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BOV LEITE reproducao

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ALGUNS ASPECTOS DA REPRODUÇÃO DE GADO DE LEITE
Edinaldo da Silva Bezerra
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 ATENÇÄO!! COMPLEMENTAR ESTA ULTIMA PARTE	REPRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Importância
Aumento de produção e produtividade ( meta principal é elevação dos índices de eficiência reprodutiva.
2. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CICLO ESTRAL DA VACA
Cio a intervalos regulares
É controlado diretamente por hormônios ovarianos e indiretamente por hormônios do lobo anterior da hipófise
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4 fases: pró-estro, estro, metaestro e diestro.
pró-estro
estrogênio promove aumento do útero, vagina, ovidutos e folículos ovarianos (denominada fase de crescimento ou fase de maturação folicular)
estrógenos estimulam o aumento das células da genitália tubular, em preparação para o estro e subseqüente prenhez
Nesta fase a fêmea monta nas companheiras mas não se deixa montar, fica inquieta, aumenta a transpiração, diminui o apetite, a micção aumenta e a vulva fica intumescida e avermelhada
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Estro ou cio
Período de receptividade sexual da fêmea
Determinado principalmente pelo nível de estrogênio circulante
Durante ou logo após este período, ocorre a ovulação
Estro termina quando ocorre a ruptura do folículo ovariano ou ovulação
Metaestro
Fase de formação do corpo lúteo após a ovulação
3-4 dias corpo lúteo se desenvolve formando glândula hormonal funcional
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Destino do corpo lúteo determinado pela célula ovular:
Fecundação ( corpo lúteo é mantido por mais tempo, impedindo outras maturações ovulares
Não fecundação ( ele se atrofia
Progesterona produzida pelo corpo lúteo
estimula secreção das glândulas uterinas e prepara endométrio para a nutrição e implantação do embrião
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Embrião bovino e as membranas placentárias
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Detalhe das locais de implantação das membranas
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bloqueia outra maturação ovular por retroação sobre o hipotálamo e o lobo anterior da hipófise
estimula nutrição do embrião
estimula desenvolvimento e a total maturação da glândula mamária
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Diestro
Quando não ocorre a fecundação
Corpo lúteo se atrofia a partir do 10º dia após ovulação (reduz progesterona)
Redução de progesterona diminui a ação bloqueadora sobre o hipotálamo
Aumenta formação de luliberina e síntese de FSH (nova maturação folicular)
Dura aproximadamente 6 dias. 
Ciclo estral dura cerca de 20 dias nas novilhas e 21-22 dias nas vacas adultas
Fase de estro ou cio dura cerca de 18-20 h e a ovulação normalmente ocorre entre 10 e 15 horas após o final do cio
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3. ESPERMATOGÊNESE
Processo pelo qual testículos produzem espermatozóide (sptzs) nos testículos
Os passos nesta formação
1ª fase ( são produzidas as espermatogônias 
2ª fase ou de crescimento ( espermatogônias dão origem aos espermatócitos primários
3ª fase ( espermatócitos primários vão dar origem aos secundários
4ª fase ( espermatócitos secundários se dividem originando as espermátides
5ª fase ( Por diferenciação, cada espermátide vai originar um sptz.
Todo o processo dura cerca de 50 dias
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Sptzs, após passarem pelo epidídimo, atingem a maturidade e se apresentam em condições de fecundar o óvulo
Dos 4 sptzs formados de cada espermatócito primário, 2 contém o cromossomo Y para produzirem a descendência macho e 2 contém o cromossomo X para produzirem a descendência fêmea.
Capacidade de movimentação dos sptzs é importante para atingir a célula ovo nos órgão sexuais femininos.
Sptzs percorrem de 2 a 4 mm em 1 minuto
Transporte é apoiado por contrações ondulares da musculatura uterina, que se processam durante o cio, em direção à trompa
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Quantidade de ejaculado e a densidade espermática ( 3,5 ml e 2 x 109
freqüência do acasalamento ( acasalamentos em intervalos mais curtos levam a uma redução na quantidade do ejaculado e da densidade espermática
Alimentação ( deficiências energéticas e protéicas
4. PUBERDADE
 4.1. INÍCIO DA PUBERDADE NA FÊMEA
Produção e emissão de gametas funcionais e desejo e habilidade de se unir sexualmente
Puberdade na fêmea ( primeiro cio acompanhado de ovulação espontânea
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Idade ao primeiro cio ( variável
Raça
Diferenças no padrão de crescimento
Nível de nutrientes e de crescimento adequados ( puberdade entre 300 e 360 dias.
 4.2. INÍCIO DA PUBERDADE NO MACHO
Sptzs maduros nos túbulos seminíferos ao redor de 5 meses de idade
Testículos produzem números crescentes de sptzs à medida que se aproxima a puberdade.
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Bezerros montam ou tentam montar fêmeas com poucos meses após o nascimento
Quando jovem, o pênis está firmemente aderido dentro do prepúcio pelo freio prepucial e não pode ser distendido
2 a 4 meses antes da puberdade, ocorre protusão parcial do pênis com separação da bainha prepucial e completa ereção
 4.3.FATORES AFETANDO APARECIMENTO DA PUBERDADE
Maior relação com peso corpóreo do que à idade
Puberdade é atingida quando peso corpóreo corresponde de 30 a 40% do peso adulto, aproximadamente
No Brasil ( tanto raças européias quanto zebuinas têm um desempenho reprodutivo deficiente (atraso na maturidade sexual)
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Fatores que contribui: 
Sanitários
Higiene
Medidas profiláticas como vacinação e controle de ecto e endoparasitos
Mortalidade elevada (15 a 20% no primeiro ano de vida)
Mês de Nascimento
Diferenças devidas à influência indireta do clima
Chuvas ( abundância e melhor qualidade das pastagens
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Nível Nutricional
Difícil produzir pasto nutritivo durante o ano todo ( carência alimentar
É a principal causa de crescimento irregular das novilhas
Reduzir efeitos da flutuação de quantidade/qualidade do pasto ( suplementação
Fatores Genéticos
Características ligadas à reprodução ( baixa h² (não permite seleção genética)
Peso médio à diferentes idades ( alta h² (seleção genética eficiente)
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5. NÍVEIS NUTRICIONAIS E EFICIÊNCIA REPRODUTIVA 
 5.1. ENERGIA E PROTEÍNA
Desempenho reprodutivo muito dependente dos níveis nutricionais
Energia e proteína são os fatores da maior importância
Idade ao 1º cio e no de vacas concebendo no 1º serviço ( diretamente dependente dos níveis de energia e proteína da dieta
Estudos comprovam que a percentagem de concepção ao 1º serviço é maior para novilhas que apresentam ganho de peso pós-parto, além de aumentar a percentagem de prenhez a medida em que aumentam os ganhos de peso
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Cuidados com vacas obesas ( menor eficiência, maior dificuldade de parto maior mortalidade de bezerros
Níveis nutricionais pré e/ou pós-parto ( condição corporal da vaca é o fator crucial
Touros ( deficiência até a puberdade afeta a idade para entrada em serviço e redução no tamanho dos testículos e produção e viabilidade de sptz
Alimentação à vontade até a puberdade, restrita quando em serviço
Energia e proteína são os fatores mais importantes
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 5.2. INFLUÊNCIA DOS MINERAIS
Minerais podem influir direta ou indiretamente na reprodução
Efeito direto ( quando o mineral é essencial para a reprodução ou quando, em doses tóxicas, tiver ação prejudicial
Efeito indireto
quando o mineral tem ação primária sobre determinado órgão ou sistema e, secundariamente, sobre a reprodução
nos casos de interrelação
Alimentação responde por 70% das causas de infertilidade em bovinos
No caso de deficiências minerais
30% ou mais ( deficiência de fósforo
13 a 14% ( deficiências de cálcio e fósforo
11 a 12% ( deficiência de manganês
6% ( deficiência de cobre
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Forragens contém baixos teores de minerais
Menor na estação seca ( não mineralizar sem suplementação
Maior na estação chuvosa ( mineralizar sempre
Carências são maiores na época chuvosa
P e Co
ganhos em peso são maiores
6. OUTROS FATORES AFETANDO E.R.
6.1. EFEITO DA IDADE
Idade à puberdade ( quanto menor a idade ao primeiro serviço, melhor o desempenho reprodutivo
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Vaca pode reproduzir até 20 anos de idade
variabilidade e melhoramento genéticos
média de concepção menor e número de serviços/concepção maior em vacas com idades superiores a 10 anos
 6.2. EFEITO DO PERÍODO DE LACTAÇÃO
Bovinos especializados ( ideal são 305 dias
Correlação entre duração da lactação e total de leite produzido
Alto ( maior período de lactação maior volume total de leite
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Semana de lactação
Produção
Figura. Curvas de Lactação em Diferentes Níveis de Persistência
Lactação prolongada ( descanso (período seco) comprometido
compromete condição fisiológica ao parto
afeta período de serviço
não permite a obtenção de um bezerro por ano
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 6.3. MANEJO MÃE-CRIA
Aleitamento natural
Até 8 meses de idade ( conciliado com a ordenha da vaca
Problema da raça
Presença e contato constante do bezerro
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efeito negativo ( estimula síntese de peptídeos opióides endógenos (POE)
POE deprime hipotálamo a produzirem fatores de liberação do LH
Hipófise não produz LH, indispensável para o desencadeamento do cio, ocasionando um prolongado anestro pós-parto
 6.4. EFEITO DO PERÍODO SERVIÇO
Sofre maior ou menor variação em função dos fatores de meio
Período de serviço ideal para máxima produção e reprodução ( um bezerro/ano
Gestação de até 290 dias ( período de serviço máximo de 90 dias
Realidade brasileira ( superior a 150 dias.
Longo período de serviço ( longo IEP
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 6.5. EFEITO DO PERÍODO SECO
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Descanso ou período seco para se recuperar do desgaste físico
Formar reserva metabólica para a próxima lactação e período de serviço
Recuperar tecido da glândula mamária
IEP ideal - 12 meses, gestação é fixa - 9 meses
Período seco longo
redução do período de lactação
comprometer a produção total da lactação corrente
Período seco curto
Descanso insuficiente
Compromete condição corporal
Não recupera tecido glandular
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Quadro 00. Distribuição das Fases de Exploração
Período seco ideal
Máximo rendimento líquido ( 50-60 dias
Rápida involução uterina e retorno do cio pós-parto
7. IMPORTÂNCIA DO MANEJO NA RECRIA
Idade ao primeiro parto ( um dos fatores que mais contribuem para o baixo desfrute da bovinocultura no Brasil
Problema está principalmente na recria
Produtores(%)
Cabeças(%)
Ciclo(%)
Cria
18
40,4
16,7
Recria
3
48,2
58,3
Terminação
2
11,4
25,0
Cria+Recria
46
88,6
75,0
Todo o ciclo
36
100,0
100,0
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80% da população bovina brasileira é formada de zebuinos e seus mestiços.
Zebuínos
Baixa habilidade para ganho de peso rápido (falta de programas de seleção)
São mantidos em condições de pastagens sazonais
Lenta velocidade de crescimento durante a recria, levando a um grande contingente populacional e prolongada duração da fase de recria
Novilhas devem crescer durante todo o ano para apresentar ciclos estrais e taxas de concepção normais
Evitar crescimento excessivo ( custos e eficiência reprodutiva
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8. SELEÇÃO PARA FERTILIDADE
Diagnóstico de gestação ( 35 dias após a cobrição de todas as vacas e novilhas
Seleção deverá começar com as fêmeas jovens, ainda no início da desmama
Necessidade de reposição de fêmeas ( 20% de matrizes anualmente
Protocolo de seleção para fertilidade
Na desmama
descartar fêmeas não adaptadas às condições de manejo e alimentação da propriedade
fêmeas com defeitos que comprometam a performance reprodutiva
fêmeas que não apresentam peso satisfatório, compatível com a média do rebanho e da raça
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Na entrada em serviço
descartadas as que não apresentaram bom desenvolvimento pós-desmama (peso inferior ao mínimo para serem cobertas)
Anualmente
Missão da vaca ( IEP de 365
Justificativa plausível ( falhas detectáveis (manejo, doenças, alimentação)
Descartadas ainda todas as matrizes velhas
Fêmeas com defeitos de aprumos, despigmentação (fotosensibilidade)
Fêmeas com anomalias na genitália externa (atrofia ou hipertrofia) e anormalidades uterinas e ovarianas (após levantamento ginecológico). 
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8. MONTA E INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
 8.1. MANEJO DE MONTA
À campo ( pouco recomendável
Touro com, no mínimo, 2 anos de idade 
Relação máxima de 1:15 (2 anos) e 1:25 (3 anos ou mais)
Inconvenientes
maior transmissão de DST
dificuldades para anotar datas de cobertura
esgotamento do touro se muitas vacas entram em cio ao mesmo tempo.
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Monta dirigida. 
Vacas identificadas em cio são levadas à presença do reprodutor
Touro manejado em piquete (mínimo de 200 m² e abrigo com 8 a 10 m²)
Relação de 1:10 (até 2 anos), 1:25 (2-3 anos) e 1:50 (após 3 anos)
Dificuldades
Identificar o cio ( necessidade de rufião ou vaca androgenizada
Observadores ( riscos de perder
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Observações devem ser feitas, no mínimo, 2 vezes ao dia ( 6-7h e 17-18h, por pelo menos uma hora em cada observação (observação exlcusiva)
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 7.2. INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Vantagens da I.A.
Multiplicação dos efeitos da utilização de touros de elevado valor genético
3,5 a 4,0 ml de sêmen ejaculado ( 2 a 4 x 109 sptzs
Necessidade de sptzs para fecundação ( 5 a 13 milhões
Diluição do ejaculado em pelo menos 50 vezes
Centrais de sêmen há testes periódicos nos doadores e no sêmen para controle sanitário ( evita DST
Custo relativamente menor
Uso de qualquer tipo de touro ( ambiente e cruzamentos
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Condição sanitária dos animais
DST e zoonoses devem ser eliminadas do rebanho
Controle eficiente de ecto e endoparasitos
Instalações e equipamentos para I.A. higienizados
Requisitos Mínimos para Realizar a I.A.
Estado nutricional do rebanho ( cios silenciosos
Instalações
Local para imobilização do animal
Local para proteção do material de inseminação contra umidade e luz solar
Fonte de luz e água limpa e abundante.
Inseminador
disposição para o trabalho
higiene pessoal
alfabetizado
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