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1 Direito Processual Pena Prof.: Marcelo Adriano www.FOCUSCONCURSOS.com.br 1. Conceito de Inquérito Policial 1.1. Natureza jurídica Procedimento administrativo investigativo e pré-processual. IP não é, portanto, judicial e os órgãos responsáveis pela sua condução pertencem ao Poder Executivo. 1.2. Titularidade Polícia Administrativa: Órgão policial ostensivo e preventivo, cuja função é a de exercer um papel preventivo no combate ao crime com ações ostensivas (PM, PRF e PF). Polícia Judiciária Órgão policial investigativo, repressor, velado, cuja função é a de exercer um papel repressor no combate ao crime, investigando crimes já ocorridos, por intermédio do IP. Duas polícias judiciárias: (1) Polícia Civil (PC): polícia judiciária dos estados membros, subordinadas ao Governador. (2) Polícia Federal (PF): polícia judiciária da União, subordinada ao Presidente da República. Art. 144 da Constituição Federal. Art. 144. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: (...) IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. (...) § 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. O delegado de polícia de carreira – cargo da estrutura da polícia judiciária – é o responsável pela presidência do IP, sendo, portanto, seu titular, que, juntamente com agentes, investigadores e escrivães, realiza o IP. 1.2.1. Atribuições do titular do IP Assim, estabeleceram-se critérios para essa divisão de atribuições. São eles: (1) Competência da justiça para julgar o crime Se o crime é de competência da Justiça Federal, a regra é que tal crime seja investigado pela PF. Se o crime é de competência da justiça estadual, a regra é que seja a PC a responsável pela investigação. (2) Territorial Ocorrendo um crime e definida a competência, federal ou estadual, qual Polícia Civil investigará, ou qual delegacia da Polícia Federal investigará? Para responder a essa pergunta, o próximo critério na definição de atribuições é o territorial. Assim, como regra, o território em que se consuma o crime define quem irá investigá-lo, desde que respeitadas as regras de competência para julgar o crime, se federal ou estadual. Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce 2 Direito Processual Pena Prof.: Marcelo Adriano www.FOCUSCONCURSOS.com.br Segundo o art. 4º do CPP, a polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e de suas respectivas autorias. Existe a possibilidade de o crime ser investigado pela autoridade policial responsável pelo território onde ocorreram os atos executórios nos crimes tentados e no homicídio doloso. (3) Material Mesmo definida a circunscrição, normalmente haverá mais de um delegado. Dentro de uma mesma circunscrição, a divisão de competências poderá ser determinada pela natureza do fato delituoso ou por outro fator que classifique o crime em determinada classe. É um critério subsidiário que auxilia na organização da instituição policial. 1.3. Finalidade O IP tem caráter informativo e tem por finalidade auxiliar o titular da ação penal (Ministério Público – crimes de ação pública – ou ofendido – crimes de ação privada) na formação de sua opineo delicti (opinião sobre o delito), que se configura em: (1) Provas da existência do crime; (2) Indícios suficientes de autoria. Outra função importante do IP é fornecer subsídios ao Juiz para decidir acerca do deferimento de medidas cautelares. 1.4. Produto do IP - Valor probatório O IP, em regra, tem valor relativo, pois, normalmente, no IP, são produzidos elementos de informação (REGRA) e não provas (EXCEÇÃO), pois o IP não está sujeito ao contraditório judicial. Exceções: provas cautelares, provas não repetíveis e provas antecipadas. CPP Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (...) Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento. 2. Características do Inquérito Policial: 2.1. Inquisitivo Até o advento da lei nº 13.245, de 2016 era pacífico o entendimento que, em regra, o Inquérito Policial era inquisitivo pela ausência de contraditório nem ampla defesa, tendo como exceção ocorre os inquéritos Policias destinados à expulsão de estrangeiro. Porém a referida lei trouxe dispositivos que inovaram de forma significativa o ordenamento jurídico pátrio nesse aspecto mitigando a inquisitoriedade do Inquérito Policial. Agora, o inciso XXI do art. art. 7º do referido estatuto estabelece como direito do advogado, dentre outros, o de assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração, apresentar razões e quesitos. Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce 3 Direito Processual Pena Prof.: Marcelo Adriano www.FOCUSCONCURSOS.com.br Veja que há obrigatoriedade de acompanhamento por parte do advogado, ou seja, seu direito de assistir a seus clientes investigados agora está mais amplo e em dois aspectos: Se estende à investigação “durante a apuração de infrações”; a) Envolve o depoimento e, subsequentemente, todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente. Lei 13.245, de 2016 Art. 7º São direitos do advogado: (...) XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016) a) apresentar razões e quesitos; (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) A inquisitoriedade reside na impossibilidade de o investigado exercer o contraditório e ampla defesa, garantias constitucionalmente estabelecidas (art. 5º inciso LV) definindo que aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 2.2. Sigiloso O sigilo visa ao bom andamento das investigações e à preservação da intimidade da vítima e do investigado. Assim, ao contrário da maioria dos atos administrativos, sobre os quais paira publicidade, o inquérito policial é acobertado pelo sigilo. CPP Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes.(Redação dada pela Lei nº 12.681, de 2012) O sigilo não atinge o: Juiz Ministério Público; e Advogado: somente para os atos já concluídos e reduzidos a termo, isso porque a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. Lei 13.245, de 2016 (Estatuto da OAB) Art. 7º São direitos do advogado: (...) XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016) (...) § 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) O sigilo pode ser classificado como: Sigilo Natural Da natureza do procedimento. CPP Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce 4 Direito Processual Pena Prof.: Marcelo Adriano www.FOCUSCONCURSOS.com.br Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Sigilo judicial Decretado pelo juiz. Mesmo decretado o sigilo judicial, o mesmo não atinge ao advogado que terá acesso aos autos desde que apresente procuração. Lei 13.245, de 2016 (Estatuto da OAB) Art. 7º São direitos do advogado: (...) § 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016) 2.3. Escrito Todos os atos produzidos devem ser reduzidos a termo. CPP Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. Não há impedimentos à utilização de outros meios para colher o testemunho, como gravação em meio eletrônico, desde que o mesmo seja reduzido a termo. 2.4. Indisponível Uma vez iniciado, é vedado ao delegado desistir voluntariamente do IP. Para assegurar a indisponibilidade, o art. 17 do CPP determina que a autoridade policial não poderá arquivar autos de inquérito. Isso significa que, uma vez instaurado o inquérito policial, o delegado de polícia deverá deve chegar à sua conclusão final, sendo o Juiz a autoridade com competência para arquivamento. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 2.5. Dispensabilidade O IP é acessório à ação penal, servindo como elemento informativo. Para se iniciar a ação penal, é necessária a formação da opineo delicti por parte do seu titular. Assim, se a opineo delicti se formar por outros meios, nada impede que a ação seja iniciada sem o IP. Chega-se à conclusão, então, de que a ação não depende de IP, desde que o autor tenha elementos suficientes para a instauração que permitam apurar materialidade e autoria. Se tais elementos surgirem por outras formas, a ação será proposta mesmo sem a instauração de Inquérito Policial. Outro ponto a ser considerado é o fato de que os vícios do inquérito não contaminam a ação penal, desde que as provas que sirvam de base para a ação sejam colhidas de outras formas. Isso porque o Inquérito Policial tem valor probatório relativo, não se justificando decisão condenatória apoiada exclusivamente em inquérito policial, pois que, na hipótese de fazê-lo, segundo o STF, estaria se violando o princípio constitucional do contraditório. STF: "Eventuais vícios concernentes ao inquérito policial não têm o condão de infirmar a validade jurídica do subsequente processo penal condenatório. As nulidades processuais concernem, tão somente, aos defeitos de ordem jurídica que afetam os atos praticados ao longo da ação penal condenatória" (1ª Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJU 4 de outubro de 1996) 2.6. Discricionariedade A autoridade policial tem certa margem de conveniência e oportunidade (margem de liberdade nos limites legais) na condução do IP, escolhendo quais diligências serão realizadas e como essas diligências serão realizadas. Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce 5 Direito Processual Pena Prof.: Marcelo Adriano www.FOCUSCONCURSOS.com.br Observações: O art. 6º do CPP traz um rol de ações que devem ser desenvolvidas pela autoridade policial, sendo, porém, exemplificativo e devendo ser cumprido se possível e conveniente para a investigação Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei nº 5.970, de 1973) II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Fique atento, pois os envolvidos poderão solicitar diligências que poderão ou não ser atendidas pelo delegado. CPP Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. Mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá prosseguir com as investigações, se tiver notícia de outras provas. CPP Art. 18. Depois de ordenado o arquivamentodo inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Exceções: São exceções à discricionariedade: (1) Obrigatoriedade de realizar exame de corpo de delito, nos casos em que as infrações deixem vestígios. CPP Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. (2) Obrigatoriedade de realizar a abertura de IP (que somente pode ser negada quando houver manifesta ilegalidade) e diligências, que, não sendo ilegais, devem ser cumpridas, em meio às requisições feitas pelo MP e pelo Juiz. CPP Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: (...) II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público (...) (3) No caso da prisão em flagrante, entende a doutrina que o IP deve ser obrigatoriamente aberto, situação em que o auto de prisão poderá substituir a portaria. 2.7. Oficialidade O IP é uma atividade oficial de cunho investigativa, feita por órgãos oficiais. Nada impede o particular de investigar, desde que não viole direitos fundamentais ou normas legais e constitucionais, mas a obrigação de impulsionar o IP é do Estado. Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce Danilo Realce 6 Direito Processual Pena Prof.: Marcelo Adriano www.FOCUSCONCURSOS.com.br 2.8. Autoritariedade O delegado de polícias é autoridade pública e tem atribuição de presidir o Inquérito Policial. 2.9. Oficiosidade Tomando ciência da ocorrência de um ilícito penal, o delegado estará obrigado a agir, sem necessidade de autorização, em regra. Sendo assim, seus procedimentos devem ser impulsionados de ofício, ou seja, sem necessidade de provocação da parte ofendida ou de outros interessados, até sua conclusão final. A oficiosidade é consequência do princípio da obrigatoriedade da ação penal pública (legalidade). Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. § 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. 2.10. Imparcialidade Busca o esclarecimento sobre o fato que é seu objeto e não a incriminação de alguém. Questões: 1: IADES - AJ TRE PA/TRE PA/Judiciária/"Sem Especialidade"/2014 O inquérito policial é um procedimento administrativo de investigação, a cargo das Polícias Judiciárias estaduais e federal, com a finalidade precípua de subsidiar as futuras ações penais, públicas ou privada. Acerca do tema inquérito policial, é correto afirmar que a) inquérito policial é imprescindível ao ajuizamento da ação penal. b) caderno investigativo tem como característica marcante o contraditório. c) delegado de polícia, na condição de presidente do inquérito policial, pode solicitar o arquivamento caso não vislumbre qualquer linha de investigação. d) Sendo a ampla defesa um direito constitucionalmente consagrado, inclusive daquele que acabou de ser preso, caberá ao delegado de polícia velar pela preservação desse direito no inquérito policial. e) ato de indiciamento é privativo do delegado de polícia, não podendo o órgão ministerial imiscuir-se em tal questão. 2: CESPE - AJ (TJ CE)/TJ CE/Judiciária/"Sem Especialidade"/2014 Acerca de inquérito policial (IP), assinale a opção correta. Nesse sentido, considere que a sigla MP, sempre que empregada, se refere ao Ministério Público. a) Ainda que o MP possua provas suficientes para instauração da ação penal, o IP não poderá ser dispensado. b) O MP, que é o dominus litis, pode determinar a abertura de IPs, requisitar esclarecimentos e diligências investigatórias, bem como assumir a presidência do IP. c) A elaboração de laudo pericial na fase do IP sem prévio oferecimento de quesitos pela defesa ofende o princípio da ampla defesa quando somente tenha sido dada oportunidade de manifestação e oferecimento de quesitos após sua juntada. d) O arquivamento do IP pode ser realizado pela autoridade policial, quando houver requerimento do MP, com sua concordância. e) Caso o MP requeira o arquivamento de IP com fundamento na atipicidade do fato, a decisão que determinar o arquivamento com base nesse fundamento, ainda que seja emanada de juiz absolutamente incompetente, impedirá a instauração de processo que tenha por objeto o mesmo episódio. 3: FCC - TJ TRF4/TRF 4/Administrativa/"Sem Especialidade"/2014 José foi indiciado em inquérito policial que apura a prática do delito de estelionato contra seu ex-empregador. Diante disso, Danilo Realce Danilo Realce 7 Direito Processual Pena Prof.: Marcelo Adriano www.FOCUSCONCURSOS.com.br a) a vítima poderá requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. b) este inquérito somente pode ser instaurado porque houve representação da vítima. c) José não poderá requerer diligência à autoridade policial. d) ante a constatação de que se trata, em verdade, de ilícito civil, a autoridade policial poderá mandar arquivar os autos de inquérito. e) sem inquérito policial, não poderá, posteriormente, haver propositura de ação penal. 4: CESPE - APF/PF/2014 Com relação a crimes contra a pessoa, contra o patrimônio e contra a administração pública, julgue o item que se segue. Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, a autoridade policial deverá determinar, se for caso, a realização das perícias que se mostrarem necessárias e proceder a acareações. ( ) Certo ( ) Errado 5: CESPE - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Área XVII/Consultor Legislativo/2014 No que diz respeito ao sistema penitenciário e à legislação penal e processual penal aplicada à segurança pública, julgue o item seguinte. Em investigação demandada à autoridade policial para apurar crime de ação pública, se houver indeferimento de abertura de inquérito, o recurso deverá ser destinado ao chefe de polícia. ( ) Certo ( ) Errado 6: CESPE - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Área XXII/Consultor Legislativo/2014 Julgue o seguinte item, relativo ao mandado de segurança em matéria penal, à investigação criminal, ao Ministério Público, ao processo referente a ilícitos de improbidade administrativa, ao processo dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, à sentença e à proteção de acusados ou condenados colaboradores. Tanto o STJ quanto o STF entendem que a competência exclusiva da polícia judiciária para presidir o inquérito policial não impede que o Ministério Público promova diligências investigatórias para obter elementos de prova indispensáveis ao oferecimento de denúncia. ( ) Certo ( ) Errado 7: CESPE - TL (CAM DEP)/CAM DEP/Agente de Polícia Legislativa/2014 Paulo e João foram surpreendidos nas dependências da Câmara dos Deputados quando subtraíam carteiras e celulares dos casacos e bolsas de pessoas que ali transitavam. Paulo tem dezessete anos e teve acesso ao local por intermédio de João, que é servidor da Casa. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. Poderá ser dispensado o inquérito policial referente ao caso se a apuração feita pela polícia legislativa reunir informações suficientes e idôneas para o oferecimento da denúncia.( ) Certo ( ) Errado 8: CESPE - TL (CAM DEP)/CAM DEP/Agente de Polícia Legislativa/2014 No que se refere ao inquérito policial e à prova criminal, julgue o item subsequente. Ainda que o contraditório e a ampla defesa não sejam observados durante a realização do inquérito policial, não serão inválidas a investigação criminal e a ação penal subsequente. ( ) Certo ( ) Errado 9: CESPE - TL (CAM DEP)/CAM DEP/Agente de Polícia Legislativa/2014 No que se refere ao inquérito policial e à prova criminal, julgue o item subsequente. A autoridade policial poderá arquivar o inquérito policial se verificar que o fato criminoso não ocorreu. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito 01.E;2.E;3.A;4.C;5.C;6.C;7.C;8.C;9E
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