ANDRÉ COMPENSAÇÃO 1

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Resolução das competências da etapa de 50%.
André Ramos dos Santos¹
Comenta-se, com frequência, a respeito da importância de se estudar o Direito Administrativo. Para tanto, primordialmente verificamos que o Direito Administrativo é rígido como os demais ramos do Direito, por princípios, entretanto ver-se que tal tema não foi posto em sala de aula de modo detalhado, uma vez que não é fruto da ementa. 
Em seguida, foram analisamos casos práticos que envolvem os Poderes da Administração que nada mais é do que o instrumento necessário para alcançar o interesse público. Dentro dessa analise, visualizamos que existe o Poder Regulamentar que foi posto em analise mediante o caso que traz:
A lei federal nº 1.234 estabeleceu novas diretrizes para o ensino médio no país, determinando a inclusão de Direito Constitucional como disciplina obrigatória. Para regulamentar a aplicação da lei, o presidente da República editou o Decreto nº 101 que, a fim de atende à nova exigência legal, impõe às escolas públicas e particulares, a instituição de altas de Direito Constitucional, de Direito Administrativo e de Noções de Defesa do Consumidor, no mínimo, de uma hora semanal por disciplina, com professores diferentes para cada uma. 
Resolução:
Ver-se que se trata do Poder Normativo (REGULAMENTAR), entretanto, visualizamos não ser possível tal ação, uma vez que esse poder em regra regulamenta o executivo por meio de decreto que é o ato privativo do Presidente da República, Governador e Prefeito, para somente da a fiel execução a lei, disposto no art. 84, IV, CF/88. Porém, ver-se que tal decreto ultrapassou os limites de sua competência, não podendo inovar no ordenamento jurídico como no caso em tela. Só podendo surgi para da efetividade a lei em que pese a matéria de Direito Constitucional como visto no caso, uma vez que a lei somente cria essa matéria, não podendo assim o decreto esta acima da lei, nem tão pouco inovando no ordenamento jurídico. Esse poder tem sua exceção como um regulamento autônomo, que é aquele regulamento que não depende de lei, é um regulamento substituto da lei. 
Temos posteriormente o Poder Hierárquico que versa sobre a distribuição de competência internamente, que traz a delegação e avocação. Podendo a hierarquia se manifestar por ato de coordenação que é a hierarquia horizontal, ou seja, órgão do mesmo nível hierárquico. Ou ainda, o Poder de Polícia que é tratado no art. 78 do CTN, trazendo esse poder, o exercício das liberdades individuais na busca do interesse público. Este poder tem as características da discricionariedade; Imperatividade; Coercibilidade que aborda meios indiretos e meios diretos. Passando assim pelo Poder Disciplinar que é o poder de aplicação de sanções/penalidades aquelas que estão sujeitas a disciplina do Estado, ou seja, aquelas que possuem vínculo especial com o Poder Público. 
Ademais, o conteúdo programado pela Professora se deu posto por produção das resoluções dos casos práticos em sala de aula, fechando assim com os casos trazido a sala sobre Poder de Polícia; Poder Normativo; Poder Disciplinar e sobre os princípios do Direito Administrativo.
O caso sobre o Poder de Polícia relata-se que: 
Na empresa administrativa do Estado do Rio Grande do Sul, a empresa SETA FISCALIZADORA, após vencer licitação, sagrou-se responsável pelo desempenho das funções estatais no que tange à policia edilícia, concernentes à edição de normas básicas, fiscalização das edificações e aplicação de sanções no segmento de construção. A SETA FISCALIZAÇÃO em operação de fiscalização constatou que o Restaurante Bom Apetite que fica na beira-mar daquele Estado, estava fora dos limites estabelecidos pelas normas emitidas pela empresa. Instaurando o processo administrativo, em que foram conferidos o contraditório e a ampla defesa ao restaurante, a SETA FISCALIZAÇÃO aplicou-lhe multa no valor de 100.000,00 (cem mil reais). Como o restaurante Bom Apetite não efetuou o pagamento da multa no prazo estabelecido, a SETA FISCALIZAÇÃO realizou a execução da multa inicialmente impostam por meio do bloqueio de bens do restaurante. 
 Resolução:
O Poder de Polícia fundamenta-se pelo principio da predominância do interesse público sobre o particular, é o que enseja uma posição de supremacia da administração em face dos administrados. De acordo com Di Pietro o Poder de Polícia pode ser conceituado como “atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em beneficio do interesse público” (DI PIETRO, 2014, p. 124). Disposto também no art. 78 CTN.
Da analise do caso vislumbra-se que a administração cometeu um vicio na delegação, uma vez que a empresa Seta Fiscalização, por ser de direito privado não pode exercer o poder de policia, tampouco em sentido estrito, isto é, emana do Poder Executivo.
Nada distante, o Poder de Polícia possui três características: a discricionariedade, contudo, às vezes a lei deixa certa margem de liberdade de apreciação quanto determinados limites, podendo, desse modo, dizer que o poder de policia pode ser discricionário como vinculado.
 Já a auto executoriedade, que para a administração pública para utilizar dessa faculdade é necessário que a lei autorize expressamente ou que trate de medida urgente. Neste sentido, pode-se dizer que a exigibilidade está presente em todas as medidas do poder de polícia, já a executoriedade não.
No que tange a coercibilidade, esta é indissociável da autoexecutoriedade que de acordo com Hely Lopes apud Di Pietro é “a imposição coativa das medidas adotadas ela adm” (DI PIETRO, 2014.p.128). 
Assim, é nítido que os atos praticados pela empresa Seta Fiscalização são nulos, já que o poder de polícia só pode ser exercido pelas pessoas jurídicas de Direito Público, já que é atividade típica de Estado.
Por fim, as competências de 50% abordadas em sala de aula, analisamos que foi visto o tema que traz as restrições do Estado sobre propriedade privada. Bem como sobre a Desapropriação; Retrocessão; Tombamento; Ocupação Temporária; Requisição.
REFERENCIA:
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2014.