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Operações de Crédito e Modalidades

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AULA 03 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 
PROFESSORES CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 
Olá pessoal!
Vamos para a nossa quarta aula de Conhecimentos Bancários. Dada a divisão
que fizemos da matéria, essa será uma aula bem mais curta que as outras.
Iremos explorar um número bem maior de exercícios mais adiante.
Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para:
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br.
Prof. César Frade 
FEVEREIRO/2014 
 
 
AULA 03 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 
PROFESSORES CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 2 
 
13. Operações de Crédito 
As operações de crédito nos mais diversos países constituem uma das formas
mais importantes de alavancar a economia. Na verdade, quando o crédito se
torna abundante e barato, as pessoas tendem a aumentar o nível de consumo
e, consequentemente, provocar um mais crescimento do País e também o nível
de emprego.
Como toda ação tem dois lados, em geral, um lado bom e outro ruim, devemos
esclarecer o lado ruim do aumento do nível de crédito. Esse aumento pode
fazer com as pessoas comecem a gastar além do que elas têm condição de
pagar no longo prazo e com o passar do tempo, o nível de inadimplência
tenderá a aumentar. No entanto, uma população acostumada com taxas de
juros altas e desemprego, acaba por aumentar a demanda devida ao grande
período sem poder adquirir os bens desejados, ou seja, devido à grande
demanda reprimida.
Para que todos possam ter uma noção, em 2010, vários países desenvolvidos
(podemos citar, Reino Unido, Canadá, Japão, Estados Unidos e França) tinham
uma relação operações de crédito PIB maior do que 100%. Isso significa que
se somarmos todas as operações de crédito1 das pessoas físicas e jurídicas de
um País, esse valor seria maior do que a soma dos todos os bens produzidos
naquele País, ou seja, o PIB.
Enquanto isso, as operações de crédito no Brasil saltaram de 24,3% do PIB em
Janeiro de 2004 para 46,4% em Dezembro de 2010. Observe que houve um
enorme crescimento das operações de crédito no País, mas ainda está
bastante aquém quando comparamos com os países desenvolvidos.
Essas operações de crédito são divididas em várias modalidades conforme o
prazo e a destinação dos recursos. Em algumas modalidades, o Banco Central
recebe informações diárias das taxas médias, máximas e mínimas praticadas
por cada Banco. Em outras modalidade, esse envio ocorre mensalmente.
 
1
 Nesse caso, estão sendo computados todos os créditos já concedidos e ainda não liquidados (soma dos saldos 
devedores) das operações de pessoas físicas e jurídicas. 
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14. Hot Money 
O termo hot-money é empregado para designar operações de crédito de
curtíssimo prazo que tem como objetivo financiar o capital de giro das
empresas para cobrir necessidades de capital. É uma operação que tem prazo
inferior a 29 dias.
Esse tipo de operação de crédito possui procedimentos operacionais bastante
simplificados. Tal fato ocorre para que tal instrumento seja utilizado de forma
rápida.
Enquanto existia a CPMF, esse instrumento era menos utilizado pois o tributo
aumentava o custo desse tipo de empréstimo. Com o fim da CPMF, ele voltou a
ser mais utilizado.
O prazo médio dessa operação, segundo dados divulgados pelo Banco Central,
gira em torno de 20 dias. Apesar de alguns autores falarem em “operações de
curtíssimo prazo e com prazo de até 10 dias”, a classificação segundo
normativo oficial fala em 29 dias e o prazo médio há alguns anos ultrapassou
os 10 dias.
15. Contas Garantidas 
As contas garantidas representam um crédito vinculado à conta bancária de
pessoas jurídicas, em que determinado limite de recursos é disponibilizado
para utilização de acordo com a conveniência do cliente.
Essas operações funcionam como o “Cheque Especial” das pessoas jurídicas.
Exatamente pelo fato de ser um empréstimo pré-aprovado, operações em
Contas Garantidas possuem taxas de juros relativamente altas e prazos
relativamente curtos.
Os prazos médios dessas operações costuma ser em torno de 20 dias e não há
muita oscilação ao longo do tempo.
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16. Crédito Rotativo 
O crédito rotativo é o conjunto que reúne todas as operações que de crédito
pré-aprovadas. Por exemplo, a empresa de cartão de crédito, atualmente,
permite que seus usuários efetuem saques em espécie nos caixas eletrônicos.
Essa forma de operação de crédito é conhecida como crédito rotativo.
A operação de Conta Garantida ou Cheque Especial para as pessoas físicas
também constituem uma espécie de crédito rotativo.
Com isso, podemos concluir que todas as operações de crédito pré-aprovadas
constituem exemplos de operações de crédito rotativo.
Segundo o Banco Central:
O cheque especial é crédito vinculado à conta bancária de pessoas físicas, no
qual determinado limite de recursos é disponibilizado para utilização de acordo
com a conveniência do cliente;
O crédito pessoal são operações tradicionais de empréstimo a pessoas físicas,
nas quais a concessão do crédito não está vinculada à aquisição específica de
um bem ou serviço.
17. Crédito Direto ao Consumidor 
O Crédito Direto ao Consumidor não possui uma definição especificada pelo
Banco Central mas é uma operação pré-aprovada para a aquisição de bens.
18. Cadernetas de Poupança2 
 
2
 Com o intuito de apresentar a matéria antes e poder ajudar vocês a anteciparem os estudos, estou colocando nessa aula 
alguns conceitos que deveriam estar na última aula. 
AULA 03 
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Existem dois tipos de caderneta de poupança, uma que visa arrecadar recursos
que serão destinados ao financiamento e construção da casa própria,
principalmente, pertencentes ao Sistema Financeiro da Habitação e o segundo
tipo visa arrecadar recursos com o objetivo de auxiliar no crédito rural.
As instituições que captam por poupança recursos que são destinados ao
financiamento imobiliário são aquelas detentoras das carteiras de crédito
imobiliário e também a Caixa Econômica Federal. Por outro lado, cooperativas,
Banco do Brasil, BNB e BASA possuem as chamadas poupanças agrícolas.
Entretanto, há alguns poucos anos, foi criado um dispositivo onde as
instituições que captam poupança agrícola poderiam solicitar uma autorização
específica ao Banco Central para que destinasse 10% de sua carteira para o
financiamento imobiliário. As empresas que possuem poupança imobiliária
também podem solicitar tal autorização. Entretanto, na prática, apenas as
instituições que captam a poupança imobiliária tiveram interesse na captação.
Dos recursos depositados em caderneta de poupança3, 65%, no mínimo, serão
destinados a operações de financiamento imobiliário, sendo que 80% deste
valor deverá corresponder a financiamentos imobiliários no âmbito do Sistema
Financeiro da Habitação – SFH. Os 20% restante deverão financiar a
habitação, mas a taxas livres (taxa de mercado). O SFH tem como teto de
juros o valor de TR + 12% ao ano.
Caso as instituições não estejam enquadradas nestes 65% determinados pelo
CMN, elas deverão recolher os recursos a uma taxa punitiva. Essa taxa varia
com o período, masjá foi de 80% da TR e também TR + 6%a.a., ou seja,
neste último caso idêntico ao “funding”.
Atualmente, o não enquadramento nas normas emanadas pelo CMN acerca da
captação da poupança provoca um recolhimento do valor faltante ao BACEN
com a percepção de uma remuneração igual a 80% da TR.
Recentemente, foi admitida a cobrança de taxa mensal de R$ 25,00 para a
concessão de financiamento no âmbito do SFH. Quando é feito um
financiamento imobiliário, duas apólices de seguros são vendidas com o
financiamento. A primeira delas é obrigatória e tem como função quitar o
 
3
 Essas definições valem para a poupança imobiliária apesar de o montante da poupança agrícola ser o mesmo. 
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apartamento caso o adquirente venha a falecer nesse meio tempo. A segunda
é optativa apesar de todas as instituições não concederem financiamento sem
a aquisição dessa apólice e tem como objetivo manter o imóvel em bom
estado, ou seja, é um seguro do imóvel.
Não poderá ser cobrada tarifa para manutenção de contas de poupança, a
ordem do poder judiciário, exceto no caso em que o saldo da conta for inferior
a R$ 20,00 ou quando não apresentarem registro de depósitos ou saques no
últimos seis meses. A cobrança está limitada ao maior dos seguintes valores: a
30% do saldo do mês anterior ou a R$ 4,00 ou o saldo existente quando
inferior a este valor.
Somente os Bancos Múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a Caixa
Econômica Federal, as sociedades de crédito imobiliário e as associações de
poupança e empréstimo podem receber depósitos de poupança, além daqueles
agentes que possuem autorização para captar a poupança rural.
Para efeito de rendimento, os depósitos efetuados em cheque, se honrados na
primeira compensação e independente do prazo necessário para tal, devem ser
considerados a partir do dia do depósito.
As sociedades de crédito imobiliário e as associações de poupança e
empréstimo podem, mediante prévia autorização do Banco Central do Brasil,
estabelecer convênios com bancos múltiplos com carteira comercial e bancos
comerciais para a captação de depósitos de poupança.
O rendimento da poupança era de TR + 0,5% ao mês. Houve uma mudança
recente acerca desse rendimento. Entretanto, a parcela que estava aplicada na
poupança na data da alteração e que não foi sacada pelos poupadores,
continua recebendo esse rendimento. Sendo mais claro. Essa alteração ocorreu
em 03 de maior de 2012 e, portanto, depósitos efetuados até essa data, a
regra de remuneração é TR + 0,5% ao mês.
Para os depósitos efetuados a partir de 4 de maio de 2012, a regra foi
alterada. Essa regra passou a depender do valor da SELIC. Se a taxa SELIC
estiver acima de 8,5% ao ano, o cálculo será TR + 0,5% ao mês e quando a
taxa SELIC estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da caderneta
de poupança será igual a TR + 70% da SELIC.
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Depósitos efetuados nos dias 29, 30 e 31 terão como data de aniversário o dia
1º de cada mês.
Não há cobrança de imposto de renda sobre aplicações de poupança de
pessoas físicas. A lei, nesse ponto, equipara os condomínios às pessoas físicas
e, portanto, essas pessoas jurídicas também são isentas de IR.
19. Crédito Rural
Muitas pessoas acreditam que o Banco do Brasil é o agente que concede
crédito rural no Brasil. Entretanto, esse raciocínio está equivocado, apesar de o
BB ser o principal agente no mercado de crédito rural, mas NÃO é o ÚNICO.
Todos os Bancos Comerciais devem direcionar uma parcela de seus recursos
captados por depósitos à vista para o crédito rural a uma taxa tabelada e,
atualmente, mais baixa que as taxas praticadas no mercado.
Por isso, temos uma divisão no crédito rural entre recursos obrigatórios, nos
quais os Bancos são obrigados a efetuar o seu direcionamento e recursos
livres, em que os Bancos optam por efetuar os empréstimos.
19.1. Recursos Obrigatórios 
Conceitua-se como recursos obrigatórios os decorrentes da exigibilidade de
aplicações em crédito rural pelas instituições financeiras, de conformidade com
as descrições abaixo.
As instituições financeiras são obrigadas a manter 25% (vinte e cinco por
cento) do saldo médio diário das rubricas contábeis de recursos à vista sujeitos
ao recolhimento compulsório em aplicações de crédito rural.
Até 5% (cinco por cento) dos recursos obrigatórios, respeitado o limite de
R$10.000.000,00 (dez milhões de reais), podem ser aplicados em operações
de desconto e em créditos de custeio agrícola, independentemente dos valores
por tomador/produto, vedada a aplicação dos referidos recursos em créditos
de custeio de beneficiamento ou de industrialização.
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Não estão sujeitos à exigibilidade os bancos de investimento, os bancos de
desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal (CEF), o Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as cooperativas de crédito e as
sociedades de crédito, financiamento e investimento.
19.2. Recursos Livres 
Admite-se a concessão de crédito rural com recursos livres das instituições
financeiras, às taxas de operações bancárias comuns.
Consideram-se amparadas por recursos livres as operações que não se
enquadrarem em outras fontes.
Os bancos de investimento e as sociedades de crédito, financiamento e
investimento podem realizar operações de crédito rural, a taxas de mercado,
observadas as disposições e suas regulamentações específicas quanto às
finalidades dos recursos.
20. Sociedades Administradoras de Cartão de Crédito 
O cartão de crédito é um serviço de intermediação que permite ao consumidor
adquirir bens e serviços em estabelecimentos comerciais previamente
credenciados mediante a comprovação de sua condição de usuário. Essa
comprovação é geralmente realizada, no ato da aquisição, com a apresentação
de cartão ao estabelecimento comercial. O cartão é emitido pelo prestador do
serviço de intermediação, chamado genericamente de administradora de
cartão de crédito.
Juridicamente, o cartão de crédito é um contrato de adesão entre consumidor
e administradora de cartões de crédito, que tem por objeto a prestação dos
seguintes serviços:
I – serviços de intermediação de pagamentos à vista entre consumidor e
fornecedor pertencente a uma rede credenciada;
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II – serviço de intermediação financeira (crédito) para cobertura de obrigações
assumidas através do cartão de crédito junto a fornecedor pertencente a uma
rede credenciada;
III – serviço de intermediação financeira (crédito) para cobertura de
inadimplemento por parte do consumidor de obrigações assumidas junto a
fornecedor pertencente a uma rede credenciada;
IV – serviço de intermediação financeira (crédito) para empréstimos em
dinheiro direto ao consumidor, disponibilizado através de operação de saque.
O contrato de intermediação de pagamentos à vista é o contrato realizado
entre o consumidor e uma administradora de cartões de crédito, que tem por
objeto a prestação do serviço de intermediação de pagamentos à vista das
obrigações assumidas por meio de cartão, até um limite estabelecido entre o
consumidor e um fornecedor de bens ou serviços pertencente a uma redecredenciada, desde que o consumidor pague suas obrigações integralmente até
o dia do vencimento da fatura e não opte pelo parcelamento do valor das
compras.
As empresas detentoras de uma determinada marca (popularmente chamadas
de bandeiras) autorizam outras empresas (chamadas emissoras) a gerar
cartões ostentando a respectiva marca. Os portadores desses cartões têm a
sua disposição uma rede de lojas credenciadas para a aquisição de bens e
serviços.
O estabelecimento comercial registra a transação com o uso de máquinas
mecânicas ou informatizadas, fornecidas pela administradora do cartão de
crédito, gerando um débito do usuário-consumidor a favor da administradora e
um crédito do fornecedor do bem ou serviço contra a administradora, de
acordo com os contratos firmados entre essas partes. Periodicamente, a
administradora do cartão de crédito emite e apresenta a fatura ao usuário-
consumidor, com a relação e o valor das compras efetuadas.
Um contrato de cartão de crédito tem por objeto apenas prestações de
serviços, não conferindo poderes para operações de retirada unilateral dos
recursos do consumidor depositados em instituições financeiras, sendo nula
qualquer condição que assim o estabelecer. Esta modalidade de pagamento só
é lícita desde que haja autorização expressa, por parte do consumidor, para
que o banco depositário de seus recursos realize o serviço de débito
programado na conta do valor da fatura.
AULA 03 
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É de fundamental importância ressaltarmos que a relação entre o consumidor e
o fornecedor não se altera pela forma de pagamento, sendo mantida a
característica de um contrato, escrito ou não, de compra e venda ou de
prestação de serviços.
O Banco Central não dá autorização e muito menos fiscaliza o funcionamento
destas empresas.
Existe uma relação entre a administradora do cartão de crédito e a instituição
financeira. Quando o usuário do cartão de crédito opta por não pagar total ou
parcialmente a fatura mensal, as instituições financeiras são as únicas que
podem conceder financiamento para quitação desse débito junto a empresa
administradora. É importante esclarecer que as operações realizadas pelas
instituições financeiras, inclusive o financiamento referido aos usuários para o
pagamento da fatura mensal, estão sujeitas à legislação própria e às normas
editadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central.
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QUESTÕES PROPOSTAS 
Questão 40 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – As cadernetas de
poupança remuneram o investidor à taxa de juros de 6% ao ano com
capitalização 
a) mensal e atualização pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
− IPCA.
b) trimestral e atualização pela Taxa Referencial – TR.
c) semestral e atualização pelo Índice Geral de Preços − IGP.
d) mensal e atualização pela Taxa Referencial − TR.
e) diária e atualização pelo Índice Geral de Preços do Mercado − IGP-M.
Questão 41 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – A operação de
empréstimo bancário denominada hot money é caracterizada como:
a) de médio prazo.
b) isenta de IOF.
c) crédito direto ao consumidor.
d) de prazo mínimo de 1 dia útil.
e) destinada à aquisição de bens.
Questão 42 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – Os depósitos de
poupança constituem operações passivas de
a) bancos de desenvolvimento.
b) cooperativas centrais de crédito.
c) bancos de investimento.
d) sociedades de crédito, financiamento e investimento.
e) sociedades de crédito imobiliário.
AULA 03 
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QUESTÕES RESOLVIDAS 
Questão 40 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – As cadernetas de
poupança remuneram o investidor à taxa de juros de 6% ao ano com
capitalização 
a) mensal e atualização pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
− IPCA.
b) trimestral e atualização pela Taxa Referencial – TR.
c) semestral e atualização pelo Índice Geral de Preços − IGP.
d) mensal e atualização pela Taxa Referencial − TR.
e) diária e atualização pelo Índice Geral de Preços do Mercado − IGP-M.
Resolução: 
Existem dois tipos de caderneta de poupança, uma que visa arrecadar recursos
que serão destinados ao financiamento e construção da casa própria,
principalmente, pertencentes ao Sistema Financeiro da Habitação e o segundo
tipo visa arrecadar recursos com o objetivo de auxiliar no crédito rural.
Dos recursos depositados em caderneta de poupança, 65%, no mínimo, serão
destinados a operações de financiamento imobiliário, sendo que 80% deste
valor deverá corresponder a financiamentos imobiliários no âmbito do Sistema
Financeiro da Habitação – SFH. Os 20% restante deverão financiar a
habitação, mas a taxas livres (taxa de mercado). O SFH tem como teto de
juros TR + 12% ao ano.
Caso as instituições não estejam enquadradas nestes 65% determinados pelo
BACEN, elas deverão recolher os recursos a uma taxa punitiva. Essa taxa varia
com o período mas já foi de 80% da TR e também TR + 6%a.a., ou seja, neste
último caso idêntico ao “funding”. Atualmente, o não enquadramento nas
normas emanadas pelo CMN acerca da captação da poupança provoca um
recolhimento do valor faltante ao BACEN com a percepção de uma
remuneração igual a 80% da TR.
AULA 03 
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Não poderá ser cobrada tarifa para manutenção de contas de poupança, a
ordem do poder judiciário, exceto no caso em que o saldo da conta for inferior
a R$ 20,00 ou quando não apresentarem registro de depósitos ou saques no
últimos seis meses. A cobrança está limitado ao maior dos seguintes valores :
a 30% do saldo do mês anterior ou a R$ 4,00 ou o saldo existente quando
inferior a este valor.
Somente os Bancos Múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a 
Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito imobiliário e as 
associações de poupança e empréstimo podem receber depósitos de 
poupança. 
Para efeito de rendimento, os depósitos efetuados em cheque, se honrados na
primeira compensação e independente do prazo necessário para tal, devem ser
considerados a partir do dia do depósito.
As sociedades de crédito imobiliário e as associações de poupança e
empréstimo podem, mediante prévia autorização do Banco Central do Brasil,
estabelecer convênios com bancos múltiplos com carteira comercial e bancos
comerciais para a captação de depósitos de poupança.
O rendimento da poupança é de TR + 0,5% ao mês. Observe que essa é
uma questão de 2010. E para a data, essa era a regra de remuneração da
caderneta de poupança.
Depósitos efetuados nos dias 29, 30 e 31 terão como data de aniversário o dia
1º de cada mês.
Sendo assim, o gabarito da questão é a letra D.
Gabarito: D 
Questão 41 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – A operação de
empréstimo bancário denominada hot money é caracterizada como:
a) de médio prazo.
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b) isenta de IOF.
c) crédito direto ao consumidor.
d) de prazo mínimo de 1 dia útil.
e) destinada à aquisição de bens.
Resolução: 
As operações de hot money são operaçõesde crédito bastante curtas
(curtíssimo prazo) e que, em geral, servem para financiar o capital de giro das
empresas. Como toda operação de crédito, há a incidência de IOF.
A definição do Banco Central do Brasil é a seguinte:
• hot money: operações de crédito caracterizadas por prazo máximo de
29 dias e procedimentos operacionais simplificados;
Portanto, a resposta é a letra D.
Gabarito: D 
Questão 42 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2011) – Os depósitos de
poupança constituem operações passivas de
a) bancos de desenvolvimento.
b) cooperativas centrais de crédito.
c) bancos de investimento.
d) sociedades de crédito, financiamento e investimento.
e) sociedades de crédito imobiliário.
Resolução: 
A poupança é uma operação autorizada para as sociedades de crédito
imobiliário além de Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Cooperativas
Singulares de Crédito, BASA e BNB.
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As sociedades de crédito imobiliário e a Caixa Econômica Federal possuem
poupança habitacional e as outras instituições têm poupança rural. Todas as
instituições que não possuem a carteira de crédito imobiliário, só podem captar
poupança por possuírem uma autorização especial.
Sendo assim, o gabarito é a letra E.
Gabarito: E 
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BIBLIOGRAFIA 
Exatamente pela dificuldade de encontrarmos livros adequados, todas as aulas
serão tiradas dos seguintes sites:
www.bcb.gov.br
www.cvm.gov.br
www.planalto.gov.br
www.susep.gov.br
www.previdencia.gov.br
 
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Galera,
Terminamos a nossa quarta aula de Conhecimentos Bancários.
Abraços,
César Frade

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