Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ensaio de Torção DEFINIÇÃO: Aplicação de uma carga rotativa em um c.p. geralmente cilíndrico (maciço ou tubular) Amplamente utilizado na indústria (motores, eixos, turbinas, rotores, brocas, hastes, arames) Pode ser feito em peças acabadas ou c.p. Fornece dados quantitativos (comportamento sob solicitação de tensões de cisalhamento) Sofre influência: T, Ve, anisotropia, microestrutura, tratamento térmico, ambiente, geometria. Resultados: Módulo de elasticidade transversal (G) Limite de escoamento a torção (se) Limite de ruptura a torção (su) Braço (B) Força (P) Mt = P.B Corpo de Prova (Eixo Cilíndrico) Mesa de Engaste Mancal de Torção θ Ângulo de TorçãoRegião de Engaste no Mancal Mt [N.m ] θ [ rad ] Mtmáx MÁQUINA DE ENSAIO: Dotada de uma cabeça giratória responsável pela aplicação do momento torsor, sendo uma das extremidades do c.p. fixo. Durante o ensaio registrar-se M t (momentor torsor) em função de θθθθ (ângulo de torção). dR τ dS ( C )( B ) τmáx θ φD = 2R l τ r dS Mt ( A ) τ τ τ Início do Processo de Ruptura O αααα= arctg(G) γγγγ ττττ Deformação ângular de cisalhamento Cisalhamento ( ) Deformação reversível comportamento elástico Região de não uniforme encruamento U Ruptura Total F uττττ pττττ Região de encruamento Comportamento plástico Na seção transversal da barra atua TENSÃO DE CISALHAMENTO OU TANGENCIAL (ττττ): • Comprimento l e diâmetro 2R; • Admite-se uma tensão média em todos os pontos • Distribuição linear: máxima superfície mínima centro • ττττ cis distribuídas na seção são estaticamentes equivalentes Mt total S Q =τ Força Cortante: Q = ττττ . dS [N] Momento Torsor: M t = P.B [N.m] M t = (ττττ . dS).R Momento Torsor Total: Mom. Polar de Inércia: tem-se: e ττττmax em r = R ∫∫ τ =τ= = = r 0 2 2/Dr 0r t dS r r dS r.M ∫= r 0 2 dS r I r I. M t τ = I R.M t máx =τ 32 .D 4 r .2 .r.dr2. rI 4R 0 4 2 pi =∫ pi=pi=Corpo de prova Maciço: )DD(32I 4 2 4 1 − pi =Corpo de prova Tubular: Tensão de Cisalhamento Máxima: b = lado maior c = lado menor αααα = b/c b/c 1,00 1,50 1,75 2,00 2,50 3,00 4,00 6,00 8,00 10,00 ∞∞∞∞ αααα 0,208 0,231 0,239 0,246 0,258 0,267 0,282 0,299 0,307 0,313 0,333 Para redução de peso das estruturas e componentes, utiliza-se componentes tubulares ou ocos Em geometria retangular, as seções não permanecem planas, sendo máxima no meio das faces A DEFORMAÇÃO DE CISALHAMENTO ( γ γ γ γ ) é a tangente do ângulo de deformação ( θ θ θ θ ): O Ângulo de Deformação ( θθθθ ) pode ser calculado por: Cilindros: Retangulares: I.G l.M t =θ 3 t c.b..G l.M β=θ Maciço: 3 máxt 4 máxt max .D M. 16 32 D . 2 D . M pi = pi =τ Tubular: ) DD ( .D M 16 4 2 4 1 1máxt máx −pi =τ Retangular: 2 máxt máx c.b. M α =τ l R )tan( θ=φ=γ [radianos] RESULTADOS DO ENSAIO: Mt [N.m ] θ [ rad ] Mtmáx τ [Pa ] γ α tg α = G τmáx Resultados de Mt x θθθθ são transformados em gráficos de ττττ x γγγγ PROPRIEDADES OBTIDAS: Dentro do Campo Elástico: ττττ é proporcional a θθθθ (similar a Lei de Hooke) (G) Módulo de Elasticidade Transversal ou Módulo de Rigidez: (ττττP) Limite de Proporcionalidade: Ponto final da linearidade no gráfico, sendo melhor determinado em c.p. tubulares (fibras externas não sofrem influência das fibras internas – gradiente de tensões é eliminado se e ����0 ) (ττττe) Limite de Escoamento: Ponto limite entre o comportamento elástico e o comportamento plástico (para gráficos onde esse ponto não é nítido, utiliza-se a notação de n = 0,001 rad Obs: considerar sempre a relação L/D > 10 (maciço) D1/D1-D2 entre 8 e 10 (tubos) para evitar cambagem ττττMax ττττMax (A) Zona Elástica (Linear) (B) Zona Plástica (Não-Linear) (C) Cambagem - Fenômeno observado na torção de tubos G.γ=τ γ τ =G θ = .I .l M G t Tipos de tensões: tração, compressão, cisalhamento e torção Determinação do limite de proporcionalidade e de escoamento Dentro do Campo Elástico: ττττ não é proporcional a θθθθ (ττττu) Módulo de Ruptura: extrapolação das relações válidas para região elástica superestima os valores das tensões Considerando a deformação real e permanente nessa região: 3 max t u D M .12 pi =τ Mt [ N.m ] Mt Utt 0,001 rad Mt [ N.m ] θ [rad] Mte URt (URt) Módulo de Resiliência: Comportamento do material dentro do campo elástico (área do gráfico no campo elástico) URt = ττττe2 / 4. G 3 max t u D M 16 pi =τMaciço: ) DD .( M..D 16 4 2 4 1 max t 1 u −pi =τTubular: (UTt) Módulo de Tenacidade: Comportamento do material dentro do campo elástico e plástico (área total no gráfico) UTt = Mt . θθθθ / S . L θ [rad] RELAÇÃO ENTRE ENSAIO TORÇÃO x ENSAIO DE TRAÇÃO: ττττe = 0,6 . σσσσe ττττu = 0,8 . σσσσu [materiais dúcteis] ττττu = 1,0 a 1,3 . σσσσu [materiais frágeis]. Materiais dúcteis: rompem-se ao longo de um plano de máxima tensão de cisalhamento (geralmente um plano normal) ou plano transversal. Materiais frágeis: rompem em função das tensões de tração decorrentes, em um plano perpendicular à direção de máxima tensão de tração, sendo dado pela bissetriz do ângulo entre 2 planos de máxima tensão fazendo um ângulo de 45o com as direções longitudinal e transversal Fadiga em torção: aspectos das superfícies de fratura em função dos níveis de tensões aplicados Material Dúctil: observação de dimples em MEV no sentido de rotação do material PROCEDIMENTO DE ENSAIO: » Norma técnica ASTM E 588 - 83 » Fixação do c.p. » Comprimento útil do c.p. » Deformação do c.p. somente em l » Método de leitura de θθθθ » Ensaios na própria peça » Cuidados no endireitamento do c.p. » Superfície isenta de defeitos » Velocidade de ensaio » Dados de relatório: identificação c.p. método de endireitamento diâmetro do c.p. Direção de laminação total de giros (N) velocidade localização da fratura aspecto da fratura Taxas de torção recomendadas para alguns arames [ Segundo ASTM E 588 – 83] . Diâmetro do arame [mm] Máxima taxa de torção [rps] até 1,17 2 de 1,17 até 2,26 1 acima de 2,26 0,5 Relação diâmetro x comprimento do c.p. [ Segundo ASTM E 588 – 83] . Diâmetro do arame [mm] Comprimento [mm] 0,71 50 0,91 a 1,14 90 1,14 a 1,40 100 1,40 a 1,68 125 0,71 a 0,91 75 1,68 a 2,26 150 2,26 a 2,67 180 2,67 a 3,18 190 3,18 a 4,00 200 4,00 220 Simulação física dos processos de conformação a quente: Ensaios isotérmicos e contínuos até a fratura: escoamento plástico dos materiais em diferentes temperaturas e taxas de deformação Ensaios isotérmicos e interrompidos com 2 deformações: fenômenos que ocorrem nos intervalos entre passes Ensaios com + deformações em resfriamento contínuo: condições similares às do processamento industrial Análise de mudanças de efeito de caminho de deformação: Ensaio de Flexão DEFINIÇÃO: Aplicação de uma carga crescente em determinados pontos de uma barra padronizada Muito empregado em materiais frágeis (FoFo, cerâmicos, aços ferramenta, aço rápido) Dados quantitativos em materiais frágeis e qualitativos para materiais dúcteis 3 tipos de ensaio: engastado, a 3 pontos e a 4 pontos Pode ser feito em peças acabadas Resultados: Módulo de elasticidade transversal ( G ) Limite de escoamento a flexão ( σσσσe ) Módulo de Resiliência a flexão( URf ) Limite de ruptura a torção ( σσσσu ) Módulo de Tenacidade a flexão ( UTf ) Sofre influência: T, V, defeitos superficiais, microestrutura, geometria e ambiente MÁQUINA DE ENSAIO: aplica uma carga conhecida no centro de um c.p. apoiado (engastado) em um ou dois pontos. A carga também pode ser aplicada em 1 ou 2 pontos. Resultado do ensaio na forma de gráficos Carga (P) x Deslocamento (νννν). o60o60 o60 P Corpo de Prova ν Apoio l Apoio o60o60 o60Corpo de ν o60 P 2.l 3 a a l ApoioApoio Prova Mesa de Carga l P Ca rg a - P [N ] F le ch a (D e fle xão ) - [mm ]ν PM ax ν M ax α α =tag E h b Seção Tran sversa l d o Co rp o-d e-P rova CORPO DE PROVA: geralmente barra cilíndrica, mas pode ser aplicado para qq. geometria (esforços normais e tangenciais); comprimento l e diâmetro 2R; l l/2 A B P P /2P /2 P C o rp o -d e -p ro v a P - C a rga a p lica da [N , k g f, tf] D e fle xã o (F le c h a ) - [m m ] C a rg a P [N ] R e s po s ta do E n s a io de F le x ã o(A ) (B ) νννν - F le ch a [m m ]νννν L - D is tâ n cia e n tre o s a po io s [m ] Dados de Mf e φφφφ são plotados em gráficos tensão x deformação como na tração Propriedades como E, σσσσfe , σσσσfp e σσσσfu similares a tração Engastado: c.p. engastado em uma de suas extremidades e submetido a um momento fletor (Mf), medindo-se o Mf e a deflexão (φφφφ) Recomenda-se: c.p. retangulares t min = 0,38 mm L / t > 15 Largura / t > 10 mínimo de 6 c.p. Qdo não planos, ensaios 2 posições Recomenda-se: t entre 0,25 e 1,3 mm distância entre apoios: 150 x t (0,25 e 0,51 mm) 100 x t (0,51 e 1,3 mm) Largura 3,81 mm Comprimento: 250 x t (0,25 e 0,51 mm) 165 x t (maior 0,51 mm) Mínimo de 6 c.p. Apoios padronizados (inclinação e raio) 3 pontos : carga no centro 4 pontos : distância entre cargas igual e 2/3 comprimento útil do c.p. Mede-se a deflexão no centro do c.p. 3 ou 4 pontos: c.p. biapoiado submetido a uma carga aplicada em 1 ou 2 pontos equidistantes l/2 A B P P/2P/2 Corpo de prova + Momento Fletor (N.m) Mf = (P/2) * (l/2) max C.G. Secção Transversal z y Compressão Tração Mf Mf+dMf Q Q+dQ Q - Força Cortante (N) Mf - Momento Fletor (N.m) dX dX (A) (B) Linha Neutra Linha Neutra Fibras Superiores Fibras Inferiores x Considerações: material homogêneo e isotrópico validade da Lei de Hooke seções planas permanecem planas linha neutra no centro de gravidade da seção transversal distribuição normal da tensão normal na seção transversal compressão máxima na superfície interna, tração máxima na superfície externa Na seção transversal da barra atuam: TENSÕES NORMAIS ( σ σ σ σ ) x Compressão Mf M + dM Q Q+dQ dX Linha Neutra Fibras Superiores αααα dX∆∆∆∆ Tração Deformação y LN σ y f f σnormais distribuídas na seção transversal são estaticamente equivalentes ao Mf Analisa-se um elemento de volume no ponto de aplicação da carga P TENSÃO NORMAL ( σ σ σ σ ) : Fibras superiores : comprimidas Fibras inferiores : tracionadas Linha Neutra : σσσσ = 0 Tensão em qq. fibra é proporcional a distância a LN dN dM dS y x z y f ∆dx y tgLN= . ( )αDeformação diferencial nas fibras: ε ε σ = = = ∆ ∆l l dx dx E ou Como: LNy.dx )(tg.E dx dx .E α=∆=σAssim: Sabe-se que o Mf total é a soma das σσσσ em cd ponto na seção, Sendo: e ouσ = dN dS dM y dNf = . dM y dSf = . .σ Substituindo com yLN = y tem-se:LNy.dx )(tg.E α =σ 2f y.dS.dx )(tg.EdM α= Integrando, tem-se: sendo: e∫ α = r 0 2 f dS.y.dx )(tg.EM ∫= r 0 2 dS.yI dx )(tg.E I M f α = σ = M I yf Z . Valores positivos y (+) tração Valores negativos y (-) compressãoE substituindo na equação de σσσσ: TENSÃO DE CISALHAMENTO ( τ τ τ τ ) devido a força cortante ( Q ) da carga aplicada Na seção transversal existe uma ττττ devido a força cortante (Q), e assim tem-se: M f M f + d M f Q Q + d Q d X xL NzC . G .h y τ τ τ τ τ τ τ τ d X τ τ τ τ V τ τ τ τ HN N + d N b wd x y 2 y 1 y - y 12 W : largura do c.p. [m] Me: momento estático [N.m] I : momento de inércia polar [m4] Pelo Teorema de Cauchi, σ σ σ σ vertical é igual numericamente a σ σ σ σ horizontal Admite-se σ σ σ σ horinzontal constante ao longo da largura (w), e o somatório das forças para x = 0 e como dx dN w.H =τ ∫ ∫ σ== 2y 1y dS.dNN e substituindo y.I M Z f =σ tem-se ∫ ∫= 2y 1yz f dS.y I MdN sendo ∫ 2y 1y dS.y chamado de Momento Estático (Me): valor tabelado Assim, derivando e substituindo ∫ dN =τ=τ z ef H I M . dx dM . w 1 E lembrando que chega-se a: dx dMQ f= Z e I M . w Q =τ Para a flexão, ττττmáx ocorre no C.G. da seção transversal do c.p. e ττττmín = 0 nas superfícies Resumindo: Tensão Normal Máxima na Superfície da Barra Tensão de Cisalhamento Máxima na LN RESULTADOS DO ENSAIO: Resultados de Mf x φφφφ são transformados em gráficos de σσσσ x νννν R. I M e 2 h . I M Z f max Z f max =σ =σ − =τ =τ 2 max Z e max 2/h y1. h.w Q . 2 3 e I M . w Q Flecha (νννν) ou Deformação elástica 4 3 d.E..3 l.P.4 pi =νCircular: 3 3 h.w.E.4 l.P =νRetangular: (ττττe) Limite de Escoamento: Ponto limite entre o comportamento elástico e o comportamento plástico (para gráficos onde esse ponto não é nítido, utiliza-se a notação de n = 0,01; 0,02 e 0,1 % deformação PROPRIEDADES OBTIDAS: Dentro do Campo Elástico: σσσσ é proporcional a νννν (similar a Lei de Hooke) (E) Módulo de Elasticidade : onde a é a distância entre o apoio e o ponto de aplicação da carga. Materiais dúcteis não servem para esse tipo de ensaio (ττττP) Limite de Proporcionalidade: Ponto final da linearidade no gráfico (URt) Módulo de Resiliência: Comportamento do material dentro do campo elástico (área no gráfico no campo elástico) onde y é a distância inicial do eixo da barra à fibra onde se deu a ruptura. S.y.E.6 I. U 2 2 p Rf σ = ( ) ν − = .h.w.4 a.4l.3.a.PE 3 22 4 pontos: ν = .h.w.4 l.PE 3 3 3 pontos: νpi = .I..3 l.P.4E 3 2p h.w l.P.5,1 =σ3 pontos: 2p h.w a.P.3 =σ4 pontos: Dentro do Campo Plástico: σσσσ não é proporcional a νννν (ττττu) Módulo de Ruptura: Circular: Retangular: 3 pontos 4 pontos Retangular: (UTt) Módulo de Tenacidade: Comportamento do material dentro do campo elástico e plástico (área total no gráfico) PROCEDIMENTO DE ENSAIO: » Norma técnica ASTM E 855 – 90 : Materiais metálicos para aplicação em molas ASTM E 190 - 92 : Ductilidades de juntas soldadas ASTM E 290 – 92 : Materiais metálicos dúcteis ASTM A 438 – 91 : FoFo cinzento » Fixação do c.p. (evitar danos superficiais na região de agarramento) »Os apoios podem ser roliços e giratórios (evitar ou diminuir o atrito) » Para o caso de madeiras, é comum o ensaio a 4 pontos (fratura na zona tracionada) »Velocidade de aplicação da carga durante o ensaio » Medições nos c.p. »Dados de relatório: identificação c.p. geometria, dimensões e direção de laminação velocidade localização da fratuta temperatura de ensaio tipo de ensaio 2 max fu h.w.2 l.P.3 =σ 3 max fu D. l.P.8 pi =σ 2 max fu h.w a.P.3=σ l.S.3 y.P.2U maxTf = ASTM E 855 – 90: 3 tipos de ensaios: Engastado, 3 pontos e 4 pontos ASTM E 290 – 92: Materiais dúcteis Flexão do c.p. pela aplicação de uma P em torno de um apoio fixo Qdo não ocorre a fratura, analisa-se o no e tamanho das trincas 4 tipos: engastado, com um apoio no meio e P aplicada no fim da barra engastado, com um anteparo até o meio do c.p. e P no fim da barra engastado, com apoio no meio do c.p. e P perto do apoio apoiado em 2 pontos e P no centro do c.p. Orientação: longitudinal e transversal P P P ASTM E 190 - 92: Ductilidade de Soldas Em ferrosos e não-ferrosos Flexão do c.p. na forma de U Análise da superfície em relação a defeitos e trincas Geralmente c.p. retangulares Analisa-se a seção transversal e longitudinal da zona soldada ASTM A 438 – 91: Ferro fundido cinzento c.p. cilíndricos e com 3 tamanhos definidos vazamento em moldes com Tamb e desmoldagem em T < 500oC ensaia-se c.p. como fundido ensaio em 3 pontos determina-se E e σσσσfu dimensões dos c.p. e distâncias entre apoios Comprimento (mm) Diâmetro (mm) Distância entre apoios (mm) 381 22,4 305 533 30,5 457 686 50,8 610 P 152 mm 3,2 38 MATERIAIS CERÂMICOS: Sempre fratura frágil em Tamb e ao longo de determinados planos de clivagem Geralmente a trinca se propaga entre os grãos cristalinos (intergranular) devido a presença de microdefeitos nos CG Propriedades das cerâmicas pode ser melhoradas pela imposição de tensões residuais de compressão na superfície Principal norma para cerâmicos: ASTM C 1161 – Stardand Test Methods for Flexural Strength of Advanced Ceramics at Ambient Temperature Módulos de elsticidades (E) são maiores que os metais (70 a 500 GPa) Deformação elástica no cerâmicos é relativamente baixa < 0,1% de deformação Deformação Plástica: para cerâmicas cristalinas (ligações iônicas e/ou covalentes) ocorre por movimentação de discordâncias (como nos metais), porém com poucos planos de escorregamento e dificuldades na movimentação para cerâmicas não-cristalinas ocorre deformação por escoamento viscoso (semelhante aos líquidos)sem uma direção e plano preferencial devido a tensões de cisalhamento Todos os cerâmicos sofrem influência da: T , tipo de ligação , estrutura , defeitos internos e externos Curvas Tensão-Deformação Para alguns cerâmicos Variação de E com a % porosidade Variação de σσσσfu com a % porosidade Ensaio de Fluência DEFINIÇÃO: Aplicação de uma carga constante durante um período de tempo e a temperaturas elevadas Objetivo é determinar a vida útil do material nessas condições Pode ser feito em peças acabadas ou c.p. Dados quantitativos, e é amplamente utilizado na indústria petroquímica, tubulações Utiliza-se de técnicas de extrapolação dos resultados, devido ao longo tempo de ensaio Ocorre em todos os materiais, e no caso de metais, é afetada por valores de T > 0,4 TF C.P. similares aos do ensaio de tração Sofre influência: anisotropia, microestrutura, tratamento térmico, ambiente. MÁQUINA DE ENSAIO: kg oC Peso Corpo-de- prova Tempo RESULTADOS DO ENSAIO: Tempo Deformação Região de encruamento Região de taxa de deformação constante Região de ruptura CORPO DE PROVA: representativos para o material como um todo; condições finais de emprego; superfícies lisas e isentas de defeitos; fixação da carga no eixo axial do c.p. comprimento l e diâmetro 2R; Materiais frágeis geralmente são ensaios em condições de compressão l S Ensaio em 3 categorias: Fluência (resistência à fluência) Ruptura (ruptura à fluência) Relaxação (deformação constante) Estágio primário : aumento da resistência (encruamento e εεεε0) Estágio secundário : equilíbrio encruamento e recuperação (εεεεm) Estágio terciário : início do processo de ruptura pelos mecanismos de fratura Alguns materiais não apresentam o 3 estágio e alguns apresentam estricção εεεε dεεεε/dt tempo I III II tempo I III II (A) (B) Tipos de Ensaios: Ensaio de Fluência: vida útil do material (utiliza-se de métodos de extrapolação dos resultados) sendo portanto realizado por um período determinado de tempo; Ensaio de Ruptura: segue até a ruptura do c.p., fornecendo informações sobre a tensão nominal que o material suporta em determinada T até a ruptura (cargas maiores que as especificadas); Ensaio de Relaxação: fornece informações sobre a redução da tensão aplicada ao c.p. quando a deformação em função do tempo é constante a determinada temperatura. PARÂMETRO CARACTERÍSTICO DO ENSAIO: Taxa Mínima de Fluência: Tempo de Ruptura: Pode ser relacionada com a tensão aplicada Vida útil do material Tipos de Gráficos: 1n1m .k σ=ε& Ao colocarem-se os resultados de σσσσ e εεεεm em log-log, obtém-se uma reta de inclinação n1, similar ao procedimento adotado para o ensaio de tração. K é determinado para εεεεm igual a 1. Esta é outra forma de apresentação dos resultados do ensaio de fluência, e deve ser utilizada como valores de referência para projetos de componentes que devam resistir à fluência. Ao se fazer referência a dados de fluência, é prática comum a menção dos termos como resistência à fluência e resistência à ruptura. A resistência à fluência é definida como a tensão a uma determinada temperatura que produz uma taxa mínima de fluência de por exemplo 0,0001 por cento/hora ou 0,001 por cento/hora. A resistência à ruptura refere-se à tensão a uma determinada temperatura que produz uma vida até a ruptura de 100, 1.000 ou 10.000 horas. Uma taxa mínima de fluência de 0,0001% , implica uma deformação de 1% a cada 10.000 h de operação Extrapolação de Características de Fluência para Longos Períodos Avaliar o comportamento à fluência em condições de T acima das especificadas, t mais curtos e mesma σσσσ e, a partir dos resultados, fazer uma extrapolação às condições de operação do componente. Uma extrapolação segura só pode ser feita quando se tem certeza que não ocorrerão mudanças estruturais na região da extrapolação que resultem na variação da inclinação da curva. Parâmetro de Larson-Miller: T.( C + log tr ) = constante onde: C = constante de Larson-Miller, da ordem de 20 , T = temperatura do ensaio [K] , tr = tempo de ruptura [h]. Gráficos de tensão x Larson-Miller Ex: Tensão de 400 MPa e T de 873 K Determina-se Larson-Miller Aplica a equação C = T ( 20 + log tr ) Obtendo-se o tempo de ruptura Liga a base de ferro PROCEDIMENTO DE ENSAIO: » Norma técnica ASTM E 139 : Resistência à Fluência Resistência à Ruptura em Fluência Relaxação » Fixação do c.p. e homogeneização da temperatura do ensaio » Comprimento útil do c.p. » Deformação do c.p. »Ensaios na própria peça » Superfície isenta de defeitos »Medições nos c.p. »Dados de relatório: identificação c.p. composição química geometria, dimensões e direção de laminação velocidade localização da fratura tipo de ensaio e equipamento temperatura de ensaio dimensões da seção reduzida INFORMAÇÕES ADICIONAIS Mecanismos de deformação à T elevadas: movimento de discordâncias recristalização escorregamento de contornos de grãos. O 1o e o 3o são favorecidos com o aumento T. Mecanismos de fratura a T elevadas: formação de cavidades nos CG aumento das microtrincas coalescimento das microtrincas formação de uma macrotrinca Influência da tensão aplicada no ensaio, mantida a T cte ���� Tensão ���� tr ���� εεεεo ���� εεεεm Influência da temperatura aplicada no ensaio, mantida a tensão cte ���� Temperatura ���� tr ���� εεεεo ���� εεεεm Melhores comportamentos: ���� TFusão ���� E ���� tamanho de grão cristalino Materiais mais resistentes: aços inoxidáveis superligasou ligas a base de níquel, cobalto ou ferro ou combinações; ligas refratárias (à base de nióbio, molibdênio, tungstênio, titânio, tântalo e cromo). Tamanho do grão: Maior: melhores propriedades: maiores tensões necessárias para ruptura do material pois em T altas é mais significativa a deformação por escorregamento em contornos de grão implicando em maiores deformações em materiais com granulação fina e consequentemente, menor resistência à fluência. Ex: lâminas de turbinas produzidas: fundição convencional (grãos cristalinos distribuídos aleatoriamente) solidificação unidirecional (grãos colunares alongados) monocristais Também analisa-se: Fluência em Condições de torção Fluência em condições de flexão Fluência em condições de fadiga Polímeros também apresentam fluência (viscoelástica), podendo ocorrer em Tamb e com tensões menores Cerâmicos são estudados principalmente em compressão MATERIAIS POLIMÉRICOS: Podem ser divididos em : Termoplásticos e Termofixos Termoplásticos : amolecem quando são aquecidos e endurecem quando são resfriados (processo reversível) Termofixos : são permanentementes duros mesmo em altas temperaturas Comportamento dos polímeros: T baixas comportam-se como vidros (frágeis) T médias comportam-se como metais (elástico e plástico) T altas comportam-se como líquidos (viscoso) Para análises em situação de fluência, costuma-se definir o termo Módulo de Relaxação: σσσσ (t) representa a tensão dependente do tempo εεεε (t) representa o nível de deformação que é mantido constante o r )t()t(E ε σ = a) Carga em função do tempo b) Totalmente elástico c) Viscoelástico d) Viscoso Variação do Módulo de Relação com a Temperatura Para polímero viscoelástico Variação do Módulo de Relação com a Temperatura para polímero Poliestireno amorfo
Compartilhar