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PROCESSO TRABALHO OAB

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Processo do Trabalho 
 
 
1 
I. Direito Processual do Trabalho 
1. Princípios do processo laboral 
A) conciliação: o processo do trabalho é norteado pelo princípio da conciliação, ou seja, 
a qualquer tempo é fomentada a solução de conflitos por esse instrumento, além disso é 
licito as partes celebrar acordo que ponha termo ao processo mesmo depois que esse foi 
encerrado, é bom frisar que o juiz não conta com conciliadores e mediadores para 
promover a autocomposição 
B) Ius Postulandi 
Os empregados e empregadores possuem capacidade postulatória, eles podem reclamar 
pessoalmente perante a justiça do trabalho e acompanhar o processo até o final, todavia, 
o ius postulandi não alcança a ação rescisória, a ação cautelar, o mandando de segurança 
e os recursos se sua competência. 
c) imediatidade 
O juiz deve se aproximar das partes e dos meios de provas que eles produziram a fim de 
conseguir extrair a verdade dos fatos alegados 
d) Oralidade 
A oralidade é muito utilizada no processo do trabalho, ela está presente em várias etapas 
do processo, é possível apresentar reclamação trabalhista de forma oral, há a defesa oral 
no prazo de 20 minutos e razões finais orais no prazo de 10 minutos. 
e) publicidade 
Os atos processuais são públicos, salvo quando houver segredo de justiça e realizar-se-ão 
nos dias uteis das 6 às 20h. 
f) concentração 
Os atos processuais devem concentrar-se em um único momento, representado pela 
audiência. 
g) identidade física do juiz 
Antigamente o juiz que tomasse conhecimento do conteúdo do processo ficava vinculado, 
mas o novo CPC não contem qualquer dispositivo que estabeleça isso. 
h) jurisdição normativa 
É uma peculiaridade do processo trabalho no qual reside de um órgão jurisdicional criar 
uma norma genérica e abstrata por meio de uma sentença normativa proferida nos 
processos de dissídio coletivo de natureza econômica que se incorpora naturalmente aos 
contratos de trabalho dos integrantes da categoria econômica e profissional em litigio. 
i) cooperação 
o processo passa a ser considerado como o resultado da atuação do juiz, do autor e do réu, 
com a participação ativa das partes, essa atuação conjunta seria no sentido de conferir 
maior efetividade e celeridade a prestação jurisdicional adequada. 
 
Processo do Trabalho 
 
 
2 
II. Comissão de conciliação prévia 
São organismos paritários, formados por representantes de empregados e empregadores, 
destinados a promover a transação extrajudicial. As empresas e sindicatos podem instituir 
comissões de conciliação prévia, de composição paritária com a atribuição de tentar 
conciliar os conflitos individuais de trabalho, elas podem ser grupos de empresa ou ter 
caráter intersindical 
1. Composição e funcionamento 
A comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, 2 e no 
máximo, 10 membros e observará o seguinte: 
• Metade dos seus membros será indicada pelo empregado e a outra vai ser eleita 
pelos empregados, fiscalizado pelo sindicato da categoria 
• Haverá na comissão tantos suplentes quantos forem os titulares. 
• O mandato, titular e suplente, é de 1 ano e permite uma recondução 
A comissão instituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas de 
funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo, enquanto a empresarial tem 
suas regras definidas pela CLT. 
2. Obrigatoriedade 
A demanda de natureza trabalhista será submetida a CCP se na localidade da prestação 
de serviços, houver sido instituída a comissão no âmbito da empresa ou sindicato, todavia, 
isso é facultativo. 
3. Procedimento 
A demanda se dará por escrito ou reduzida a termo por qualquer membro da comissão, 
não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador uma 
declaração de tentativa conciliatória frustrada, que deverá ser juntada a eventual 
reclamação trabalhista. 
Se houver comissão tanto no âmbito da empresa quanto no do sindicato, na mesma 
localidade, o interessado escolhe uma delas sendo competente aquela que primeiro 
conhecer o pedido 
Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, empregador ou seu 
preposto e pelos membros da comissão, esse termo é título executivo extrajudicial e tem 
eficácia liberatória geral, exceto quanto as parcelas expressamente ressalvadas. 
III. Justiça do Trabalho 
São órgãos da justiça do trabalho: O TST, o TRT e os Juízes do trabalho 
A) TST 
Tribunal Superior do Trabalho com sede em Brasília e jurisdição em território nacional, 
é a instância suprema da justiça do trabalho, o TST é composto de 27 ministros 
escolhidos entre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, de notável saber jurídico 
e reputação ilibada, nomeados pelo presidente da república após aprovação pela maioria 
absoluta do senado, sendo: 
Processo do Trabalho 
 
 
3 
• 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e 
membros do MP da justiça do trabalho, com mais de 10 anos de exercício, sendo 
indicados em lista sêxtupla 
• 4/5 dentre juízes dos tribunais regionais do trabalho, oriundo da magistratura de 
carreira e indicada pelo próprio TST 
O TST é composto pelo tribunal pleno, órgão especial, seção especializada em dissidio 
coletivo, seção especializada em dissidio individual e ainda por oito turmas. 
B) TRT 
Os tribunais regionais do trabalho compõem a segunda instância da justiça do trabalho, 
gozando de autonomia financeira e administrativa. Os tribunais regionais compõem de, 
no mínimo, 7 juízes recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo 
presidente da república dentre os brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos de idade. 
• 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e 
membros do MP do trabalho com mais de 10 anos de exercício, indicados em lista 
sêxtupla 
• 4/5 mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento. 
Os TRT’s poderem funcionar de forma descentraliza, constituindo camas regionais, a fim 
de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado a justiça em todas as fases do processo. 
C) Varas do Trabalho 
As varas do trabalho são os órgãos de primeira instância da justiça do trabalho e atendem 
a todos os municípios brasileiros, a justiça comum não tem mais a competência trabalhista 
residual, isto é, aquela competência para julgar porque não existiam varas do trabalho 
D) MP do Trabalho 
Cabe ao ministério público do trabalho a prerrogativa de defesa dos interesses dos 
trabalhadores menores e incapazes, derivados da relação de trabalho nos limites da 
competência absoluta da justiça do trabalho. 
O MP do trabalho é composto por uma procuradoria-geral que atua perante o TST e de 
24 procuradorias regionais, atuando perante os tribunais regionais do estado 
O MP não é um órgão da justiça do trabalho, ele atua apenas como custo legis, na 
fiscalização dos processos de competência da justiça do trabalho 
III. Competência da Justiça do Trabalho 
A) Competência em razão da matéria 
• Ações que envolvam exercício de direito de greve 
• Ações oriundas da relação de trabalho 
• Ações sobre representação sindical 
• Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data ao ato que envolver 
matéria a sua jurisdição 
• Os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista 
• As ações relativas as penalidades administrativas impostas aos empregadores 
pelos órgãos de fiscalização 
Processo do Trabalho 
 
 
4 
• Reclamação do empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de 
carreira 
• Declarar a abusividade ou não da greve 
• Ações ajuizadas por empregados em face de empregadas relacionadas ao PIS 
• Lide entre empregadoe empregador relacionadas a não fornecimento de guias do 
seguro-desemprego 
• Ações de indenização por dano moral e material decorrente da relação de trabalho, 
incluindo as de acidente de trabalho e doenças equiparadas 
A justiça do trabalho não julga litígios envolvendo servidores contratados para 
exercer funções temporárias, já sobre ação de profissional liberal contra cliente quem 
julga é a justiça comum. 
As organizações internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando 
amparadas por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, 
só prevalece a jurisdição brasileira se houver renuncia expressa da clausula de 
imunidade jurisdicional. 
A justiça do trabalho não detém competência em razão da matéria para apreciar e 
julgar: 
• Demandas criminais, ainda que decorrentes da relação do trabalho. 
• Ações acidentários propostas contra autarquia previdenciária ou União. 
• Demandas de servidor público estatutários, inclusive relativas ao direito de 
greve 
A incompetência em razão da matéria é absoluta, por ser arguida por qualquer das partes 
e de oficio pelo juiz. 
B) Competência Funcional 
A competência funcional, de caráter absoluto, é aquele inerente aos diversos órgãos que 
compõe a organização do poder judiciário. Na justiça do trabalho há uma distribuição de 
competência dos seus diversos órgãos hierárquicos. 
C) Competência em razão do lugar 
A regra é a competência pela localidade onde o empregado ou reclamante, prestar 
serviços ao empregador, ainda que tinha sido contratado em outro local 
As exceções são: 
• Quando for parte no dissídio, agente ou viajante comercial, a competência será da 
vara do trabalho da localidade em que a empresa tenha agencia ou filial e a esta o 
empregado esteja subordinado, na falta, será competente o local em que o 
empregado tenha domicilio 
• Se for empregado que realize atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é 
assegurado ao emprego apresentar reclamação no foro da celebração do contrato 
ou no da prestação dos respectivos serviços 
A incompetência em razão do lugar é relativa, não cabe declaração de oficio de 
incompetência territorial. 
 
 
Processo do Trabalho 
 
 
5 
D) Conflito de competência 
A legitimidade para suscitar os conflitos é atribuída aos juízes, tribunais, procurador-
geral, procurador regional do MPT e a parte interessada. Frise-se que não se configura 
conflito de competência entre TRT e vara do trabalho vinculada a ele. 
• Se os conflitos forem entre duas varas do trabalho, ou entre juiz o trabalho e juiz 
de direito com jurisdição trabalhista, julga o TRT, se o conflito for entre regionais 
o TST julga. 
• Se o conflito se der entre juiz do trabalho e juiz de direito ou entre juiz do trabalho 
e juiz federal o STJ decide 
• Se o conflito se der entre, TST e TJ, ou TRF o STJ julga. 
IV. Despesas processuais 
1. Custas 
a) processo de conhecimento 
As custas relativas ao processo de conhecimento incidirão a base de 2% do observado o 
mínimo de R$ 10,64 e serão observados os critérios abaixo 
• 2% sobre o valor do acordo ou condenação 
• 2% sobre o valor da causa do processo julgado sem resolução do mérito 
• 2% o valor da causa em caso de procedência do pedido 
• O que o juiz fixar se o valor for indeterminado 
• O respectivo valor global nas ações plúrimas 
Não sendo liquida a condenação o juiz arbitra o valor fixando as custas, no acordo 
geralmente as custas são dividas – salvo de houver acordo das partes em relação a isso. 
Nos dissídios as partes vencidas respondem solidariamente pelo pagamento das custas, 
calculadas pelo valor arbitrado na decisão. 
b) processo de execução 
No processo de execução são devidas custas, sempre em responsabilidade do executado 
e pagas ao final. 
c) justiça gratuita e isenção de custas 
É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho, conceder 
a requerimento ou de oficio o benefício da justiça gratuita, o benefício pode ser requerido 
em qualquer tempo e grau de jurisdição, desde que na fase recursal o faça no prazo. 
São isentos, além do beneficiário da justiça gratuita: a União, os estados, DF, municípios 
e respectivas autarquias, fundações, que não explorem atividade econômica e o MPT, mas 
não cabe isenção para as sociedades de economia mista, Se for concedida a justiça 
gratuita, o sindicato que o represente em juízo não vai responder por elas 
• O recurso da massa falida não é considerado deserto por não pagamento das custas 
ou deposito do valor da condenação 
d) recolhimento e deserção 
As custas são pagas pelo vencido, após o transito em julgado da decisão, no caso de 
recurso as custas serão pagas e comprovado o recolhimento do prazo recursal, 8 dias. 
Processo do Trabalho 
 
 
6 
• Se a parte vencedora perde em segunda instância, ela vai pagar as custas de 
sucumbência da primeira instância e os vencidos ficam dispensados 
• O reembolso das custas a parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese 
em que o vencido for isento 
• Ocorre a deserção do recurso pelo recolhimento insuficiente das custas. 
2. Honorários advocatícios 
Na justiça do trabalho a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não 
decorre só da sucumbência, devendo a parte concomitantemente. 
• Estar assistido por sindicato de categoria profissional 
• Comprovar percepção de salário inferior ao dobro do salario mínimo ou ser 
hipossuficiente 
Outras regras: 
• Cabe honorários advocatícios na ação rescisória em processo trabalhista 
• São devidos nas causas em que o sindicato atua como substituto processual das 
que não derivem de relação de emprego 
3. Honorários periciais e assistentes técnicos 
A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na 
pretensão do objeto da perícia, salvo se beneficiaria da justiça gratuita, nesse caso quem 
arca com os custos é a União, sobre assistente do perito, a parte que o indica responde 
pelos seus honorários independente de ser vencedor ou sucumbente. 
V. Partes 
O autor é aquele que propõe a ação, ocupando o polo ativo da relação processual e o réu 
é contra quem é proposta a ação, caso o juiz verifique ausência de capacidade ou defeito 
na representação ele suspende o processo e fixa prazo para que isso seja corrigido. 
• A assistência na justiça do trabalho só é admissível demonstrando o interesse 
jurídico e não o meramente econômico 
1. Fazenda Pública 
São a União, Estados, DF e municípios além das suas autarquias e fundações que não 
explorem atividade econômica, gozam de alguns privilégios, dentre eles o duplo grau de 
jurisdição necessário - exceto nos casos se sentença fundada em sumula de tribunal 
superior, acórdão do STF e STJ - 
2. Substituição processual 
Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, 
inclusive em questões judiciais ou administrativa, quanto a legitimação do sindicato, 
devem-se observar as seguintes regras: 
• A legitimidade do sindicato para propor ação de cumprimento estende-se também 
a observância de acordo ou convenção coletiva. 
• O sindicato tem legitimidade para atuar na qualidade de substituo processual para 
pleitear diferença de adicional de insalubridade 
• A ação movida por sindicato, na qualidade de substituto, interrompe a prescrição 
ainda que seja considerado parte ilegítima ad causam 
Processo do Trabalho 
 
 
7 
3. Ministério Público do trabalho 
O MP tem legitimidade para ajuizar ações trabalhistas em defesas dos direitos difusos e 
coletivos dos trabalhadores. 
• Promover as ações que lhe sejam atribuídas pela CF e leis trabalhistas; 
• Promover ação civil pública na justiça do trabalhopara defesa de interesses 
coletivos, quando os direitos sociais forem desrespeitados 
• Recorrer das decisões da justiça do trabalho 
• Propor ações cabíveis para declarar nula a clausula de contrato, acordo coletivo 
ou convecção que viole as liberdades e os direitos indisponíveis 
• Propor ações necessárias a defesa e interesses dos menores, incapazes 
• Promover mandado de injunção quando a competência for da justiça do trabalho 
• Recorrer de decisão que declara existência de vínculo empregatício com 
sociedade de economia mista ou empresa pública, se aprovação em concurso 
• Se o MPT for custos legis não tem legitimidade para arguir prescrição contra 
entidade de direito público em matéria de direito patrimonial 
• MPT não tem legitimidade para recorrer na decisão de interesse patrimonial 
privado, ainda que de empresas públicas e sociedades de economia mista. 
4. Representação de menores 
Se for menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e na falta destes pela 
procuradoria da justiça do trabalho, pelo sindicato, pelo MP estadual ou curador nomeado 
em juízo. 
5. Intervenção de terceiros 
Existe certa resistência do direito de trabalho em relação a esse instituto, salvo em relação 
a assistência e ao amicus curae 
VI. Advogado 
Diante do ius postulandi das partes, a presença do advogado no processo do trabalho é 
facultativa, todavia, o jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-
se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação 
rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência 
do Tribunal Superior do Trabalho. 
Os honorários do advogado incidem sobre o valor líquido da condenação 
1. Procuração e substabelecimento 
• É valido o instrumento de mandato com prazo determinado que contenha clausula 
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda 
• Se há previsão no instrumento de mandato de prazo para a sua juntada, este só vai 
ter validade se for juntado no processo no aludido prazo. 
• São validos os atos praticados pelo substabelecido ainda que não haja no mandato 
poderes expressos para substabelecer. 
• É invalido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito 
• Se o substabelecimento é anterior a outorga passada ao substabelecente a 
representação será irregular 
• Se ocorrer a irregularidade na representação o juiz da o prazo de 5 dias para que 
seja corrigido, caso não seja o processo é extinto sem resolução do mérito. 
Processo do Trabalho 
 
 
8 
• Caso a irregularidade seja em fase recursal o relator designa prazo de 5 dias para 
corrigir o vício, se não o fizer o relato não reconhece o recurso, se couber ao 
recorrente ou determinará o desentranhamento das razões se couber ao recorrido 
• A procuração para entrar cm ação trabalhista não autoriza ajuizar ação rescisória 
e mandado de segurança. 
• Na justiça do trabalho a nomeação de advogado com poderes para o foro em geral 
poderá ser efetivada mediante simples registro na ata de audiência a requerimento 
verbal do advogado interessado e com a anuência das partes. 
• É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos 
até o momento de sua interposição, salvo mandato tácito. 
VII. ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS 
• Os atos processuais são públicos, salvo quando houver determinação em 
contrário, e realizar-se-ão nos dias uteis das 6 às 20 horas, no entanto a penhora 
pode se realizar em feriado e domingo s houver autorização expressa do juiz ou 
presidente. 
• As audiências são públicas e realizadas na sede do juízo ou tribunal em dias uteis 
previamente fixados, entre 8 e 18 horas, não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, 
salvo quando houver matéria urgente. 
1. Contagem do prazo 
Os prazos contam-se a partir da data: 
• Em que foi feita pessoalmente ou recebida a notificação 
• Em que foi publicado o edital no jornal oficial 
• Em que for afixado o edital na sede da vara do trabalho, juízo ou tribunal 
• Depois de decorridos dez dias sem que o advogado acesse sua conta de intimação 
no pje 
• Quando a intimação ou a publicação com efeito de intimação for feita na sexta-
feira, o prazo começa a ser contado da segunda-feira imediata, mas se na segunda 
não houver expediente ou for feriado conta-se do dia útil seguinte 
2. Início da contagem do prazo 
Conta-se o prazo com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento e são 
contínuos e irreveláveis, os prazos que terminarem em sábado, domingo, ou dia feriado 
terminarão no primeiro dia útil seguinte. 
Se a pessoa for intimidada no sábado, o prazo começa a contar do primeiro dia útil 
seguinte, quando o ato for publicado eletronicamente, considera-se como data da 
publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação, já os prazos 
processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da 
publicação, no processo do trabalho conta-se sábado e domingo como prazos, e feriado 
também. 
• Razões finais, 10 minutos 
• Defesa, 20 minutos 
• Prazo máximo que pode durar a audiência, salvo se for urgente, 5 horas. 
• Contestação à exceção de incompetência, 24 horas 
• Pedido de revisão do valor da causa, 48 horas 
• Prazo para designar audiência para julgar exceção de suspeição, 48 horas 
Processo do Trabalho 
 
 
9 
• Prazo para o devedor pagar a dívida ou nomear bens a penhora, 48 horas 
• Embargos declaratórios, 5 dias 
• Embargos a execução, salvo para a fazenda pública, 5 dias. 
• Apresentação dos originais quando for juntada em fax, 5 dias. 
• Manifestação das partes sobre laudo pericial no rito sumaríssimo, 5 dias 
• Impugnação a sentença de liquidação pelo credor trabalhista, 5 dias 
• Recursos trabalhistas em geral, 10 dias 
• Recurso extraordinário, 15 dias 
• Apreciação de reclamação no rito sumaríssimo, 15 dias. 
• Embargos a execução pela fazenda pública, 30 dias 
• Pena aplicada ao reclamante de quer causa a dois arquivamentos seguidos, 6 
meses. 
3. Intimação Exclusiva 
Quando houver pedido de intimação exclusiva para um advogado, a intimação feita em 
nome de outro é nula, salvo se constada a inexistência de prejuízo. 
4. Nulidades 
Na justiça do trabalho só há nulidade do ato quando este resultar em prejuízo pelas partes 
e ainda a nulidade quando ocorrer não será anunciada se for possível suprir a nulidade. 
A declaração de nulidade depende da provocação das partes devendo ser feito no primeiro 
momento em que tiverem a oportunidade de falar em audiência ou nos autos, salvo aquela 
em razão da matéria, quando ela for declara ela deverá indicar os atos a que ela se estende 
e não prejudicará os atos posteriores a ela ou que dela dependam. 
VIII. Ações trabalhistas 
1. Reclamação trabalhista 
Nas localidades em que houver apenas uma vara do trabalho, ou um escrivão do cível, a 
reclamação será apresentada diretamente a secretaria da vara ou ao cartório do juízo, se 
houver mais de uma vara a reclamação se dá por distribuição. 
• Sendo várias reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser 
acumuladas num só processo, se trata de empregado da mesma empresa ou 
estabelecimento 
A) Rito ordinário e sumaríssimos 
Sumaríssimo: 
• Ações cujo valor da causa não ultrapassem 40 salários mínimo, salvo aquela em 
que a administração direta é parte. 
• O pedido deve ser certo, determinado e indicará o valor correspondente, sob pena 
de arquivamento 
• Não se faz citação/notificação por edital 
• A apreciação, instrução e julgamento da reclamação deve ocorrer no prazo 
máximo de 15 dias do seu ajuizamento em audiência única, se a audiência for 
interrompida o seu seguimento se dará no prazo máximode 30 dias 
Processo do Trabalho 
 
 
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• Todas as provas são produzidas na audiência de instrução e julgamento, serão no 
máximo 2 testemunhas pra cada e se tiver perito as partes são intimadas em 5 
dias. 
• As partes serão intimadas da sentença na própria audiência 
B) Petição inicial trabalhista 
A reclamação trabalhista pode ser escrita ou verbal, sendo escrita deverá conter: 
• Designação da vara do trabalho ou juiz de direito a quem for dirigida 
• Qualificação do reclamante e reclamado 
• Uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissidio 
• O pedido 
• A data e a assinatura do reclamante ou de seu representante 
Se for verbal a reclamação é reduzida a termo, em duas vias datas e assinadas pelo 
escrivão, o indeferimento da petição inepta só ocorre se o juiz der o prazo de 15 dias pra 
ele corrigir e ele não o faz. 
c) notificação inicial 
É o ato pelo qual o reclamado fica ciente de que contra ele corre um processo e se quiser 
pode apresentar defesa, etc. Recebida a reclamação o escrivão dentro de 48 horas enviará 
a segunda via da petição, notificando-o ao mesmo tempo para comparecer à audiência de 
julgamento, que será a primeira desimpedida depois de 5 dias. 
• Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem, o seu não 
recebimento ou entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do 
destinatário. 
2. Inquérito para apuração de falta grave 
É uma ação de rito especial cuja decisão possui uma carga predominantemente 
constitutiva, destinando-se a romper o contrato de trabalho do empregado portado de 
estabilidade. 
O empregado estável, inclusive o dirigente sindical, acusado de falta grave, pode ser 
suspenso de suas funções mas sua despedida só se torna efetiva após o inquérito em que 
se verifique a procedência da acusação, o empregador apresenta a reclamação por escrito 
dentro de 30 dias contados da suspensão, se tratar de abandono de emprego o prazo de 
decadência é contado a partir do momento em que o empregado pretende seu retorno ao 
serviço. Reconhecida a inexistência de falta grave o empregador fica obrigado a readmiti-
lo e pagar todos os salários que ele tinha direito na época em que esteve suspenso. 
• Máximo de 6 testemunhas 
• A reintegração pode ser convertida em indenização 
IX. Audiência 
Na audiência de julgamento devem estar presentes o reclamante e o reclamando, 
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo nos casos de 
reclamatórias plúrimas ou ações de cumprimento quando os empregados podem fazer-se 
representar pelo sindicato de sua categoria, quando a audiência é iniciada as partes são 
chamadas se após 15 minutos o juiz não houver comparecido as partes podem se retirar, 
devido ocorre o registro em ata. 
Processo do Trabalho 
 
 
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1. Preposto 
É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente ou qualquer proposto que 
tenha conhecimento do fato e cujas declarações obrigarão o proponente. Exceto quanto a 
reclamação de empregado doméstico ou contra micro ou pequeno empresário o preposto 
deve ser necessariamente empregado do reclamado. 
2. Representação do empregado: arquivamento 
Se por doença ou qualquer outro motivo comprovado o empregado não comparecer 
pessoalmente, poderá se fazer representar por outro empregado que pertença a mesma 
profissão ou pelo sindicato. 
O não comparecimento justificado resultado no arquivamento da reclamação, já a 
ausência do reclamante quando adiada a instrução após contestada a sua ação em 
audiência, não importa arquivamento do processo mas gera a sua confissão ficta 
• Se arquivada a prescrição só se interrompe em relação aos pedidos idênticos. 
• Se der causa a dois arquivamentos seguidos fica impossibilitado de entrar com 
outra ação num prazo de 6 meses. 
3. Revelia e confissão 
O não comparecimento do reclamado a audiência importa em revelia, mas, ocorrendo 
motivo relevante pode o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência. A 
reclamada, ausente a audiência, em que deveria apresentar defesa é revel, ainda que esteja 
presente seu advogado munido de procuração, podendo ser afastada a revelia se o motivo 
for justificável. 
4. Acordo 
Se houver acordo em audiência será lavrado o termo respectivo assinado pelo juiz e pelos 
litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para o seu cumprimento 
• O ato de homologação do acordo é facultado ao juiz, portanto não gera direito 
líquido e certo e não cabe MS 
• O acordo celebrado e homologado em que o empregador da plena quitação, não 
alcança só o objeto da inicial como todas as demais parcelas. 
• O termo de conciliação só é impugnável por ação rescisória 
5. Instrução 
Terminada a defesa, segue-se a instrução do processo podendo o juiz interrogar os 
litigantes. Findo o interrogatório poderá qualquer dos litigantes retirar-se, em seguida são 
ouvidas as testemunhas, peritos e técnicos se houver. 
X. Defesa 
Não havendo acordo o reclamado terá 20 minutos para aduzir sua defesa que poderá 
assumir a forma de contestação, exceção ou reconvenção. 
1. Contestação 
É a peça processual pelo meio da qual o réu pode refutar as pretensões contidas na inicial. 
• A compensação ou retenção só pode ser arguida como matéria de defesa. 
Processo do Trabalho 
 
 
12 
2. Exceção de suspeição e incompetência 
A) Exceção de incompetência 
Nas causas da jurisdição da justiça do trabalho só podem ser opostas com suspensão do 
feito as exceções de suspeição ou incompetência (em razão do lugar). As demais 
exceções são alegadas como matéria de defesa, inclusive a incompetência absoluta. 
Das decisões sobre exceção de incompetência e suspeição, salvo quando se tratarem de 
extinção do feito, não cabem recurso, podendo as partes alega-las novamente no recurso 
que couber da decisão final. 
Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto por 24 
horas, improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão. 
B) Exceção de suspeição 
O juiz é obrigação a dar-se por suspeito e pode ser recusado por alguns dos seguintes 
motivos em relação a pessoa do litigante: 
• Inimizade pessoal; amizade intima; parentesco por consanguinidade ou afinidade 
até o terceiro grau civil e interesse particular na causa. 
Apresentada a exceção de suspeição o juiz ou tribunal designará audiência dentro de 48 
horas, para instrução e julgamento de exceção, se tratar de suspeição de juiz de direito, 
este será substituído na forma da organização judiciaria local. 
▪ Não se admite suspeição se o recusante deixou de alega-la anteriormente quando 
já a conhecia ou depois de conhecida aceitou o juiz recusado ou se procurou de 
proposito o motivo que a originou 
▪ Se o recusado praticar algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz não 
vai mais poder alegar exceção de suspeição 
c) reconvenção 
A reconvenção constitui uma ação do réu contra o autor, tendo por base os mesmos fatos 
ou fundamentos jurídicos constantes da inicial ou quando existir conexão com os 
fundamentos da defesa. 
X. Provas 
1. Documento 
Para o reclamante, a oportunidade para juntada de documentos coincide com o da 
propositura da demanda e em relação ao reclamado com a apresentação da defesa. 
• Na fase recursal a juntada de documentos so se justifica quando provado o justo 
impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior a 
sentença 
2. Depoimento 
Depoimento pessoal é o ato processual pela qual a parte se manifesta sobre os fatos da 
causa, interrogatório das partes é facultativo para o juiz, as partes e testemunhas são 
interrogadas pelo juiz e pelos advogados. 
 
Processo do Trabalho13 
3. Perícia 
Sempre que determinado fato exija uma comprovação que enseje conhecimento técnico 
ou cientifico, o juiz – de oficio ou a requerimento das partes – determinará a produção de 
prova pericial, com a designação de um perito, cada parte poderá designar um assistente 
a esse perito. Quando não for possível a realização da perícia o juiz arruma outros meios 
de prova, como a prova emprestada 
• A verificação mediante pericia de prestação de serviços em condições nocivas, 
considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o 
pedido de adicional de insalubridade 
• É ilegal a existência de deposito prévio para custeio dos honorários periciais 
4. Testemunha 
A testemunha é a pessoa que presenciou determinado acontecimento, cada uma das partes 
pode indicar até 3 testemunhas, mas se for caso de inquérito serão 6 testemunhas, se for 
no rito sumaríssimo são apenas 2 testemunhas, a testemunha que for parente até terceiro 
grau, amigo ou inimigo de qualquer das partes será mero declarante. Ainda sobre a 
suspeição da testemunha ela não é suspeita pelo fato de estar litigando ou ter litigado 
contra o mesmo empregador 
• Contradita é o meio pela qual a parte impugna a oitiva de uma testemunha 
• As testemunhas não podem sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço 
quando forem depor 
5. Presunção 
É o que se admite como verdadeiro levando em consideração um grau razoável de 
probabilidade. 
• Presume-se abandono de emprego se o trabalhador não retornar 30 dias após o 
fim do benefício previdenciário 
A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em 
instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário 
• A não demonstração dos controles de frequência gera presunção da veracidade da 
jornada de trabalho, pode ser elidida por prova em contrário 
6. Ônus da prova 
A prova das alegações incumbe a parte que as fizer, ao reclamante cabe provar os fatos 
constitutivos do seu direito, ao reclamado os fatos modificativos, extintivos e impeditivos. 
• O ônus de provar o termino do contrato de trabalho quando negado a prestação de 
serviço e o despedimento é do empregador, pois o princípio da continuidade da 
relação de emprego presume-se favorável ao empregado 
• É ônus do empregador que conta com mais de 10 empregados o registro da 
jornada de trabalho 
• É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos 
indispensáveis para concessão do vale transporte 
• É do empregador o ônus da prova em relação a regularidade dos depósitos do 
FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor. 
• O emprego tem o ônus de provar a inexistência da relação de emprego 
• É vedado a inversão do ônus da prova 
Processo do Trabalho 
 
 
14 
XI. Decisões interlocutórias, tutelas provisórias e sentenças 
1. Decisões interlocutórias 
Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio juiz ou tribunal, admitindo-se a 
apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recurso de decisão 
definitiva. 
As exceções quanto a irrecorribilidade das decisões interlocutórias são: 
• Do TRT contra sumula ou oriental jurisprudencial do TST 
• Suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo tribunal 
• Que acolhe exceção de incompetência territorial com a remessa dos autos para o 
TRT distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado. 
2. Tutelas provisórias 
• Antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pelo 
mandado de segurança, só pelo recurso ordinário. A ação cautelar é o meio 
próprio para se obter efeito suspensivo a recurso 
• Na tutela antecipada ou liminar ser concedida antes da sentença, cabe a impetração 
de mandado de segurança 
• A superveniência da sentença nos autos originários faz perder o objeto do 
mandado de segurança que impugnava a tutela antecipada. 
3. Sentença 
Terminada a instrução poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente a 
10 minutos cada uma, em seguida o juiz renovará a proposta de conciliação e não 
ocorrendo acordo ele vai proferir a sentença, se depois da propositura da ação, algum fato 
constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá 
ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de 
proferir a decisão 
4. Vedação da decisão surpresa 
É vedado a decisão surpresa do juiz, que é aquela que no julgamento final aplica-se 
fundamento jurídico ou embasamento em fato não submetido a audiência previa de uma 
ou de ambas as partes 
5. Julgamento liminar do pedido 
Nas causas que dispense fase instrutória o juiz, independente da citação do réu, julgara 
liminar demente improcedente o pedido que: 
• Entender firmado incidente de resolução de demandas repetitivas ou assunção de 
competência 
• Tratar de enunciado de sumula do STF ou TST 
• Tratar de acordão proferido pelo STF ou TST em julgamentos de recursos 
repetitivos 
• Enunciado de sumula do TRT sobre direito local, convenção coletiva de trabalho, 
acordo coletivo de trabalho, etc... 
• Ocorrência da decadência. 
 
Processo do Trabalho 
 
 
15 
XII. Recursos 
Na justiça do trabalho os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito 
meramente devolutivo, salvo as exceções previstas na CLT, permitida a execução 
provisória até a penhora 
1. Requisitos de admissibilidade e princípios do recurso 
Os requisitos de um recurso dizem respeito a legitimidade, capacidade, interesse 
(intrínsecos e subjetivos) e adequação, tempestividade e preparo (extrínsecos) 
▪ Não se reconhece de recurso para o TST, se as razões do recorrente não impugnam os 
fundamentos da decisão recorrida. 
a) princípio da fungibilidade: o juiz pode receber determinado recurso mesmo que tenha 
sido denominado com outra expressão, desde que estejam presentes seus requisitos de 
admissibilidade e que não constituía erro grosseiro 
b) tempestividade: os recursos no processo do trabalho devem ser interpostos no prazo 
genérico de oito dias, com exceção dos embargos de declaração que são cinco dias. 
Tipos de recursos 
A) Recurso ordinário 
Recurso que guarda semelhanças com a apelação do Direito Processual Civil. Previsto na 
CLT (artigo 895) é cabível das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos 
(sentenças) e dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária 
(como dissídios coletivos, ação rescisória, mandado de segurança, habeas corpus, 
decisões que aplicam penalidades a servidores da Justiça do Trabalho). 
O prazo para a interposição do Recurso Ordinário é de oito dias e interposto o recurso 
ordinário o juiz terá 5 dias para se retratar. Também cabe o recurso trabalhista das 
decisões terminativas em que se extingue o processo sem julgamento do mérito, no caso 
de arquivamento dos autos em virtude do não comparecimento do reclamante à audiência, 
da decisão que aplica pena ao empregado de não poder reclamar por seis meses, em casos 
que o magistrado extinguir o processo sem julgamento de mérito por falta de pedido certo 
e determinado e de indicação do valor correspondente no procedimento sumário, além 
das hipóteses previstas por fim, da decisão de TRT em mandado de segurança, cabe 
recurso ordinário, no prazo de 8 dias, para o TST 
B) Recurso de Revista 
Cabe recurso de revista para turma do TST das decisões proferidas em grau de recurso 
ordinário, em dissidio individual, pelos tribunais regionais do trabalho quando: 
▪ Derem ao mesmo dispositivo de lei federal, interpretação diversa da que lhe houver 
dado outro TRT, no seu pleno ou turma, ou a seção de dissídios individuais do TST, 
ou contrariem sumula de jurisprudência uniforme dessa corteou sumula vinculante 
do STF 
▪ Proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta a CF 
▪ Cabe recurso de revista por violação à lei federal, por divergência jurisprudencial e 
por ofensa a CF nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de executarão que 
envolvam certidão negativa de debito trabalhista 
Processo do Trabalho 
 
 
16 
▪ Derem ao mesmo dispositivo da lei estadual, convenção coletiva de trabalho, acordo 
coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória 
em área territorial que exceda a jurisdição do tribunal regional prolator da decisão 
recorrida, interpretação divergente 
▪ Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de 
revista por contrariedade a sumula de jurisprudência uniforme do TST ou sumula 
vinculante do STF por violação direta a CF 
Nesse recurso é preciso indicar o trecho da decisão recorrida, indicar de forma explica e 
fundamentada a contrariedade a dispositivo da lei, sumula, OJ do TST que conflite com 
a decisão regional e exporás razoes do pedido de reforma, impugnado todos os 
fundamentos jurídicos da decisão recorrida. 
c) agravo de instrumento 
Cabe agravo de instrumento, dos despacho que denegarem a interposição de recursos, 
salientando que o agravo de instrumento interposto contra despacho que não receber 
agravo de petição, não suspende a execução da sentença, o agravo de instrumento sera 
julgado pelo tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi 
denegada, condicionando-se a sua apreciação ao deposito recursal correspondente a 50% 
do valor do deposito do recurso ao qual se pretende destrancar. 
d) embargos de declaração 
Recurso utilizado contra a sentença que for omissa, contraditória ou obscura e para 
corrigir erro material que está na sentença 
e) embargos de divergência 
Das decisões das turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela seção de 
dissídios individuais, ou contrarias a sumula ou orientação jurisprudencial do TST ou 
sumula vinculante do STF 
f) embargos infringentes 
Das decisões não unanimes de julgamento que conciliar, julgar ou homologar a 
conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial do TRT’s, e 
estender ou rever as sentenças normativas do TST. 
g) recurso adesivo 
O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) 
dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista 
e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com 
a do recurso interposto pela parte contrária. 
h) pedido de revisão 
Das decisões do juiz que rejeita o pedido de impugnação ao valor por ele atribuído a causa 
i) agravo interno 
 
Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão 
colegiado. 
 
Processo do Trabalho 
 
 
17 
j) recurso extraordinário: 
Das decisões de ultima ou única instancia que: i-contrariarem dispositivo da constituição; 
ii- declararem a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; iii- julgar valida lei ou ato 
governo local contestado em face da constituição; iv- julgar valida lei local contestada 
em face de lei federal. 
k) agravo de petição 
Cabe agravo de petição, no prazo de 8 dias, das decisões do juiz nas execuções. O agravo 
de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e 
os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final 
nos próprios autos ou por carta de sentença. 
O agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se 
tratar de decisão de juiz do trabalho de 1ª instancia ou juiz de direito, quando o julgamento 
competirá a uma das turmas do TRT. 
2. Incidente de assunção de competência 
Pode ocorrer a hipótese de uma determinada demanda, apesar se não considerada 
repetitiva, ser classificada como de grande repercussão social, em tais situações é possível 
alterar a competência de julgamento da turma para um órgão do tribunal definido por seu 
regime interno. 
3. Reclamação 
A reclamação é uma demanda destinada a preservar a competência ou garantir a 
autoridade das decisões de terminado tribunal, sem que seja necessário percorrer todas as 
instâncias inferiores. 
XIII. Ação Rescisória 
A ação rescisória constitui o meio processual adequado para rescindir sentenças ou 
acórdãos qualificados pela coisa julgada material e proferidos sem observância de 
determinados requisitos expressamente previstos em lei, no prazo decadencial de 2 anos 
1. Competência funcional 
A Competência originaria para processamento e julgamento da ação rescisória é dos 
tribunais, ou seja, do órgão judicial imediatamente superior aquele que proferiu a sentença 
ou que a modificou em grau de recurso, com o transito em julgado respectivo 
 No TST compete a seção especializada em dissídios coletivos, ou seção normativa, julgar 
as ações rescisórias propostas contra suas sentenças e compete a seção de dissídios 
individuais julgar as ações rescisórias propostas contra as decisões das turmas do TST, e 
as suas próprias, inclusive as anteriores a especialização em seções. 
2. Legitimidade ativa. 
Tem legitimidade para propor ação rescisória, quem foi parte no processo ou seu sucessor, 
o terceiro juridicamente interessado, aquele que não foi ouvido no processo em que lhe 
era obrigatória a intervenção e o MP se não foi ouvido no processo em que lhe era 
obrigatória a intervenção e quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou 
colusão das partes a fim de fraudar a lei 
 
Processo do Trabalho 
 
 
18 
3. Cabimento 
• Se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do 
juiz; 
• For proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente 
• Resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, 
ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei 
• Ofender a coisa julgada; 
• Violar manifestamente norma jurídica 
• For fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou 
venha a ser demonstrada na própria ação rescisória 
• Obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência 
ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar 
pronunciamento favorável; 
• For fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
XIV. Liquidação de sentença 
Sendo ilíquida a sentença exequenda ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que 
poderá ser feita por cálculo, arbitramento ou por artigos. Na liquidação não se pode 
modificar ou inovar a sentença liquidanda, nem se discutir matéria pertinente a coisa 
principal, as partes deverão ser previamente intimidadas para a apresentação do cálculo 
de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. 
Elaborada e tornada liquida, o juiz poderá (é uma faculdade) abrir as partes, pelo prazo 
sucessivo de 10 dias, para impugnação 
1. Juros de mora 
Os juros de mora incidem sobre a importância da condenação já corrigida 
monetariamente, são contados desde o ajuizamento da reclamação trabalhista e incluem-
se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação. 
▪ Não há incidência de juros de mora sobre as empresas em liquidação 
▪ Na condenação por dano moral, os juros incidem desde o ajuizamento da ação 
XV. Execução 
A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex-officio pelo próprio 
juiz ou presidente ou tribunal competente. 
▪ A execução trabalhista deve prosseguir diretamente na justiça do trabalhomesmo 
após a decretação da liquidação extrajudicial 
▪ Lei de execução fiscal é subsidiaria para aplicação das normas na execução 
trabalhista 
1. Títulos executivos trabalhistas 
São títulos executivos judiciais as decisões passadas em julgado ou das quais não tenha 
havido recurso com efeito suspensivo e os acordos quando não cumpridos. Considera-se 
inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarado inconstitucional 
pelo STF ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a CF 
 
Processo do Trabalho 
 
 
19 
O termo de conciliação proveniente da CCP é título executivo extrajudicial e terá eficácia 
liberatória geral, exceto quanto a parcelas expressamente ressalvadas, o cheque e a nota 
promissória emitidos em reconhecimento de dívida inequivocamente de natureza 
trabalhista também são títulos extrajudiciais para efeito de execução perante a justiça do 
trabalho 
2. Prescrição intercorrente 
É aquela que é derivada de inercia do autor e implica a perda da sua pretensão executiva, 
para o STF a prescrição intercorrente existe, mas para o TST não existe 
3. Citação e penhora 
Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de 
citação do executado a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e 
sob as cominações estabelecidas, ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, para 
que o faça em 48h ou garanta a execução, sob pena de penhora 
Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, 
acrescida de custas e juros de mora sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da 
data em que for ajuizada a reclamação inicial 
a) ordem de preferência da penhora 
▪ Dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira 
▪ Títulos da dívida Pública da união e estados com cotação em mercado 
▪ Títulos e valores mobiliários com cotação em mercado 
▪ Veículos de via terrestre 
▪ Bens moveis em geral 
▪ Semoventes 
▪ Navios e aeronaves 
▪ Ações e quotas de sociedade simples e empresarias 
▪ Percentual do faturamento da empresa 
▪ Pedras e metais preciosos 
b) são bens impenhoráveis 
▪ Os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; 
▪ Os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do 
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns 
correspondentes a um médio padrão de vida; 
▪ Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de 
elevado valor; 
▪ Os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos 
de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias 
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua 
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal. 
▪ Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens 
móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; 
▪ O seguro de vida; 
▪ Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
▪ VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela 
família; 
Processo do Trabalho 
 
 
20 
▪ Os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória 
em educação, saúde ou assistência social; 
▪ A quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-
mínimos; 
▪ Os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos 
da lei; 
▪ Os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de 
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. 
c) Deposito 
Ao apreender os bens, o oficial de justiça procede também ao seu deposito, na pessoa que 
ficará encarregada de zelar pela sua guarda, integralidade e existência, completando-se 
assim o procedimento de penhora, o depositário precisa concordar com a investidura no 
cargo 
d) Contra a fazenda pública 
A execução promovida contra a fazenda pública, assim considerada a União, estados e 
municípios, suas autarquias e fundações obedecem a regras especiais, tais como: Citação 
pessoal, prazo para apresentação de embargos à execução de 30 dias, e execução pelo 
procedimento de precatório. 
e) execução provisória 
Execução provisória é aquela que se processa com base em um título executivo judicial 
que ainda não adquiriu a qualidade da coisa julgada, o cumprimento provisório da 
sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma 
forma que o cumprimento definitivo inclusive com possibilidade de penhora em dinheiro 
f) Execução por carta 
Quando s bens do devedor estiverem localizados em território diversão daquele coberto 
pela jurisdição da vara do trabalho onde a execução trabalhista fora iniciada, a penhora e 
a consequente expropriação serão efetividades pela expedição de carta precatória 
executória 
Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo 
deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem 
unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens 
efetuadas no juízo deprecado. 
Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo 
deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a 
carta 
g) Embargos à execução 
Os embargos a execução constituem medida judicial autônoma, incidental ao processo de 
execução, destinada a desconstituir o título executivo judicial ou extrajudicial, no que diz 
respeito a sua existência, liquidez ou exigibilidade. 
Assim, garantida a execução ou penhora dos bens, terá o executado 5 dias para apresentar 
embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugna-los. 
Processo do Trabalho 
 
 
21 
Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a sua inquirição em audiência, e o escrivão 
fara a conclusão dentre 48h para o juiz decidir, se não for arrolada testemunha o juiz ou 
presidente proferirá sua decisão dentro de 5 dias. Proferida a decisão serão da mesma 
notificada as partes interessadas, somente nos embargos a penhora poderá o executado 
impugnar a sentença de liquidação 
h) Execução por prestação sucessiva 
Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não pagamento de 
uma prestação compreenderá as que lhe sucederem, tratando-se de prestações sucessivas 
por tempo indeterminado, a execução compreenderá inicialmente as prestações devidas 
até a data do ingresso na execução. 
XVI. Mandado de Segurança 
▪ É competente o TRT para julgar mandado de segurança contra ato de seu presidente 
em execução de sentença trabalhista 
▪ Não cabe mandado de segurança de decisão judicial transitada em julgado 
▪ Da decisão de TRT em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 
dias, para o TST, correspondendo igual dilação para o recorrido e interessados 
apresentarem razões de contrariedade 
▪ A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do 
mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível 
a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido 
ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido 
▪ No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, 
cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio 
▪ A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado 
de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisório▪ Esgotada as vias recursais existentes, não cabe mandando de segurança 
▪ Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial passível de reforma mediante 
recurso próprio 
XVII. Dissidio Coletivo 
Os sindicatos representativos de categorias econômicas ou profissionais e as empresas, inclusive 
as que não tenham representação sindical, quando provocados, não podem recursar-se a 
negociação coletiva, nenhum processo de dissídio coletivo de natureza econômica será admitido 
sem antes se esgotarem as medidas relativas a formalização da convenção ou acordo 
correspondente 
Frustradas as tentativas extrajudiciais de solução do conflito coletivo pode o interessado, ajuizar 
perante a justiça do trabalho uma ação coletiva própria denominada de dissidio coletivo de 
trabalho com vistas a obter uma sentença normativa. 
O típico dissidio coletivo é aquele de natureza econômica, ou seja, quando não há consenso entre 
os interessados sobre as novas condições de trabalho a serem implantadas no âmbito das relações 
individuais de labor. 
A legitimidade para propor o dissidio coletivo é do sindicato, e na sua ausência, da federação ou 
confederação, desde que tenha sido esgotada as vias de negociação coletiva e haja autorização 
previa em assembleia dos integrantes da categoria respectiva 
Processo do Trabalho 
 
 
22 
A competência para o processamento e julgamento do dissidio será sempre do TRT, salvo se a 
base territorial da entidade suscitante for superior a jurisdição do TRT, transferindo-se a 
competência para o TST por meio da seção de dissídios coletivos 
A legitimidade da entidade sindical para a instauração da instância contra determinada empresa 
está condicionada à prévia autorização dos trabalhadores da suscitada diretamente envolvidos no 
conflito 
Recebida e protocolada a representação, e estando na devida forma, o Presidente do Tribunal 
designará a audiência de conciliação, dentro do prazo de 10 (dez) dias, determinando a 
notificação dos dissidentes 
Havendo acordo, o presidente o submeterá a homologação do tribunal na primeira sessão, caso 
contrário ou não comparecendo ambas as partes ou uma delas, o presidente submeterá o processo 
a julgamento. 
Quando o dissídio ocorrer fora da sede do tribunal, poderá o presidente, se julgar conveniente, 
delegar a autoridade local as atribuições de tentativa de conciliação, nesse caso não havendo 
conciliação, a autoridade delegada encaminhará o processo ao tribunal fazendo exposição dos 
fatos e indicando a solução que lhe parecer conveniente, da decisão do tribunal serão notificadas 
as partes ou seus representantes. 
1. Ação de cumprimento 
Celebrado o acordo ou preferida a decisão em sede de dissidio coletivo, seguir-se-á o seu 
cumprimento, quando os empregadores deixarem de satisfazem o pagamento de salários, na 
conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos, apresentarem 
reclamação ao juízo competente, é dispensável o transito em julgado da sentença normativa para 
a propositura da ação de cumprimento. 
A coisa julgada produzida na ação de cumprimento é atípica, pois dependente de condição 
resolutiva, ou seja, da não-modificação da decisão normativa por eventual recurso. Assim, 
modificada a sentença normativa pelo TST, com a conseqüente extinção do processo, sem 
julgamento do mérito, deve-se extinguir a execução em andamento, uma vez que a norma sobre 
a qual se apoiava o título exeqüendo deixou de existir no mundo jurídico.

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