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Prof. Oto Nunes Coelho Especialista em Implantodontia Especialista em CTBMF Especialista em Periodontia A cabeça óssea é constituída basicamente pelos ossos do crânio propriamente dito e pelos ossos da face. Generalidades Consiste em série de ossos articulados entre si por junturas imóveis, com excessão da mandíbula, que se articula com o osso temporal. Tem como função primordial abrigar e proteger o encéfalo. É uma estrutura óssea complexa: também aloja e protege os orgãos dos sentidos especiais, como o bulbo do olho (visão), ouvido (audição, equilíbrio), lingua (gustação) e cavidade nasal (olfato) e as porções iniciais dos sistemas respiratório e digestório. Possui aberturas para as passagens de vasos e nervos e serve de suporte aos dentes • É constituído de 22 ossos, podendo ser divididos em: duas partes: o Neurocrânio (8) e o Viscerocrânio (14). O neurocrânio constitui a parte superior e posterior, sendo composto por oito ossos soldados entre si, de modo a formarem uma cavidade na qual fica alojado o encéfalo. O viscerocrânio é o conjunto de ossos que formam o esqueleto da face. • O Neurocrânio possui uma parte superior (teto), a abóbada craniana – Calvaria, e uma parte inferior (assoalho) - Base do Crânio que articula com a coluna vertebral. • O Viscerocrânio consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e contribuem para as órbitas. Neurocrânio Oito (08) ossos Viscerocrânio (Esqueleto da Face) Quatorze (14) ossos Frontal (01) Occipital (01) Esfenoide (01) Etmoide (01) Temporal (02) Parietal (02) Mandíbula (01) Vômer (01) Zigomático (02) Maxila (02) Palatino (02) Nasal (02) Lacrimal (02) Concha Nasal Inferior (02) • O desenvolvimento do complexo craniofacial tem origem a partir da quarta semana de vida intra-uterina. • Originam-se do mesênquima em torno do encéfalo embrionário, com a contínua migração de células da crista neural formando os arcos braquiais , os quais participarão diretamente da formação de nervos e músculos presentes no crânio e na face. O primeiro arco braquial abrange os processos maxilar e mandibular, que formarão a maxila e mandíbula respectivamente. • A região frontonasal desenvolve-se rapidamente, ao passo que as regiões maxilar e mandibular apresentam um ritmo de desenvolvimento mais lento. • Com o avançar do processo de desenvolvimento embrionário, ocorre uma migração contínua em direção a linha mediana, de modo que esses processos se fundem uns com os outros. • O crânio neonatal apresenta áreas membranáceas temporárias entre os ossos da calota do crânio, denominadas fontanelas (moleiras) . Elas permitem que o crânio possa ser comprimido, facilitando a passagem do feto pelo canal do parto. • Aos 18 a 24 meses de vida, após a ossificação que ocorre nessas fontanelas, apenas uma fina camada de tecido fibroso persiste, para articular os ossos da calvária, constituindo articulações fibrosas, sem movimento. Essas articulações são chamadas suturas • Com o passar do tempo, já na idade adulta, essas suturas vão desaparecendo gradativamente formando um osso único. Esse processo é conhecido como sinostose. • Ao nascer a criança apresenta uma dimensão do neurocrânio praticamente definida, ao passo que o viscerocrânio ainda muito pouco desenvolvido. Observa-se uma desproporção entre ambos, da ordem de 7/8 para 1/8. • O neurocrânio cresce pouco até os 2 anos de idade. Já o viscerocrânio cresce muito até a fase adulta. Ocorre um surto na erupção dos dentes decíduos. Dos 6 aos 12 anos o surto é associado a erupção dos dentes permanentes. • A partir daí, o crescimento facial se faz sobretudo na dependência de trações musculares. • No adulto a proporção entre ambos é de aproximadamente ½ pra ½ , com o neurocrânio ligeiramente maior. •Vista Anterior do Crânio •Vista Lateral do Crânio •Vista Medial do Crânio •Vista Superior do Crânio •Vista Inferior do Crânio •Fossas Cranianas Crânio como um todo Vista Anterior do Crânio Cavidade Orbitária Esfenóide Frontal Etmóide Nasal Zigomático Palatino Maxila Fissura Orbital Sup. Fissura Orbital inf. Forame Óptico Cavidade Orbitária Abertura Piriforme Forame Supra-Orbital Forame Infra-Orbital Processo Alveolar Forame Mentual Vista Lateral do Crânio Vista Lateral do Crânio Arco Zigomático Fossa Temporal Meato Acústico Ext. Processo Mastóide Processo estilóide Vista Medial do Crânio Parede mesial da cavidade nasal: Septo Nasal: Osso Etmóide Osso vomer Parede lateral da cavidade nasal: Concha Nasal Superior Concha Nasal mèdia Concha Nasal Inferior Vista Superior do Crânio – Calota Craniana A parte superior do crânio é chamada de cúpula do crânio ou Calvária. É atravessada por Quatro Suturas (articulações que permitem mínima mobilidade aos ossos do crânio): 1 – Sutura Coronal ou Bregmática: entre os ossos frontal e parietais 2 – Sutura Sagital: entre os dois parietais (linha sagital mediana) 3 – Sutura Lambdoide: entre os parietais e o occipital 4 – Sutura Escamosa: entre o parietal e o temporal Vista Superior do Crânio – Calota Craniana Vista Inferior do Crânio Forame Magno Côndilo do Occipital Processo Estilóide Processo Mastóide Fossa Mandibular Forame Oval Forame Redondo Forame Lácero Forame Jugular Forame Carótido Forame Incisivo Palato Ósseo Forame Palatino Maior Coanas Ossos das Fossas Cranianas Crista Galli Lamina Crivosa Asa Menor do Esfenóide Forame Óptico Asa Maior do Esfenóide Forame Redondo Cela Túrsica (Hipófise) Porção Petrosa Meato Acústico Interno Fossas Cranianas É dividida em 3 fossas: Fossa Anterior Fossa Média Fossa Posterior A base externa do crânio é a parte inferior do neurocrânio e superior do viscerocrânio. A base interna do crânio possui três depressões importantes que são: fossa anterior, média e posterior do crânio. Fossa Anterior Limites: Lâmina interna do frontal à borda posterior da asa menor do esfenóide Ossos: Frontal, Esfenoide e Etmoide Forames: Forame Cego – passagem de uma pequena veia da cavidade nasal para o seio sagital superior Lâmina Crivosa – Passagem do I Par Craniano (Nervo Olfatório) Canal Óptico – Passagem do II Par Craniano (Nervo Óptico) e Artéria Oftálmica Fossa Média Limites: Borda posterior da asa menor do esfenoide à borda superior da porção petrosa dos temporais Ossos: Esfenoide e Temporal Forames: Fissura Orbitária Superior – Passagem do III Par Craniano (Nervo Oculomotor), IV Par Craniano (Nervo Troclear), V Par Craniano (Nervo Trigêmeo – Ramo Oftálmico), VI Par Craniano (Nervo Abducente) e a veia oftálmica Forame Redondo – Passagem do V Par Craniano (Nervo Trigêmeo – Ramo Maxilar) Forame Oval – Passagem do V Par Craniano (Nervo Trigêmeo – Ramo Mandibular) Forame Espinhoso – Passagem da Artéria Meníngea Média Lácero ou Rasgado Anterior – não passa nada, é coberto por tecido fibroso Canal Carotídeo – Passagem da artéria carotídea Fossa Posterior Limites:Borda superior da porção do rochedo do temporal à lâmina interna do osso occipital Ossos: Temporal e Occipital Forames: Meato Acústico Interno – Passagem do VII Par Craniano (Nervo Facial), VIII Par Craniano (Nervo Vestibulococlear) Forame Jugular – Passagem do IX Par Craniano (Nervo glossofaríngeo), X Par Craniano (Nervo Vago) e XI Par Craniano (Nervo Acessório) e veia jugular interna Canal do Hipoglosso – Passagem do XII Par Craniano (Nervo do Hipoglosso) Canal Condilar – Inconstante Forame Magno – Passagem do bulbo, meninges, liquor, artérias vertebrais, raízes espinhais e nervo acessório Estruturas das Fossas Cranianas Vista Anterior: Corpo Forame mentual Processo Alveolar Vista Lateral: Base da Mandíbula Protuberância Mentual Ângulo da mandíbula Ramo da mandíbula Processo Condilar Cabeça da mandíbula Processo Coronóide Incisura Mandibular Forame Mandibular Linha Milo hióidea Sulco milo hióideo possui saliências vestibulares denominadas eminências alveolares, que são mais salientes na maxila do que na mandíbula. tem sua lâmina óssea alveolar vestibular ou externa mais delgada do que a lingual ou interna. tem os septos interradiculares mais baixos do que os septos interalveolares. Alguns Pontos Antropométricos do Crânio: Bregma – ponto de união das suturas sagital e coronal Lambda – ponto de união das suturas sagital e lambdoide Vértex – parte mais alta do crânio Gônio – ângulo da mandíbula Ptério – ponto de união dos ossos parietal, frontal, esfenoide e temporal Sistema Esquelético Cranio Facial Confira seus conhecimentos 1. Pergunta Conhecendo a classificação dos ossos e, tendo como exemplo o osso parietal, este podem ser enquadrados como: •1. ossos pneumáticos •2. ossos planos •3. ossos curtos •4. ossos longos •5. ossos irregulares 2. Pergunta Quantos ossos compõem a face? •1. 14 •2. 8 •3. 12 •4. 22 •5. 16 3. Pergunta Conhecendo a classificação dos ossos e, tendo como exemplo o osso esfenoide, este podem ser enquadrados como: •1. ossos pneumáticos •2. ossos curtos •3. ossos irregulares •4. ossos longos •5. ossos planos 4. Pergunta Conhecendo a classificação dos ossos e, tendo como exemplo o osso esfenoide, este podem ser enquadrados como: •1. ossos pneumáticos •2. ossos curtos •3. ossos irregulares •4. ossos longos •5. ossos planos 5. Pergunta Qual das vértebras listadas abaixo é denominada de vértebra proeminente? •1. vértebra C6 •2. vértebra C4 •3. vértebra C7 •4. vértebra C1 •5. vértebra C2 6. Pergunta Qual a posição do osso ulna em relação ao osso rádio? •1. superior •2. inferior •3. lateral •4. medial •5. proximal 7. Pergunta Qual dos ossos citados abaixo além de pertencer a região do crânio articula-se com o osso móvel da cabeça: •1. frontal •2. parietal •3. occipital •4. temporal •5. esfenoide 8. Pergunta A qual vértebras encontramos o processo mamilares: •1. sacro •2. vértebras torácicas •3. vertebras lombares •4. nenhuma das alternativas anteriores •5. vértebras cervicais 9. Pergunta Quantos ossos compõem a face? •1. 8 •2. 12 •3. 14 •4. 16 •5. 22
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