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Direito Civil - Contratos

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Direito Civil – Contratos
	O conceito de contrato:
Inerente a qualquer organização social
Mais comum fonte de obrigação (dar, fazer e não fazer)
Negócios juridicos bilaterais – mais de uma vontade
Circulação de riquezas (aspectos patrimoniais)
fonte lei, negócio jurídico, atos ilícitos, gera responsabilidade civil
palavras chaves: parte, vontade, objeto patrimonial, forma, boa fé, social/terceiros
uma vez celebrado, deve cumprir. Isso no voluntarismo.
1) Conceito clássico:
Bevilácgua. Manifestação de duas ou mais vontades objetivando criar, regulamentar, alterar e extinguir uma relação jurídica de cunho patrimonial.
2) Conceito contemporâneo:
Paulo Nalim. Relação jurídica subjetiva (entre dois ou mais sujeitos) nucleada na solidariedade constitucional, destinada a produção de efeitos jurídicos existenciais patrimoniais não só entre os titulares subjetivos da relação, como também perante terceiros – sociedade.
OBS: Pode gerar efeitos além dos patrimoniais diferentemente do clássico. Trazer valores constitucionais.
Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato.
Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão contratual
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
	Breve evolução histórica:
	Revoluções burguesas: diminuir o poder do Estado e os indivíduos queriam a retomada desse poder
	A individualidade e autonomia foram levantadas
	Constitucionalismo - Direito Civil: o constitucionalismo distancia do direito civil (separação)
	Liberalismo: reflete a liberdade dos indivíduos na economia
OBS: negocio jurídico unilateral: testamento não é contrato
doação é contrato, precisa de vontade.
	Voluntarismo
	Principios:
- pacta sund servanda: contrato obriga os contratantes
- relatividade dos efeitos: os efeitos do contrato sobre as partes nele envolvidas
	Lei de proteção das vontades: garantir a vontade manifestada
	Código 1916
	Estado do bem-estar social (Welfare state)
	Estado Democrático
	Público – Privado
	Autonomia privada função social
	Eficácia horizontal/privada dos Direitos Fundamentais: incidência sobre o direito civil. Interpretadas a luz do direito fundamental
	Contratos civis x Contratos de consumo
civil = cod. Civil / igualdade – equilibrio / pessoas naturais – jurídicas
consumo = cdc / consumidor e fornecedor / vulnerabilidade / arts.2 e 3 lei 8078/90
	Paradigmas diferentes
	Elementos do contrato:
Requisitos que precisa estar presentes em todos os contratos.
Todo contrato é um negócio jurídico devendo respeitar os requisitos.
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
1) Elementos subjetivos:
Elementos que se aplicam ao sujeito do contrato. A manifestação da vontade é o ponto de partida. Esta deve ser válida e sem vício.
A capacidade civil deve ser plena. Em regra, 18 anos completos.
OBS: contrato celebrado por incapaz existe, mas é inválido. Surte efeitos. Pode ser por emancipação.
Aptidão especifica para contratar = poder especifico para praticar certos negócios jurídicos.
Que tipo de poder? Ex: contrato de compra e venda. Vendedor vai entregar a propriedade do objeto para o comprador, para isso o vendedor precisa ter o poder de propriedade sobre o objeto.
Propriedade: uso, dispor, gozo/função/obter frutos, reaver a coisa de quem detêm injustamente
O proprietário pode entregar a outro todos os seus poderes ou parte dele.
Ex: contrato de locação = entrega o uso
Quando o proprietário entrega o uso e o fruto, é usufrutuário, de modo que este poderá, por exemplo, alugar a coisa mas não poderá vendê-la.
A disposição é o único poder que carrega todos os outros juntos.
Consentimento é a concordância com o contrato, objeto e cláusulas.
2) Elemento Objetivo:
Objeto do contrato.
Licitude do objeto: a lei tem que considerar válido.
Possibilidade jurídica
Determinação do objeto
		- determinado: certo
		- determinável: deve ser especificado pelo menos genero e quantidade
Valor econômico
Diferença entre objeto licito e juridicamente possível? - previsão legal. Um objeto licito a lei prevê. A possibilidade jurídica não há previsão expressa.
Quando não há uma previsão a ser expressa – juridicamente impossível.
Contrato será inválido
Os efeitos serão os mesmos
3) Elemento formal:
Forma do contrato
	- forma prescrita ou não defesa em lei
	- regra: livre. Desde que não tenha sido previsto forma específica
Exceção: forma. Art. 941, CC
	Os princípios no direito contratual
Princípio x Regra x Norma
Princípio: ‘’básico’’, linguagem descritiva
Ex: Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Regra: linguagem mais clara, direta.
Ex: Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
Norma: fruto da interpretação de uma regra ou princípio em determinada situação concreta – individual
1) Autonomia privada:
Poder conferido ao indivíduo de criar uma norma individual nos limites do ordenamento jurídico. Liberdade de celebrar contratos e estabelecer cláusulas contratuais.
Autonomia da vontade: antigamente se chamava assim, única coisa que importava apenas a vontade individual. Todavia, precisa saber do interesse de terceiro, sociedade e coletividade.
Art. 421.  A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. 
Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão contratual.
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
2) Boa fé objetiva:
Mandamento de conduta
	- ética
	- leal
	- honesto
	- transparente
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
É objetiva, pois o parâmetro é coletivo de boa fé, homem médio, padronizar determinadas condutas. Diferentemente da boa fé subjetiva, que é o indivíduo especificamente falando. Existe em situação excepcionais pontuais tratadas em lei.
Estado de confiança entre os contratantes.
Presumida – presunção relativa.
OBS: eventual má-fé tem que ser provada.
3) Supremacia da ordem pública:
Interesse social deve prevalecer sobre o individual. Particulares não podem alterar princípios de ordem pública.
OBS: ordem de vocação hereditária.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
4) Consensualismo:
O contrato nasce da confiança.
Regra: acordo das vontades. Exceção: formalismo.
5) Relatividade dos efeitos:
Partes ----- sociedade e terceiros
6) Obrigatoriedade:
Pacta sund servanda: força obrigatória dos contratos
Segurança jurídica
Intangibilidade: reduz a chance de intervenção do estado juiz nos contratos
Maior intangibilidade = menor segurança jurídica
7) Função Social:
Art.421, CC
Para que serve: sociedade
Tríplice função: não pode prejudicar a sociedade, nem terceiros, terceiros não podem prejudicar contratos alheios.
8) Revisão dos contratos:
Teoria da imprevisão: se o contrato permanecer o mesmo, não tem revisão. Se acontecer algo imprevisto com o objeto ou parte, elas podem combinar a alteração ou revisão do mesmo.
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim deevitar a onerosidade excessiva.
Teoria rebus sic standibus
Requisitos:
a) contrato de execução continuada (prestações se prolongam no tempo. Ex: locação) e diferida (cumprimento postergado)
não se aplica a contratos instantâneo
b) aumento do ônus: prestação muito onerosa
c) acontecimento extraordinário ou imprevisível
	Fases dos contratos
Diferentes momentos até o aperfeiçoamento do contrato.
Cada fase → consequências jurídicas
Iter contratual
1) Manifestação da vontade:
Contrato é um projeto, uma intenção (âmbito interno). Manifestaram o interesse pelo contrato, dar início a uma negociação. Pode manifestar por alguma atitude, ou seja, expressa ou tácita.
Ex: Gabriel vai viajar no carnaval e está procurando apartamento no Airbnb. Não está vinculado a alugar a casa.
2) Negociações preliminares:
Os sujeitos são chamados para uma discussão sobre as condições do contrato futuro. Debater todos os elementos importantes
Ex: Gabriel está alugando a casa no Airbnb e quer saber se é perto da praia ou não.
As partes não estão obrigadas a vincular o contrato, se a casa não o agradou, pode ir embora.
 – sondagens, conversas, negociações
 – dever de lealdade e boa fé
 – não há vinculações
3) Proposta:
Declaração da vontade definitiva de contratar dirigida por uma parte à outra com a intenção de provocar adesão do destinatário à proposta.
- Elementos essenciais do contrato: informações. Valor, prazo para pagamento, formas de pgto, objeto
- Séria e consciente: porque ela obriga o proponente
- Art. 427, CC > vincula
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
- Oferta X Proposta
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
Oferta: anuncio geral. Ex: não compre carro hoje, compre amanhã que terá uma grande promoção. Obs: não falou qual carro, é genérico
Proposta: vai ter informações essenciais do contrato vinculando o proponente. Feita de um sujeito para o outro.
- Oferta no CDC:
Não há distinção entre oferta e proposta. Qualquer informação precisa.
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
- Proposta não vincula o proponente:
Arts. 427 e 428, CC
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Cláusula expressa acerca de que não vincula.
Natureza dos negócios
Circunstância do art. 428, CC:
a) feita a pessoa presente, não foi aceita: contrato entre presentes é aquele que as pessoas estão negociando fisicamente, comunicação imediata. Ex: telefone – sim; e-mail – não; whatsapp – não. 
Ex 2: Comunico a Pyetra que vendo meu vade mecum por 2 reais, ela diz que não quer. Todavia, quando ela vai comprar lá fora é 50 reais. Pyetra volta e diz que quer, porem não vendo mais por 2 reais.
b) feita a pessoa ausente, tempo suficiente: meio de comunicação e objeto
c) resposta não expedida no prazo
d) retratação: nova proposta deve ser antes ou junto com a proposta inicial, se não, valerá a primeira.
4) Aceitação:
Tem que ser um ato puro e simples de concordar com a proposta. Se quero fazer uma modificação tenho que mandar uma outra proposta, devolver a proposta ao proponente, contraproposta é igual a uma nova proposta.
Contrato nasce com a aceitação do oblato.
- Pura e simples: Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
- Vincula o aceitante (oblato)
- Deixa de ser vinculante
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
Chegar tarde, depois do previsto. O proponente tem que comunicar ao aceitante para que os dois não se vinculem.
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Retratação da aceitação = o aceitante desistiu. Tem que encaminhar ao proponente e tem que chegar antes ou junto com a aceitação principal.
5) Momento de conclusão do contrato:
a) Contrato entre presentes: na sua maioria é consensual, não sendo necessário formalismo especial. Entre presentes os atos são sequenciais, quase que instantaneamente. Pois, o art. 428 diz que se não aceitar na hora proposta, deixa de ser válida.
Nos contratos entre presentes, considera-se celebrado o contrato no momento que a aceitação é manifestada. Tanto que após a celebração, se uma das partes não cumpre, já é tratado com inadimplente.
b) Contrato entre ausentes: a comunicação não é instantânea, considera-se celebrado na aceitação, mas é quando o oblato escreve a aceitação, quando ele manda.
—Teoria da informação ou cognição (conhecimento): chegada da resposta do aceitante ao conhecimento do proponente.
O problema disso é que o oblato pode enviar, o outro receber e não tomar conhecimento do proponente.
Ex: não abriu o e-mail; ele pode ter desistido de cumprir a proposta
O problema dessa teoria é deixar o conhecimento nas mãos do proponente.
Não foi aceita no direito brasileiro.
—Teoria da declaração ou agnição: não me importa o conhecimento por parte do proponente. Tenho 3 parâmetros:
→ Quando o oblato reside o aceite
→ Quando o oblato expede o aceite
→ Quando o proponente recebe o aceite
Um dos três foi acolhido no nosso código. Acolheu a teoria da expedição: quando a citação é expedida. Se ao mandar o e-mail confundo os nomes e mando errado, como eu dei causa ao dano, eu terei que suportar.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
6) Lugar da celebração do contrato:
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
Impulso oficial: então não é no lugar da aceitação. Muitas vezes é celebrado em um lugar e são cumpridos em outro lugar.
Celebração diferente de cumprimento de obrigações:
Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem.
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em que residir o proponente.
Surgindo um conflito no ligar escolhido pelas partes, vai para o foro da proposta ou foro escolhido pelas partes? Cláusula de eleição de foro. Vale em contratos de consumo? Não, pois uma das partes é vulnerável, e a lei deixa claro que é o foro do domicilio do consumidor.
7) Norma aplicável: 
Contrato como negócio jurídico.
- Execução instantânea (quase que em um só ato cumprem a obrigação)
- Execução diferida (postergado no futuro)
- Trato sucessivo (se renovam no tempo)
Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídosantes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução.
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
- Existência ou validade: norma do tempo da celebração
- Eficácia: norma vigente
Ex: No código antigo, a multa condominial poderia ser até 16%. O atual código prevê 2%. A obrigação está no campo da eficácia, então a multa está no campo da eficácia. Aderindo ao novo código.
Ex 2: se fosse envolvido a validade iam continuar com a norma vigente a época.
	Classificação dos contratos
Modelos abstratos;
Organização dos contratos;
Divisões dicotômicas;
Classificações tradicionais
1)Quanto aos efeitos: unilaterais, bilaterais e plurilaterais
Classificação pressupõe os efeitos, não o número de pessoas envolvidas;
Obrigação para uma, duas ou diversas partes;
Parte não se confunde com pessoa;
Não bastam as obrigações, é preciso que essas obrigações sejam equivalentes;
UNILATERAL
Obrigação para uma das partes envolvidas;
Ex: Mútuo, comodato, depósito, doação, mandato, fiança. 
BILATERAL
Obrigação equilibradas para ambas as partes envolvidas;
Sinalagma. 
PLURILATERAL 
Contém mais de duas partes: obrigações para todas;
Ex: contrato de sociedade, de consórcio. Rotatividade dos membros como característica. Ato coletivo, finalidade comum. 
BILATERAL IMPERFEITO
Contrato unilateral que tem a potencialidade de gerar alguma obrigação para o contratante que não se comprometera inicialmente;
Ex.: comodato ou depósito quando geram obrigações para o contratante. 
2)Quanto as vantagens patrimoniais: gratuitos e onerosos
GRATUITOS BENEFICOS
Apenas uma das partes aufere benefício ou vantagem;
ONEROSOS
Acarretam vantagens e desvantagens a ambas as partes – sacrifícios recíprocos;
- Comutativos: Obrigações certas e determinadas; Equivalência das prestações. 
- Aleatório: Envolve risco para um dos contratantes. 
Normalmente há uma relação entre contratos unilaterais e gratuitos e bilaterais e onerosos, mas há exceções:
Ex.: mútuo oneroso (há cobrança de juros) é unilateral e oneroso; 
Mandato é bilateral e gratuito
Contratos aleatórios:
	Aleatórios por natureza: pelo menos um dos contraentes não pode antever a vantagem que receberá em troca da prestação fornecida. 
	Aleatórios acidentais: contratos comutativos que, por alguma razão, tornam-se aleatórios:
Venda de coisa futura:
- Existência: Art. 458, CC. Emptio spei. Venda da esperança. 
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
- Quantidade: Art. 459, CC. Emptio rei speratae. 
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Venda de coisas existentes, mas expostas a risco. Art. 460, 461, CC. 
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
3) Quanto à formação: paritários, de adesão ou contra-tipo
PARITÁRIOS
Aqueles em que as partes discutem livremente as condições;
Situação de igualdade/equilíbrio. 
ADESÃO
Não permitem esta mobilidade/liberdade;
Preponderância da vontade de um dos contratantes, que elabora todas as cláusulas. 
Autonomia da vontade é reduzida. Art. 423, 424, CC. 
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
CONTRA-TIPO
De massa ou em série: não é essencial a desigualdade dos contratantes, pois admite discussão sobre seu conteúdo. 
Cláusulas pré-redigidas.
4) Quanto ao momento de sua execução:
INSTANTENEO
Consumam-se em um só ato;
Ex.: compra e venda à vista. 
DIFERIDO
Também serão cumpridos em um só ato, mas num momento futuro;
Ex.: compra e venda a prazo. 
TRATO SUCESSIVO
Cumprem-se por meio de atos reiterados;
Ex.: locação. 
5)Quanto ao agente:
PERSONALISSIMO
Celebrados em razão da qualidade pessoal de um dos contraentes.
IMPESSOAIS
Obrigações podem ser cumpridas pelo obrigado ou por terceiro.
INDIVIDUAIS
Vontade individualmente considerada.
COLETIVO
Vontade de sujeitos determináveis;
Convenções coletivas como o grande exemplo 
6) Quanto modo por que existem:
PRINCIPAIS
Existência autônoma. 
ACESSÓRIOS
Dependem de outro contrato
ADJETOS
Tem por objeto direitos estabelecidos em outro contrato, denominado básico ou principal.
Ex.: sublocação, subempreitada, subconcessão. 
7)Quanto à forma:
SOLENES
Devem obedecer à forma prescrita em lei.
NÃO SOLENES
Forma livre;
- Consesuais: apenas o consentimento é necessário
- Reais: é necessária a tradição do bem
8)Quanto ao objeto:
CONTRATO PRELIMINAR
Pactum in contrahendo;
Pré-contrato, fruto das negociações preliminares;
Tem por objeto a celebração de um contrato definitivo futuramente.
CONTRATO DEFINITIVO
Contrato principal
9)Quanto a designação:
NOMINADOS
Tem designação legal própria;
23 contratos nominados;
Típicos.
INOMINADOS
Contrato sob medida;
Atípicos. 
MISTOS
Contrato típico com cláusulas particulares. 
	Interpretação dos contratos
Manifestação de vontade -> interpretaçao de texto (sentido) -> contexto
Conservação dos contratos
1)Interpretação das declarações de vontade:
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
a)Teoria da vontade: Sarviny. Privilegiar a vontade interna.
b)Teoria da declaração: Bullow. Vontade declarada independente da intenção interna, da boa fé ou má fé do receptor. Teoria majoritária.
c)Teoria da responsabilidade: teoria minoritária. Declarar conforme a vontade interna. Ônus da adequada manifestação da vontade. Ônus para o declarante. 
Intenção, mas se a declaração for falsa, esta prevalece --> Quando o sujeito não cumpre esse ônus, ele responde pela vontade declarada. 
d)Teoria da confiança: Nelson Rosevalt + C. Farias. Boa fé objetiva do emissor + receptor. Analisa se os 2 sujeitos envolvidos no contrato estão de boa fé.
Ex: Emissor – confiança – receptor. Caso o receptor confie, vale a vontade declarada. Quando não há uma confiança, está celebrando o negócio jurídico querendo não cumprir, há uma simulação -> nulo. 
2) Regra Principal ou Regra de Ouro: boa fé objetiva
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
§ 1º  A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que:  I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio;  
II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio;  
III - corresponder à boa-fé;  
IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e 
V - corresponder a qual seria a razoávelnegociação das partes sobre a questão discutida, inferida das demais disposições do negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as informações disponíveis no momento de sua celebração.  
§ 2º  As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios jurídicos diversas daquelas previstas em lei.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
a)Funções da boa fé (interpretação):
- Proibição do venire contra factum proprium: proibição de adotar comportamento contraditório no contrado. Insegurança jurídica. 
- Supressio: estrangeiro. Fim de um direito pelo seu não exercício. 
Ex: contrato de aluguei -> juros + multa + aluguel. Sempre paguei o aluguel, mas nem lembrava dos juros e multa, pois nunca fui cobrado. Um dia, ele me cobra desse juros e multa. Nesse caso, não pode mudar de modo abruto. Deve ser avisado que no próximo mês será cobrado. 
- Surrectio: estrangeiro. Surgimento de um direito pelo seu exercício. 
- Tu quoque (você mesmo): estrangeiro. O contratante que não adimpliu sua obrigação contratual, não pode exigir que o outro contratante o faça.
Ex: Contrato de compra e venda. Pietra ficou combinado de entregar o carro quando Isabelle desse o dinheiro. Todavia, Isabelle não deu dinheiro. 
Ela ajuizou uma ação uma ação querendo o carro, no entanto a mesma não cumpriu com a dela que era dar o dinheiro.
Pietra pode entrar com a exceção de contrato não cumprido, pois só não cumpriu sua parte devido ao fato que o outro não o fez. 
b) Exceção de contrato não cumprido = exceptio non adimplendi contractus: meio de defesa do reu que foi demandado por adimplemento.
3)Regras acessórias: 
a) Reserva mental:
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. 
Reserva mental é quando o sujeito guarda consigo o proposito de não cumprir a vontade declarada.
Ex: Ofereço recompensa de 1000 reais para quem achar meu cachorro. Pedro me pergunta se eu vou pagar isso tudo mesmo e eu digo que não. Logo em seguida, Pedro sai pra correr e encontra meu cachorro. 
A reserva mental conhecida do outro, não gera efeitos. Sendo assim, Pedro não poderá cobrar o valor.
Diferente seria se Pedro não soubesse que não pagaria, ai seria valido o contrato.
	Conhecida
	Simulação – Não tem validade
	Desconhecida
	Válido o contrato
b) Interpretação restritiva:
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
A manifestação da vontade é contida. 
Contratos gratuitos, renúncia, clausulas punitivas, fianças, aval. 
SÚMULA 214-STJ
O fiador na locação não responde por obrigações resultantes de aditamento ao qual não anuiu.
OBS: Necessidade de conservar o contrato. 
A nulidade paira apenas sobre a clausula, busca conservar o contrato. Proteger a obrigação e a segurança jurídica esperadas do vinculo contratual. 
	Clausulas Especiais
Exceção do principio da relatividade, pois essas clausulas permitem que terceiros entrem na relação. 
O principio da relatividade diz que só quem contratou suporta a obrigação. 
Previsão expressa – sempre.
Todas essas 3 cláusulas são exceções ao Princípio da Relatividade, que diz que os efeitos dos contratos são relativos apenas aos contratantes, ou seja, no caso destas cláusulas o contrato atingirá terceiros.
1)Estipulação em favor de terceiro
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438 .
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.
Parte: estipulante, promitente e terceiro
É quando o contratante A celebra contrato com o contratante B, e cumpre a sua obrigação, mas nomeia terceira pessoa para receber as vantagens que originalmente caberiam a ele.
A vantagem será auferida por este terceiro indicado por um dos contratantes originários, de forma a figurar exceção ao princípio da relatividade.
A  B
‘’A’’ estipula que o beneficio que receberia de ‘’B’’ deve ser entregue a ‘’C’’. O direito contratual que ‘’A’’ teria, deve ser para ‘’C’’, ou seja, a terceiro que não fez parte da relação contratual. 
O terceiro obtem vantagens, benefícios, direitos presentes no mesmo contrato. 
- Estipulante: aquele que nomeia terceiro
- Terceiro: recebe o beneficio
- Promitente: cumpre a obrigação em favor do terceiro
Ex: Esse tipo de contrato é muito comum em contrato de Seguro de Vida, o indivíduo celebra contrato com a seguradora e nomeia terceiro para receber o seguro casa aconteça alguma das causas previstas no contrato, ex: a morte. O terceiro não teve qualquer obrigação ou dever, vai apenas receber vantagens.
OBS: o terceiro pode recusar. 
Pode o estipulante mudar o terceiro – Art. 438, CC. 
O terceiro pode exigir a obrigação desde acordo com o contrato, em caso de obrigação voluntária. O estipulante também pode. Se deixou a exigibilidade só para o terceiro, somente ele pode exigir – Art. 436, CC
O estipulante pode substituir o terceiro quando quiser. 
Este terceiro vai apenas auferir o benefício e ele pode exigir o cumprimento da obrigação do outro contratante, já que é ele que vai receber o benefício, ressalta-se que o contratante originário também pode reclamar pela obrigação do cumprimento em favor do terceiro.
2)Promessa de fato de terceiro
Neste caso os contratantes celebram um contrato, tendo um deles celebrado um contrato prometendo que a obrigação será cumprida por terceiro, que não participou do vínculo originário.
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
‘’A’’ se compromete em nome de terceiro. O terceiro que cumprirá a obrigação, no caso ‘’C’’. A intenção é fazer com que terceiro cumpra o contrato mesmo não estando lá.
Ex: Produtor de show ‘’A’’ assumiu que JM ‘’C’’ ia tocar numa casa de show ‘’B’’. 
	Hipotese 1: Caso JM não vá, quem arca com as perdas e danos é o contratante originário, não há obrigação para JM.
	Hipotese 2: JM concordou com o show, mas no dia não apareceu. Quem responde pelos danos é o JM, que passam a integrar como se contratante fossem. 
‘’A’’ que tem o interesse de provar que 	‘’C’’ concordou. A anuência não precisa de forma especifica.
Por força do princípio da relatividade, esse terceiro só vai entrar na relação contratual se ele anuir com o contrato, isto é, concordar com o contrato.
Se o terceiro não anuir, caberá ao contratante originário responder pelo inadimplemento e perdas e danos.
Uma vez ingressando na obrigação contratual o terceiro responde pelo seu próprio inadimplemento e perdas e danos.
Exceção (Art.439, paragrafo único, CC)  cônjuge de terceiro. 
Ex: Marido de Ivete fala que ela fará show em Carapina. Ivete diz que não. Quem arcará é o marido, todavia eles adotaram regime universal de bem, ou seja, ninguém vai suportar a obrigação. ‘’A’’ não indeniza prejuízo de ‘’B’’. 
Patrimonio comum = impedimento
Bens particulares suportam a indenização.3)Contrato com pessoa a declarar
Acontece quando o contratante A que celebra contrato com o B, pedindo um certo prazo para indicar um terceiro, que oficialmente será o contratante, que adentrará a relação contratual oficialmente, este terceiro irá obter os direitos e deverá cumprir as obrigações do contrato.
A diferença desta exceção para as outras é que neste caso as partes estão definidas, mas uma delas reserva-se o direito de ser substituída oficialmente por outra.
A  B
Um deles insere no contrato uma clausula que garante a ele indicar terceiro para assumir direitos e obrigação do contrato 
	- pro amico elegendo ou pro amico electo = garante possibilidade de indicação.
Efeito da nomeação d terceiro é extunc, retroage. 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Para que essa exceção se aplique ela deve estar expressa no contrato.
Normalmente isso acontece porque o verdadeiro contratante não quer assumir essa posição contratual desde logo, por diversos motivos, pede alguém então para celebrar essa obrigação no seu lugar.
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
Quando a pessoa é insolvente e os dois não sabiam do fato -> é valido.
E se esse terceiro seja insolvente ou se recusar a entrar no contrato? O contrato originário não fica sem efeito, ficará entre os contratantes originários, fica válido, fica sem efeito a indicação.
	 Vicios Redibitórios
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Vicio é qualquer inapropriedade que atinge o objeto. Algum problema que atinge o bem impedindo seu funcionamento. Lembre-se é diferente de defeito.
São vícios/ problemas que inviabilizam o uso esperado do objeto ou reduzam seu valor econômico.
Ex: compra um carro, e de repente o carro começa a funcionar mal.
Redibitório = tomar de volta
OBS: bilateral imperfeito – doação com encargo aplica-se vicio redibitório
Para ser vicio redibitório necessariamente o vicio tem que ser oculto, significa que vicio aparente não entra.
Como deve se comportar o contratante que recebeu o objeto com vício?
Pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato ( art. 441 ), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
1)Requisitos: 
a) Contrato oneroso comutativo
b) Vicio já existir no tempo da tradição, entrega. 
c) Vicio manifestou-se após a tradição,entrega.
d) Vicio tornou a coisa impropria ao uso ou reduziu seu valor econômico. 
2)Ações edilícias:
a)Ação redibitória: art. 441,CC
por fim ao vinculo contratual. Aquele que adquiriu o bem com vicio redibitório, devolve ao alienante. Enjeitar, devolver a coisa ao alienante. 
Garante o desfazimento do contrato.
b) Ação estimatória (quanti minoris): art. 442,CC ‘’desconto’’
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato ( art. 441 ), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Abatimento no preço pago pela coisa. Permanece com a coisa, mas quer abatimento. Não desfaz o contrato.
c) Ação ex empto. Complementação de área. Vendas ad mensuram (diferente de ad corpus) se possível.
Aplica a casos específicos, como as vendas ad mensuram, porque nesses casos o indivíduo adquire um bem com base na área. Ex: adquiriu 15 alqueires de terra, não pela fazenda e sim pela área, e quando vê só tem 14, pode este pedir que se complemente área pela ação ex empto, se não for possível por não possuir propriedade das áreas vizinhas a ação ex empto se inviabiliza, sobrando para o adquirente utilizar-se de uma das outras duas ações.
Venda sobre a área do objeto. Negociando determinado objeto a partir de sua quantidade. 
Ex: vendo 2 hectares de terra e não o lote todo. 
Complementação da área  pegar o restante. Essa ação acontece só se for possível. 
3) Alienante conhecia o vicio - perdas e danos
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
4) Prazos para as ações edilícias 
a) Vicios de fácil constatação:
que por sua natureza vai se manifestar mais rapidamente. 
- Moveis: 30 dias contados da tradição.
- Imoveis: 1 ano contado da entrega efetiva.
b) Vicios de difícil constatação:
- Moveis: 30 dias da descoberta que dever ser em ate 180 dias.
- Imoveis: 1 ano da descoberta que deve ser em até 1 ano. 
E se os contratantes combinaram um prazo maior que 180 dias ou 1 ano? Pode o adquirente reclamar em qualquer tempo? Ainda que o prazo combinado seja maior, o adquirente tem que reclamar em até 30 dias ou 1 anos. Ele tem que exercer o direito para reclamar exatamente nos moldes do Código, não pode ter liberdade do prazo de reclamar.
	Evicção
É a perda total ou parcial de um bem por força de decisão judicial.
Ela acarreta na perda de um bem, porque esse bem foi considerado de outro, vai gerar a perda de um bem para alguém que adquiriu um bem, por uma decisão judicial que entendeu que esse bem pertencia a outrem.
O que pode fazer o indivíduo que perdeu o bem? Quais são os seus direitos?
ADQUIRENTE (evicto- sofreu os efeitos da evicção) <-------objeto------- ALIENANTE
Esse objeto adquirido foi entendido por decisão judicial como pertencente a terceiro (evictor- terceiro cujo direito provocou a evicção).
São direitos do evicto:
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Ou seja, a indenização na qual o evicto faz jus tem que ser ampla, porque o evicto não pode ter mais prejuízos do que ele já está tendo com a perda do bem, tem que minimizar os prejuízos que ele vai sofrer.
	Quem vai responder por esses prejuízos? 
O alienante. Se o alienante está de má-fé ou sabe que a coisa era litigiosa e oculta essa informação do adquirente a sua situação pode ser prejudicada, podendo ser obrigado a responder ainda por danos materiais e morais que tenha causado ao evicto.
	Podem os contratantes originários pactuarem uma causa que exclua a obrigação do alienante pela evicção? 
Podem, se estes contratos forem paritários, isto é, aquele cujo as cláusulas foram discutidas pelos contratantes. 
Deve-se levar em consideração que o evicto não pode assumir um risco maior do que ele sabia/quis, a simples presença da cláusula não exclui toda a responsabilidade do alienante, para que o alienante seja completamente excluído de sua responsabilidade é precisode exista a causa e que o adquirente saiba do real risco da coisa/evicção. 
Se existia a cláusula e o evicto não sabia o real risco da coisa: o alienante só fica responsável a pagar o evicto o preço da coisa, excluindo os pagamentos das outras verbas previstas no art. 450 do CC. 
Se o evicto sabia o real risco e existia a cláusula: ele perde tudo.
Assim como é possível que as partes excluam a responsabilidade pela evicção é possível que as partes excluam a responsabilidade pelos vícios redibitórios, o que deve ser feito por cláusula expressa e em contrato paritário, não é cabível em contrato de adesão. Se tiver previsto em contrato de adesão a cláusula deve ser interpretada restritivamente ou invalidada.
	Extinção dos contratos
Nascem do acordo de vontades, irradiam os efeitos próprios e extinguem-se;
Vínculo contratual é passageiro  contrato tem vinculo transitório
Em regra, a extinção ocorre pela execução, que é o cumprimento normal da obrigação, que libera o devedor e satisfaz o credor. Todavia, pode acontecer tais situações que o cumprimento não ocorra e o contrato seja extinto de outra forma.
	Extinção sem cumprimento
		Causas anteriores ou contemporâneas à celebração
Estão previstos no contrato desde o momento da celebração
a)Carência de requisitos do negocio jurídico: 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
- Nulidade absoluta: nulidade
Vicios mais gravosos. Contrato simulado. Quando é reconhecida pelo judiciário é declarado por sentença declaratória. Os efeitos desse reconhecimento é extunc, retroagem.
É uma consequência para efeitos graves que atingem o negocio jurídico.
Ex: contrato celebrado por alguém absolutamente incapaz, celebrado por simulação
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.
- Nulidade relativa: anulabilidade
Efeitos mais amenos que atingem o negocio jurídico. Passivo de anulação. Exnunc. Interrompe os efeitos, mas preserva o que já foi feito antes. 
Ex: contrato celebrado sob erro. Comprei um celular e achava que o celular era top, cheguei em casa e era uma porcaria. 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
b)Implemento de clausula resolutiva
Cada contraente tem o direito de pedir a resolução do contrato se o outro não cumpre seu ônus; 
Acontece quando for necessário buscar a implicação da clausula no contrato. Pode estar expressamente no contrato ou não. Cláusula resolutiva é presumida em todos os contratos bilaterais ou sinalagmáticos; Acarreta a extinção dos contratos quando um dos contratantes não cumpre a obrigação. 
Ex: eu comprei um carro da Pyetra. Eu ia pagar e ela ia me dar o carro. No dia estabelecido para a tradição, a Pyetra não aparece, não entrega o carro. Eu que não vou pagar a ela. Posso pedir ao juiz que desfaça o contrato, o vinculo contratual, pois a outra contratante não cumpriu a obrigação que lhe incumbia.
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. 
Adimplemento substancial não autoriza a resolução do contrato  adimplemento substancial significa o cumprimento da maior parte da obrigação de vida. 
Ex: no cumprimento do carro, ficou divido em parcelas de 10x, paguei 7 parcelas, ou seja, cumpri a maior parte da obrigação. O credor (Pyetra) não pode pedir a resolução do contrato, pois ele já foi beneficiado com a maior parte da obrigação. Pyetra vai poder exigir o cumprimento das parcelas que faltam. Isso privilegia a conservação dos contratos – obrigatoriedade, segurança juridica.
A cláusula resolutiva não dispensa a ação judicial - a diferença está nos efeitos da sentença. Quando a cláusula é expressa a sentença é apenas declaratória (reconhecer o direito previsto no contrato), ao passo que quando ela é tácita, a sentença é desconstitutiva. 
c) Exercicio do direito de arrependimento convencionado 
Direito de arrependimento é direito de desistir do contrato imotivadamente. Em regra, nos contratos civis, o direito de arrependimento pra ser possível dever ser condicionado, expresso nos contratos. Já nas relações de consumo, o direito de arrependimento pode ser exercício independentemente da previsão contratual sempre que a contratação for feita fora do estabelecimento comercial, isto é, tem 7 dias para desistir a partir do momento que recebe a coisa.
As arras servem como sinal de cumprimento de uma obrigação, sinal de pagamento. Por exemplo, vou contratar um buffet para o aniversario do Pedro e a festa será em novembro. O buffet exige um adiantamento, 30 por cento do valor do contrato. Isso que eu dei antes foi uma arras, um sinal de pagamento.
Arras penitenciais (versus confirmatórias)  arras, normalmente, tem função confirmatória - confirmar o pagamento
Quando tem o direito de arrependimento convencionado de contrato, essas arras vao servir de pena, sanção, multa.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.
Penalidade para a parte que se arrepender. Perda do dinheiro pago, se o arrependido foi aquele que efetuou o pagamento do sinal; 
Restituição do valor recebido mais o equivalente, se quem se arrependeu foi a parte que recebeu as arras.
OBS: os motivos 2 e 3 são considerados causas anteriores ou contemporâneas a celebração, pois estão regidas no contrato. 
Súmula 412, STF: No compromisso de compra e venda com cláusula de arrependimento, a devolução do sinal, por quem o deu, ou a sua restituição em dôbro, por quem o recebeu, exclui indenização maior, a título de perdas e danos, salvo os juros moratórios e os encargos do processo.
Deve ser exercido dentro do prazo previsto ou antes da execução do contrato.
		Causas posteriores à celebração
Surgem após a celebração do contrato
a)Resolução
Fundamenta-se no descumprimento da obrigação (inadimplemento das obrigações contratuais)
Três espécies:
	Inexecução voluntária: o devedor da obrigação não cumpre voluntariamente
Comportamento culposo de um dos contraentes, com prejuízo ao outro. 
Ex: comprei um carro do Brayan, tive que pagar ele, mas não paguei por que estava endividada, achei que ele não precisava do dinheiro. Brayan pode pedir a extinção do contrato
O devedor não cumpriu a obrigação por algum motivo dele. 
Incumprimento sério e grave, de modo a prejudicar o interesse do outro contraente na manutenção da avença. 
Os efeitos do contrato desfeito pode ser dois:
	- Extunc: extinguindo o que foi executado e obrigando a restituições reciprocas mais perdas e danos e clausula pena. Contratos de execução instantanea
Ex: compra e venda do carro a vista. O carro não é do jeito que o Brayan me disse, não funciona. Quero o desfazimento desse vinculo. O judiciário determina que eu devolva o carro a Brayan e ele o dinheiro.
- Exnunc: contratos de trato sucessivo. Efeitos a partir do inadimplemento. Extingue a partir de onde teve o inadimplemento. Os 6 primeiros alugueis foi pago direitinho, o restante.
Exceção de contrato não cumprido (exceptio non adimplenti contractus): essa exceção é uma maneira de defesa daquelesujeito que esta sendo acusado de inadimplemento. Tem que haver fundamento para ela, por exemplo, eu descumpri a obrigação pois você também descumpriu a sua. Aquele que não satisfez a própria obrigação não pode exigir o adimplemento do outro.
Ex: Comprei o carro do Brayan e o pagamento seria em 10 parcelas. 15 dias andando com o carro e parou de funcionar. Brayan disse pra eu me virar, problema era meu. Parei de pagar o restante das parcelas só de raiva. Ele me ajuíza uma ação. Eu posso me defender falando que não cumpri de fato a obrigação, pois Brayan me entregou um carro quebrado.
OBS: clausula solve et repete: quando esta inserida nos contratos, o contratante tem que cumprir sua parte, seu ônus, mesmo sem o cumprimento da obrigação do outro. Se no meu contrato com Brayan tivesse essa clausula, eu deveria cumprir mesmo sem o devido funcionamento do carro. Ou seja, obriga-se o contratante a cumprir sua obrigação mesmo diante do inadimplemento do outro. 
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Em regra, quando há inadimplemento substancial não se fala em resolução. Cabendo ao credo exigir o cumprimento forçado do restante da obrigação. Em razão da obrigatoriedade dos contratos e conversação do vinculo. 
Além de pedir a resolução, pode o credor da obrigação requerer perdas e danos, devendo comprovar os prejuízos sofridos. 
Ex: Brayan perdeu a chance de vender o veiculo por um preço mais vantajoso ou recebe o veiculo já deteriorado. 
OBS: busca e apreensão de veículo – não é uma ação de resolução de contrato. 
Ex: Comprador (cliente) X loja que vendeu o veiculo X banco que forneceu o crédito
Banco paga o valor a concessionária e o comprador (cliente) fica devendo ao banco. Este é proprietário do bem, cedendo a posse para o cliente. O banco quer buscar e apreender o objeto que é de sua propriedade, ou seja, a titularidade do bem é o do banco, o cliente possui apenas a posse direta da coisa.
	Inexecução involuntária: o devedor não tem culpa no descumprimento da obrigação
Inexecução por fato imputável às partes, como ação de terceiro ou acontecimento inevitável: caso fortuito ou força maior.
Ex: comprei o carro do Brayan e antes dele me entregar, o carro foi furtado.
Requisitos: objetiva (não ter as partes concorrido para ela); total e definitiva
Inadimplente não fica responsável pelo pagamento de perdas e danos, salvo expressamente se obrigou por isso. 
	Onerosidade excessiva:
Principio da revisão dos contratos 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.
Requisitos - art. 478, CC: 
	- Contratos de trato sucessivo ou execução diferida
	- Acontecimento extraordinário ou imprevisível
	- Obrigação excessivamente onerosa para um dos contratantes
	- Extrema vantagem para o outro contratante
Brasil – teoria da imprevisão
Estrangeiro é conhecida como teoria rebus sic standibus.
Teoria rebus sic standibus: presumir, nos contratos comutativos de trato sucessivo e alguns de execução diferida, que existe uma clausula implícita segundo a qual seu cumprimento pressupõe a inalterabilidade das circunstancias de fato. Se esta modificar-se tornando a obrigação excessivamente onerosa para o contratante, poderá este requerer que o juiz reduza equitativamente sua obrigação ou, ainda que o isente dela.
A teoria réus sic standibus foi desenvolvida no direito brasileiro como teoria da imprevisão, pois, além dos requisitos clássicos, passou-se a exigir também a imprevisibilidade (não peguei o resto)
 Teoria rebus sic standibus: ela é que deu origem à teoria da imprevisão, aplicada no direito brasileiro. 
 Teoria da imprevisão: se ocorrer algo imprevisto, que torne a obrigação excessivamente onerosa, pode-se buscar a extinção do contrato ou sua readequação.
b) Resilição:
Não deriva do inadimplemento, mas apenas da vontade de um ou ambos contratantes.
Resilir significa voltar atrás.
O direito de arrependimento para existir precisa estar previsto no contrato, já o resilição não precisa.
	Bilateral:
Modo normal de resilição.
Mutuo consenso quanto ao fim do contrato
Distrato
Obrigações ainda não foram cumpridas
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
	Unilateral:
Aplicavel em alguns contratos, pois a regra é a impossibilidade de um dos contratantes romper o vinculo contratual apenas com base na sua vontade;
Ex: contrato de trato sucessivo – prestação de serviços
Aplicavel somente as obrigações duradouras contra sua continuidade ou renovação;
Contratos sem prazo determinado  resilição chama-se denuncia. Quando é admitida, a resilição fica conhecida como denuncia. 
Efeitos ex nunc a partir da notificação da outra partes  conhecimento da outra parte;
Quando, em um contrato, as partes preveem a possibilidade de resilição unilateral, ela produzirá as consequências do distrato
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.
c) Rescisão:
Normalmente utilizado como sinônimo de resolução e de resilição. Modo especifico de extinção de certos contratos, especificamente naqueles em que ocorreu lesão ou estado de perigo:
Lesão: acontece quando alguém por inexperiência ou necessidade celebra contrato desproporcional
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
Estado de perigo: basicamente acontece quando alguém é movido pela necessidade de salvar a si ou alguém próximo, celebra contrato desproporcional.
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
2º BIMESTRE
	Compra e Venda
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
Originário da troca: troca foi um dos primeiros contratos que as pessoas celebravam. A ausência de uma moeda impedia o contrato de compra e venda. 
OBS: mediante pagamento de preço
Inicialmente, utilizavam-se cabeça de gado como moeda (pecus – pecúnia)
Efetivação da transferência do domínio
	Bens móveis: tradição
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico.
 Bens imóveis: registro = ato pelo qualtransfere um bem imóvel a um sujeito. Registro no Cartório de Registro Geral de Imóveis
Dono é quem tem o registro. Possui o direito real aquele que tem titulo da coisa.
1)Natureza Juridica:
Características do instituto
Sinalagmático ou bilateral, considerando as obrigações equilibradas = sempre vai haver obrigações equilibradas entre as partes envolvidas
Oneroso: ônus para ambas as partes
Em regra, comutativo: aquele que as obrigações são conhecidas pelos contratantes. Opõem-se aos contratos aleatórios. 
Consensual: Existe a partir da manifestação da vontade das partes
Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço.
OBS: Existencia: 482,CC quando as partes acordam sobre o preço e o objeto
Validade: 104,CC. Quando estiverem presentes os requisitos de um negocio jurídico
Eficácia: Quando o vendedor entrega a coisa e o comprador paga o preço – compra e venda se encontra aqui
2)Elementos da compra e venda: 
Tem que ter obrigatoriamente coisa ou objeto, preço e consentimento.
	Coisa:
Tem que existir materialmente falando, tem que ser materialmente tangível, pode ser algo futuro. Obs: comprar ações não caracteriza compra e venda, não é materialmente tangível o objeto;
Existência: Tem que ser objeto existente de modo imediato e futuro. É nula a compra e venda de coisa inexistente. 
Existência futura é possível – contratos aleatórios ou comutativo
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.
Coisas incorpóreas (credito e direito à sucessão aberta)  cessão onerosa. Não podem ser objeto de compra e venda
Individuação: Determinado (certa) ou determinável (passível de determinação futura). Especifica ou genérica.
Disponibilidade: Coisa não pode estar fora do comércio. 
Coisas insuscetíveis de apropriação (indisponibilidade natural). Ex: não tem como vener uma cachoeira.
Coisas legalmente inalienáveis (força de lei ou de ato de vontade, como testamento).
	Preço:
Determinado
Determinável
	- conforme critérios fixados pelos contratantes.
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar.  Ex: vou comprar 500 dolares e vou pegar só amanha, mas vou ter que me sujeitar a taxa de cambio daquele dia. 
Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva determinação.  fixa o valor do objeto por outros índices e não necessariamente taxa de mercado. Usa outros critérios. Ex: fixa com base no valor do minério que esta sendo comercializado na China no dia tal.
Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor.  costumes, chega na loja p comprar um fardo de feijão preto, já cobra o valor normal que está sendo cobrado no mercado. 
Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.  impedimento de modo absoluto. "paragarás o que quiseres" - gera a nulidade do contrato, condição puramente potestativas, baseada apenas na vontade do sujeito
Não se admite indeterminação absoluta – artigo 489, CC – “pagarás o que quiseres”.
OBS: condição puramente potestativa – baseada na vontade do sujeito exclusivamente
Deve ser pago em dinheiro ou título do qual conste o valor estipulado:
- Pagamento com outro bem  troca 
- Pagamento com serviço  contrato inominado
Pagamento com dinheiro e bem  prevalência de um ou de outro. Prevalência dinheiro – compra e venda. Prevalência bem – troca. 
Sério e real: não pode ser um preço vil;
	Consentimento:
Capacidade das partes para vender e comprar;
Maior do que a capacidade civil  envolve a capacidade de dispor a coisa
Livre e espontâneo
Deve versar sobre a coisa ou bem e o preço
Compra e venda anulável em caso de erro
Art. 139. O erro é substancial quando:
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
	- Sobre o objeto principal: consentimento recai sobre objeto distinto
	- Sobre características essenciais do objeto
3) Efeitos da compra e venda:
	PRINCIPAIS
	SECUNDÁRIOS
	Obrigações recíprocas:
		Entrega da coisa
	Pagamento do preço 
Possibilidade do alienante responder pelos vícios redibitórios e pela evicção.
	Responsabilidade pelos riscos: Art. 492,CC
Repartiçao das despesas: Art. 490, CC - Possibilidade de adotar outra solução mediante acordo
Direito de reter a coisa ou preço: Art. 491, CC.
	Os principais ou primárias são necessários. Sempre vão acontecer. 
O alienante sempre responderá pelo vicio que atinge a coisa. Exceto se, por um contrato paritário, as partes tiverem combinado a exclusão da garantia. 
	Secundários cercam o efeito principal. São indiretos.
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.  Quando se trata de venda de bem imóvel quem suporta com as despesas da transferência do bem, é o comprador. Agora, quando se trata de bem móvel quem suportará com as despesas do bem é o vendedor. Todavia, as partes podem compactuar de modo diverso. 
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço.  Primeiro quem cumpre a obrigação, em regra, é o comprador que paga o preço e depois o vendedor entrega a coisa. É uma norma de quem primeiro vai cumprir a obrigação. Podem as partes pactuar de modo diverso.
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador.  A coisa perece para o dono = res perit domini. Dono é quem está com a coisa, posse da coisa. Enquanto o vendedor está com a coisa, ele responderá por todos os riscos que atingir aquele objeto. De modo que, se acontecer alguma coisa com o bem antes da tradição, suportará com as consequências. Se acontecer alguma coisa com o objeto após a tradição ou entrega, quem suporta é o comprador.
OBS: O vendedor sabia que não tinha feito os cuidados necessários do cavalo e vendeu o cavalo mesmo assim, vindo a morrer. Nesse caso é vícios redibitórios. O alienante responde, pois é caso de vicio oculto. Vendedor responder pela coisa mais perdas e danos. 
Questão: Arlindo, proprietário da vaca Malhada, vendeu-a a seu vizinho, Lauro. Celebraram, em 10 de janeiro de 2018, um contrato de compra e venda, pelo qual Arlindo deveria receber do comprador a quantia de R$ 2.500,00, no momento da entrega do animal, agendada para um mês após a celebração do contrato. Nesse interregno, contudo, para surpresa de Arlindo, Malhada pariu dois bezerros.
Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) Os bezerros pertencem a Arlindo.  pariu antes da entrega, pertence ao alienante.
B) Os bezerros pertencem a Lauro. 
C)Um bezerro pertence a Arlindo e o outro, a Lauro. 
D) Deverá ser feito um sorteio para definir a quem pertencem os bezerros.
§ 1º Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar ou assinalar coisas, que comumente se recebem, contando, pesando, medindo ou assinalando, e que já tiverem sido postas à disposição do comprador, correrão por conta deste.  erros de medida, peso. Se ocorrer algum erro, o comprador que tem que suportar.
§ 2º Correrão também por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se estiver em mora deas receber, quando postas à sua disposição no tempo, lugar e pelo modo ajustados.  comprador suporta os riscos quando combinam a entrega e o mesmo não aparece para pegar o objeto. Combinam dia, o horário e local, todavia o comprador não aparece. Deixa o vendedor lá esperando.
4) Limitações à compra e venda:
Limitação à liberdade de celebrar compra e venda
- Evitar fraudes – simulações fraudulentas
- Proteger direitos dos contratantes e também de pessoas alheias ao contrato, mas que podem ser atingidas por eles.
Quatro situações:
	Venda de ascendente à descendente;
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
OBS: ascendente é parente anterior em linha reta  em primeiro grau = pai e mae; segundo grau = avós
Para que seu pai possa vender alguma coisa para você. Ele, seu pai, precisa obter anuência de seus irmãos, ou seja, de outros descendentes dele, bem como do conjuge. 
Ex1: O pai partilha os bens entre os filhos e nessa época, não fazia ideia de que tinha uma filha. Depois da partilha de tudo, ela aparece. 
Ex2: Meu pai fica sabendo que tem uma filha, mas ela não sabe quem é o pai, ainda não encontrou. O pai pensa que tem que transferir logo os bens, se não ela terá direito a eles. O pai vende para as filhas o patrimônio todinho. Ela chega e fala que ficou sem nada.
Esses casos devem ser tratados diferentes ou não¿  Principio da boa fé objetiva. O STJ entende que nesses casos, se o ascendente estava de boa fé, a compra e venda é valida. 
No primeiro exemplo, o pai não tinha objetivo de ocultar o patrimônio da filha. No segundo exemplo, o ascendente agiu de má fé, queria ocultar o patrimônio da herdeira. Nesse caso, ela pode invocar a anulação do contrato de compra e venda por ter sido negligenciada a exigente do art. 496, CC.
Qualquer grau de relação (inclui avo e neto).
Evitar simulações fraudulentas
Descendentes existentes a tempo da alienação precisam concordar  questão não pacifica, especialmente em relação a herdeiros já conhecidos, mas que ainda não foram reconhecidos.
	Aquisição de bens por pessoa encarregada de zelar pelos interesses do vendedor;
Tutor, curador, administrador, etc.
Presunção de aproveitamento desleal e virtude da posição ocupada pela pessoa
Proibição absoluta, incidindo mesmo se essas pessoas pagam o preço justo.
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração;
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.
Art. 498. A proibição contida no inciso III do artigo antecedente, não compreende os casos de compra e venda ou cessão entre co-herdeiros, ou em pagamento de dívida, ou para garantia de bens já pertencentes a pessoas designadas no referido inciso.
	Venda de parte indivisa de condomínio;
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço.
Venda de coisa comum indivisível.
Direito de preferencia dos demais condôminos que cessa se: comunicação previa aos demais condôminos; preferencia aos demais condôminos; condôminos não exercem a preferencia dentro do prazo legal;
Ex: 4 amigos decidem comprar um sitio. Um dos amigos decide vender a sua parte. Antes de alienar para terceiros, ele tem que oferecer para os demais condôminos, pois eles tem preferencia na parte – é preferencia na compra. 
Regra, não se aplica a condomínio edilício – prédios; formado por unidades autônomas e áreas comuns 
Ex: herança
	Venda entre cônjuge;
Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão.
Um cônjuge pode comprar do outro apenas bens particulares, ou seja, não podem comprar um do outro os bens comuns. 
Bens excluídos da comunhão podem ser alienados.
Quem é casado em comunhão universal de bens não podem vender entre si.
4) Clausulas Especiais:
Necessidade de previsão contratual expressa
	Retrovenda
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários, poderá ser exercido contra o terceiro adquirente.
Vendedor vende uma casa ao comprador. O comprador recebeu a casa e pagou o preço ao vendedor. Se nesse contrato existe a clausula de retrovenda, o vendedor terá o direito de recomprar a casa dentro do prazo que foi previsto no contrato. 
A retrovenda é um direito do devedor, é direito potestativo. Opera-se mediante apenas sua vontade, o comprador não pode recursa-se de devolver o imóvel.
Compra e venda com condição resolutiva - válida e será resolvida quando o vendedor exercer seu direito à recompra
Instituto atualmente em desuso
Pacto adjeto ou acessório pelo qual o vendedor reserva-se o direito de reaver o imóvel que está sendo alienado, em certo prazo, restituindo o preço, mais as despesas feita pelo comprador.
Clausula resolutiva expressa;
Prazo máximo de 3 anos;
A retrovenda acompanha a coisa independente de quem esteja com ela.
	Venda a contento
Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.
Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina.
Ao vendedor ao entregar a coisa móvel ao comprador, transfere apenas a posse precária sobre ela. Efetiva transferência da propriedade ocorrerá apenas quando o comprador manifestar seu AGRADO em relação ao objeto.
Ex: Vendedor vende um arranjo de flores para por na residência, mas depende se vai ficar bonito na minha sala. Pego o arranjo de flores, ponho na sala e vejo se ficará bonito. Se ficar bom do jeito que eu imaginava, volto a loja e digo que gostei muito. O comprador tem que manifestar seu agrado só assim a compra e venda vai tornar perfeita.
Clausula ad gustum 
Tradiçao da coisa não transfere o domínio, transmite apenas a posse direta, pois a venda está sob condição suspensiva. A compra e venda não se aperfeiçoa enquanto não tem a manifestação do agrado do comprador.
Não cabe discussão do desagrado: coisa ter as qualidades asseguradas pelo vendedor, não se refere a simples satisfação
Direito pessoal
Recusa justificada
Art. 512. Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo improrrogável.Preferência ou Preempção
Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto.
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.
Art. 515. Aquele que exerce a preferência está, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em condições iguais, o preço encontrado, ou o ajustado.
Art. 516. Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos sessenta dias subseqüentes à data em que o comprador tiver notificado o vendedor.
Art. 517. Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais indivíduos em comum, só pode ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder ou não exercer o seu direito, poderão as demais utilizá-lo na forma sobredita.
Art. 518. Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé.
Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa.
Art. 520. O direito de preferência não se pode ceder nem passa aos herdeiros.
Comprador de coisa móvel ou imóvel obriga-se a oferece-la ao vendedor em caso de venda futura do bem
Direito personalíssimo
Pode ser incluído em varias espécies de contrato
Recai sobre bens moveis e imóveis
Prazos: 180 dias – bem moveis; 2 anos – bem imóveis
OBS: retrovenda é imóvel; independe da vontade; transfere a terceiros 
A preempção é móvel ou imóvel; depende da vontade; não é cedido a herdeiros
	Venda com reserva de domínio
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago.
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
Art. 523. Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa insuscetível de caracterização perfeita, para estremá-la de outras congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-fé.
Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi entregue.
Art. 525. O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de domínio após constituir o comprador em mora, mediante protesto do título ou interpelação judicial.
Art. 526. Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor mover contra ele a competente ação de cobrança das prestações vencidas e vincendas e o mais que lhe for devido; ou poderá recuperar a posse da coisa vendida.
Aplicável a venda de coisa móvel;
Própria coisa como garantia do pagamento;
Só há transferência da posse, não entrega a propriedade. Só será entregue a propriedade quando o pagamento do bem for finalizado
CV a credito;
Objeto individualizado;
Entrega do bem
Pagamento do preço em parcela;
	Venda sobre documentos
Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pelos usos.
Parágrafo único. Achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o defeito já houver sido comprovado.
Contratos que tenham como objeto como bens móveis;
O vendedor, entregando os documentos, libra-se da obrigação e tem direito a preço. O comprador, na posse dos documentos pode exigir do transportador ou depositário a entrega da mercadoria.
Substituição da tradição real pela simbólica;
Entrega de título que permite o recebimento da mercadoria;
Não haverá imediatamente a tradição REAL do objeto do contrato.  Haverá a entrega de DOCUMENTO REPRESENTATIVO DO OBJETO. Entrega do documento liberará o vendedor, tradição simbólica. 
	Doação - 538 a 564, CC
1)Introdução:
Contrato por meio do qual um sujeito, chamado doador transfere gratuitamente bens ou direitos a outro sujeito chamado donatário que deverá aceitar. 
Contrato gratuito: suas características estendem-se a outros contratos gratuitos. 
Natureza contratual: questão discutida. Sistema francês não considera um contrato, mas um ato jurídico (UNILATERAL), como o testamento. Por faltar a doação um equilíbrio entre a obrigações das partes. Somente a doador possui obrigação juridicamente relevante.
Brasil: doação é contrato, pois, apesar da ausência de obrigações recíprocas há duas vontades. A do doador, no sentido de doar o bem. A do donatário no sentido de aceitar a coisa. 
Doação não seria um contrato porque nem todas as partes envolvidas possuem obrigações.
Doação não gera obrigações para todos os envolvidos. Mas, todos os envolvidos, necessariamente, deverão manifestar sua vontade de contratar. Inclusive o donatário que deverá, obrigatoriamente, ACEITAR a doação. 
Unilateral: apenas um dos sujeitos possui obrigação
Formal/solene: a exceção é a doação manual – Doação de móveis de pequeno valor  doação manual ou verbal. Bem de pequeno valor como aquele que não supera 10% do patrimônio do doador.
Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular.
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.
Momento do contrato: quando se considera celebrado o contrato
		Conclusão do negócio jurídico: aceitação do donatário – celebração. 
	Aperfeiçoamento do negócio jurídico: tradição/registro – perfeito.
Doador não responde pela evicção e pelos vícios redibitórios – regra. Se, por acaso, o doador agir de má-fé e doar bem que sabe ter vicio, ele poderá responder por eventuais prejuízos causados ao donatário.
Promessa de doação: promessa de contrato ou pré-contrato é um contrato pelo qual as partes pactuam que, futuramente, celebrarão um contrato definitivo. 
		Cabível: pré-contrato
	Só tem efeito vinculante se for estabelecida com encargo, pois a doação pura não pode ser exigida. Só é cabível promessa de doação se esta for com encargo, nas doações puras não se fala em promessa de doação. 
‘’Ser obrigado a...’’ é incompatível com a natureza da doação, pois este contrato fundamenta-se na liberdade do doador. O doador não possui motivo jurídico para transferência o bem, exceto sua própria vontade. 
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.
 
2)Elementos: 
a) Animus donandi: liberalidade  intenção de doar/dispor gratuitamente de seu patrimônio em favor de outrem. ASPECTO SUJETIVO
b) Transferência de bens  ASPECTO OBJETIVO
c)Aceitação do donatário.
3)Legitimidade:
a) Ativa – SER DOADOR: capacidade civil genérica + PROPRIEDADE DO BEM. Como o doador vai dispor da propriedade da coisa, ele precisa exercer este poder sobre a coisa, objeto da doação. 
b) Passiva – SER DONATÁRIO: capacidade civil genérica e nascituro (542, CC). Mas, admite-se a doação para o incapaz e ate para o nascituro.
Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. 
4)Objeto:
- Expressão econômica: relevância econômica. 
- Móveis/imóveis
- Corpóreos/incorpóreos.
- Bens alheios: só convalida o negócio jurídico se for adquirida posteriormente.
- Bens futuros: divergência doutrinária sobre o cabimento.

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