento de emprêsas e firmas estrangeiras a igualdade de condições no país de origem; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 296, de 1967) IV - Promover o aperfeiçoamento das Sociedades Seguradoras; V - Preservar a liquidez e a solvência das Sociedades Seguradoras; VI - Coordenar a política de seguros com a política de investimentos do Govêrno Federal, observados os critérios estabelecidos para as políticas monetária, creditícia e fiscal.” 9. Superintendência de Previdência Complementar – PREVIC A Lei 12.154/99 cria a Superintendência de Previdência Complementar em substituição à Secretaria de Previdência Complementar – SPC. A nova entidade é criada como uma autarquia de natureza especial vinculada ao Ministério da Previdência e tem como prerrogativa atuar como entidade de fiscalização e supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar – EFPC. “Art. 1º Fica criada a Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Previdência Social, com sede e foro no Distrito Federal e atuação em todo o território nacional. Parágrafo único. A Previc atuará como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, observadas as disposições constitucionais e legais aplicáveis.” – grifo meu. AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 6 É muito comum em prova, o examinador perguntar sobre as competências de um órgão. Para ele é fácil. Abre a Lei e copia um inciso do artigo que fala das competências. Para mim também é tranqüilo, abro a Lei e transcrevo o artigo. No entanto, vocês devem saber ou decorar todos os incisos, aí fica complicado. Vou dar uma dica... Ainda não vi nenhuma prova que o examinado copia o inciso e faz uma modificação dentro dele, ou seja, acrescenta uma palavra que não existe ou algo semelhante e torna o item errado. Isso nunca ocorreu, pelo que me lembro. O que às vezes fazem é perguntar pela competência da PREVIC e colocar uma da SUSEP. Por exemplo, fazendo uma troca da previdência aberta para a previdência fechada. Você não sabe qual a diferença? Enquanto na Previdência Complementar Aberta todas as pessoas podem participar, na Fechada apenas pessoas que possuem uma certa característica podem participar. Por exemplo, ser funcionário de uma determinada empresa, por exemplo. Com relação às competências da PREVIC ressaltamos ser essa Autarquia é responsável por, praticamente, tudo ligado à Previdência Complementar Fechada. Ou seja, as entidades fechadas, patrocinadores, instituidores, participantes e assistidos. A exceção está na formulação das regras das aplicações dos recursos, que deverão ser feitas pelo CMN mas fiscalizadas pela PREVIC. “Art. 2o Compete à Previc: I - proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de suas operações; II - apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis; III - expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complementar, a que se refere o inciso XVIII do art. 29 da Lei n 10.683, de 28 de maio de 2003;o AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 7 IV - autorizar: a) a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios; b) as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às entidades fechadas de previdência complementar; c) a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como as retiradas de patrocinadores e instituidores; e d) as transferências de patrocínio, grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previdência complementar; V - harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas e políticas estabelecidas para o segmento; VI - decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei; VII - nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei; VIII - promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar e entre estas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como dirimir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei n 9.307, de 23 de setembro de 1996;o IX - enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da Previdência Social e, por seu intermédio, ao Presidente da República e ao Congresso Nacional; e AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 8 X - adotar as demais providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos. § 1o O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e os órgãos de fiscalização da previdência complementar manterão permanente intercâmbio de informações e disponibilidade de base de dados, de forma a garantir a supervisão contínua das operações realizadas no âmbito da competência de cada órgão. § 2o O sigilo de operações não poderá ser invocado como óbice ao fornecimento de informações, inclusive de forma contínua e sistematizada, pelos entes integrantes do sistema de registro e liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários, sobre ativos mantidos em conta de depósito em instituição ou entidade autorizada à prestação desse serviço. § 3o No exercício de suas competências administrativas, cabe ainda à Previc: I - deliberar e adotar os procedimentos necessários, nos termos da lei, quanto à: a) celebração, alteração ou extinção de seus contratos; e b) nomeação e exoneração de servidores; II - contratar obras ou serviços, de acordo com a legislação aplicável; III - adquirir, administrar e alienar seus bens; IV - submeter ao Ministro de Estado da Previdência Social a sua proposta de orçamento; V - criar unidades regionais, nos termos do regulamento; e VI - exercer outras atribuições decorrentes de lei ou de regulamento.” A Autarquia será administrada por uma Diretoria Colegiada composta de um Diretor-Superintendente e quatro Diretores. Essas pessoas serão nomeadas pelo Presidente da República após indicação do Ministro da Previdência Social de um rol de agentes com reputação ilibada e notório saber na área. Os integrantes da Diretoria Colegiada não podem exercer outra atividade profissional, sindical nem político-partidária. A exceção está no magistério desde que em horário compatível com o cargo. Assim que deixarem a Diretoria os seus membros ficam impedidos por 4 meses (quarentena) de prestar AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 9 serviços ou exercer qualquer atividade no setor de atuação da PREVIC. No entanto, poderão receber os salários de Diretor, normalmente. 10. Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN tem por objetivo julgar em segunda e última instância administrativa os recursos interpostos contra Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários e Secretaria de Comércio Exterior. O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é constituído por oito Conselheiros, possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados financeiro, de câmbio, de capitais, de consórcios e de crédito rural e industriais. Até agosto de 2010, era observada a seguinte composição: I - um representante do Ministério da Fazenda (Minifaz); II - um representante do Banco Central do Brasil (Bacen); III - um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC); IV - um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); V - quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas indicados em lista tríplice. No entanto, o Decreto 7.277 de agosto de 2010, substituiu o representante do MDIC1 por um segundo representante do Ministério da Fazenda. As entidades de classe que integram o CRFSN são as seguintes: Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), CNBV (Comissão de Bolsas de Valores), Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Abel (Associação 1 Em conversa por telefone com um Conselheiro com o qual trabalhei, me foi dito por ele que há muito tempo não havia qualquer tipo de recurso contra o MDIC mas era importante a participação daquele Ministério com o intuito de auxiliar em eventuais dúvidas afetas a ele. Portanto, tendo em vista o fato de que não havia muitas demandas na área do MDIC foi, de comum acordo, redesenhando o Decreto para que houvesse a retirada daquele Ministério do CRSFN sem que houvesse nenhuma alteração quanto às matérias por ele, Conselho, julgadas. Há um documento, mas de uso interno do CRSFN que mostra as mudanças provocadas por este Decreto e que deixa claro que não há alteração de matéria. Entretanto, apesar de ter havido uma autorização por parte do Conselheiro para que esta nota fosse escrita não foi possível mostrar o documento. AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 10 Brasileira das Empresas de Leasing), Adeval (Associação das Empresas Distribuidoras de Valores), AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), sendo que os representantes das quatro primeiras entidades têm assento no Conselho como membros-titulares e os demais, como suplentes. Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, são nomeados pelo Ministro da Fazenda, com mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez. Fazem ainda parte do Conselho de Recursos dois Procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância da legislação aplicável, e um Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministério da Fazenda, responsável pela execução e coordenação dos trabalhos administrativos. Para tanto, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria de Comércio Exterior proporcionam o respectivo apoio técnico e administrativo. 11. Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados – CRSNSP O Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização é órgão colegiado, integrante da estrutura básica do Ministério da Fazenda, conforme disposto no Decreto nº 2.824, de 27 de outubro de 1998. É atribuição do Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização (CRSNSP) julgar, em última instância administrativa, os recursos de decisões da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, nos casos especificados na seguinte legislação: • Lei no 4.594/64; • Decreto-Lei no 73/66; • Decreto-Lei 261/67; • Lei no 6.435/77 AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 11 Este Conselho terá seis Conselheiros de reconhecida competência e com conhecimento em assuntos relativos ao mercado securitário, de capitalização e previdência privada, e de crédito imobiliário e poupança. O Conselho terá a seguinte composição: • Ministério da Fazenda (Presidente); • Superintendência de Seguros Privados – SUSEP (Vice-Presidente); • Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça; • Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização – FENASEG; • Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Capitalização – FENACOR; • Associação Nacional das Entidades Abertas de Previdência Privada – ANAPP. Observe que assim como o CRSFN, o CRSNSP possui um número par de membros sendo a metade representando o setor público e a outra metade o setor privado em todas as suas categorias. Isso difere tanto do CMN quanto do CNSP pois os dois são representados apenas por membros do setor público. Todos os membros públicos são indicados pelo titular do órgão e nomeados pelo Ministro da Fazenda. Possuirão mandato de dois anos podendo ser reconduzidos. Os representantes das entidades de classe serão indicados por estas em lista tríplice. Não haverá nenhum tipo de remuneração aos participantes do Conselho. Junto ao Conselho funcionará um Procurador da Fazenda Nacional, designado pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância das leis, dos decretos, dos regulamentos e dos demais atos normativos. A Secretaria-Executiva do Conselho será exercida pela SUSEP. O Conselho irá se reunir uma vez por mês de forma ordinária. Entretanto, mediante convocação de seu Presidente ou de dois terços de seus membros, poderá reunir-se extraordinariamente. Para que essas reuniões sejam realizadas deverão ter a presença de, pelo menos, 4 membros. A ausência AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 13 • conclusão dos relatórios finais dos processos administrativos, iniciados por lavratura de auto de infração ou instauração de inquérito, com a finalidade de apurar responsabilidade de pessoa física ou jurídica, e sobre a aplicação das penalidades cabíveis; • impugnações referentes aos lançamentos tributários da Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - Tafic; A Câmara de Recursos da Previdência Complementar será composta por 7 integrantes, sendo 3 privados, todos com direito a voto, mandato de dois anos sendo permitida uma recondução. Os integrantes e os respectivos suplentes são indicados pelo Ministro da Previdência Social. Compõem a CRPC: • 4 (quatro) escolhidos entre servidores federais ocupantes de cargo efetivo, em exercício no Ministério da Previdência Social ou entidades a ele vinculadas; e • 3 (três) indicados, respectivamente: a) pelas entidades fechadas de previdência complementar; b) pelos patrocinadores e instituidores; e c) pelos participantes e assistidos. O Ministro da Previdência Social deverá designar o presidente da CRPC dentre os servidores públicos que fazem parte da Câmara. Este servidor além de seu voto, terá o voto de qualidade no caso de empate. A deliberação da CRPC ocorrerá por maioria simples, devendo estar presentes, pelo menos, quatro de seus membros. Os membros da Câmara de Recursos deverão ter formação superior completa e experiência comprovada em matéria jurídica, gerencial, financeira, contábil, atuarial, de fiscalização ou de auditoria, que mantenha estreita relação com o segmento de previdência complementar fechada. A reunião ordinária do CRPC ocorrerá mensalmente e a extraordinária, sempre que for necessário o exame de matérias ou questões urgentes, a juízo do Presidente ou da maioria dos membros do colegiado. O rito de convocação segue os mesmos princípios das reuniões do CNPC. AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 15 QUESTÕES PROPOSTAS Enunciado para as questões 30 e 31 A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e pela fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada por decreto que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), o IRB Brasil Resseguros S.A. (IRB Brasil Re), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados. Com relação às áreas de atuação dessas instituições, julgue os itens seguintes. Questão 30 (Cespe – Banco do Brasil – 2003–3) – A SUSEP é administrada por um conselho diretor, composto pelo superintendente e por seis diretores. Também integram esse colegiado, com direito a voto apenas em questões atinentes à estrutura organizacional, o secretário-geral e o procurador-geral. Compete ao colegiado fixar as políticas gerais da autarquia, com vistas à ordenação das atividades do mercado, cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e aprovar instruções, circulares e pareceres de orientação em matérias de sua competência. Questão 31 (CESPE – Banco do Brasil – 2003–3) – Compete ao Conselho Monetário Nacional prescrever os critérios de constituição das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização, das entidades de previdência privada aberta e dos resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações. AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 17 advogado, se a independência entre as instâncias penal e administrativa for interpretada restritivamente, acaba por subordinar-se o julgador à autoridade administrativa, não nas suas decisões finais e bem discutidas, mas nos erros que comete. Valor Econômico, 18/3/2002, ano 3, n.º 468 (com adaptações). Considerando o texto acima, julgue os itens subseqüentes. Questão 33 (Cespe – BB – 2002) – Ao CRSFN compete julgar, em primeira instância, os recursos das decisões proferidas pelo BACEN em processos administrativos instaurados contra instituições financeiras, seus administradores e membros de seus conselhos, em que, cautelarmente, se impuserem restrições às atividades das instituições financeiras. Questão 34 (Cespe – BB – 2002) – A decisão do STF, comentada no texto, está coerente com a legislação que ampliou a competência do CRSFN, que recebeu igualmente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos interpostos contra as decisões do BACEN relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e industrial. Questão 35 (Cespe – BB – 2002) – O presidente e o vice-presidente do CRSFN são, respectivamente, o ministro da Fazenda e o presidente do BACEN. Enunciado para as questões 36 a 39 O presidente do BACEN atribuiu o interesse do investidor estrangeiro no país à maior previsibilidade da economia local. Inflação baixa e estabilidade macroeconômica têm sido determinantes para o crescimento do investimento direto estrangeiro no Brasil. “A economia brasileira hoje é bastante previsível, o que contribui para o ingresso dos recursos que ajudam o país a seguir na rota do crescimento sustentável. Há muita cobrança por um BACEN mais AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 19 QUESTÕES RESOLVIDAS Enunciado para as questões 30 e 31 A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e pela fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada por decreto que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), o IRB Brasil Resseguros S.A. (IRB Brasil Re), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados. Com relação às áreas de atuação dessas instituições, julgue os itens seguintes. Questão 30 (Cespe – Banco do Brasil – 2003–3) – A SUSEP é administrada por um conselho diretor, composto pelo superintendente e por seis diretores. Também integram esse colegiado, com direito a voto apenas em questões atinentes à estrutura organizacional, o secretário-geral e o procurador-geral. Compete ao colegiado fixar as políticas gerais da autarquia, com vistas à ordenação das atividades do mercado, cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e aprovar instruções, circulares e pareceres de orientação em matérias de sua competência. Resolução: “Na verdade, a SUSEP é administrada por um Conselho Diretor, composto pelo Superintendente e por quatro Diretores. Também integram o Colegiado, sem direito a voto, o Secretário-Geral e Procurador-Geral. Compete ao Colegiado fixar as políticas gerais da Autarquia, com vistas à ordenação das atividades do mercado, cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e aprovar instruções, circulares e pareceres de orientação em matérias de sua competência.” Dessa forma, vemos que o enunciado está incorreto pelos motivos grifados na questão. AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 21 Gabarito: E Questão 32 (CESPE – Banco de Brasília – 2001) – É atribuição da Superintendência de Seguros Privados (Susep) I – fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a operação das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização, das entidades de previdência privada aberta e resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). II – atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua por meio das operações de seguro, de previdência privada aberta, de capitalização e resseguro. III – zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado. IV – disciplinar e acompanhar os investimentos das entidades privadas de seguro, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas. A quantidade de itens certos é igual a a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4. Resolução: São atribuições da SUSEP: • Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; • Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; • Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 23 pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). Para o advogado, se a independência entre as instâncias penal e administrativa for interpretada restritivamente, acaba por subordinar-se o julgador à autoridade administrativa, não nas suas decisões finais e bem discutidas, mas nos erros que comete. Valor Econômico, 18/3/2002, ano 3, n.º 468 (com adaptações). Considerando o texto acima, julgue os itens subseqüentes. Questão 33 (Cespe – BB – 2002) – Ao CRSFN compete julgar, em primeira instância, os recursos das decisões proferidas pelo BACEN em processos administrativos instaurados contra instituições financeiras, seus administradores e membros de seus conselhos, em que, cautelarmente, se impuserem restrições às atividades das instituições financeiras. Resolução: São atribuições do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional - CRSFN julgar em segunda e última instância administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior. A legislação vigente diz que: “São atribuições do Conselho de Recursos2: julgar em segunda e última instância administrativa os recursos: I – previstos: no § 2o do art. 43 da Lei no 4.380, de 21 de agosto de 1964; no art. 74 da Lei no 5.025, de 10 de junho de 1966; no § 2o do art. 2o do Decreto-Lei no 1.248, de 29 de novembro de 1972; e no § 4o do art. 11 da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976.” 2 Artigo 3˚ do Decreto 1935/96 com redação dada pelo Decreto 7.277 de 2010. AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 25 CACEX, cabendo recurso sem efeito suspensivo para o Ministro da Indústria e do Comércio.” Sendo assim, cabe ao CRSFN o julgamento de itens correlatos à SECEX, sendo que a instauração do processo não cabia a essa Secretaria. Gabarito: E Questão 34 (Cespe – BB – 2002) – A decisão do STF, comentada no texto, está coerente com a legislação que ampliou a competência do CRSFN, que recebeu igualmente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos interpostos contra as decisões do BACEN relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e industrial. Resolução: A Lei 9.069/94, em seu artigo 81 diz que: “Art. 81. Fica transferida para o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, criado pelo Decreto nº 91.152, de 15 de março de 1985, a competência do Conselho Monetário Nacional para julgar recursos contra decisões do Banco Central do Brasil, relativas à aplicação de penalidades por infrações à legislação cambial, de capitais estrangeiros e de crédito rural e industrial. Parágrafo único. Para atendimento ao disposto no caput deste artigo, o Poder Executivo disporá sobre a organização, reorganização e funcionamento do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, podendo, inclusive, modificar sua composição.” Gabarito: C Questão 35 (Cespe – BB – 2002) – O presidente e o vice-presidente do CRSFN são, respectivamente, o ministro da Fazenda e o presidente do BACEN. AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 27 As entidades de classe que integram o CRFSN são as seguintes: Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), CNBV (Comissão de Bolsas de Valores), Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Abel (Associação Brasileira das Empresas de Leasing), Adeval (Associação das Empresas Distribuidoras de Valores), AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), sendo que os representantes das quatro primeiras entidades têm assento no Conselho como membros-titulares e os demais, como suplentes. O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e o vice presidente é o representante designado pelo Ministério da Fazenda dentre os quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho. Gabarito: E Enunciado para as questões 36 a 39 O presidente do BACEN atribuiu o interesse do investidor estrangeiro no país à maior previsibilidade da economia local. Inflação baixa e estabilidade macroeconômica têm sido determinantes para o crescimento do investimento direto estrangeiro no Brasil. “A economia brasileira hoje é bastante previsível, o que contribui para o ingresso dos recursos que ajudam o país a seguir na rota do crescimento sustentável. Há muita cobrança por um BACEN mais ousado, que corte mais rapidamente os juros, mas é preciso lembrar que a estabilidade é fruto da política monetária atual”, afirmou o presidente. Gazeta Mercantil, jun./2007 (com adaptações). Acerca das atribuições dos diversos órgãos do SFN relacionados a taxa de juros e inflação, julgue os itens subseqüentes. Questão 36 (CESPE – BB – 2007 II) – Determinar a taxa da meta de inflação oficial é atribuição do Conselho Monetário Nacional (CMN). Resolução: AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 29 Sendo assim, o gabarito é CERTO. Gabarito: C Questão 38 (CESPE – BB – 2007 II) – O presidente do BACEN deve se justificar perante o Congresso Nacional caso a taxa de inflação oficial seja superior à meta estipulada. Resolução: Caso a inflação oficial não se situe dentro da meta de inflação, caberá ao Presidente do Banco Central fazer as justificativas, por meio de carta aberta, endereçada do Ministro da Fazenda. Observe o que expõe o Decreto 3.088 sobre o assunto: “Art. 4o Considera-se que a meta foi cumprida quando a variação acumulada da inflação - medida pelo índice de preços referido no artigo anterior, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada ano calendário - situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de tolerância. Parágrafo único. Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgará publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de Estado da Fazenda” Importante ressaltar que o Presidente do Banco Central deverá fazer a justificativa sempre que a meta estiver acima ou abaixo dos limites estabelecidos como intervalo de tolerância. Sendo assim, o gabarito está ERRADO. Gabarito: E AULA 02 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 PROFESSORES CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 31 Bibliografia Exatamente pela dificuldade de encontrarmos livros adequados, todas as aulas serão tiradas dos seguintes sites: www.bcb.gov.br www.cvm.gov.br www.planalto.gov.br www.susep.gov.br www.previdencia.gov.br
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