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direito civil resumo

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CONTRATO DE TROCA OU PERMUTA1– NOÇÕES GERAIS DO CONTRATO DE TROCA OU PERMUTA – DEFINIÇÃO Como o próprio nome diz, trata-se de contrato pelo qual cada contratante tem como obrigação entregar uma coisa, recebendo outra, diferente de dinheiro. A troca se assemelha a um contrato de compra e venda em que trocantes mostram-se reciprocamente compradores e vendedores.– PARTES : As partes de um contrato de troca podem ser denominadas TROCANTES, pelo que apresentam obrigações e direitos recíprocos, quais sejam a de dar e o de receber um bem pelo outro. OBRIGAÇÕES ENTRE AS PARTES Os trocantes têm o compromisso de transferir, um para o outro, a propriedade das respectivas coisas trocadas, ou seja, sustentam idênticas obrigações. Um dos contratantes pode pedir a devolução da coisa que entregou se o outro não cumprir sua parte, pelo princípio da exceção de contrato não cumprido. OBJETO TUDO O QUE PODE SER OBJETO DA COMPRA E VENDA PODE SER DA TROCA, EXCETO O DINHEIRO. O ARTIGO 221 DO CÓDIGO COMERCIAL EXPRESSA: “Tudo o que pode ser vendido pode ser trocado”. PRAZO
Os prazos para a entrega de bens no contrato de troca podem ser ajustados de maneira idêntica ou diversa entre as partes. Fica a critério dos trocantes, de acordo com vontade e concordância destes. 1.6 TROCA E COMPRA E VENDA A troca, em muito, se assemelha à compra e venda. A compra e venda é, na verdade, uma operação de troca de bens na qual um deles é o dinheiro. CARACTERISTICAS: Bilateral, oneroso, comutativo, consensual. TROCA ENTRE ASCENDENTE E DESCENDENTES: é anulável a troca de valores desiguais entre ascendente e descendentes se não houver consentimento dos demais descendentes e do conjugue do alienante. Para a troca, haverá a necessidade de autorização do conjugue qualquer que seja o regime em relação ao permutante. A norma não se aplica a união estável. Para anular a troca o prazo é decadencial de 2 anos. CONTRATO ESTIMATÓRIO OU VENDA EM CONSIGNAÇÃO – contrato em que alguém , o consignante, transfere ao consignário bens móveis, para que o ultimo os venda, pagando um preço de estima, ou devolva os bens findo o contrato, dentro do prazo ajustado. – Contrato bilateral, oneroso, real, comutativo. No contrato estimatório, o consignante transfere ao consignatário, temporariamente, o poder de alienação da coisa consignada com opção de pagamento do preço de estima ou sua restituição ao final do prazo ajustado. A coisa consignada não pode se objeto de penhora, pois o proprietário da coisa é o consignante, tento o consignatário apenas a posse direta. Se a coisa foi apreendida ou seqüestrada, poderá o consignante opor embargos de terceiro em eventual ação de execução promovida contra o consignatário. O consignante pelo o não cumprimento do contrato terá a possibilidade de propositura da ação possessória decorrente da própria natureza da obrigação assumida. O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço se a restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável. DOAÇÃO - CONCEITO – é o contrato pelo qual uma pessoa, por vontade própria, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra pessoa, que os aceita. Doação é um contrato: unilateral, gratuito, Ato inter vivos, Solene ou Formal. Doador: é quem transmite o bem e sofre a diminuição patrimonial. (animus donandi) Donatário: é o beneficiário da liberalidade do doador. Para que o contrato de doação seja válido basta a intenção de doar, ou seja, o animo do doador em fazer a liberalidade. Dessa forma, a aceitação do donatário está no plano da eficácia desse negócio jurídico e não no plano da sua validade. Doação de pessoa casada: a pessoa casada pode doar sozinho os bens particulares, sendo certo que os comuns só podem ser doados pelo conjugue sozinho se: a) casado pelo regime de separação de bens, b) casado pelo regime da participação final dos aquestos, desde que nesta hipótese haja expressa dispensa da outorga uxória no pacto antenupcial. Doação por procuração: é possível, desde que presentes no instrumento de mandato todos os elementos necessários a ultimar a doação: a) poder para doar b) indicação do bem, c) indicação do beneficiário da doação. Ausentes estes elementos, a doação não poderá ser realizada por procuração. Pessoas jurídica: podem doar e receber a doação, respeitando o disposto em seus respectivos estatutos ou contratos sociais. Absolutamente e relativamente incapazes: caso se trate de doação pura e simples, a doação não dependerá de representação ou assistência, conforme o caso, porque é um ato de pura liberalidade que só traz benefícios ao incapaz. Por outro lado, se for doação modal ou com encargo, haverá necessidade de representação ou assistência pelo respectivo representante legal. É possível inserir clausula de doação de bens aos filhos, no acordo celebrado em separação judicial consensual, não havendo necessidade de lavratura posterior de escritura pública para sua convalidação. Se o casal insere a clausula de doação de bens aos filhos no acordo realizado em separação judicial consensual e tendo ocorrido sua homologação com o transito em julgado não poderá pedir a divisão desses bens para outros filhos caso haja outros de outro casamento. Doação a nascituro: a doação feita a nascituro é válida, desde que aceita pelos seus pais. Porém, nesta hipótese, a doação será condicional (estará condicionada ao nascimento com vida, isto é, a aquisição da personalidade, que é um evento futuro e incerto. Tutores e curadores: podem ser beneficiários de doações feitas por seus pupilos e curatelados, desde que extinta a tutela ou curatela, e anda, desde que ultimada a prestação de contas com a respectiva aprovação. Sem estes requisitos não é possível. O objeto da doação: pode ser bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos. Se a doação for sobre bens imóveis, será indispensável a escritura pública. Se a doação for sobre bens móveis, deverá ser realizada pela forma escrita, ou seja, instrumento particular, nada impedindo que nesta hipóteses também se faça por escritura pública. O elemento objeto da doação é a transferência de bens ou vantagens de um patrimônio para outro. A vantagem há de ser de natureza patrimonial, bem como deve haver ainda aumento do patrimônio á custa de outro. Doação Formal: é um contrato formal, na medida em que a lei determina que se realizará por escrito público ou particular, conforme a natureza do objeto. Exceção: será dispensando o instrumento particular na hipóteses de doação manual, isto é, a de bem móvel de pequeno valos, que poderá ser celebrada verbalmente. Animus Donandi: é a intenção de fazer uma liberalidade, ou seja, é a vontade de transferir bens gratuitamente para o patrimônio de terceiro. Donatário – Aceitação: é o ato pelo qual o beneficiário da doação manifesta o desejo de ver incorporado ao seu patrimônio aquilo que lhe pretende transferir o doador. A aceitação é indispensável para o aperfeiçoamento da doação, mas não e imprescindível que seja manifestada simultaneamente a esta, podendo ocorrer posteriormente. A aceitação pode ser Expressa: é a aceitação em que o donatário formalmente indica a sua vontade, por escrito. Tácita: é a aceitação que resulta do comportamento do donatário, isto é, da pratica de atos positivos pelo donatário, que revelam a efetivação da incorporação pretendida pelo doador. Presumida: a aceitação é presumida pela lei. Decurso do prazo fixador pelo doador – quando o doador fixa prazo ao donatário, para declarar se aceita, ou não, a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou. Doação feita em contemplação de casamento e o casamento se realiza: quando a doação é feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, e o casamento se realiza, a celebração gera a presunção de aceitação, não podendo ser argüida a sua falta. Doação remuneratória: é aquela feita em caráter de retribuição por um serviço prestado pelo donatário, mas cuja prestação não pode ser exigidapelo ultimo. A Doação remuneratória visa compensar o donatário por serviços prestados ou por ato praticado, e a doação gravada por encargo. Doação pura: é aquela simples, de plena liberalidade/generosidade, sem nenhuma exigência, motivação, limitação, condição ou encargo. É a doação mais comum. Doação condicional: fica subordinada a evento futuro e incerto (121), ex: darei uma casa a minha filha se ela se casar, darei um carro a meu filho se ele passar no vestibular. Nem todo mundo se casa ou faz faculdade, por isso são eventos incertos. Doação a prazo ou a termo: subordina-se a evento futuro e certo, ex: darei um carro a meu filho quando fizer 21 anos. Completar 21 anos é uma certeza para todas as pessoas, só depende do inexorável passar do tempo. Salvo se a pessoa morrer, mas aí aplica-se o princípio mors omnia solvit (= a morte tudo termina). Doação modal: sujeita-se a encargo. Encargo é um ônus imposto nas liberalidades, seja uma doação, seja um testamento. Doação modal é doação onerosa pois existe uma obrigação/incumbência por parte do donatário, mas é uma pequena contraprestação para não descaracterizar a doação (ex: dôo uma fazenda com o ônus de construir uma escola para os filhos dos trabalhadores; dôo um carro com o ônus de fazer feira toda semana, etc.). Se o encargo for grande, não teremos doação, mas troca ou outro contrato bilateral qualquer. O donatário que não executa o encargo perde a doação (553, 555 e 562). Se o encargo for de interesse coletivo o Ministério Público pode entrar na Justiça contra o donatário, se o doador não o fizer (pú do 553; obs: este é um dos poucos casos de participação do Ministério Público no Direito Patrimonial, afinal o Ministério é público e o Direito Civil é privado). A doação modal pode se confundir com a condicional se considerarmos que passar no vestibular ou se casar seja um ônus. Doação em fraude contra credor: existe presunção absoluta de fraude quando o insolvente doa seus bens. Quem está em dificuldades financeiras não pode fazer doação para não prejudicar seus credores. Doação ilegítima: é feita a donatário sem legitimidade (= autorização) para receber doação, ex: 550. O tutor também não tem legitimidade para doar bens do órfão que ele cuida, nem com ordem judicial (1749, II). Doação a incapaz: pode ser feita doação a incapaz se for pura. Doação inoficiosa: vai interessar ao Direito das Sucessões. É nula e ocorre quando o doador, tendo filhos, dá a terceiros mais da metade dos seus bens, que é mais do que se poderia dispor em testamento. Obs: um pai pode vender todos seus bens, afinal a venda é uma troca, mas não pode doar para não ficar na miséria e para não fraudar a legítima dos seus filhos, violando princípios de Direito das Sucessões. Doação com cláusula de reversão: cláusula expressa onde o doador determina que caso o donatário morra primeiro do que ele, os bens retornarão ao patrimônio do doador, ao invés de seguirem para os filhos do donatário. Nesta espécie de doação, a propriedade do donatário é resolúvel, ou seja, não é plena, podendo ser resolvida (= extinta) caso o donatário morra antes do doador. Morrendo o doador primeiro, a propriedade torna-se plena para o donatário.  Doação em adiantamento de legítima: ocorre quando o pai doa um bem ao filho como antecipação de herança .Alguns autores criticam essa doação por se tratar de um pacta corvinavedado pelo art. 426, afinal o filho sempre pode morrer antes do pai. Doação universal: é proibida pelo art 548, já que ficando o doador na miséria vai sobrecarregar os serviços assistenciais do Estado.  Doação sob subvenção periódica: ocorre quando o doador constitui uma renda (ex: mesada) em favor do donatário (545). Essa renda é personalíssima, e nem a obrigação se transmite aos filhos do doador, e nem o benefício aos filhos do donatário. Doação conjuntiva: é feita a mais de uma pessoa, distribuindo-se em geral por igual, ex: se João doa um barco a José e Maria presume-se que foi 50% para cada um, mas o doador pode estipular uma fração maior para um ou outro donatário).  Doação em contemplação de casamento futuro: é uma doação condicional, ou seja, fica sujeita ao casamento entre certas pessoas. A aceitação do casal ao contrato de doação vem com o matrimônio.
Doação merecimento: é feita em contemplação do merecimento de alguém, quando o doador dá os motivos da doação (ex: dôo um caminhão bombeiro ao fazendeiro José porque ele é um ambientalista e protegerá suas florestas de incêndios; dôo minha biblioteca ao aluno João porque ele é estudioso e gosta de ler, etc). Revogação da doação:  a doação é um favor, é uma generosidade, é um benefício, é uma liberalidade, e por isto não se aceita que o donatário seja ingrato com o doador. A moral e a lei exigem que o donatário respeite o doador, sob pena de revogação da doação por ingratidão (arts. 555 e 557). Gratidão é assim obrigação de não-fazer do donatário, que deve se abster de praticar condutas que revelem desapreço pelo doador e seus filhos.Estes motivos são exaustivos/taxativos, não são exemplificativos, não havendo outros casos de ingratidão que autorizam a revogação além destes previstos no código. Tomando o doador conhecimento destas condutas, deve processar o donatário no prazo de um ano para recuperar a coisa doada.O direito de revogar é irrenunciável, pode porém não ser exercido. A revogação não atinge terceiros, de modo que se o doador tiver alienado a coisa doada, o terceiro adquirente não será prejudicado, pois não há ação real sobre a coisa. Deverá sim  o donatário indenizar o doador pelo equivalente, ou seja, poderá o doador mover apenas ação pessoal contra o donatário. Igualmente, em se tratando, por exemplo, de uma fazenda doada, a revogação da doação não obrigará o donatário a devolver os frutos (ex: colheitas, crias dos animais, etc), apenas a fazenda em si.O direito de revogação da doação é personalíssimo,  só o doador pode exercê-lo (560), salvo se ele tiver sido morto pelo donatário, hipótese em que seus herdeiros poderão processar o donatário (561).  Não se exige gratidão dos herdeiros do donatário, apenas deste. Há espécies de doação que não se revogam por ingratidão, previstas no art. 564. A doação feita para determinado casamento não se revoga para não prejudicar o cônjuge inocente. Locação é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a conceder a outra o uso e gozo de uma coisa não fungível, temporariamente e mediante remuneração. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição. Características:  Natureza bilateral – porque envolve prestações reciprocas; Oneroso – a obrigação de uma das partes tem como equivalente a prestação que a outra lhe faz. Vantagens e esforço patrimonial para ambas as partes; Consensual – pois se aperfeiçoa com o acordo de vontades, gerando um direito de credito ou pessoal. Para o contrato se formar, basta a manifestação de vontade; Não solene – sua forma é livre, somente sendo exigida em casos especiais. Assim, pode ser celebrado tanto por escrito ou verbalmente. Obs: no entanto, para se convencionar uma garantia, como a fiança, por exemplo, o contrato deve obrigatoriamente ser escrito. Trato sucessivo ou de execução continuada – se prolonga no tempo. As prestações sao periódicas, e assim, não se  extinguem com o pagamento; Comutativo – não envolve risco para as partes contratantes; Não tem natureza personalíssima – o contrato se transmite para os herdeiros do locador ou do locatário, em caso de morte de uma das partes. Prazo. O CC/2002: podem, assim, se celebrados por qualquer prazo. A “Lei do Inquilinato”, n. 8.245/91: exige autorização conjugal se o prazo for estipulado por prazo igual ou superior a dez anos (art. 3°). Elementos do contrato: Objeto – coisas moveis ou imóveis. O bem móvel pode ser infungível ou fungível. Ja os bens imóveis somente podem ser infungíveis. Preço – remuneração que é chamada de aluguel. O preço da locação não pode ser fixado por arbítrio exclusivo deuma das partes contratantes, sob pena de nulidade da clausula. Consentimento – pode ser expresso ou tácito. De forma geral, os contratos podem ser celebrados sem prazo determinado. Assim, o CC não estabelece limite termal para os contratos de locação, que podem assim ser celebrados por qualquer prazo. Obs: se for estipulado prazo igual ou superior a 10 anos, exige, todavia, a vênia conjugal, qual seja, a aceitação do cônjuge. Obrigações do locador: 1)  – a entrega deve ser feita com os acessórios, inclusive servidões ativas, em estado de servir ao uso a que se destina, pois se destina a possibilitar o uso e fruição da coisa. A não entrega da coisa locada pelo locador importa em inadimplemento contratual, extinguindo o contrato por resolução contratual, gerando a indenização por eventuais perdas e danos. (2)   – compete ao locador realizar os reparos necessários para que a coisa locada seja mantida em condições de uso, durante o tempo do contrato, salvo convenção em contrario. Mas correm por conta do locatário as reparações de pequenos estragos, que não provenham do tempo ou do uso, nas locações de imóveis.  Obs: O artigo 567 estabelece a regra de que se a coisa alugada se deteriorar sem culpa do inquilino, poderá este pedir redução proporcional do aluguel, ou resolver o contrato. Em caso de perda total da coisa locada, o contrato se resolvera e o locatário poderá pleitear perdas e danos em caso de culpa do locador. Art. 567. Se, durante a locação, se deteriorar a coisa alugada, sem culpa do locatário, a este caberá pedir redução proporcional do aluguel, ou resolver o contrato, caso já não sirva a coisa para o fim a que se destinava.  Inciso II – o locador deve se abster da pratica de qualquer ato que possa perturbar o uso e gozo coisa, ou provocar embaraços e perturbações a terceiros, conforme art. 568. Ex: moro em um imóvel locado e fico ausente por 2 meses, e ao retornar, existe uma pessoa morando lá. Como moradora, pode ingressar com reintegração de posse (pois o locatário possui posse direta do bem), mas também é dever do proprietário proteger o inquilino desses embaraços. Em primeiro momento, cabe ao proprietário ingressar com a ação. Art. 568. O locador resguardará o locatário dos embaraços e turbações de terceiros, que tenham ou pretendam ter direitos sobre a coisa alugada, e responderá pelos seus vícios, ou defeitos, anteriores à locação.Obs- em caso de locação de prédio, orienta a lei do inquilinato que os reparos urgentes deverão ser feitos no prazo mínimo de 10 dias, mediante o consentimento do locatário. Se a reforma durar mais de 10 dias, poderá o inquilino pedir o abatimento proporcional do aluguel e, se durar mais de 1 mês, poderá pedir a resolução do contrato, quando prejudicado no seu direito de uso e gozo regular da coisa locada.Na forma do art. 442, aplica-se a locação as regras dos vícios redibitórios, desde que estes sejam anteriores à locação. (+ Art. 443 CC). Obrigações do Locatário – art. 569 do CC: a) Inciso I: servir-se da coisa alugada para o uso convencionado. b) Inciso II: pagar o aluguel nos prazos ajustados.c) Inciso III: levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, fundadas em direito. Retomada do imóvel. Embora não possa, em regra, o locador reaver o imóvel, na vigência do prazo de locação, admite-se a retomada ao final do prazo, nas locações ajustadas por escrito e no prazo igual ou superior a 30 meses. Morte do locador e do locatário. A morte do locador acarreta a transferência do contrato de locação aos seus herdeiros (art. 10, da Lei n. 8.245/91). Divórcio, separação de fato e dissolução da união estável. A locação continuará com relação ao cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel. Alienação de imóvel locado Porém, se o contrato de locação tiver vigência por prazo determinado, constar clausula expressa de vigência em caso de alienação e estiver averbado junto à matricula do imóvel no cartório de registro imobiliário, não poderá o adquirente denunciar a locação, tornando-se proprietário locador e devendo respeitar o prazo de vivência do contrato. Direito de preferência O inquilino tem garantido pelo art. 27 da lei de locação o direito de preferência na aquisição do imóvel locado, em caso de alienação dele. Porém, se for preterido no seu direito (se não tiver respeitado o seu direito), poderá reclamar do locador alienante perdas e danos ou, depositando o preço da alienação e as despesas do ato de transferência do imóvel, poderá haver para si (adjudicar) o imóvel locado, se o requerer judicialmente (por meio da ação de preferência) no prazo decadencial de 6 meses, a contar do registro da alienação (compra do imóvel por terceiro) junto ao CRI (cartório de registro de imóveis), desde que o contrato de locação esteja averbado na matricula do imóvel, pelo menos 30 dias antes da alienação. (Art. 33) Convenção do aluguel Art 19 da lei de locação. Após três anos do inicio da vigência do contrato de locação (para as locações com prazo de vigência superior a 30 meses) ou da data do ultimo reajuste do preço do aluguel, dera o locador ou o locatário ajuizar pedido de revisão judicial do valor da locação, por meio da ação revisional de alugueis, com a finalidade de ajusta-los ao preço de mercado (índice oficial mais valorização imobiliária), nos termos do artigo 19 da lei de locação. Obs: a lei veda a vinculação de variação do preço da locação pelo índice do salário mínimo, variação cambial, ou moeda estrangeira, nos termos do art. 85 do ato de disposição final e transitória. Garantias locatícias Constitui infração penal a exigência de pagamento antecipado de alugueis. pdir aluguel adiantado é crime. exceção- Salvo se tratar-se de locação para temporada ou se o contrato de locação não estiver assegurado por uma das três modalidades de garantias locatícias: caução, fiança ou seguro fiança locatícia. (Artigos 20, 42 e 43 da lei). Caução é uma modalidade de garantia prestada através de deposito em dinheiro ou mediante deposito de um bem móvel ou imóvel. O dinheiro deve ser depositado em conta especifica para essa finalidade. Fiança é uma garantia pessoal prestada por terceiro. Garantia pessoal é garantia fidejussória. Não pode figurar o contrato. Seguro fiança locatícia é um seguro de locação prestado por seguradora ou instituição financeira. Só pode ser exigida UMA das formas de garantia, sob pena de nulidade e na falta dos uma das três pode cobrar adiantado o aluguel.

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