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TRIBUNAL DO JÚRI É competente para julgar os crimes dolosos contra vida e dos crimes conexos. Exemplo: A mata B e esconde o corpo, modificando a cena do crime. Responde por homicídio e por ocultação de cadáver. 1ª fase: presidido por um juiz togado. Não há condenação ou absolvição. O juiz julga se irá mandar o acusado para o julgamento pelos jurados. O juiz verifica se há elementos suficientes para o júri. 2ª fase: 07 jurados irão decidir o destino do acusado. PRIMEIRA FASE DO TRIBUNAL DO JÚRI Oferecida a denúncia o juiz manda citar o acusado para que este apresente resposta acusação no prazo de 10 dias. Apresentada resposta acusação, os autos são encaminhados para o promoter para réplica e após é marcada uma única audiência – audiência UNA de instrução, onde são colhidas as provas, as testemunhas são ouvidas. Ofendido – as testemunhas de acusação – testemunhas de defesa – peritos e assistentes técnicos – acareação e conhecimento – interrogatório – debates, onde fala a acusação e a defesa – juiz decide. Ao final da primeira fase do júri o juiz pode pronunciar – enviar o acusado para a 2ª fase do júri. O juiz pode impronunciar – arquivar, não há elementos suficientes para levar a júri. O juiz pode se convencer que não é um crime doloso contra vida. O juiz pode absolver sumariamente. Pronúncia: é um juízo de admissibilidade de acusação. O juiz reconhece que há indícios suficientes de autoria e prova da materialidade delitiva. A prova da materialidade delitiva quer dizer a prova da existência do crime. Requisitos: indícios suficientes de autoria e prova da materialidade delitiva Não pode na decisão de pronúncia o magistrado se exceder na fundamentação, o magistrado precisa se limitar aos indícios suficientes de autoria e na prova de materialidade. Impronúncia: se faltaram indícios suficientes de autoria e prova da materialidade delitiva o juiz impronúncia, ou seja, arquiva. Na impronúncia se houver nova prova poderá ser desarquivado desde que não tenha ocorrido prescrição ou extinção da punibilidade. Desclassificação: o juiz reconhece que não é um crime doloso contra vida e remete os autos para o juízo competente. Absolvição sumária: foram ampliadas as possibilidades de absolvição sumária. Exemplo: está comprovado que o acusado não cometeu o delito. A absolvição sumária, ainda que depois surja uma nova prova não pode haver desarquivamento, faz coisa julgada. Hipóteses de absolvição: art. 386 CPP Se o juiz estiver em dúvida sobre a ocorrência ou não da legitima defesa, o que o juiz deverá fazer? Há duas posições, primeiro, a posição majoritária, na fase de pronúncia vale o princípio do in dúbio pro societate – a favor da sociedade. Em dúvida, deverá ser remetido a júri. Na posição minoritária, vale in dúbio pro reo, se a dúvida foi razoável vale impronúncia ou absolvição sumária. O que acontece se ao final da primeira fase o juiz percebe se o acusado é inimputável? O juiz irá olhar para a defesa e precisa se fazer uma pergunta: quantas teses de defesa existem? Se a única tese do acusado for que ele é inimputável o juiz aplicará medida de segurança e absolverá sumariamente. Se o acusado tiver mais de uma tese, 2 defesas, a primeira de que é inimputável e a segunda de que não foi ele que cometeu o crime. A tese de negativa de autoria está plenamente comprovada nos autos? Se tiver comprovado, o juiz absolve sumariamente, sem medida segurança. Absolvição própria. Se não tiver comprovado e a tese de negativa de autoria não está plenamente comprovada nos autos, o juiz irá pronunciar o acusado e mandar a júri. Se houver 02 teses o juiz não poderá aplicar medida de segurança. O juiz de 1º grau e do tribunal só pode prender o acusado, na pronúncia, com prisão preventiva. Art. 312 CPP. Desaforamento é uma causa de modificação de competência, onde é retirado o julgamento de uma cidade e passado para outra, a fim de garantir a imparcialidade, garantir um julgamento rápido. Ocorre desaforamento se não for julgado nos 06 meses após o transito julgado da pronúncia. Se a defesa deu causa a este atraso, o atraso é computado no prazo. 1 - Com relação ao procedimento nos crimes de competência do Tribunal do Júri, é correto afirmar que: A intimação da decisão de pronúncia será feita ao defensor e ao represente do Ministério Público; (O acusado precisa ser intimado pessoalmente da decisão de pronúncia e se não for encontrado a intimação é por edital) O julgamento será adiado pelo não comparecimento do assistente da acusação, ainda que regularmente intimado; (Não, é o contrário, se o assistente da acusação devidamente intimado não compareceu, o júri ocorrerá normalmente) É permitido ao defensor formular diretamente perguntas ao acusado; Os jurados poderão formular perguntas diretamente ao acusado e testemunhas. (Não, o jurado só pode fazer pergunta pro juiz e o juiz pergunta para a testemunha/acusado) SEGUNDA FASE DO TRIBUNAL DO JÚRI Depois que o juiz pronuncia o acusado e o acusado vai para o júri, há providencias que precisam ser tomadas para a preparação do julgamento. Depois de ocorrer a preclusa – quando não há mais recurso sobre a pronuncia, o autos vão para o juiz e o juiz abre prazo para as partes se manifestarem, de 05 dias. O que podem as partes fazer nesse prazo? arrolar testemunhas e requerer diligência. São 05 testemunhas arroladas na segunda fase do tribunal de júri. Após as testemunhas serem arroladas o processo volta para o juiz que irá fazer um relatório, no qual os jurados receberam uma cópia. O relatório é importante para permitir que os jurados conheçam melhor a causa que vai ser julgada. Após o juiz fazer o relatório é marcada a data do plenário. PLENÁRIO 1º - verifica-se se os jurados estão presentes; O tribunal do júri é composto por um juiz togado e 25 jurados. Para compor o conselho de sentença é necessário ocorrer o sorteio dos 7 jurados. No momento do sorteio, um a um, é consultado primeiro a defesa e depois a acusação pra ver se aceitam este jurado A defesa e acusação podem recusar os jurados de duas formas: se houver motivo (pai do acusado, tio do acusado) – as chamadas recusas motivadas. Não há limite para recusas motivadas. As recusas imotivadas possuem o limite de 03 para cada (quando simplesmente a acusação ou a defesa não querem o jurado por qualquer motivo) Após formado o conselho de sentença os jurados fazem o juramento de decidir a causa. Após o juramento começa-se a instrução do júri: 1º - interrogatório do acusado Somente no plenário as partes perguntam diretamente ao acusado. 2º - colhidas as provas – ouvidas as testemunhas No tribunal do júri a oitiva de testemunhas possui uma regra especifica de perguntas – primeiro pergunta o juiz, segundo o promotor e depois a defesa para a testemunha de acusação. Para a testemunha de defesa: primeiro pergunta o juiz, segundo a defesa e depois o promoter. Se as partes arrolaram a testemunha com clausula de imprescindibilidade e a testemunha faltou não se realiza o júri, se a parte insistir. 3º - abre-se prazo para a acusação e para a defesa falar Acusação e defesa possuem 1h e 30min para falar. Se o acusado estiver algemado não pode o promotor fazer referencias as algemas. Não pode ser feita qualquer referencia a pronuncia como argumento de autoridade, induzindo os jurados a condenar o acusado. Se for mais de um réu aumenta-se 1h. 4º - réplica A acusação pode falar novamente por 1h. Se for mais de um réu dobra-se o tempo. 5º - tréplica A defesa pode falar novamente por 1 h. Se for mais de um réu dobra-se o tempo. Pode a defesa inovar na tréplica: o STJ entende que é possível inovar na tréplica. 6º - as partes vão para a sala especial Lá é tomada a decisão. Os jurados não podem conversar entre si, violando a incomunicabilidade. Decidem por meio de quesitos, ou seja, perguntas feitas sobre a materialidade, autoria e se o jurado absolve o acusado. Se a maioria de votar for sim – condenado O juiz somente conta 04 votos sim/não para que não ocorra a violação do sigilodas votações. Sequências das provas no plenário do júri: primeiro ouvido a vítima, ofendido, caso não tenha morrido. Em seguida testemunhas de acusação, testemunhas de defesa e interrogatório. Assinale a opção incorreta, de acordo com a legislação processual penal, considerando a jurisprudência do STJ. O recurso de apelação de decisão do júri tem caráter restrito, razão pela qual o Tribunal Ad quem só pode conhecer das alegações suscitadas na irresignação, não sendo lícito o reconhecimento, em desfavor do réu, de nulidades processuais que não foram formalmente argüidas pelo Ministério Público; As nulidades ocorridas durante o julgamento devem ser alegadas em Plenário do Tribunal do Júri e constar da ata, sob pena de preclusão; O ordenamento penal brasileiro permite a fundamentação das decisões dos juízes leigos do Júri. (Não, jurado não fundamenta as decisões) Em tema de nulidades processuais o CPP acolheu o princípio segundo o qual se deduz que somente há de se declarar a nulidade do feito quando, alem de alegada opportuno tempore, for comprovado o efetivo prejuízo pela decorrente. Assinale a opção incorreta acerca do desaforamento no Processo Penal, de acordo com o entendimento do STF. A mera suposição de parcialidade do Júri, sem nada que a demonstra, fundada tão somente na circunstância de a irmã da vítima ser funcionária do juízo, é suficiente para a decretação do desaforamento; No processo penal, a competência é determinada pelo lugar em que se consumou a infração, mas, na hipóteses de julgamento pelo júri, é permitido que seja ele realizado em outra comarca, se presente alguma das circunstâncias previstas no CPP; O desaforamento reveste-se do caráter de medida absolutamente excepcional; A maior divulgação do fato e dos seus incidentes e conseqüências, pelos meios de comunicação social, não basta, só por sim, para justificar o desaforamento. SENTENÇA O juiz precisa fundamentar sua decisão.
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